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CHOQUES Professor Luis Andrade Enfermeiro Obstetra, Especialista em Saúde da Família e pesquisador da Universidade de Toronto, Canadá. CHOQUE Choque significa um estado de extrema gravidade colocando em risco a vida do paciente. Em todos os tipos de choques ocorre a queda da pressão arterial e consequentemente um distúrbio na circulação de sangue, afetando os órgãos e tecidos do corpo. EFEITOS CELULARES A célula fica túrgida e a membrana celular fica mais permeável; Os líquidos e eletrólitos entram e saem da célula. As mitocôndrias e os lisossomos são lesionados e a célula morre. ESTÁGIO DOS CHOQUES ESTÁGIO COMPENSATÓRIO PA NORMAL A vasocontrição, a FC aumenta e contratilidade do coração aumentada contribuem para manter o dépido cardíaco alto - SNS + CATECOLAMINAS Ativação da renina-angiostensina (vasoconstrição) Liberação da aldosterona (> reabsorção de sódio e água) Aumenta pré--carga e diminuiu débito urinário ESTÁGIO DOS CHOQUES ESTÁGIO PROGRESSIVO ESTÁGIO DOS CHOQUES ESTÁGIO IRREVERSÍVEL CHOQUE CARDIOGÊNICO DEFINIÇÃO É uma situação de hipoperfusão tecidual sistêmica devido à incapacidade do músculo cardíaco fornecer débido adequado às necessidades do organismo. CAUSAS • IAM - Infarto agudo do miocárdio (baixa perfusão) •Arritimia ventricular •Compressão extrínseca ( tamponamento cardíaco) •Obstução fluxo saída ( alta RVP arterial) • Insuficiência cardíaca •Sepse •Empolia pulmonar CAUSAS MECANISMO COMPENSATÓRIO DC - OS BARORRCEPTORES SÃO ATIVADOS •SNCS aumenta sua capacidade de ativação • NA(NORADRENALINA) NO CORAÇÃO, VASOS E RINS { Tenta FC SINTOMAS Os sintomas que podem indicar um possível choque cardiogênico são: •Respiração rápida •Aumento exagerado do batimento cardíaco; •Desmaio repentino; •Pulso fraco; •Suor sem causa aparente; •Pele pálida e extremidades frias; •Diminuição da quantidade de urina. •Nos casos onde há acúmulo de líquido nos pulmões ou edema pulmonar, também pode surgir falta de ar e sons anormais ao respirar, como chiado, por exemplo. DIAGNÓSTICO O diagnóstico de choque cardiogênico precisa ser feito o mais rápido possível no hospital . Poderá utilizar alguns exames, como medição da pressão arterial, eletrocardiograma ou raio X do peito, para confirmar o choque cardiogênico e iniciar o tratamento mais adequado. TRATAMENTO •Remédios para aumentar a força do coração, como Noradrenalina ou Dopamina; •Aspirina, para diminuir o risco de formação de coágulos e facilitar a circulação do sangue; •Diuréticos, como Furosemida ou Espironolactona, para diminuir a quantidade de líquidos no pulmão. •MEDICAMENTOS 2. CATETERISMO Este tipo de tratamento é feito para restaurar a circulação para o coração, caso tenha ocorrido um infarto, por exemplo. Para isso, o médico geralmente insere um cateter, que é um fino longo e comprido, através de uma artéria, geralmente na região do pescoço ou da virilha, até ao coração para remover um possível coágulo e permitir que o sangue volte a passar adequadamente. 3. CIRURGIA A cirurgia normalmente só é utilizada nos casos mais graves ou quando os sintomas não melhoram com o uso de medicamentos ou cateterismo. Nestes casos, a cirurgia pode servir para corrigir uma lesão no coração ou para fazer um bypass cardíaco, no qual o médico coloca outra artéria no coração para que o sangue passe até à região que está sem oxigênio devido à presença de um coágulo. CHOQUE HIPOVOLÊMIC O DEFINIÇÃO É provocado pela perda de grandes volumes de líquidos do corpo. Exemplos: hemorragias, desidratação por diarreia, vômitos intensos ou calor excessivo, perda de plasma causada por queimaduras. Nesta situação, há uma queda importante da pressão arterial causando uma falha no sistema circulatório incapaz de manter a pessoa viva. •Hemorragias graves •Perda de líquida do organismo como: hemorragias, desidratação por diarreia, queimaduras muito graves ou vômitos excessivos. CAUSAS Isso acontece porque devido à diminuição de líquidos e sangue, há alteração na distribuição de oxigênio para órgãos e tecidos, resultando na morte celular e, consequentemente, falência de órgãos, no caso de não ser identificada e tratada. Além disso, devido à diminuição do fornecimento de oxigênio, acontece uma maior produção de lactato, o que pode ser tóxico para o organismo em grandes concentrações. MECANISMO COMPENSATÓRIO VS SNAS{DC Na Na FC RVP -SRAA aumenta atividade e retém sódio e águaCORAÇÃO VASOS Na RINS intensifica a vasoconstrição •Dor de cabeça constante, que pode ir piorando; •Cansaço excessivo e tontura; •Náuseas e vômitos; •Pele muito pálida e fria; •Confusão; •Dedos e lábios azulados; •Sensação de desmaio. SINTOMAS TRATAMENTO Feito através da transfusão sanguínea e a administração de soro diretamente na veia, sendo fundamental parar a causa do sangramento ou a situação que leva à perda de líquidos.A morte causada pelo choque hipovolêmico só ocorre se a quantidade de sangue e líquido perdida corresponder a mais de 1/5 do volume total da quantidade de sangue de um ser humano, o que significa, aproximadamente, 1 litro de sangue. CUIDADOS DA EQUIPE DE SAÚDE CHOQUE SÉPTICO DEFINIÇÃO Consequência da septicemia, ou seja, uma infecção generalizada. No choque séptico as toxinas liberadas pelas bactérias provocam uma inflamação descontrolada no organismo paralisando o fígado, os rins, os pulmões ficam cheios de água dificultando a respiração, o coração se torna fraco para bombear o sangue ao resto do corpo e caso não sejam tomadas medidas urgentes para reverter o quadro, o paciente entra em falência múltipla de órgãos e óbito. Choque séptico é geralmente causado por infecção bacteriana. Qualquer tipo de bactéria pode causar choque séptico. Fungos e vírus também podem causar essa condição, embora infecções virais sejam extremamente raras. CAUSAS O organismo também produz uma forte resposta inflamatória às toxinas. Essa inflamação pode contribuir para que ocorram danos nos órgãos. •Extremidades frias e pálidas •Temperatura alta ou muito baixa, tremores •Tontura leve •Pressão arterial baixa, especialmente quando de pé •Produção de urina reduzida ou ausente •Palpitações •Frequência cardíaca acelerada • Inquietação, agitação, letargia ou confusão •Falta de ar •Exantema cutâneo ou descoloração da pele SINTOMAS CUIDADOS DA EQUIPE DE SAÚDE *CUIDADOS BÁSICOS DAS EQUIPES DE ENFERMAGEM E DA EQUIPE MÉDICA REDUZEM CONSIDERAVELMENTE A INCIDÊNCIA DE CHOQUE SÉPTICO CHOQUE ANAFILÁTICO DEFINIÇÃO É a forma mais grave de reação de hipersensibilidade (alergia), desencadeada por diversos agentes como drogas, alimentos e contrastes radiológicos. Os sinais e sintomas podem ter início após segundos à exposição ao agente ou até uma hora depois. A avaliação e o tratamento imediatos são fundamentais para evitar a morte. •venenos: abelhas, marimbondos, vespas, etc;- •medicamentos: alguns antibióticos, como a penicilina, alguns antinflamatórios, anestésicos, contrastes contendo iodo, insulina, entre outros; • alimentos: camarão, mariscos, frutos do mar, amendoim, dentre outros; • latex: derivados da borracha, como luvas. CAUSAS • - sensação de desmaio; • - pulso rápido; • - dificuldade de respiração, incluindo chiados no peito, tosse; • - náusea e vômito; • - dor no estômago; • - inchaço nos lábios, língua ou garganta; • - placas altas e com coceira na pele (urticária); • - pele pálida, fria e úmida; • - tontura, confusão mental, perda da consciência; • - parada cardíaca. SINTOMAS TRATAMENTO O tratamento do choque anafilático deve ser iniciado com rapidez nos serviços de saúde de urgência e emergência. É importante saber que, apesar de ser uma situação de emergência, é controlável e reversível desde que diagnosticada e tratada a tempo. O esclarecimento e a correta orientaçãodo paciente e de seus familiares, bem como a prevenção, constituem o melhor tratamento da anafilaxia, reduzindo sua mortalidade. CUIDADOS DA EQUIPE DE SAÚDE CHOQUE NEUROGÊNIC O DEFINIÇÃO O choque neurogênico acontece quando existe uma falha de comunicação entre o cérebro e o corpo, fazendo com que os vasos sanguíneos percam o seu tônus e dilatem, dificultando a circulação do sangue pelo corpo e diminuindo a pressão arterial. Quando isso acontece, os órgãos deixam de receber o oxigênio necessário e, por isso, deixam de conseguir funcionar, criando uma situação que coloca a vida em risco. A principal causa de choque neurogênico é o acontecimento de lesões na coluna, devido a pancadas fortes nas costas ou acidentes de trânsito, por exemplo. No entanto, a utilização de um técnica incorreta para fazer anestesia peridural no hospital ou o uso de algumas drogas ou medicamentos que afetam o sistema nervoso também podem ser causas de choque neurogênico. CAUSAS •Os dois primeiros sintomas mais importantes do choque neurogênico são a diminuição rápida da pressão arterial e o abrandamento do batimento cardíaco. •Diminuição da temperatura corporal, abaixo de 35,5ºC; •Respiração rápida e superficial; •Pele fria e azulada; •Tonturas e sensação de desmaio; •Excesso de suor; •Ausência de resposta a estímulos; •Alteração do estado mental; SINTOMAS •Redução ou ausência da produção de urina; • Inconsciência; •Dor no peito. TRATAMENTO • Imobilização: é usada nos casos em que acontece uma lesão na coluna, de forma a evitar que se agrave com os movimentos; •Uso de soro diretamente na veia: permite aumentar a quantidade de líquidos no corpo e regular a pressão arterial; •Administração de atropina: um remédio que aumenta os batimentos cardíacos, caso o coração tenha sido afetado; •Uso de epinefrina ou efedrina: juntamente com o soro, ajudam a regular a pressão arterial; •Uso de corticoides, como metilprednisolona: ajudam a diminuir as complicações de lesões neurológicas. CUIDADOS DA EQUIPE DE SAÚDE CASO CLÍNICO Paciente do sexo feminino, 49 anos, com depressão maior e alcoolismo crônico. Admitida no Pronto-Socorro quatro horas após ingestão voluntária de 60 comprimidos de dissulfïram (15g), 16 comprimidos de clonazepam (8mg) e 6 comprimidos de maprotilina (450mg), associada ao consumo de álcool. Do exame clínico, destacavam-se sonolência, taquipnéica e má perfusão periférica. Pressão arterial: 68 - 35 mmHg; frequência cardíaca: 105 bpm. Ausculta pulmonar com estertores bolhosos difusos. Dos resultados bioquímicos, salientava-se uma proteína C reativa elevada (PCR) - 31 mg/dl. A gasometria revelava hipoxemia grave (PaO2 66 mmHg, com FiO2 85%). http://www.scielo.br/pdf/abc/v92n3/16.pdf QUESTÃO 1 QUAL QUADRO DE CHOQUE ESTÁ O PACIENTE ACIMA? QUESTÃO 2 QUAL CONDUTA VOCÊ TOMARIA COMO ENFERMEIRO DO PS? QUESTÃO 3 ESCREVA OS TRÊS PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PARA ESSE PACIENTE, PRESCREVENDO 2 CUIDADOS PARA CADA DIAGNÓSTICO QUESTÃO 4 COMO DEVERÃO SER AS ORIENTAÇÕES DE ALTA, EM CONSULTA DE ENFERMAGEM, PRESTADA PELO ENFERMEIO DO ANDAR, PENSANDO NO BEM-ESTAR, NA QUALIDADE DE VIDA, E NA PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO DESSE PACIENTE ? CHOQUES Professor Luis Andrade Enfermeiro Obstetra, Especialista em Saúde da Família e pesquisador da Universidade de Toronto, Canadá.
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