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– Do Poder Familiar FAMÍLIA 1. Introdução Princípio da prevalência em família natural e sua convivência com os membros Obs.: Constituição Federal, art. 226, A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. Escola – socialização secundária §4ºEntende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. – Entende-se também família, aquela formada por apenas um dos pais. §7ºFundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito (planejamento familiar – que não existe), vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. – Por exemplo, o estado brasileiro não regula a quantidade de filhos que uma pessoa pode ter. O estado pode educar para a vida sexual, mas nunca obrigar a não ter filhos. §8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. - Criação de legislações que visam coibir a violência no meio família. Família não é só pai e mãe, como também pode ser monoparental; O estado não pode interferir de forma coercitiva no controle de natalidade e precisar e ainda deve assegurar a proteção familiar. Da Família Natural (art. 25 do ECA) Família Natural comunidade formada pelos: · Pai ou qualquer deles · Seus descendentes Família pode ser só com pai ou só com mãe, não existe problema nessa questão Família monoparental aparece na constituição de 88. A criança pode ser retirada da família apenas em última hipótese, sempre dando preferência a alguém da família natural (parentes mais próximos). Exemplo: caso pai/mãe cometa crime contra a criança. Ideia central é ficar na família sempre, apenas em situações extremas, ocorrerá o inverso. Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. Da Família Ampliada ou extensa Art. 25. Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. Família Ampliada formada pelos: · Parentes próximos · Afetividade e afinidade (não apenas consanguíneos). O ideal é sempre manter vínculos Obs: Família Socioafetiva (pais/mãe de criação) (Desbiologização da Paternidade) Pai e mãe não são apenas aqueles biológicos. Família Socioafetiva: aquela que não tem vínculo natural – pais de criação. Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude. §3º A busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do artigo 25 desta Lei, respeitará o prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogáveis por igual período. §4º Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro representante da família extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá decretar a extinção do poder familiar e determinar a colocação da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional. Da família substituta (art. 28 ao 32, ECA) Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei. COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA PODERÁ OCORRER PELA: · GUARDA: art. 33 ao 35; · ADOÇÃO: art. 39 ao 52; · TUTELA: art. 36 ao 38. Colocação em família substituta: Obs: Criança – infantil – in(não) (Somente opina) por falta de discernimento; Adolescente – a partir de 12 anos (Será necessário o consentimento); Obs: Evitar a separação de irmãos – o ideal é que os irmãos sejam adotados juntos, por perder toda a referência de sua linha; Obs: Participação do Estado (município – ente governamental mais próximo) em todas as fases; Obs: Não pode haver a transferência para qualquer ente (governamental, não governamental, terceiros), sem autorização judicial; Obs: Família substituta precisa ser considerada propícia; Obs: Família substituta Estrangeira, somente, por meio da adoção – ou seja, uma família estrangeira não poderá ter a criança por meio de guarda ou tutela Obs: encargo nos autos, tutela e guarda - a pessoa que tem a guarda e a tutela tem responsabilidades; Obs: acolhimento institucional, mais excepcional ainda (entidades de acolhimento) – instituições que abrigam crianças e adolescentes que não tem família (natural ou extensa) que ainda não possuem família substituta. A criança vai para um local de acolhimento para que seja investigado se possui família, para posteriormente ser colocada para adoção. DA ADOÇÃO (No latim “adoptare” que significa escolher, perfilhar, dar o seu nome a optar, ajuntar, escolher, desejar) (art. 39 ao 52). 1. Considerações iniciais Efeitos de natureza pessoal a) parentesco artigo 41 caput; Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais (irmão casar com irmão, pai casar com filho, etc – o adotado não pode casar com nenhum membro de sua família natural/biológica, de acordo com o art, 1.521 do cc. §1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes. §2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação hereditária. – Direito sucessório garantido – herdeiro necessário b) extinção do parentesco entre a família biológica e o adotado - o adotado não pode casar com nenhum membro de sua família natural/biológica, de acordo com o art., 1.521 do cc. c) poder familiar – o poder familiar será transferido para a família que adotou, ou seja, a família natural deixa de ter ingerência na vida (decisões) em relação a criança ou adolescente. d) A Possibilidade de alteração do nome e prenome do adotando e igualdade de direitos entre irmãos por adoção e biológicos - Irmão biológico não possui mais ou menos direitos que o adotado. Efeitos de natureza patrimonial a) A obrigação devida reciprocamente entre adotante e adotado no quesito de prestação de alimentos; o filho adotado também possui obrigações com seus adotantes no que tange a prestação de alimentos b) O Direito sucessório do filho adotado é igual ao do filho biológico (art. 227, § 6o, da CF e Código Civil, artigo 1.628) - c) O adotante pode administrar e usufruir os bens do adotado menor (Código Civil, artigo 1689 e seguintes). 2. Da Adoção 2.1 Conceito Obs: Retirada da criança da família biológica Obs: Adoção monoparental(solteiro) Obs: Adoção à brasileira (art. 242, cp) Obs: Adoção Nuncupativa ou póstuma (art. 42§5) Obs: Efeito retroativo para direitos hereditários Obs: Princípio da não discriminação quanto à origem da filiação (art. 20) Obs: Não podem adotar: os ascendentes e os irmãos (art. 42 §1) Obs: Primos e tios Obs: O tutor e o curador podem adotar (art. 46§1) Obs: Adoção unilateral 3. Características da Adoção Ato personalíssimo (art. 39§2) Irretratável (art. 47) Medida excepcional (art. 39§1) Medida irrevogável (art. 39§1) Medida incaducável (art. 49) Plena (art. 41) Constituída por sentença judicial (art. 47) 4. Requisitos para Adoção (art. 197-A) Subjetivos Idoneidade do adotante, moral, social, psíquica mais motivos para adotar Objetivos (art. 42 eca) 1. Idade do adotante X>= 18, ressalvando que deve ser 16 anos mais velho que o adotando (art. 42 §3) 1.1 Estado civil importa? 1.2 Consentimento 1.2.1 existência de paisbiológicos ou representantes legais 1.2.2 Adotado mais de 12 anos (art. 45 §2º) 4.1 Pedido para habilitação à adoção Primeira fase 4.1.1 Documentação (197-A) 1) Cópias autenticadas: da Certidão de nascimento ou casamento, ou declaração relativa ao período de união estável; 2) Cópias da Cédula de identidade e da Inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); 3) Comprovante de renda e de residência; 4) Atestados de sanidade física e mental; 5) Certidão negativa de distribuição cível; 6) Certidão de antecedentes criminais. Segunda fase 2º) Análise de documentos Serão autuados; analisados pelo mp, pode haver requisição de documentos adicionais Terceira fase 3º) Avaliação da equipe interprofissional Fase importante pois: quais os motivos que levaram a adoção; expectativas; qual o papel do filho para o adotante Quarta fase 4º) Participação em programa de preparação para adoção Obrigatório, previsto no eca. Quinta fase 5º) Análise do requerimento pela autoridade judiciária estudo psicossocial; certificação de participação no programa para adoção; parecer do mp; decisão judicial deferindo ou não a habilitação; Obs: A habilitação é válida por 3 anos, renováveis; prazo para conclusão do procedimento 120 dias, prorrogáveis Sexta fase 6º) Ingresso no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento Após à habilitação, os dados são inseridos no banco nacional; Sétima Fase 7º) Buscando uma família para a criança/adolescente Perfil requerido pelo adotante; Visitas acompanhadas; informações referentes ao adotando Oitava fase 8º) O momento de construir novas relações Estágio de convivência -Duração máxima de 90 dias renováveis Obs: Pode ser dispensado art. 46§1 Obs: Estágio de convivência adoção internacional mínimo de 30 dias; máximo 45 dias, renováveis. Obs: territorialidade (art. 46§5) Nona fase 9º) Uma nova família Proposição da ação de adoção – início do prazo, primeiro dia após o estágio de convivência Prazo para término do processo 120 dias, prorrogáveis. DIGRESSÃO IMPORTANTE (ART. 50.) Cadastros distintos Dispensa do Cadastro (art. 50 § 13) I - Se tratar de pedido de adoção unilateral; II - For formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade; III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei. Cadastro Prioritário (art. 50 § 15) §15. Será assegurada prioridade no cadastro a pessoas interessadas em adotar criança ou adolescente com deficiência, com doença crônica ou com necessidades específicas de saúde, além de grupo de irmãos. 5. A origem biológica (art. 48, §1) Obs: 12.010/09 Após 18 anos, conhecimento total dos fatos Antes dos 18 anos, acompanhamento jurídico e social ADOÇÃO INTERNACIONAL (ART. 46 §3) (art. 1629-cc) Obs: Convenção de Haia (1993), art. 51 (requisito objetivo) Conceito Obs: Preferência para brasileiros residentes no exterior (art. 51 §2) 2. Natureza jurídica Caráter estritamente subsidiário (art. 31); (art. 51§1,II) (art. 50§10) 3. Requisitos (art. 51 e 52) §1 o A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado: I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto; Obs: Impossibilidade de manutenção na família originária II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente em família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou adolescente, após consulta aos cadastros mencionados nesta Lei; Obs: inexistência de Brasileiros aptos a adoção III- que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto nos §§ 1ºe 2º do art. 28 desta Lei. Obs: sendo criança, basta o relatório; adolescente será ouvido (art. 28) §3 o A adoção internacional pressupõe a intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria de adoção internacional Obs: Intervenção necessária dos órgãos Estatais (Estadual é o juiz; Federal ACAF-Autoridade Central Administrativa Federal) 4. ETAPAS PARA ADOÇÃO INTERNACIONAL FORMULAÇÃO DE PEDIDO Obs: deve ser feito no país em que residam os interessados (art. 52, I); Obs: Emissão do relatório pela Autoridade Central com todas as informações (art. 52, II) Obs: A Autoridade Central do país de acolhida enviará o relatório à Autoridade Central Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira (art. 50 §9); (art. 52§3) CEJAI( Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional) Obs: O relatório será instruído com toda a documentação necessária, incluindo estudo psicossocial elaborado por equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da legislação pertinente, acompanhada da respectiva prova de vigência. Obs: Os documentos em língua estrangeira serão devidamente autenticados pela autoridade consular, observados os tratados e convenções internacionais, e acompanhados da respectiva tradução, por tradutor público juramentado (art. 52, V) Obs: A Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências e solicitar complementação sobre o estudo psicossocial do postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de acolhida (art. 52, VI) LAUDO DE HABILITAÇÃO (art. 52 VII) Verificada, após estudo realizado pela Autoridade Central Estadual, a compatibilidade da legislação estrangeira com a nacional, além do preenchimento por parte dos postulantes à medida dos requisitos objetivos e subjetivos necessários ao seu deferimento, tanto à luz do que dispõe a Lei como da legislação do país de acolhida, será expedido laudo de habilitação à adoção internacional, que terá validade por, no máximo, 1 (um) ano. FORMALIZAÇÃO DE FATO (art. 52, VIII) De posse do laudo de habilitação, o interessado será autorizado a formalizar pedido de adoção perante o Juízo da Infância e da Juventude do local em que se encontra a criança ou adolescente, conforme indicação efetuada pela Autoridade Central Estadual. INTERMEDIAÇÃO art. 52, VIII, §1 Obs: Entidades não governamentais Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar, admite-se que os pedidos de habilitação à adoção internacional sejam intermediados por organismos credenciados. Obs: Necessidade de autorização do país de acolhida Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o credenciamento de organismos nacionais e estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de habilitação à adoção internacional, com posterior comunicação às Autoridades Centrais Estaduais e publicação nos órgãos oficiais de imprensa e em sítio próprio da internet. Obs: Atribuição Federal CREDENCIAMENTO DE ORGANISMOS Somente será admissível o credenciamento de organismos que: Sejam oriundos de países que ratificaram a Convenção de Haia e estejam devidamente credenciados pela Autoridade Central do país onde estiverem sediados e no país de acolhida do adotando para atuar em adoção internacional no Brasil; Obs: Duplo credenciamento(país de origem e país de destino) ·Satisfizerem as condições de integridade moral, competência profissional, experiência e responsabilidade exigidas pelos países respectivos e pela Autoridade Central Federal Brasileira; Forem qualificados por seus padrões éticos e sua formação e experiência para atuar na área de adoção internacional; ·Cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento jurídico brasileiro e pelas normas estabelecidas pela Autoridade Central Federal Brasileira. OS ORGANISMOS CREDENCIADOS DEVERÃO AINDA: - Perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições e dentro dos limites fixados pelas autoridades competentes do país onde estiverem sediados, do país de acolhidae pela Autoridade Central Federal Brasileira; - ser dirigidos e administrados por pessoas qualificadas e de reconhecida idoneidade moral, com comprovada formação ou experiência para atuar na área de adoção internacional, cadastradas pelo Departamento de Polícia Federal e aprovadas pela Autoridade Central Federal Brasileira, mediante publicação de portaria do órgão federal competente; - estar submetidos à supervisão das autoridades competentes do país onde estiverem sediados e no país de acolhida, inclusive quanto à sua composição, funcionamento e situação financeira; - apresentar à Autoridade Central Federal Brasileira, a cada ano, relatório geral das atividades desenvolvidas, bem como relatório de acompanhamento das adoções internacionais efetuadas no período, cuja cópia será encaminhada ao Departamento de Polícia Federal; Obs: fiscalização da polícia federal - enviar relatório pós-adotivo semestral para a Autoridade Central Estadual, com cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois) anos, a cada seis meses; Obs: O envio do relatório da situação do adotado.. Fiscalização Nota: o envio do relatório será mantido até a juntada de cópia autenticada do registro civil, estabelecendo a cidadania do país de acolhida para o adotado. - tomar as medidas necessárias para garantir que os adotantes encaminhem à Autoridade Central Federal Brasileira cópia da certidão de registro de nascimento estrangeira e do certificado de nacionalidade tão logo lhes sejam concedidos. A não apresentação dos relatórios pelo organismo credenciado poderá acarretar a suspensão de seu credenciamento. O credenciamento de organismo nacional ou estrangeiro encarregado de intermediar pedidos de adoção internacional terá validade de 2 (dois) anos. RENOVAÇÃO DE CREDENCIAMENTO A renovação do credenciamento poderá ser concedida mediante requerimento protocolado na Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao término do respectivo prazo de validade. SAÍDA DO ADOTANTE DO TERRITÓRIO NACIONAL Obs: Impactos da sentença transitada em julgada (art. 52, §9) Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção internacional, não será permitida a saída do adotando do território nacional. Transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária determinará a expedição de alvará com autorização de viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando, obrigatoriamente, as características da criança ou adolescente adotado, como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços peculiares, assim como foto recente e a aposição da impressão digital do seu polegar direito, instruindo o documento com cópia autenticada da decisão e certidão de trânsito em julgado. OUTRAS NORMAS DE ADOÇÃO INTERNACIONAL A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a qualquer momento, solicitar informações sobre a situação das crianças e adolescentes adotados. A cobrança de valores por parte dos organismos credenciados, que sejam considerados abusivos pela Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam devidamente comprovados, é causa de seu descredenciamento. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser representados por mais de uma entidade credenciada para atuar na cooperação em adoção internacional. A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado fora do Brasil terá validade máxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada. É vedado o contato direto de representantes de organismos de adoção, nacionais ou estrangeiros, com dirigentes de programas de acolhimento institucional ou familiar, assim como com crianças e adolescentes em condições de serem adotados, sem a devida autorização judicial. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá limitar ou suspender a concessão de novos credenciamentos sempre que julgar necessário, mediante ato administrativo fundamentado. É vedado, sob pena de responsabilidade e descredenciamento, o repasse de recursos provenientes de organismos estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de adoção internacional a organismos nacionais ou a pessoas físicas. Eventuais repasses somente poderão ser efetuados via Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente e estarão sujeitos às deliberações do respectivo Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente. RESIDENTE NO EXTERIOR A adoção por brasileiro residente no exterior em país ratificante da Convenção de Haia, cujo processo de adoção tenha sido processado em conformidade com a legislação vigente no país de residência, será automaticamente recepcionada com o reingresso no Brasil.