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EDUCAÇÃO E INFÂNCIA

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CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA 
-> Como surgiu a concepção de infância? A palavra e concepção de “infância” é uma 
construção social e histórica, sempre sendo relacionada aos interesses da sociedade em 
cada uma das épocas. Portanto, a ideia de infância sem sempre esteve atrelada a essa 
imagem de felicidade, onde tudo é perfeito. Para melhor compreensão, dividiremos o 
estudo em três eixos: Idade Média (V ao XV), XVI ao XIX e Contemporaneidade. 
 
IDADE MÉDIA - SÉCULO V AO XV 
• As crianças eram consideradas como adultos em miniatura; 
• Não havia espaço destinado a elas, como pracinhas; 
• Elas possuíam apenas os cuidados básicos, como alimentação e saúde; 
• A escola era exclusividade do clero, portanto as crianças não faziam parte; 
• Era a criança se adequava à família; 
• No século XV, os padres começaram a entender que existe uma alma infantil, 
praticando assim, o batismo. 
SÉCULO XVI AO XIX 
• As crianças passam a ser vistas como puras e frágeis; 
• Inicia-se a escolarização; 
• O sentimento de afeto em torno da criança começa a surgir; 
• Agora, a família se adequa à criança. 
* Estudiosos que auxiliaram neste processo: 
- Comenius: infância enquanto ponto de partida; toda criança é capaz de aprender. 
- Froebel: infância é fase decisiva; criança precisa aprender pelos seus interesses. 
- Rousseau: criança como ser completo e com necessidades próprias, diferente do 
adulto. 
Como tudo isso influenciou a concepção de infância que foi construída? 
• Escola: nessa época, ainda predominavam as correções, os castigos e o 
disciplinamento; 
• Família: começou a questionar essas ações, principalmente as relacionadas ao 
castigo; 
• Surgiram vestimentas apropriadas às crianças e adaptações de contos infantis; 
Contribuições de diferentes áreas 
• Influência da Psicologia, Pedagogia e Psicanálise, visando a qualidade na infância 
para melhor desenvolvimento cognitivo, social, afetivo, etc. 
* Essa é uma noção de infância que começa a surgir na contemporaneidade 
ATUALMENTE 
• Proteção integral das crianças; 
• Constituição Federal 1988; 
• ECA; 
• LDB; 
• DCNEI 
O que muda? 
- Escola 
• Castigos proibidos; 
• Repensar papel escola e professor; 
• Criança como sujeito em formação; 
• Desejo de aprender; 
• Responsabilidade do estado; 
 
- Sociedade 
• Sujeito de direitos; 
• Espaços às crianças; 
• Brincadeiras e vivências; 
• Preocupação com desenvolvimento saudável. 
Porém, precisamos ser vigilantes pois ainda há: 
• Trabalho infantil; 
• Exploração sexual; 
• Crianças no tráfico; 
• Humilhações; 
• Sistema econômico; 
• Instituições - Febens e Funabens; 
• Tudo isso força o crescimento precoce da criança, fazendo com que ela não 
consiga vivenciar sua infância. 
Para alcançarmos o ideal de infância precisamos ter clareza em duas questões: equidade 
e desenvolvimento integral. 
OS DIREITOS DAS CRIANÇAS 
Direitos que estão descritos na Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959) 
Alimentação - Igualdade – Ser socorrida – Cuidados especiais – Amor – Nome 
Proteção - Lazer – Moradia - Compreensão - Educação - Crescer 
-> Quando há repercussão em nosso país? 
Trinta anos depois, com o surgimento do ECA, que reconhece a criança como sujeito de 
direitos 
-> Por que surgiu o ECA? 
1970 CÓDIGO DE MENORES 
PUNIA OS QUE COMETIAM DELITOS 
 NÃO ACOLHIA OS QUE ESTAVAM EM VULNERABILIDADE SOCIAL 
 
Contribuições da Constituição Federal de 1988 
• Liberdade 
• Igualdade -> Movimento para defesa das crianças 
• Fraternidade 
Criança Adolescente 
Nascimento até 12 anos Dos 12 aos 18 anos 
 
Direitos previstos no ECA 
- Direito à vida, à saúde, à liberdade, à dignidade e ao respeito 
 Desde o período neonatal; 
 Acesso aos serviços de saúde; 
 Liberdade de ir e vir; 
 Expressar-se; 
 Divertir-se; 
 Praticar esportes; 
 Buscar refúgio e orientação; 
 Participar da vida religiosa. 
- Direito à convivência familiar, à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer 
 Ações de oferta da educação, esporte, lazer e cultura; 
 Em família natural ou substituta; 
 Dispõe da guarda, da tutela e da adoção. 
- Direito à proteção no trabalho e profissionalização 
Idade menor aprendiz -> erradicar exploração e o trabalho infantil 
-> Conselho Tutelar serve para zelar, fiscalizar e garantir esses direitos 
ASPECTOS BIOPSICOSOCIAIS DA INFÂNCIA 
-> Dimensões integradas (biológico, social e psicológico) que garantem o desenvolvimento 
integral dos sujeitos, não podendo separá-las. 
• Desenvolvimento biológico 
Diz respeito ao crescimento, à evolução e aos fatores que contribuem ou atrasam o 
mesmo. Ele está mais relacionado com a questão da saúde, do desenvolvimento físico, 
mas também se relaciona com o aspecto cognitivo. O desenvolvimento biológico 
representa o desenvolvimento do sujeito desde o período intrauterino: 1ª infância 29 
dias aos 2 anos; 2ª infância 2 anos aos 6 anos. 
Desenvolvimento cognitivo 
Jean Piaget (Construtivista) -> Construção do conhecimento 
Assimilação 
 ----> Adaptação - inteligência 
Acomodação Método clínico 
 
--> Método clínico 
Piaget aplicava provas nas crianças e fazia intervenções, problematizações e 
questionamentos para perseguir a hipótese que cada criança estava realizando naquele 
momento. Assim, ele compreendia como as crianças estavam pensando. Com isso, ele 
encontrou algumas regularidades, grandes categorias do conhecimento que são comuns 
a sujeitos de mesma idade. Por exemplo: ele percebeu que crianças de 0 aos 2 anos 
desenvolviam noções em comum; percebeu que crianças de 2 aos 7 anos também 
desenvolviam outras noções em comum. Por isso, ele dividiu o conhecimento em quatro 
grandes estágios: sensório motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório 
formal. Importante: a passagem de um estágio para o outro é gradual, contínua, 
cumulativa (o estágio seguinte conserva tudo aquilo do estágio anterior), garantindo a 
integridade da construção do conhecimento. 
--> Assimilação, acomodação e adaptação 
Assimilação: mecanismo pelo qual a criança conhece o real através de seus esquemas de 
ação (pegar, mexes, puxar, etc.). 
Acomodação: é quando o real desestabiliza o sujeito e exige mudanças internas para que 
ele possa ser compreendido. Pode ser uma resposta para a assimilação, no sentido das 
modificações que são necessárias (em mim), para dar conta dos desequilíbrios do outro 
(daquilo que assimilei). 
Adaptação: reorganização das estruturas internas do sujeito, decorrente desses dois 
processos, para que se possa restaurar o equilíbrio, em um novo patamar. Pode ser um 
sinônimo de aprendizagem, inteligência. EXEMPLO: copo com moedas do vídeo 
Estágios do desenvolvimento cognitivo 
Sensório-motor (0 aos 2 anos) 
• Ações práticas; 
• Linguagem; 
• Significado e significante, ou seja, da palavra e aquilo que ela representa; 
• Entende que as coisas continuam existindo, mesmo longe do campo de visão. 
Pré-operatório (2 aos 7/8 anos) 
• Função simbólica; 
• Linguagem; 
• Pensamento e representação; 
• Organiza as ações em pensamento; 
• Linguagem: gênese do pensamento - criança capaz de contar, imaginar, reconstruir 
e antecipar; 
• Predomina o egocentrismo: falta de empatia. 
Operatório concreto (9 aos 11/12 anos) 
• Marcado pela construção de um pensamento reversível, onde há mais mobilidade 
no pensamento, ou seja, a criança entende que uma barrinha de massinha de 
modelar é igual a uma bolinha da mesma. Porém, ela ainda precisa do apoio 
concreto. Assim, surgem a ideia da classificação, do peso, do volume e inicia a 
cooperação da heteronomia à autonomia. 
Operatório formal (12 aos 15 anos) 
Compreensão pelo pensamento hipotético-dedutivo.A criança busca, investiga, discute 
e elabora a partir de hipóteses. As conclusões vêm de hipóteses sem apoio do real e dos 
objetos. 
--> Quais as contribuições deste conhecimento? 
- Indicam e orientam o fazer docente; 
- Análise das hipóteses dos alunos; 
- Considerar saberes prévios; 
- Problematização; 
- Desafios. 
 
• Desenvolvimento Psicossocial 
Solidariedade e a cooperação 
São vistas por duas dimensões que “caminham” em paralelo, ou seja, ao mesmo tempo 
que a criança se desenvolve moralmente, ela se desenvolve intelectualmente. 
Moral - condutas sociais Intelectual - condutas cognitivas 
 Regras Construção do conhecimento 
 Solidariedade Troca de ideias e opiniões 
 Respeito Cooperação 
 
--> A Solidariedade e a cooperação na dimensão moral são divididas em duas noções: 
-Solidariedade externa: perdura até 10/11 anos. 
• Regras externas são obedecidas de acordo com a noção de respeito unilateral, ou 
seja, a criança obedece às regras dos adultos e de crianças maiores do que ela, 
não cooperando em si e seguindo uma ideia de dever/obrigação. 
-Solidariedade interna: maiores de 12 anos 
• Elaboram regras; 
• Respeito mútuo; 
• Cooperam entre si; 
• Autonomia do grupo. 
--> A Solidariedade e a cooperação na dimensão intelectual têm como objetivo que a 
criança avance de uma dimensão INDIVIDUAL (egocentrista) para uma dimensão mais 
COLETIVA (cooperação, pensamento lógico, descentração, troca de opiniões e análise 
de diferentes pontos de vista). 
* Como podemos contribuir em sala de aula? * 
Para favorecer o desenvolvimento da solidariedade e a cooperação em suas dimensões 
moral e intelectual, podemos: 
Participação ---> trabalho em grupos ---> reciprocidade 
Interação ---> horizontalidade (todos são iguais) ---> troca de opiniões 
Desenvolvimento Moral 
• A moral é não é inata, mas sim uma construção; 
• Nascemos com algumas predisposições afetivas: simpatia, medo, etc. 
• É através do RESPEITO que nós nos desenvolvemos moralmente. 
Como a moral se desenvolve? 
• Trocas com os demais; 
• Relações que estabelecemos; 
• Normas que são estabelecidas para o bem comum; 
• Anomia -> heteronomia -> autonomia. 
Anomia: fase que vai do nascimento até 2 anos. Nela, há ausência de regras, ou seja, a 
criança não as entende porque elas são puramente motoras. 
Heteronomia: fase que vai dos 2 aos 11/12 anos. Nela, há obediência às regras: 
• Respeito unilateral; 
• Medo x punição; 
• Dever x autoridade; 
• Ações são avaliadas pelo tamanho/proporção e não pela intenção. Exemplo: será 
mais grave a queda de um copo de água no tapete do que uma criança ter pegado 
algo sem pedir para sua mãe. 
Autonomia: fase a partir dos 12 anos. 
• Respeito mútuo; 
• Cooperação; 
• Partes iguais se respeitam; 
• Sentimentos de bem, justiça e solidariedade; 
• Supera a obediência; 
• Regra como parte do grupo; 
• Descentração. 
O que aprendemos aqui? 
Papel da escola: contribuir para a formação psicossocial das crianças, oportunizando 
espaços onde possam interagir e construir, desenvolvendo os sentimentos de 
solidariedade e cooperação, na busca por sua autonomia moral e intelectual. 
 
--> Observação do brincar pelo professor 
• Compreender as aprendizagens; 
• Entender seu desenvolvimento; 
• Ponto de partida para a prática pedagógica. 
 Brincar livre Brincar dirigido 
 Intercalar! 
Explorar a realidade aprimorar e ampliar conhecimentos 
--> Jogos na perspectiva de Jean Piaget 
Sinônimos de brincar: 
Jogos de exercício 
• Desafios práticos (alcança objetos, leva à boca, etc.); 
• Conquistas nas ações desafiadoras; 
• Executando a partir de ações motoras; 
• Regra aparece como algo divertido; 
• Ações principais: produzir um efeito e aperfeiçoar; 
• Jogos de repetição: caretas, ruídos, esconde-esconde, etc.; 
• Jogos de manipulação. 
Jogos simbólicos 
• São caracterizados pela imitação diferida, ou seja, aumento na capacidade de 
representação, quando a criança reproduz uma cena vivida, mas acrescentando a 
ela algo novo. 
• Exemplos: utilizar uma peça de jogo (lego) para representar outro objeto 
(telefone); o faz de conta, representando cenas inteiras, de sua realidade e 
externas a ela. 
Jogos de regras 
Assim como na moral, o jogo de regras é marcado por uma evolução: 
• Não há regras, pois as crianças ainda não compreendem; 
• Procuram vencer as regras, mesmo que sejam contraditórias; 
• Regras minuciosas, detalhadas e comuns. Exemplo: jogo de futebol, onde as regras 
valem a todos igualmente; 
• Exemplo: ovo-choco, polícia e ladrão, xadrez, pular corda, etc. 
Por que brincar é importante? Pois contribui para o desenvolvimento biológico, 
cognitivo e psicossocial, favorecendo o desenvolvimento integral das crianças. 
 
PROCESSOS DE ASSIMILAÇÃO, ACOMODAÇÃO E ADAPTAÇÃO 
-> Os processos de assimilação, acomodação e adaptação são indissociáveis, sendo difícil 
explicarmos um deles sem mencionar os outros. 
-> Os processos de assimilação + acomodação = adaptação, sendo a adaptação um 
sinônimo de inteligência e aprendizagem. Portanto, com os processos de assimilação e 
acomodação o sujeito constrói seu conhecimento. 
Questão. Assinale V ou F: 
A) ( V ) A adaptação é resultante dos processos de assimilação e acomodação; 
B) ( F ) Podemos dizer que acomodação é sinônimo de aprendizagem e inteligência; 
C) ( V ) Os processos de assimilação, acomodação e adaptação explicam a construção 
do conhecimento pelos sujeitos; 
D) ( F ) A acomodação resulta dos processos de assimilação e adaptação. 
 
Assimilação: processo pelo qual o sujeito se apropria do real, extraindo dele as suas 
características e incorporando-as às suas estruturas mentais. Através do processo de 
assimilação a criança é capaz de significar o mundo ao seu redor, a partir dos esquemas 
de ação que utiliza. Exemplo: ao interagir com o mundo, ela conhece e classifica objetos 
que podem rolar, entende que a geladeira pode armazenar alimentos, que um lápis tem a 
função de escrever/desenhar, etc. Porém, ao utilizar seus esquemas de ação para 
assimilar e conhecer essa realidade, o sujeito pode perturbar-se, ou seja, deparar-se 
com pressões que são sofridas pelo meio, que o farão modificar-se para dar conta deste 
novo e nestes aspectos que ele acabou de conhecer. 
Acomodação: nesse sentido, ocorre a acomodação, que consiste na regulação dos 
esquemas e estruturas no sujeito, que visam garantir um novo equilíbrio em um patamar 
mais elevado, permitindo um domínio/entendimento do sujeito acerca de uma 
determinada situação. Dificilmente teremos assimilação sem acomodação e esses dois 
processos nem sempre são observáveis, pois ocorrem de maneira interna. 
Adaptação: quando o sujeito alcançou um progresso cognitivo, ou seja, quando ele 
equilibrou os mecanismos de assimilação e acomodação. 
Questão. Assinale V ou F: 
A) ( V ) A assimilação é o processo pelo qual o sujeito conhece e significa o mundo ao 
seu redor. Para isso, o sujeito utiliza seus esquemas de ação; 
B) ( F ) É comum observarmos sujeitos que realizam assimilação sem acomodação; 
C) ( F ) A acomodação acontece quando o sujeito não se sente perturbado e, portanto, 
não se modifica para buscar compreender o que está acontecendo; 
D) ( V ) Adaptação pode ser compreendida como um sinônimo de progresso cognitivo, 
como um equilíbrio entre assimilação e acomodação. 
Questão. Assinale a alternativa incorreta: 
A) Os processos de assimilação e acomodação ocorrem como em uma espiral; 
B) Quanto mais conhecimentos construímos, mais possibilidades se abrem para 
estabelecermos novas relações e aprendizagens; 
C) Osmecanismos de assimilação, acomodação e adaptação acompanham o sujeito por 
toda sua vida; 
D) Ao realizar adaptações o sujeito torna-se incapaz de fazer novas assimilações. 
 
INSTITUCIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
--> Quando começaram a surgir instituições apropriadas para a Educação Infantil? 
O surgimento das creches de Educação Infantil esteve atrelado a três ideias: 
• Igreja: necessitava de fiéis com domínio em leitura e escrita; 
• Pensamento: em relação à criança e infância; 
• Social: inserção das mulheres no mercado de trabalho. 
--> Como eram vistas as instituições? 
No início, eram entendidas como instituições emergenciais, improvisadas, e como um mal 
necessário. 
• Década de 40: higienista, com foco na alimentação, saúde, proteção e prevenção 
de doenças; 
• Década de 60: higienista perde força - foco no desenvolvimento infantil, com 
trabalhinhos de coordenação motora e alfabetização; 
• Década de 70: preocupação do estado, passando a se tornar responsabilidade do 
poder público. 
--> Jardins de infância 
Caminham no mesmo sentido, com as ideias de Froebel -> Considerava uma fase 
importante para a formação humana. 
 
Diretrizes Curriculares Nacionais 
“espaços privilegiados de convivência, de construção de identidades coletivas e de ampliação de 
saberes e conhecimentos de diferentes naturezas, por meio de práticas que atuam como recursos de 
promoção da equidade de oportunidades educacionais entre as crianças de diferentes classes sociais 
no que se refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de vivência da infância”. 
Brasil, 2013 
IGUALDADE + QUALIDADE = CURRÍCULO 
Favorecerá o modo de pensar e ser dos estudantes 
--> O que o currículo deve oferecer/favorecer? 
• Experimentar e descobrir; 
• Conhecer e brincar; 
• Acolhedor e sentimentos; 
• Habilidades e limitações. 
--> E o papel do professor nesse contexto? 
Deve pensar em ações, tempos e espaços que se tornem oportunidades de 
aprendizagem, promovendo o desenvolvimento integral da criança nos aspectos 
biopsicossociais. 
Para isso, é preciso conhecer: 
• A BNCC; 
• Os Direitos de Aprendizagem; 
• Os Campos de Experiência; 
• O Desenvolvimento Biopsicossocial. 
DIRETRIZES DA BNCC 
--> Evolução da Educação Infantil 
• 1988: Constituição Federal – 0 a 6 anos dever do estado; 
• 1996: LDB – Integra a Educação Básica; 
• 2006: Passa a atender crianças de 0 a 5 anos; 
• 2009: Obrigatória a Educação Básica dos 4 a 17 anos; 
• 2013: Matrícula obrigatória dos 4 a 5 anos. 
--> O que diz a BNCC? 
Criança: sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas 
cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, 
deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a 
natureza e sociedade, produzindo cultura. 
Amplia experiências -> conhecimentos e habilidades -> aproximação com a família -> 
valorização da cultura -> socialização e autonomia 
Os direitos de aprendizagem e desenvolvimento: 
• Conviver: crianças, adultos e outras culturas. Conhecimento de si e do outro, 
respeitando as diferenças; 
• Brincar: tempos e espações; adultos e crianças; imaginação, criatividade, 
experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e 
relacionais; 
• Explorar: movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, 
relações e o mundo que nos cerca; 
• Participar: atividades da escola, realizando escolhas de brincadeiras, espaços e 
ambientes, decidindo e posicionando-se; 
• Expressar-se: dialógico, sensível e crítico; necessidades, emoções, sentimentos, 
dúvidas, hipóteses, opiniões, questionamentos e descobertas; 
• Conhecer-se: construir uma identidade pessoal, social e cultural; imagem positiva 
de si e dos outros, em diferentes experiências. 
Os campos de experiência da Educação Infantil 
 
O eu, o outro e o nós! 
 A partir da INTERAÇÃO a criança vai construir o modo de ser, pensar e agir, 
caminhando em direção à AUTONOMIA. Aprende a valorizar o outro, a valorizar a 
herança cultural e a valorizar o grupo em que faz parte. 
Corpo, gesto e movimentos! 
 Explorar e conhecer o mundo através de músicas, danças, brincadeiras, práticas 
teatrais, etc. 
Traços, sons, cores e formas 
 Importante trabalhar com diferentes manifestações artísticas, culturais e 
científicas, promovendo a sensibilidade, criatividade, expressividade e autoria. 
Escuta, fala e pensamento e imaginação 
Choro, expressão facial, balbucio e gestos -> COMUNICAR-SE -> Linguagem 
Proporcionar: momentos de fala e escuta; diferentes portadores textuais; hábitos de 
contar e ouvir histórias. 
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações 
 Atividades lúdicas envolvendo quantidades, tamanhos, ordenação, classificação, 
canções, brincadeiras, jogos e descobertas. 
 
--> Os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da BNCC estão divididos em duas 
etapas: 
• Etapa creche: 
Bebês de 0 a 1,6 anos 
Crianças bem pequenas de 1,7 a 3,11 anos 
• Etapa pré-escola: 
Crianças pequenas de 4 a 5,11 anos 
--> Papel do professor 
✓ Ter clareza das etapas do desenvolvimento infantil; 
✓ Fazer intervenções adequadas; 
✓ Promover o desenvolvimento integral e saudável das crianças; 
✓ Atentar-se para a transição ao Ensino Fundamental. 
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
--> A avaliação na Educação Infantil tem como objetivo principal: 
• Avaliar o percurso de vida das crianças no seu desenvolvimento cognitivo; 
• Importante sempre ter um olhar atento acerca das hipóteses da criança; 
• Planejar atividades problematizadoras. 
--> A avaliação se organiza em uma Tríade: 
• Planejamento; 
• Reflexão; 
• Avaliação. 
--> Ações que fundamentam a avaliação: 
1) Devemos ter uma observação atenta e individualizada das crianças; 
2) Devemos fazer uma análise reflexiva de suas manifestações, possibilidades e 
interesses; 
3) O planejamento de ações educativas e oferecer-lhes melhores e diferentes 
oportunidades de aprendizagem. 
--> Portfólios 
• Não devem servir como uma forma de arquivar as atividades das crianças; 
• Devem mostrar o percurso do desenvolvimento infantil; 
• Evidenciar as experiências e descobertas realizadas durante um período; 
• Deve conter registros, fotos, relatos e projetos desenvolvidos. 
--> Para nortear o processo, o professor deve: 
• Mediar conquistas e valorizar os interesses da criança; 
• Manter-se curioso sobre as manifestações da criança; 
• Apoiar, acompanhar e planejar desafios adequados; 
• Realizar registros sobre os aspectos individuais dos alunos. 
--> Parecer descritivo 
Epistemológica + Relacional + Didática 
• Epistemológica: o parecer descritivo deve indicar é a forma que o professor pensa 
a aprendizagem da criança. 
• Relacional: como o professor promove relações e convivências naquele espaço. 
• Didática: quais são as propostas estabelecidas pelo professor para que a criança 
avance nos variados campos do conhecimento que a BNCC propõe. 
Também devem estar no parecer descritivo: 
• A observação, a análise e conclusão sobre o desenvolvimento infantil; 
• Objetivos de aprendizagem e campos de experiência. 
--> Necessidades e sugestões: 
• Privilegiar os aspectos cognitivos e não os comportamentais; 
• Sempre iniciar com aspectos positivos, com habilidades que a criança já atingiu; 
• Utilizar palavras que auxiliem na compreensão dos percursos. Exemplo: “Já, ainda, 
agora, mais rico, por um pouco mais de tempo, etc.”. 
 
 Fio condutor da prática pedagógica 
AVALIAÇÃO Ambiente favorável e acolhedor 
 Orientar o fazer docente 
 
CUIDAR E EDUCAR: O PAPEL DO AFETO E DAS EMOÇÕES 
--> Antigamente, cuidar e educar eram entendidos como dimensões separadas 
• Cuidava-se das crianças menos favorecidas;• Educava-se as crianças mais abastadas; 
--> Atualmente, cuidar e educar são entendidos como elementos indissociáveis 
ENTENDIMENTO DE CUIDAR! 
• Acolhimento; 
• Organização das atividades e proposta pedagógica; 
• Horário de atendimento das instituições; 
• Necessidades básicas (sono, higiene e alimentação); 
• Valorização das ideias das crianças; 
• Organização do espaço. 
EDUCAR E CUIDAR - Via de mão dupla 
• Explorar o ambiente de diferentes maneiras; 
• Construir sentidos pessoais e significados coletivos; 
• Modo de ser, pensar e agir; 
• Sensibilidade e delicadeza. 
EDUCAR E CUIDAR 
• Irão oportunizar descobertas; 
• Interação e compartilhamento; 
• Criança se sentirá segura e acolhida. 
AFETO! 
Está presente no tom de voz, nas expressões, na fala e no olhar, influenciando a criança 
positivamente ou negativamente. Por isso, a sala de aula precisa: 
• Espaço agradável, adequado, com boas relações, respeito, zelo, afeto e acolhida. 
AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM - indissociáveis 
Positiva: alavancar, impulsionar, encorajar. 
Negativa: frear, limitar, bloquear. 
“A criança deseja e necessita ser amada, aceita, acolhida, ouvida para que possa 
despertar para a vida da curiosidade e do aprendizado”. 
AFETIVIDADE POR WALLON 
 
WALLON – ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO AFETIVO 
• Impulsivo-emocional (até 1 ano): expressão pelo corpo e movimentos. É 
fundamental a interação na troca de fraldas, alimentação. Criança vai 
diferenciando-se do outro; 
• Sensório-motor e projetivo (de 1 aos 3): a criança tem seus interesses voltados 
para o conhecimento do mundo: experiencia, questiona, constrói suas hipóteses; 
• Personalismo (dos 3 aos 6): Busca-se diferenciar-se dos colegas e adultos, ao 
mesmo tempo em que requer aprovação e aprende a partir dos exemplos/imitação; 
• Categorial (dos 7 aos 11): predomínio da razão; 
• Puberdade (inicia aos 11): busca a identidade. A aprendizagem volta à oposição, a 
partir do confronto de ideias. 
O que podemos concluir? 
Todas as ações na Educação Infantil são importantes: fala, escuta, gestos, acolhimento 
e mediação do professor são fundamentais à construção do conhecimento. 
Educar <-> cuidar 
Afetividade <-> aprendizagem/inteligência 
A EDUCAÇÃO INFANTIL ENQUANTO ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA E INTERAÇÕES 
--> CONVIVÊNCIA 
“Viver uns com os outros. Relações sociais. Códigos valorativos”. JARES 
“Capacidade de trabalhar com os outros, de resolver dificuldades e conflitos”. FIERRO 
E TAPIA 
“Tecido que constrói e possibilita a aprendizagem”. FIERRO E TAPIA 
--> ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA 
A Educação Infantil é o lugar onde as crianças precisam aprender a se relacionar e a 
conviver, para assim, desenvolverem seu protagonismo e autonomia. 
“convivência se entende como um processo construtivo e contínuo à base de transações, 
negociação de significados, elaborações de soluções, criando uma referência comum que 
gera uma sensação de familiaridade que atinge parte da identidade de um grupo e das 
pessoas que participam nele”. Fierro e Tapia 
--> CONVIVÊNCIA E INTERAÇÃO 
Nós aprendemos: com os que sabem mais -> com os que sabem mais ou menos como nós 
-> com os que sabem menos 
--> OPORTUNIDADE PRIVILEGIADA 
“O dos maiores estímulo para uma criança é a companhia das outras. Compreender a 
convivência entre as crianças como oportunidade privilegiada, considerando-a 
mobilizadora de uma série de experiências de aprendizagem, leva os professores a 
organizarem espaços, rotinas e promover a interação das crianças”. 
• Pense em espaços adequados, elabore suas rotinas, propicie propostas 
desafiadoras e diversifique materiais, manifestações artísticas e culturas. 
--> REFLETINDO 
• Ambiente da sala de aula favorece interações entre os colegas (classes)? 
• Nossas atividades favorecem as trocas de ideias e opiniões entre os colegas? 
• Mostramos a importância das novas amizades? 
• As crianças têm oportunidades de interagirem com crianças de diferentes 
idades? 
• Há liberdade para investigar e buscar respostas? 
• É oportunizado a troca de grupos de trabalho? 
• As crianças são incentivadas na resolução de conflitos? 
• Elas podem escolher brincadeiras, atividades, companheiros? 
• Os momentos de aprendizagem são vivenciados com colegas com saberes 
diferentes? As crianças participam das decisões de sala de aula? 
--> NA PRÁTICA 
O que deve ser respeitado em cada ambiente? 
• Consciência de grupo; 
• Cuidar dos espaços e dos brinquedos; 
• Dividir seus pertences. 
--> CONCLUINDO 
Os espaços de convivência e interação contribuem para o desenvolvimento integral, 
cognitivo, afetivo e social. 
 
A IMPORTÂNCIA DOS LIMITES NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
LIMITES -> Relacionado ao desenvolvimento moral 
Respeito unilateral Respeito mútuo 
 -------------------------------------------> 
Processo em construção 
-> DEFINIÇÃO DE LIMITE 
“Termo que está associado a respeito, educação moral, cidadania e obediência. Para ele, 
a palavra limite possui três formas diferentes de pensar. São elas: pensar em limites 
como fronteiras a serem transpostas; pensá-los como fronteiras que devem ser 
respeitadas e pensá-los como fronteiras que a criança precisa construir para proteger 
sua privacidade e intimidade”. (torna-se importante conhecer as etapas do 
desenvolvimento cognitivo, pois a moral anda junto) 
1º LIMITES ENQUANTO TRANSPOSIÇÃO, ENQUANTO ALGO A ULTRAPASSAR 
• Associado ao desenvolvimento cognitivo e à superação; 
• Ao crescimento do indivíduo; 
• O professor precisa encorajar os alunos para realizarem descobertas, para 
ultrapassarem uma barreira, etc. 
2º LIMITES COMO BARREIRAS A SEREM RESPEITADAS: 
• Promove o bem-estar e o desenvolvimento; 
• Necessários à vida. 
Liberdade + respeito = responsabilidade 
(Exemplo: proibido fumar; proibido uso de celular) 
--> CONSTRUÇÃO DOS LIMITES 
Não devem ser impostos, é preciso orientar, permitir escolhas, auxiliar em caso de 
mudanças de ideias. Como fazer isso? Problematizando e permitindo a tomada de 
decisões. 
--> PONTO CHAVE DE TUDO ISSO É A DOSAGEM 
Autonomia – liberdade com responsabilidade – respeito mútuo 
Heteronomia – liberdade sem responsabilidade – respeito unilateral 
 
3º LIMITES COMO FRONTEIRAS A SEREM CONSTRUÍDAS 
• Respeito à vida do aluno fora da escola, às relações familiares; 
• Evitar comparações; 
• Banir o preconceito; 
• Denunciar todas as formas de violência; 
• Proteção à intimidade e privacidade; 
• Tudo isso precisa ser trabalhado com seriedade, ética e responsabilidade, para 
termos espaços de construção dos limites. 
--> COMO EFETIVAR A CONSTRUÇÃO DOS LIMITES EM SALA DE AULA? 
• Os limites precisam ser trabalhados em suas três dimensões; 
• Oportunizar espaços de protagonismo, interação e vivência; 
• Promover segurança, acolhida e respeito; 
• Tomar decisões coletivas, deixando as crianças participarem com autonomia e 
cooperação.

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