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FARMACODINÂMICA: AGONISTA E ANTAGONISTA (Goodman e Gilman cap3; Rang e Dale cap3) Eficácia: capacidade do fármaco em gerar resposta biológica → depende da afinidade e atividade intrínseca Potência: quantidade de fármaco necessária para gerar eficácia → depende da concentração e afinidade do fármaco Afinidade: capacidade do fármaco de se ligar em um receptor Agonista: substâncias que se ligam no mesmo receptor que os ligantes endógenos (produzidos pelo corpo) e tem como objetivo fazer a mesma função que tais ligantes. Ex: noradrenalina (ligante endógeno) e dobutamina (fármaco → agonista exógeno) - Agonista total/integral: fármaco que tem afinidade pelo receptor e produz um efeito máximo → alfa (atividade intrínseca) = 1 = 100% Atividade intrínseca: capacidade de ativar um receptor depois que ele foi ligado. - Agonista parcial: ativa parcialmente os receptores, mesmo aumentando a dose, não consegue o efeito máximo → alfa = 0 < a < 1 = < 100% - Agonista inverso: faz com que o RCA vá para o estado de repouso → silencia um receptor Receptor constitutivamente ativado (RCA): receptor que está ativo na ausência se um ligante, ou seja, gera sinalização sem a presença do agonista - Agonista indireto: não atua diretamente sobre os receptores para provocar uma ação Ex: podem atuar na liberação de vesículas de neurotransmissores, que, por sua vez, vão se ligar aos receptores Antagonista: é uma “chave falsa” → se liga no receptor por afinidade mas não tem função, apenas bloqueia a entrada de agonistas naquela região. - Antagonista de receptor: a) Antagonista competitivo: se liga no mesmo sítio ativo do agonista → competem pelo mesmo local do receptor. Sua ação pode ser reversível ou irreversível. Antagonista + agonista = a maior quantidade de agonista na fenda sináptica desloca o antagonista do receptor, bloqueando o efeito e revertendo a situação b) Antagonista não competitivo: se liga no mesmo receptor, mas não no mesmo sítio ativo (sítio alostérico) do agonista, provocando modulação alostérica dos receptores. Modulação alostérica dos receptores: os antagonistas se ligam em um sítio alostérico e causam modificação conformacional do receptor, aumentando ou diminuindo a afinidade do mesmo pelo agonista. Antagonista + agonista = mesmo aumentando a concentração de agonista, o efeito não volta a ser 100%, porque ele é proporcional a quantidade de receptores ocupados → os receptores ocupados com antagonista permitem essa diminuição do efeito Antagonista competitivo Antagonista não competitivo Efeito sobre a potência SIM NÃO Efeito sobre a eficácia NÃO SIM - Antagonista sem receptor: a) Fisiológico: quando suas substâncias produzem efeitos contrários em receptores diferentes em um mesmo sistema Ex: betabloqueadores e hormônios tireoidianos → HT provoca taquicardia e Bb reduz a FC b) Químico: Interação entre substâncias que reagem químicamente e inativam o fármaco. c) Farmacocinético: quando 2 ou mais substâncias interagem e diminuem a concentração da droga ativa. Dessensibilização: ocorre quando há diminuição do efeito do fármaco após administração repetida em um intervalo de tempo inadequado. Tipos: - TAQUIFILAXIA: poucos minutos - TOLERÂNCIA: ocorre de forma gradual Respostas biológicas que levam a dessensibilização: - Alteração ou perda dos receptores; - Disfunção enzimática por meio de indutores ou inibidores; - Diminuição de mediadores químicos; - Adaptações fisiológicas a fim de diminuir os efeitos colaterais
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