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lesões traumaticas

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Processos proliferativos não neoplásicos
LESÕES DE TECIDO CONJUNTIVO
Neoplasias:
Benignas 
Malignas 
Lesões reativas
Tipos de células 
Lábeis
Estáveis
Permanentes
Processos Proliferativos Não Neoplásicos
Lesões comuns na cavidade oral, e representam na maioria dos casos processos inflamatórios que resultam em proliferação tecidual. 
Também podem ser considerados reativos, onde fatores traumáticos de maneira crônica e de baixa intensidade desencadeiam respostas reparativas exacerbadas.
Processos Proliferativos Não Neoplásicos
Hiperplasia Fibrosa Inflamatória 
Granuloma Piogênico 
Fibroma Ossificante Periférico 
Granuloma Periférico de Células Gigantes
Hiperplasia fibrosa Inflamatória
Grupo de lesões que se originam de células mesenquimais do tecido conjuntivo fibroso 
Representam, na maioria dos casos reação inflamatória crônica + processo de adaptação celular (reparo) exuberante 
Massas submucosas ulceradas ou não 
Não há proliferação de tecido nervoso – indolores 
Coloração – depende da vascularização do conjuntivo e da espessura epitelial
Hiperplasia fibrosa Inflamatória
Hiperplasia Fibrosa focal 
Hiperplasia Fibrosa Inflamatória – Epúlide Fissurada 
Hiperplasia Papilar Inflamatória 
Hiperplasia fibrosa Inflamatória
Histopatologia: 
Produção exuberante de fibras colágenas. Fibroblastos maduros e dispersos na matriz colagenosa. Infiltrado inflamatório crônico subepitelial e perivascular. Epitélio de revestimento pode demonstrar hiperqueratose ou atrofia 
Tratamento: 
Excisão cirúrgica. Avaliar fatores traumáticos.
Hiperplasia Fibrosa Focal 
Pólipo fibro epitelial, HF não provocada por prótese 
Nódulo de superfície lisa e coloração similar à da mucosa normal circunjacente 
Projeção pedunculada ou séssil 
Tamanho variável 
Sem sintomatologia dolorosa (exceto na presença de ulceração)
Hiperplasia Fibrosa Focal
Localizada 
4ª à 6ª décadas de vida 
Mucosa Jugal na linha de oclusão (qualquer localização na boca), podendo acometer língua e a gengiva também
Pode ter hiperplasia de freio
Trauma: 
Mordedura da mucosa jugal e dos lábios, por má-oclusão ou por costume 
Irritação por prótese 
Irritação por aparelhos ortodônticos 
Irritação com elementos estranhos (palitos, alfinetes, madeira, etc) 
Presença de dentes fraturados 
Hiperplasia Fibrosa Focal
Representa uma maturação fibrosa de um granuloma piogenico 
Nódulo de superfície lisa, arredondada, cor semelhante a mucosa cicunjacente 
Maioria de base séssil 
1,5cm de diâmetro ou menos
Hiperplasia Fibrosa Focal
Lesões hiperplásicas geralmente diminuem de tamanho com a diminuição do fator irritante, apesar de não regredirem completamente. (hiperplasia reacional do tecido conjuntivo devido a reposta de uma irritação)
Tratamento: remoção cirúrgica(excisão cirúrgica conservadora), remoção do fator causal irritante
Caso for hiperplasia de 
freio não há necessidade.
Hiperplasia Fibrosa Focal
Características histopatológicas:
Revela um aumento no volume nodular de conjuntivo fibroso(normalmente denso e colagenizado) recoberto por um epitélio escamoso estratificado . Os feixes de colágenos podem estar arranjados em forma irradiada, circular ou aleatoriamente. Normalmente demonstra atrofia das cristas epiteliais devido ao aumento de volume do tecido subjacente. A superfície pode exibir hiperceratose.
Hiperplasia Fibrosa Inflamatória – Epúlide Fissurada
Próteses mal adaptadas 
Projeções ou pregas fibrosas lineares 
Rebordo alveolar 
De tecido conjutivo, semelhante a um tumor
Hiperplasia Fibrosa Inflamatória – Epúlide Fissurada
Apresenta-se como uma única prega ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico no vestíbulo alveolar.
Tecido normalmente é firme e fibroso
Pode se apresentar eritrematosas e ulceradas, semelhantes a um granuloma piogenico
O tamanho da lesão pode variar de hiperplasias localizadas menores que 1 cm a grandes lesões que envolvem a maior parte da extensão do vestíbulo.
A hiperplasia fibrosa inflamatória ocorre mais comumente em adultos de meia-idade e em idosos, como era de esperar para uma lesão relacionada com o uso de prótese
Hiperplasia Fibrosa Inflamatória – Epúlide Fissurada
pólipo fibroepitelial ou fibroma por dentadura semelhante à folha
Hiperplasia Fibrosa Inflamatória – Epúlide Fissurada
Características histopatológicas
O exame microscópico da hiperplasia fibrosa inflamatória revela uma hiperplasia do tecido conjuntivo fibroso. O epitélio de revestimento frequentemente é hiperparaqueratinizado e demonstra hiperplasia irregular das cristas epiteliais.
Um infiltrado inflamatório crônico variável está presente
Hiperplasia Papilar Inflamatória
Múltiplas pápulas -Mucosa eritematosa 
Comumente desenvolve abaixo da dentadura 
Possível presença de Candida albicans
Comum em região de palato duro
A hiperplasia papilar inflamatória associada à Candida também tem sido relatada em pacientes dentados com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).
Causas: 
Prótese removível mal adaptada 
Má higiene da prótese 
Uso da prótese por 24 horas diárias
Hiperplasia fibrosa Inflamatória
Importante: alguns tumores mesenquimais podem apresentar características clínicas semelhantes à hiperplasia fibrosa Exame anatomopatológico
Hiperplasia Papilar Inflamatória
Características histopatológicas:
A mucosa, na hiperplasia papilomatosa inflamatória, exibe numerosos crescimentos papilares na superfície, que são recobertos por epitélio pavimentoso estratificado hiperplásico. Em casos avançados, essa hiperplasia tem aparência pseudoepiteliomatosa, e o patologista não deve confundi-la com um carcinoma epidermoide. Conjuntivo pode variar de frouxo e edematoso a densamente colagenizado. Usualmente, é visto um infiltrado inflamatório crônico, que consiste em linfócitos e plasmócitos. Menos frequentemente, leucócitos polimorfonucleares também estão presentes. Se as glândulas salivares subjacentes estiverem presentes, elas geralmente exibem sialadenite esclerosante
Hiperplasia Papilar Inflamatória- tratamento 
Para muitas lesões precoces de hiperplasia papilomatosa inflamatória, a remoção da dentadura pode permitir a remissão do eritema e do edema, e os tecidos podem retornar à sua aparência próxima ao normal. A condição também pode mostrar melhora após o uso de terapia antifúngica tópica ou sistêmica. Para casos mais avançados e para lesões colagenizadas, muitos clínicos preferem excisar o tecido hiperplásico antes de confeccionar uma nova dentadura
Diversos métodos cirúrgicos têm sido usados, incluindo os seguintes: 
Excisão cirúrgica com bisturi da espessura parcial ou total da lesão 
Curetagem 
Eletrocirurgia 
Criocirurgia 
Cirurgia a laser
2. Granuloma piogênico
O granuloma piogênico é um crescimento nodular da cavidade oral que, tradicionalmente, tem sido considerado como tendo natureza não neoplásica
Aumento de volume de coloração vermelha ou azulada, composto de tecido de granulação hiperplásico com muitos vasos sanguíneos
Resposta proliferativa à trauma ou irritação crônica - não é causado por MO piogênicos
Clínica
Pacientes jovens, 
Aumento do tamanho da Gengiva – má higiene, cálculo dentário 
corpos estranhos: língua, lábio e mucosa jugal 
Alterações hormonais – gravidez
Tratamento:
 Excisão cirúrgica e remoção dos agente traumáticos
Granuloma piogênico
Superfície lisa ou lobulada, frequentemente ulcerada 
Pedunculada ou séssil 
Coloração rosa, vermelha ou roxa 
Tamanho variável: Seu tamanho pode variar de pequenos crescimentos, com poucos milímetros, a grandes lesões que podem medir vários centímetros de diâmetro
Indolor 
Sangramento: aumento da vascularização
Granuloma piogênico
Granuloma piogênico
Granuloma piogênico -Características Histopatológicas 
O exame microscópico do granuloma piogênico mostra uma proliferação altamente vascular, semelhante ao tecido de granulação. Numerosos canais, pequenos e grandes, delimitados por endotélio, são formados e se apresentam obliterados por hemácias. Algumas vezes, esses vasos são organizados em agregados lobulares. Usualmente,a superfície é ulcerada e substituída por uma espessa membrana fibrinopurulenta. É evidente um infiltrado inflamatório misto de neutrófilos, plasmócitos e linfócitos. Os neutrófilos são mais prevalentes próximo à superfície ulcerada, enquanto as células inflamatórias crônicas são encontradas profundamente no espécime. Lesões antigas podem ter áreas com aparência mais fibrosa.
Granuloma piogênico
TRATAMENTO 
Excisão cirúrgica conservadora 
Remover fonte de irritação contínua (Raspar e alisar dentes adjacentes) 
Recidiva ocasional 
Evitar cirurgia durante o período gestacional 
Alterações estéticas e funcionais significativas
Fibroma ossificante periférico
Hiperplasia reativa do tecido conjuntivo que contém áreas de tecido mineralizado 
Genviva 
Relativamente comum 
Patogênese incerta
Cálculo e Biofilme 
Originado à partir do ligamento periodontal 
Células que sintetizam osso e cemento 
Adultos jovens (10-19 anos) 
2/3 Mulheres
Tratamento:
 Excisão cirúrgica. Avaliar fatores traumáticos
Fibroma ossificante periférico
Massa nodular 
Pedunculada ou séssil 
Geralmente desenvolve-se na papila interdental 
Coloração normal ou avermelhada 
Superfície frequentemente ulcerada 
Fibroma ossificante periférico
Os pesquisadores acreditam que alguns fibromas ossificantes periféricos se iniciam como granulomas piogênicos que sofrem maturação fibrosa e subsequente calcificação.
Entretanto, nem todos os fibromas ossificantes periféricos podem se desenvolver dessa maneira. O produto mineralizado provavelmente se origina de células do periósteo ou do ligamento periodontal
O fibroma ossificante periférico ocorre exclusivamente na gengiva
A coloração varia do vermelho ao rosa, e a superfície é frequentemente, mas nem sempre, ulcerada.
As lesões mais antigas comumente mostram a cicatrização da úlcera e uma superfície intacta. Lesões vermelhas ulceradas são confundidas com os granulomas piogênicos, enquanto as rosas, não ulceradas, são clinicamente semelhantes aos fibromas. Muitas lesões medem menos de 2 cm, embora ocasionalmente possam ocorrer grandes lesões. As lesões geralmente estão presentes por muitas semanas ou meses, antes de o diagnóstico ser feito.
Fibroma ossificante periférico
Fibroma ossificante periférico-
características histopatológicas 
O padrão microscópico básico do fibroma ossificante periférico é de uma proliferação de fibroblastos associada à formação de material mineralizado. Se o epitélio estiver ulcerado, a superfície é coberta por uma membrana fibrinopurulenta com uma zona de tecido de granulação subjacente. O componente fibroblástico profundo geralmente é celular, especialmente nas áreas de mineralização. Em alguns casos, a proliferação fibroblástica e a mineralização associada representam somente um pequeno componente de um grande aumento de volume semelhante a um fibroma ou a um granuloma piogênico. 
Fibroma ossificante periférico
TRATAMENTO
Excisão cirúrgica conservadora 
Remover fonte de irritação contínua (Raspar e alisar dentes adjacentes) 
Recidiva ocasional (16%)
Técnicas cirúrgicas periodontais, como os retalhos reposicionados ou enxertos de tecido conjuntivo, podem ser necessárias para reparar esteticamente os defeitos gengivais
Granuloma periférico de células gigantes 
Lesão reacional causada por irritação ou trauma local 
Gengiva ou rebordo alveolar 
Proliferação de células gigantes multinucleadas associada à abundante vascularização 
Macrófagos x Osteoclastos 
Relativamente comum 
60% mulheres 
1ª a 6ª décadas de vida
Granuloma periférico de células gigantes 
Características clinicas: 
Gengiva ou no rebordo alveolar 
Coloração variável: vermelho ao vermelho-azulado 
Lesões frequentemente pequenas (inferior a 2cm) 
Séssil ou pedunculada 
Pode estar ulcerada
Granuloma periférico de células gigantes 
Granuloma periférico de células gigantes 
Na lâmina própria, observou-se intensa celuraridade; infiltrado inflamatório crônico inespecífico e células gigantes multinucleadas, estas últimas conclusivas para o diagnóstico de GPCG (Figura 3).
Tecido conjutivo bastante celularizado com a presença de células gigantes multinucleadas e com vasos sanguíneos com hemaceas em seu interior
Granuloma periférico de células gigantes 
Foi optado pela exodontia do dente 38 por apresentar-se com mobilidade e perda óssea horizontal significativa, além da enucleação da lesão e de seus bordos, seguida de curetagem da loja óssea, assim como sugerem os autores1,9,4,6. A técnica adequada de curetagem é importante para evitar recidivas em que as taxas variam entre 4,9% e 9,8% dos casos1 (De Carli et al. 2006).
Granuloma periférico de células gigantes 
TRATAMENTO 
• Excisão cirúrgica 
• Raspagem e alisamento radicular: fonte de irritação contínua 
• Baixa frequência de recidivas

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