Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Habilidades e Atitudes II. contenção mecâNICA · É a intervenção imediata nas situações de crise em que o usuário coloca em risco sua integridade física ou a de outra pessoa. · Evitar danos à integridade física do usuário, dos profissionais e do próprio patrimônio da instituição; · Reduzir os riscos de queda do leito; · Reduzir o risco de tração/retirada acidental de dispositivos invasivos, curativos, etc. · Permitir a realização de exames e procedimentos. → É o último recurso a ser utilizado para controlar condutas violentas ou risco de queda. Quem prescreve a contenção? · Compete ao médico, de acordo com a Resolução n° 1952/2010. · É importante atribuir o mesmo valor à contenção tal como as demais técnicas que são utilizadas no trabalho em saúde. paciente em crise: Crise – krisis: é uma emergência psiquiátrica, pois a pessoa precisa ser atendida imediatamente em razão do risco imediato para ela própria, para as demais e para o ambiente à sua volta; FATORES DE RISCO: · Associação á condições mentais ou psicológicas do individuo; · Esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar e depressão grave descompensada (mais comum). · Consumo excessivo de álcool e de outras drogas. · Doenças hepáticas. · Problemas na tireoide. · Acidentes vasculares cerebrais (AVC). · Quadros de infecção. · Demência; · Efeitos adversos a medicamentos; · Lesões cerebrais; · Estresse psicológico severo; · Experiências traumáticas; · Privação de sono prolongada; · Procedimentos pós-cirúrgicos e predisposição genética. tipos de contenção: · Contenção verbal; · Contenção física (manual); · Contenção química (medicamento); · Contenção mecânica (faixas, ataduras...) · Isolamento. SINAIS DE ALERtA: · Agressividade verbal; · Punhos e dentes cerrados; · Movimentação excessiva; · Tendência a aproximação; · Inclinação em direção ao interlocutor. COntenção física manual · Deve-se abordar o paciente em cinco pessoas, formando um semicírculo, sem ficar atrás. · Quando alguém fica atrás, pode gerar pânico no paciente caos esse possua transtornos de perseguição. · Olhas sempre nos olhos do paciente e abordá-lo de forma verbal. · A imobilização deve ser realizada nos locais de articulação. · O coordenador da contenção, que é quem se comunica com o paciente, deve se posicionar posteriormente segurando o tórax e a cabeça, sempre tentando conversar. Contenção mecânica · É uma medida terapêutica que utiliza faixas, ataduras e outros dispositivos para “prender” os pacientes. · Após a contenção física, os profissionais devem se posicionar em frente a maca ou leito, mantendo o paciente elevado para ser posicionado no leito. · Após isso, deve-se mover o paciente em direção a cabeceira. · O paciente deve ser mantido em posição anatômica, com os membros inferiores levemente afastados, os membros superiores ao lado do corpo e com as palmas voltadas para cima. · Mãos, tornozelos, joelhos devem ser imobilizados. · As faixas devem ser de fácil acesso no ambiente; · OO profissional que está livre (coordenador) pra aplicar as faixas no paciente deve decidir por onde começar o procedimento. · O tórax deve ser a última área a ser contida por faixa, após todos os membros já estarem contidos, devido à necessidade prévia de se ter um adequado posicionamento dos membros superiores. Materiais: · Cama ou maca em quarto de observação. · Travesseiro. · Quatro faixas de tecido de algodão duplo dobrado, ou material específico conforme instituição. · Uma faixa ou material específico para contenção de tórax. · Nos casos de agitação intensa, acrescentar ao material mais quatro faixas para contenção de braços e coxas. CUIDADOS APÓS A CONTENÇÃO: · Manter a cabeceira do paciente elevada. · Observar perfusão sanguínea arterial e pulsos periféricos. · Cuidados gerais como hidratação, alimentação, higiene e eliminações fisiológicas. · Deve-se realizar a avaliação da contenção a cada 30 minutos. · AVALIAÇÃO DE PERFUSÃO: se apertar a ponta do dedo e a cor voltar em menos de 2 segundos, está normal, caso contrário, está ocorrendo hipoperfusão. complicações clinicas graves: → Desidratação; →Redução da perfusão em extremidades; → Fraturas; →Depressão respiratória. DURAÇÃO E RETIRADA DA CONTENÇÃO • Retirar se o paciente não apresentar mais o comportamento que gerou a contenção ou apresentar-se em estado de consciência; • O profissional deve falar de modo claro, sem tom de ameaça; • Orientar sobre a retirada das faixas de contenção, de modo vagaroso, sem a sua participação na retirada, deixando a cargo dos profissionais; • Orientar que ao final da retirada das faixas, não deve levantar de forma brusca ou rápida (hipotensão ortostática); • Orienta-se movimentar cada membro liberado, de forma regular, flexionando-o por alguns breves instantes; • Realizar observação e a avaliação constante, afim de não ocorrer danos durante a assistência. Letícia H. Cossa
Compartilhar