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Teoria humanista - Carl Rogers

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Carl Rogers 
A abordagem humanista na Psicologia se 
desenvolveu como uma resposta de oposição 
aos modelos compormentalista e psicanalítico de 
explicação do comportamento. Criticou o 
behaviorista por ser determinista, focada no 
reforço comportamento estímulo-resposta e 
altamente dependente de pesquisa animal, além 
de criticar a Psicanálise por também ser 
determinista, com forças irracionais e instintivas 
determinando o pensamento e o 
comportamento humano. 
Tanto o behaviorismo quanto a psicanálise são 
tidas como teorias “desumanizantes” por 
psicólogos humanistas. Assim, a teoria humanista 
é chamada de “terceira força” na psicologia. 
A influência da psicologia humanista expandiu 
com os estudos de Carl Rogers na obra intitulada 
“Client-Centered Therapy: Its Currenty Practice”, 
como uma abordagem centrada na pessoa 
(ACP). Essa abordagem considera que aprender 
é individual, compete à singularidade de cada 
indivíduo, levando a experiência subjetiva em 
conta, pois o estudante assimila somente aquilo 
que é relevante para ele e está relacionado com 
a sua realidade. 
A postura positiva de Rogers está ligada as 
condições essenciais do facilitador, como 
aceitação incondicional, empatia, congruência e 
autenticidade. A aceitação incondicional valoriza 
aquele que aprende, seus sentimentos, suas 
opiniões. Isso releva que o formador deve aceitar 
sem restrições os temores e hesitações que o 
aluno experimenta à medida que aprende. 
A empatia está relacionada à contribuição 
positiva para o clima favorável ao aprendizado. A 
empatia é a capacidade de se colocar no lugar 
do outro, uma vez que o estudante sente que 
sua vivência é compreendida, se torna mais fácil 
desenvolver uma aprendizagem mais 
consolidada. A congruência se refere à relação 
direta de uma coisa ou fato com o fim a que se 
destina, ou seja, a expressão de como é e de 
como se sente. . Uma pessoa é congruente 
quando as experiências simbolizadas que 
constituem o seu eu espelham fielmente as 
experiências do organismo (pessoa). 
Assim, na teoria humanista, tanto o aluno quanto 
o professor devem ser fiéis aos seus 
sentimentos e sensações, afim de construir uma 
relação honesta e transparente. 
A autenticidade diz respeito a ser verdadeiro, ou 
seja, o professor e o estudante devem construir 
uma relação verdadeira sem buscar dissimular a 
situação apenas por conveniência. Assim, 
posicionamentos de aprovação e desaprovação 
devem ser expressos do modo mais claro 
possível entre docente e discente, sem que seja 
entendido como agressivo. 
Ao migrar o pensamento de Rogers do campo 
da psicoterapia para o campo educacional, surge 
a qualidade da aprendizagem e o ato de 
aprender não depende somente de 
características fisiológicas, mas também de 
aspectos emocionais e relacionais. 
Esse ambiente potencializador pode ser 
alcançado pelo posicionamento do docente 
como agente que propicia a emissão, a atividade 
e a expressão de sensações e sentimentos por 
parte do aluno. Além desses aspectos, a postura 
de empatia e aceitação incondicional do 
professor é importante para gerar um ambiente 
de liberdade e tornar o processo de aprender 
uma busca excitante e não mera acumulação 
de fatos. 
Para Rogers, os seres humanos tem uma 
tendência básica a autorrealização, ou seja, 
alcançar seu potencial e atingir o mais alto nível 
de existência, felicidade e realização. Da mesma 
forma que uma planta cresce se forem lhe 
dadas as condições ideais, as pessoas alcançarão 
seu potencial se seu ambiente for favorável. 
Entretanto, o potencial dos seres humanos não 
é unidirecional é e utilizado de diversas maneiras 
de acordo com suas influências de vida.. 
Ele acreditava que cada pessoa é animada por 
um potencial ao crescimento e à criatividade, e 
se torna frustrada quando uma concepção 
inferior de si mesma ou limitações externas 
impedem seu desenvolvimento total. 
A teoria de Rogers se sustenta na perspectiva 
de que um educador pode apenas facilitar o 
aprendizado do aluno, mas não determina-lo já 
que cada pessoal possuía seu próprio tempo e 
singularidade. Como ele acredita que cada 
pessoa reage e responde ao mundo baseado na 
sua própria experiência e percepção, o que o 
aluno faz e como ele pensa é mais importante 
do que aquilo que o professor faz. Assim, o 
foco da perspectiva de ensino do 
Humanismo está no estudante (ROGERS, 
1951), uma vez que o contexto e as 
experiências do discente são fundamentais 
na construção dos processos de aprendizagem. 
Para Zimring existem dois tipos de 
aprendizagem: a intelectual e a significativa. A 
intelectual envolve apenas a mente e o 
raciocínio puro. Enquanto a significativa, que 
Rogers defende, diz respeito ao sentido 
vivenciado pela pessoa no processo de 
aprendizagem. A aprendizagem significativa 
combina o lógico e o intuitivo, o intelecto 
e os sentimentos, o conceito e a 
experiência, a ideia e o significado. 
Ex: uma criança que aprende sobre o “choque 
elétrico” colocando o dedo na tomada torna 
esse conhecimento mais memorável pois 
envolveu raciocínio e sensações.

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