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Instituto de Física – UFRJ Relatório de Física Experimental I – Remoto 2021.1 Turma: 15007 Aluna A: Ana Carolina Barbosa de Barros DRE: 121100133 Aluna B: Isadora de Oliveira Silva Campolina DRE: 121099544 Experimento 2 -Medição do volume de uma moeda: Medidas diretas e indiretas Parte I: preparação para a experiência: Questão I Utilizando diferentes métodos iremos determinar o volume de uma ou mais moedas, a fim de observar as diferenças na produção de incertezas em acordo cada metodologia. Questão II I. Determinação do volume de um cilindro partindo da medição do diâmetro e da espessura: 𝑉 = 𝜋d2ℎ 4 ; Sendo: V = a variável do volume da moeda que se deseja obter 𝜋 = 3,14 d = diâmetro da moeda (medida obtida no experimento) h = espessura da moeda (medida obtida no experimento) II. Partindo da densidade volumétrica do aço: 𝑉 = 𝑚 𝐷 ; Sendo: V = a variável do volume da moeda que se deseja obter m = massa (referencial estabelecido pelo Banco Central do Brasil: 7,55g) D = densidade volumétrica (referencial da densidade volumétrica do aço: 7,8 ± 0,1 g/cm3) III. Propagação da incerteza: (𝛿𝐹)2 = ( 𝜕𝐹 𝜕𝑥1 ) 2 × (𝛿𝑥1) 2 + ( 𝜕𝐹 𝜕𝑥2 ) 2 × (𝛿𝑥2) 2 + ⋯ + ( 𝜕𝐹 𝜕𝑥𝑛 ) 2 × (𝛿𝑥𝑛) 2 ; Sendo: (𝛿𝐹)2 = Propagação da incerteza 𝐹 = medida indireta 𝑥𝑛 = medidas diretas IV. Incerteza relativa, exprime-se em porcentagem (%): Δ𝑥𝑟 = Δ𝑥 �̅� × 100 ; Sendo: Δ𝑥𝑟 = incerteza relativa ∆𝑥 = incerteza absoluta �̅� = valor mais provável da grandeza medida V. Discrepância relativa: 𝐷 = |𝑥1 − 𝑥2| 𝑥2 Sendo: D = discrepância relativa 𝑥1 = valor da experiencia 𝑥2 = valor de referência VI. Compatibilidade de medidas: 𝐶 = |𝑥1 − 𝑥2| √(𝛿𝑥1) 2 + (𝛿𝑥2) 2 < 3 Sendo: C = compatibilidade de medidas 𝑥1 = valor da experiencia 𝑥2 = valor de referência Questão III 1º Método: Partindo dos valores de espessura e diâmetro da moeda: Neste método foi medido o diâmetro da base de uma moeda e a sua espessura utilizando uma régua com precisão de 0,1 cm, e após a obtenção de seus devidos valores, foi aplicada a fórmula matemática apropriada, sendo ela a primeira formula citada na Questão II da Parte I. 2º Método: Densidade volumétrica do aço: Neste método podemos utilizar uma balança para verificar a massa da moeda, no entanto, com a falta da mesma, foram utilizados os dados fornecidos no site do Banco Central do Brasil, como sugerido em aula. E após a obtenção de seus devidos valores, foi aplicada a fórmula matemática apropriada, sendo ela a segunda fórmula citada na Questão II da Parte I. 3º Método: Deslocamento do volume de água: Já neste método foram utilizadas duas metodologias para posterior comparação de dados. Em ambas as metodologias foram utilizados copos nos quais foram assumidos como cilindros perfeitos, réguas de precisão de 0,1 cm e moedas de R$ 0,25. Na metodologia utilizada pela aluna A (Ana Carolina), além dos materiais citados, foi utilizado também uma seringa com precisão de 0,2 cm3 com o propósito de medir o volume de água que foi deslocado após o acréscimo das moedas ao copo. Parte II: procedimento experimental (Aluna A: Ana Carolina) Questão I Os resultados apresentados foram obtidos pelas medições feitas com auxílio de uma régua com precisão de 0,1 cm e uma seringa com precisão de 0,2 cm3. O copo utilizado no experimento foi escolhido a partir do seu formato, onde assumisse que ele é um cilíndrico perfeito. A medida encontrada no diâmetro do copo foi de 6,4 ± 0,1 cm. A água no copo tinha altura inicial de 10,00 ±0,1 cm. Ao colocar a primeira moeda, não foi possível observar a olho nu uma mudança no deslocamento de água, sendo assim, também imperceptível aos instrumentos utilizados. Ao adicionar a terceira moeda, foi observada um deslocamento de 0,1 cm no volume de água, em relação a altura inicial. Em seguida foram adicionadas mais 7 moedas (somando 10 moedas ao total), sendo possível observar a olho nu o deslocamento de água de 0,1 cm a cada 3 moedas adicionadas, totalizando um deslocamento de 0,3 ± 0,1 cm no volume de água. Após essa observação e obtenção de valores, foi utilizada uma seringa para verificação da variação da altura do volume de água em relação a sua altura inicial e foram coletados 9 ± 0,2 cm3para as 10 moedas utilizadas. Foi então aplicado a equação de volume a partir da medição do diâmetro e da espessura deslocada, e o volume calculado para as 10 moedas foi de 9,6 ± 0,4 cm3, e ao dividir esse valor para as 10 moedas, obtivemos o deslocamento de 0,96 ± 0,4 cm3para cada moeda. As fórmulas utilizadas para a obtenção dos dados do volume e da incerteza foram respectivamente: 𝑉 = 𝜋d2ℎ 4 = 3,14 ×6,42×0,3 4 = 9,6 ; (𝛿𝑉)2 = ( 𝜕𝑉 𝜕𝑑 ) 2 × (𝛿𝑑)2 + ( 𝜕𝑉 𝜕ℎ ) 2 × (𝛿ℎ)2 = (𝛿𝑉) = √( 3,14 × 0,3 × 6,4 2 × 10 ) 2 × (0,1)2 + ( 3,14 × (6,4)2 4 × 10 ) 2 × (0,1)2 = 0,4 cm3 Questão II O diâmetro da moeda foi medido com o auxílio de uma régua, a qual possui precisão de 0,1 cm. Foi medida a espessura e o diâmetro de uma única moeda, onde foram encontrados os valores de 0,2 ± 0,1 cm e 2,5 ± 0,1 cm respectivamente. Questão III Para determinar o volume de uma moeda foram utilizadas as fórmulas do volume do cilindro e da propagação da incerteza: 𝑉 = 𝜋d2ℎ 4 = 3,14 ×2,52×0,2 4 = 0,98 cm3 , e (𝛿𝑉)2 = ( 𝜕𝑉 𝜕𝑑 ) 2 × (𝛿𝑑)2 + ( 𝜕𝑉 𝜕ℎ ) 2 × (𝛿ℎ)2 = (𝛿𝑉) = √( 3,14×0,2×2,5 2 ) 2 × (0,1)2 + ( 3,14×(2,5)2 4 ) 2 × (0,1)2 = 0,5 cm3. Parte III: resultados obtidos (Aluna A: Ana Carolina) Tabela 1 (Aluna A: Ana Carolina): Grandeza Resultado experimental Incerteza relativa Volume deslocado do copo (9,6 ± 0,4) cm3 0,04 (4%) Volume deslocado da seringa (9,0 ± 0,2) cm3 0,02 (2%) Espessura moeda (0,2 ± 0,1) cm 0,5 (50%) Diâmetro moeda (2,5 ± 0,1) cm 0,04 (4%) Diâmetro do copo (6,4 ± 0,1) cm 0,02 (2%) As medidas mais precisas obtidas foram as do volume deslocado com a seringa e a do diâmetro do copo, ambas com o valor de 0,02 (2%) de incerteza relativa, sendo que quanto menor é esse valor, mais precisa é a medição. Tabela 2 * (Aluna A: Ana Carolina): Método Resultado experimental Incerteza relativa Volume de água deslocado do copo (0,96 ± 0,4) cm3 0,4 (40%) Volume deslocado da seringa (0,90 ± 0,2) cm3 0,2 (20%) Densidade volumétrica (0,97 ± 0,1) cm 0,1 (10%) Espessura e área (0,98 ± 0,5) cm 0,5 (50%) *Os valores da Tabela 2 são referentes a 1 moeda A medida de volume mais precisa encontrada foi a da densidade volumétrica, uma vez que analisado os valores de incerteza relativa ela possui o menor valor, sendo ele de 0,1 (10%). As incertezas relativas foram calculadas a partir da fórmula IV indicada na Questão II da Parte I, segue o exemplo de cálculo do volume baseado na densidade volumétrica: Δ𝑥𝑟 = Δ𝑥 �̅� = 0,1 0,97 = 0,1 e para encontramos a porcentagem, basta multiplicar o resultado por 100, assim obtemos o valor de 10% de incerteza relativa. Parte IV: discussão dos resultados (Aluna A: Ana Carolina) Questão I As moedas escolhidas foram de 25 centavos do ano de 2013. Foram utilizadas 10 moedas para o método que envolve medidas diretas, sendo possível observar o deslocamento a partir do volume de água a partir da adição da terceira moeda no copo de água. Nos métodos de volume dados pela densidade volumétrica e do volume do cilindro, foram utilizadas como referencial apenas uma moeda, a qual suas medidas foram obtidas a partir de medições realizadas com uma régua milimetrada e o valor da massa dado pelo site do Banco Central do Brasil. O uso de uma ou mais moedas não interfere nos resultados obtidos nos métodos, uma vez que a incerteza é instrumental e se mantem o mesmo valor. Questão II Partindo dos resultados obtidos nos métodos estudados,e suas devidas incertezas expostas na Tabela 2, constatasse que o cálculo do volume pela densidade do material e massa é o mais preciso, uma vez que possui menor incerteza relativa. Questão III Para verificação de qual método foi mais preciso, usaremos a fórmula da discrepância relativa na qual foram calculados o volume da moeda e incerteza de acordo com os dados do Banco Central do Brasil para valores de referência. 𝑉𝑟𝑒𝑓 = 𝜋d2ℎ 4 = 3,14 ×2,52×0,225 4 = 1,10390625 ≅ 1,1; (𝛿𝑉)2 = ( 𝜕𝑉 𝜕𝑑 ) 2 × (𝛿𝑑)2 + ( 𝜕𝑉 𝜕ℎ ) 2 × (𝛿ℎ)2 = (𝛿𝑉𝑟𝑒𝑓) = √( 3,14×0,225×2,5 2 ) 2 × (0,1)2 + ( 3,14×(2,5)2 4 ) 2 × (0,1)2 = 0,2 cm3 ; E calculando a discrepância relativa com os dados obtidos na Tabela 2 e o valor referencial, observasse que o método com valor mais exato foi o de espessura e área, com discrepância de 0,1, como exemplificado a seguir. 𝐷 = |𝑥1−𝑥2| 𝑥2 = |0,98−1,1| 1,1 = 0,10 ≅ 0,1 Sendo assim, a ordem de menor para maior discrepância de dados é: espessura e área, densidade volumétrica, volume deslocado no copo e volume deslocado na seringa. Questão IV Os valores de referência dados no site do Banco Central do Brasil estipulam as medidas para diâmetro de 25,00mm (2,5 ± 0,1 cm) e espessura de 2,25 mm (0,225 ± 0,1 cm). Considerando isso, utilizamos a propagação de incerteza desses dados e o cálculo de volume do mesmo para a partir da fórmula de compatibilidade verificarmos com os dados obtidos no experimento, como no exemplo a seguir usando os dados do método de espessura e área: 𝐶 = |𝑥1−𝑥2| √(𝛿𝑥1)2+(𝛿𝑥2)2 < 3 𝐶 = |0,98−1,10| √(0,5)2+(0,2)2 < 3 𝐶 = 0,19 = 1,9 < 3 Após a verificação dos dados, observou-se que apenas dois métodos (espessura e área e o de volume deslocado no copo) se mostraram compatíveis com os valores de 0,19 =1,9 para espessura e área, e de 0,29 = 2,9 para o de volume deslocado no copo. Sendo assim, é admite- se que houve erros sistemáticos no experimento. Questão V O volume obtido a partir da densidade e da massa da moeda, no qual foi utilizado o valor de 7,8 g/cm3, dado que o resultado alcançado a partir deste valor é compatível como de referência, segundo a fórmula de compatibilidade. Este método possui como dificuldade ligada a liga metálica e pureza da densidade material utilizada no aço, sendo assim, existe uma dificuldade para encontrarmos o menor valor de incerteza para parte de densidade neste cálculo. Parte IV: discussão dos resultados Questão I Ao comparar os resultados obtidos pelas alunas A (Ana Carolina) e B (Isadora), observou se que em ambos os experimentos obtiveram os valores mais precisos para o volume pela densidade, visto que ambos têm a seu valor em 10% de incerteza relativa, sendo o menor valor encontrado. Questão II O método mais exato foi o de espessura e área em ambos os experimentos. No estudo da aluna A (Ana Carolina) o valor de discrepância relativa encontrado foi de 0,1 nessa metodologia em comparação ao volume de referência. Já no estudo da aluna B (Isadora), o valor encontrado foi nulo em comparação ao volume de referência. Questão III Utilizando a fórmula de compatibilidade na análise dos métodos propostos neste experimento concluiu-se que a aluna A (Ana Carolina) obteve compatibilidade com o valor de referência nas metodologias de espessura e área, com o valor de 1,9 de compatibilidade, e na de volume deslocado no copo, com 2,9 de compatibilidade. A aluna B (Isadora) obteve compatibilidade apenas na metodologia de espessura e área, pois o seu valor foi nulo. Questão IV Ambas as alunas tiveram dificuldade em encontrar um copo cilíndrico. No caso da aluna A (Ana Carolina) relatou-se também uma dificuldade para conseguir medir o deslocamento com a régua, uma vez que sua precisão é muito pequena para se observar a olho nu, o que pode ter ocasionado erros sistemáticos durante o experimento. Já a aluna B (Isadora) relatou dificuldade para encontrar 5 moedas na casa e não possuía seringa. Questão V No método partindo dos valores de espessura e diâmetro da moeda, por ser uma medida direta, é passível erros sistemáticos como erros humanos, e a incerteza instrumental devido a medidas que possuam erro, como per exemplo a qualidade de fabricação de uma régua. Sendo assim, o uso de um parquímetro diminuiria a incerteza de sua espessura, uma vez que este é o parâmetro mais associado a incerteza e em sua propagação de incerteza. No método partindo da densidade volumétrica, qual é associado a medições indiretas, um dos principais fatores de influência é a densidade, onde a sua variação provém da liga que compõem o material, sendo assim, uma forma de minimizar a incerteza seria fazer um estudo sobre a liga que a compõem e observar um maior número de casas decimais para melhor exatidão de sua densidade e massa. O terceiro, e último método proposto nesta experiencia é a partir do volume deslocado de água. Este método, assim como de espessura e área, é passível de erros sistemáticos por se tratar de medidas diretas e também de incertezas instrumentais. Posto isto, uma forma de diminuir a incerteza do experimento seria a utilização de instrumentos mais precisos, como uma proveta graduada para observação do volume deslocado e uma pipeta graduada para a retirada do volume em questão, ao em vez da utilização de uma seringa. Registros fotográficos do experimento da aluna A (Ana Carolina) Bibliografia http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20022/Jeferson/Densidade-1.htm https://www.youtube.com/watch?v=8zdjisEbkE4 https://www.bcb.gov.br/dinheirobrasileiro/segunda-familia-moedas.html https://www.if.ufrj.br/~poly/pdf/Modulo5.pdf http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20022/Jeferson/Densidade-1.htm https://www.youtube.com/watch?v=8zdjisEbkE4 https://www.bcb.gov.br/dinheirobrasileiro/segunda-familia-moedas.html https://www.if.ufrj.br/~poly/pdf/Modulo5.pdf
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