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Isadora Albuquerque – Medicina 7° periodo • Conceito: é uma doença inflamatória sistêmica crônica, autoimune, de etiologia desconhecida, com manifestações clínicas e laboratoriais diversas e de evolução e prognóstico variáveis. • O termo lúpus vem do latim que significa lobo, fazendo referência à lesão em asa de borboleta semelhante a coloração no rosto do lobo. Epidemiologia • Prevalência: 40-50 casos a cada 100.000 indivíduos. • Incidência: 2-8 casos por 100.000 hab/ano. • Idade: dos 16 aos 55 anos – pode ocorrer em qualquer idade • Sexo: 10 a 12 mulheres para 1 homem. • Raça: Nos EUA, asiáticos, negros e hispânicos possuem 2-4x mais chance de ter. No Brasil, pela miscigenação, não há muita diferença. • O antígeno, que pode ser estranho ou próprio, vai ser fagocitado pela APC, depois vai ser modificado dentro da célula, acoplado ao MHC e expresso na membrana celular, ativando o receptor da célula T, haverá a coestimulação dizendo que é necessário ter a resposta e, liberando a natureza desse antígeno, haverá o tipo de resposta (Th2 com ajuda do linfócito B - resposta Th17, e a resposta Th1 que é a resposta citotóxica). • Lúpus é a combinação de: Ambiente: vírus (Eptein-Barr), luz ultravioleta B (estimula os queratinócitos, induzindo a apoptose dos queratinócitos, com isso ocorre reconhecimento pelas células B e a formação de autoanticorpos) e tabagismo (maior prevalência e gravidade) Genética: HLA-DR2 e HLA-DR3, é mais comum nos gêmeos (principalmente nos monozigóticos), aumento nos casos de parentes de 1° grau, deficiência de C1e de C4 (diminui o clearance/limpeza do material necrótico, aumentando a chance da célula entrar em contato com coisas que não deveria) Hormonal e imunológico: estrógeno (como a maioria são mulheres jovens, elas possuem uma carga estrogência maior e esse estrógeno tem a capacidade de estimular a células B e T, macrófago, aumentar a produção de adesinas e de moléculas de adesão, contribuindo para a resposta imune), perda da autotolerância, linfócitos T e B hiper-reativos, apoptose desregulada, clearance defeituoso de células apoptóticas e imunocomplexos, dimininuição da produção de IL-2 e aumento de IL-17. • A sua apresentação é variável; • Todo órgão e sistema do corpo pode ser atingido pela doença; • A ÚNICA manifestação que pode vir sozinha e já dar o diagnóstico é a nefrite com sua respectiva biópsia. • Epidemiologicamente, os órgãos mais acometidos e os sintomas produzidos são justamente os dos critérios do Colégio Americano de Reumatologia: Isadora Albuquerque – Medicina 7° periodo • Critérios diagnósticos: CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS – ACR 1984/1997 1. Eritema malar 2. Lesão discoide 3. Fotossensibilidade 4. Úlceras otais/nasais 5. Artrite 6. Serosite (pleurite/pericardite) 7. Comprometimento renal 8. Alterações neuropsiquiátricas 9. Alterações hematológicas 10. Alterações imunológicas 11. FAN A presença de 4/11 critérios = sensibilidade (94%) e especificidade (92%) para LES • A presença de 4 critérios fecha o diagnóstico de lúpus. A presença de dois ou três, por exemplo, não fecha o diagnóstico, mas pode ser investigado como “lúpus provável”. Eritema malar Lesão eritematosa fixa em região malar, plana (geralmente) ou em relevo, que poupa o sulco nasolabial. Também chamada rash malar ou lesão em asa de borboleta. Lesão aguda, onde o paciente entrou em contato solar a pouco tempo. Lesão discoide Lesão eritematosa em placa, infiltrada, com escamas queratóticas aderidas e tampões foliculares, que evolui com cicatriz atrófica no centro e discromia. Lesão crônica e o paciente pode não estar tendo exposição solar. Fotossensibilidade Exantema cutâneo como reação não-usual à exposição à luz solar, de acordo com a história do paciente ou observado pelo médico. Paciente refere que fica mais queimado do que as demais pessoas quando exposta ao sol. Pode chegar ao ponto de fazer queimadura, como na foto. úlceras nas mucosas Úlceras orais ou nasofaríngeas, usualmente indolores, observadas pelo médico (busca ativa no palato duro dos pacientes). Na biópsia cutânea, a presença característica da banda lúpica, que são depósitos de imunoglobulinas na junção entre a derme e a epiderme. Ainda na biópsia, há a presença de infiltrado inflamatório na junção dermo-epidérmica, perianexial e perivascular. Ocorre espessamento da membrana basal secundário ao depósito de IgG, IgM, IgA e C3, vistos na imunofluorescência direta. Artrite Isadora Albuquerque – Medicina 7° periodo Não-erosiva envolvendo duas ou mais articulações periféricas, caracterizadas por dor, edema ou derrame articular e é quente. Essa artrite não é erosiva, diferente da artrite reumatoide que promove a destruição articular. A artrite lúpica não chega a tanta destruição assim. Serosite (inflamação das serosas) Pleuris (dor pleurítica, atrito auscultado pelo médico ou evidência de derrame pleural) ou pericardite (ECG, atrito ou evidência de derrame pericárdico). Num paciente aleatório, é importante fazer o diagnóstico diferencial (se há outra causa). Importante lembrar que além das já citadas, temos como outras serosas que podem ser acometidas no LES: dura-máter, peritônio, entre outras, mas eles não entram como critérios diagnósticos. Nefrite lúpica É o principal órgão da doença lúpica, que precisa ser feita busca ativa no paciente para que ele não desenvolva a doença. É caracterizado por proteinúria persistente (>0,5g/dia ou EAS com 3+ ou EAS com cilindrúria anormal). Fisiopatologia: ocorre uma deposição de um anticorpo anti-DNA que quando se liga, ativa o complexo C1 do complemento. Quando esse C1 é ativado, ele vai ativar a via clássica, que vai ativar C4 e vai haver diminuição desse C4 no paciente. Tudo isso ativa a cascata do complemento - a via final é a cascata de ataque a membrana e tem a lise celular. Caracterização clínico-laboratorial da nefrite lúpica: Escore internacional da sociedade de nefrologia: A biópsia só é feita em casos duvidosos e/ou refatários ao tratamento. Classe I (lesão mínima): alteração só na microscopia eletrônica, na óptica está normal. Essa não entra na biópsia, pois o paciente não apresenta, sequer, sintomas. Classe II (mesangial): o paciente começa a ter alteração na excreção urinária, que vai aumentando pode se tornar a forma proliferativa (acometimento do glomérulo como um todo). Classe III (proliferativa focal): na biópsia, tem menos de 50% dos glomérulos acometidos. Classe IV (proliferativa difusa): na biópsia, tem mais de 50% dos glomérulos acometidos. Classe V (membranosa): é uma glomerulonefrite mais cicatricial, na qual há mais perda proteica, mais do que inflamação e outras alterações Classe VI (esclerosante): o rim já perdeu a função e o paciente já está em fila de transplante. Alterações neuropsiquiátricas Isadora Albuquerque – Medicina 7° periodo Convulsão (na ausência de outra causa) ou psicose (na ausência de outra causa). O paciente que apresentar os dois, só pontua 1 ponto. Existem muito mais alterações psiquiátricas que podem ser causadas pelo Lúpus, mas para critério diagnóstico só psicose e/ou convulsão. Alteracões hematológicas Anemia hemolítica (alteração de bilirrubinas, aumento de reticulócitos, aumento do DHL, Coombs positivo) OU Leucopenia (menor que 4.000/mm3 em 2 ou mais ocasiões) OU Linfopenia ((menor que 1.500/mm3 em 2 ou mais ocasiões) OU Plaquetopenia (menor que 100.000/mm3 SEM outra causa). Se o paciente apresentar mais de um dessas alterações, só pontua 1. O único tipo de anemia que entra na classificaçãode LES é a hemolítica, embora a mais prevalente seja a anemia de doença crônica. Alterações imunológicas Anticorpo anti-DNA nativo Ou Anti-Sm Ou Anticorpo antifosfolípide (que são 3): 1. Níveis anormais de IgG ou IgM anticardiolipina; 2. Teste positivo para anticoagulante lúpico ou 3. VDRL falso-positivo por, no mínimo, 6 meses. Basta ter um desses critérios para ganhar ponto no critério de alteração imunológica. Anticorpos antinucleares- FAN Título anormal de anticorpo antinuclear por imunofluorescência indireta ou método equivalente, em qualquer época, e na ausência de drogas conhecidas por estarem associadas à síndrome do lúpus induzido por drogas. Na prática clínica, o FAN é dado como obrigatório, pois não existe paciente lúpico que nunca positivou esse anticorpo.Todavia, durante o tratamento ele pode negativar. Sobre o FAN... É feito para reconhecer os anticorpos antinucleares. Como é feito? há uma lâmina de vidro cheia de poros e dentro desses poros é cheio de células dentro (células humanas, de carcinoma de laringe, as HEP-2), joga-se o sobrenadante/soro do sangue do paciente, se tiver anticorpos, eles se ligarão ao núcleo. Nesse ponto, adiciona-se o anticorpo padronizado com fluoresceína do laboratório (próprio para se ligar pela porção FC à proteína). Liga-se a luz do microscópio, se perceber o padrão da imagem acima, é positivo. Padrões de FAN: PADRÕES DE FAN O padrão de FAN varia uma vez que o anticorpo pode se ligar a proteínas diferentes. Ao desenrolar do cromossomo do anticorpo, podemos perceber quais proteínas estão presentes. Essas proteínas não vem no laudo, o médico é quem subentende quando vê o resultado do exame. Ex: se vier o resultado homogêneo, é possível inferir que as proteínas que estão sendo ligadas ao anticorpo são o Isadora Albuquerque – Medicina 7° periodo DNA, histona ou a cromatina, porque elas estão espalhadas no núcleo. Nesse ponto, nós pedimos os exames mais específicos, por exemplo, o anti-DNA. Se o exame trouxer homogêneo, importante lembrar no que a ssuas proteínas podem causar, ex: anti-DNA positivo causa nefrite anti-histona positivo tem relação com lúpus induzido por drogas e assim sucessivamente (como na imagem acima). Se houver correlação entre exame e clínica, pede-se o exame do anticorpo específico (ex: anti-DNA) A titulação do FAN é importante, já que em pacientes com doença autoimune (não só o LES), ela é moderada (1/160) ou alta (1/640). Já em pacientes saudáveis, a titulação é baixa (<1/80). A titulação varia de acordo com o número de vezes em que foi preciso diluir o anticorpo em água. Ex: se foi necessário 80x para diluir, ou seja, eu diluo 80x e o anticorpo ainda dá positivo, dizemos que a titulação é de 1/80. Quanto maior o denominador, maior a titulação e, consequentemente, maior a chance do paciente ter doença reumática. Interpretação de um FAN positivo: Tem doença autoimune; REUMÁTICA OUTRAS 1.Lúpus 2. Esclerose sistêmica 3. Artrite reumatoide 4. Síndrome de Sjogren 5. Hepatite autoimune 6. Tireoidite de Hashimoto 7. Psoríase 8. Cirrose biliar primária Sempre interpretar com o quadro clínico do paciente. Não tem doença. Se o FAN der positivo e o paciente não tem diagnóstico das doenças supracitadas, pensaremos em: 1. FAN transitório (nas infecções crônicas, como tuberculose, hanseníase, uso de medicações ou neoplasia. Nesses casos, podem haver um aumento da autoimunidade transitória, pois, passado o quadro, o FAN volta a negativar). 2. Traço familiar de autoimunidade (paciente tem parentes de primeiro ou segundo grau com doença autoimune, possui o FAN positivo, mas não desenvolve a doença) 3. Manifestação precoce de doença autoimune (quando ainda vai desenvolver a doença, por isso é importante acompanhar pelo clínico) 4. Indivíduo saudável (paciente saudável que pode viver com um FAN positivo a vida inteira e não desenvolver a doença, mas tem que acompanhar pelo clínico) O anti-Sm é pouco sensível, ou seja, poucas pessoas tem ele positivo, mas é muito específico, ou seja, quando der positivo, é lúpus mesmo. O anti-DNA é mais sensível (mais pessoas tem positivo) e altamente específico. Envolvido com atividade lúpica e doença renal. Anti- Ro e anti-La são muito envolvidos com pele (fotossensibilidade), lúpus neonatal e com a Síndrome de Sjögren (caracterizado por xeroftalmia e xerostomia, é uma inflamação das glândulas exócrinas) Anti-p-ribossomal é muito envolvido com manifestação neuropsiquiátrica e pouquíssimo com atividade renal. Inibidor lúpico e anticardiolipina (ACA) fazem parte dos anticorpos com anticorpo antifosfolípide, ambos relacionados com SAAF, perda fetal, trombose, diminuição de plaquetas, etc. Alvos terapêuticos: Indução da remissão: pode ter surtos de melhora e piora, mas é importante sempre tentar manter em remissão; Manutenção da remissão; Vigilância e prevenção das comorbidades e dos problemas que vão surgindo ao longo do tempo; Qualidade de vida. Medidas gerais: Educação do paciente: explicar o que é a doença (não é contagiosa, não é câncer, etc) Evitar exposição aos raios-UV: toda vez que o sol ativa os queratinócitos, ele pode ativar a doença; Dieta para controle do peso: isso é o controle cardiovascular; Evitar tabagismo e álcool, pois estão relacionados com as formas graves; Realizar atividade física; Atualizar cartão vacinal: esses pacientes usam corticoide, vão imunossuprimir, precisam estar com as vacinas em dia; Planejamento familiar; Prevenção de osteoporose; POR QUE O PACIENTE LÚPICO PODE TER OSTEOPOROSE? a) Uso de corticoide; Isadora Albuquerque – Medicina 7° periodo b) Doença renal que pode estar presente; c) O fato de ser uma doença inflamatória crônica com muita produção do L-RANK e estimulação do osteoclástico; d) Por ser necessário a pouca exposição solar. Prevenção de doenças cardiovasculares: por ser uma doença inflamatória sistêmica crônica – esses pacientes têm aterosclerose precoce. Depende da gravidade e do órgão acometido; Normalmente usa-se o corticoide por ter ação mais rápida. Início: dose imunossupressora: 1-2mg/kg/dia (prednisona); Dose anti-inflamatória: 0,5 mg/kg/dia (prednisona); A depender da gravidade (mais ou menos) e do órgão acometido (mais ou menos nobre) inicia com dose imunossupressora ou dose anti-inflamatória. Em pacientes compensados: dose baixa/manutenção (segura): 5-7,5 mg/dia (prednisona) – essa é a única dose que não precisa do peso. Prednisona é o corticoide de referência; Antimaláricos e imunossupressores: São medicações usadas para poupar o uso de corticoide e para aumentar a sua eficácia. Disfosfato de cloroquina e hidroxicloroquina; A hidroxicloroquina atua impedindo que o lisossomo se rompa e, com isso, libere o conteúdo inflamatório de dentro da célula, diminuindo a sua inflamação. Também diminui a produção de trombos. Metotrexato, leflunomide, azatioprina, ciclofosfamida, miclofenolato, clorambucil, ciclosporina. Manutenção da remissão. Menor tempo e dose possíveis. Na gravidez a resposta imune está modulada e não suprimida. No sinciciotrofoblasto há material genético tanto do pai, quanto da mãe. Nele vai haver produção de uma série de citocinas e de outras células inflamatórias que vai fazendo modulação da gestante, com isso, acaba tendo uma diminuição da imunidade Th1 (celular) e aumento da imunidade Th2 (humoral) A resposta Th1 é reduzida para que não haja rejeição do embrião e a resposta Th2 aumenta para produzir mais autoanticorpos e proteger a mãe e o feto. Como a artrite reumatoide é uma doença que envolve mais resposta Th1, na gravidez ela tende a melhorar.O contrário acontece com o lúpus, já que sua resposta é mais Th2. Esclarecimentos gerais: A fertilidade NÃO está alterada; Não é indicado fazer contracepção com anticoncepcionais, pelo risco muito maior de fenômenos trombóticos e ainda pode aumentar a chance de recaída, pela presença do estrógeno. LES ativo: progesterona; LES inativo: 30-35 ug etinil estradiol + progesterona OU DIU. Em geral, há muitas recaídas durante a gravidez e no pós-parto. Entretanto, se a doença estiver inativa POR 2 ANOS, vale a pena correr o risco de ter um filho. Grávida lúpica sempre é pré-natal de alto risco. Medicamentos: são permitidos antimaláricos e corticoides. No feto, pode ter um processo autoimune transitório chamado lúpus neonatal. Está associado à presença de anticorpo materno na circulação fetal contra proteína SSA/RO (anti- Ro) e SSB/La (anti-la), por isso o pré-natal é de alto risco. Pode ter, no feto, repercussões como: Bloqueio cardíaco congênito isolado (BCCI) e/ou manifestações cutâneas e hematológicas. As alterações cutâneas e hematológicas são geralmente transitórias, mas o BCCI pode causar uma alta mortalidade. Isadora Albuquerque – Medicina 7° periodo Incidência: baixa (1,2% das mães lúpicas), mas quanto existe o BCCI, a mortalidade aumenta para 20-30%. O tratamento é feito com corticoides (dexametasona ou betametasona que atravessam a barreira placentária). E, caso necessário, pode colocar marcapasso definitivo no bebê intraútero. O antimalárico na gestação parece prevenir o lúpus neonatal A síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAAF) é uma trombofilia autoimune adquirida, que pode ser primária ou secundária, caracterizada por trombose (arterial e/ou venosa) e/ou perdas gestacionais recorrentes, associada a presença persistente de anticorpos contra fosfolipídios. Classificação: Primária: Secundária: a forma mais comum é ser secundária ao LES. Outros sintomas: trombocitopenia, cefaleia e livedo reticularis (redilhado cutâneo muito presente nos MMII). Diagnóstico: CRITÉRIOS CLÍNICOS 1. Trombose vascular: venosa ou arterial 2. Morbidade gestacional. CRITÉRIOS LABORATORIAIS 1. Anticardiolipina (IgG ou IgM) em 2 ou mais ocasiões. 2. Inibidor lúpico (IL) em 2 ou mais ocasiões. 3. Anti-beta2-glicoproteína (IgG ou IgM) em 2 ou mais ocasiões. Um critério clinico + um critério laboratorial = SAAF SAAF não tratada aumenta para 80% a chance de aborto; LES com inibidor lúpico tem 6x mais risco de trombose; LES com anticorpo anticardiolipidina (ACA) tem 2x mais risco de trombose; Tratamento: é necessário anticoagular o paciente Não se usa imunossupressor na SAF. Prevenção primária: só anticorpos positivos. AAS em casos selecionados. Prevenção secundária: alvo INR 2,0-3,0. Se já teve lesão (trombose) → AAS + anticoagulante oral (Warfarina) por tempo indeterminado (provavelmente o resto da vida) Se só teve alteração durante a gestação (morbidade gestacional), mas normal sem a gravidez → AAS em baixas doses. Na gestação: AAS + Heparina de baixo peso molecular após USG com feto implantado no endométrio e usar até 6 semanas pós parto. Ainda na gestação, há a opção de usar a Varfarina da 14ª (antes disso é teratogênico) a 34ª semana e no pós-parto (para evitar hemorragias durante o parto e no puerpério). Quadro semelhante ao LES, com raro acometimento renal e do SNC. Quadro: História de contato com procainamida, hidralazina, fenitoína, peniciclamina, Sulfaziazina, quinidina, carbamazepina, isoniazida e alfa-metil-dopa. Curso benigno. Perfil imune: FAN + com anti-histona + (DNA e SM negativos) Tratamento: Corticóide + retirada do fármaco desencadeante. 1. Davidson A, Berthier C, Kretzler M. In: Dubois' Lupus Erythematosus and Related Syndromes (8th Ed). Philadelphia, PA: Saunders; 2013:237- 255. 2. Dellavance A, Leser PG, Andrade LEC. Análise Crítica do Teste de Anticorpos Antinúcleo (FAN) na Prática Clínica. Rev Bras Reumatol 2007; 47(4):265-275. 3. Giannouli S, Voulgarelis M, Ziakas PD, Tzioufas AG. Anaemia in systemic lupus erythematosus: from pathophysiology to clinical assessment. 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