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Intervenções de enfermagem à pessoa com distúrbios musculoesqueléticos 2021-2

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Intervenções de 
enfermagem à pessoa 
com distúrbios 
musculoesqueléticos
Dr. Vinícius Mengal
REVISÃO ANATÔMICA E FISIOLÓGICA
• A saúde e o funcionamento 
adequado do sistema 
musculoesquelético são 
interdependentes dos outros 
sistemas corporais, embora tenha 
funções importantes.
ESTRUTURA E FUNÇÃO - ESQUELETO
• Os ossos são definidos como peças rijas, de número,
coloração e forma variáveis e que, em conjunto formam
o esqueleto.
• Pode-se definir ESQUELETO como sendo o conjunto de
ossos, cartilagens e ligamentos que se interligam para
formar o arcabouço do corpo do animal e desempenhar
várias funções.
• Funções do Esqueleto:
→ Proteção;
→ Sustentação e Conformação do Corpo;
→ Locais de armazenamento de íons (Cálcio e Fosfato);
→ Sistema de Alavancas;
→ Produção de certas células do Sangue;
• O esqueleto adulto tem 206 ossos. 
• Divide-se em axial (ossos da 
cabeça e do tronco) e apendicular 
(ossos dos membros). 
• Os ossos são também estruturas 
vivas, constituído na forma sólida 
de tecido conjuntivo cuja principal 
característica é a mineralização de 
sua matriz óssea.
ESTRUTURA E FUNÇÃO - ESQUELETO
SUBSTÂNCIA ÓSSEA
→Substância Óssea Compacta: Possui 
lamínulas fortemente unidas, sem 
espaço livre interposto, 
caracterizando-se de forma mais 
densa e rígida.
→Substância Óssea Esponjosa: Possui 
lamínulas mais irregulares em forma 
e tamanho, se arranjando de forma a 
deixar lacunas que se comunicam 
entre si.
• O estudo microscópico do tecido ósseo, distingue 
dois tipos diferentes de tecidos:
FORMAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
• O processo de consolidação de fraturas se dá em seis
estágios, cada um deles estimulado pela liberação e
ativação de reguladores biológicos e moléculas
sinalizadoras.
1) Hematoma e Inflamação;
2) Angiogênese e Formação de Cartilagem;
3) Calcificação da Cartilagem;
4) Remoção da Cartilagem;
5) Formação de Osso;
6) Remodelagem;
• Radiografias seriadas são usadas para monitorar a evolução
da consolidação óssea. O tipo de osso fraturado, a
adequação do suprimento sanguíneo o contato superficial
dos fragmentos, idade e estado geral do paciente
influenciam na rapidez da consolidação de fraturas, assim
como a devida imobilização.
Processo de Consolidação da Fratura: Fase 
Inflamatória
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Processo de Consolidação da Fratura: Fase do Calo 
Ósseo Mole
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Processo de Consolidação da Fratura: Fase do Calo 
Ósseo Duro
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Processo de Consolidação da Fratura: Fase de 
Remodelação Óssea
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Consolidação Clínica da Fratura: Formação do Calo Ósseo Duro 
Neste Estágio da consolidação da fratura já se observa a formação do calo 
ósseo duro e firme o suficiente para evitar a mobilidade no foco de fratura. 
Ao examinar a fratura não se detecta mais mobilidade no foco de fratura. 
Entretanto o Osso ainda não recuperou sua resistência original, é um Osso 
Primitivo. No Raio X observa-se ainda o traço de fratura com evidência de 
osso no calo ósseo. 
O Tempo da Consolidação Clínica do Fratura vai Depender de Vários Fatores.
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
✓ Idade do Paciente
✓ Qual o Osso Fraturado 
✓ Região do Osso Fraturada 
✓ Tipo de Osso Fraturado
✓ Configuração da Fratura 
✓ Desvio da Fratura 
✓ Suprimento Sangüíneo no Foco de Fratura
✓ Mobilidade no Foco de Fratura
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Tipos de Consolidação da Fratura:
• Consolidação Óssea Primária: A Fratura se
consolida a partir do tratamento cirúrgico
quando é realizada uma redução anatômica da
fratura e associada à uma fixação rígida dos
fragmentos fraturários com placa e parafusos.
• Consolidação Óssea Secundária: A Fratura se
consolida através do tratamento conservador.
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Tipos de Consolidação da Fratura: 
✓ Consolidação Óssea Primária:
Tipos de Consolidação da Fratura: 
✓ Consolidação Óssea Primária com falha de 
implante:
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Complicações no Processo de Consolidação da 
Fratura:
-Consolidação Anormal das Fraturas
✓ Consolidação Viciosa: 
A Fratura consolida no 
prazo normalmente 
esperado, porém em uma 
posição insatisfatória, 
resultando em uma 
deformidade óssea 
residual. 
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Complicações no Processo de Consolidação da 
Fratura:
-Consolidação Anormal das Fraturas
✓ Retardo de Consolidação: A fratura pode
eventualmente consolidar, mas leva
consideravelmente mais tempo do que o
normalmente esperado para faze-lo.
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Complicações no Processo de Consolidação da Fratura:
-Consolidação Anormal das Fraturas
✓ Ausência de Consolidação - Pseudo-artrose: A fratura 
falha completamente na sua consolidação, não 
havendo a formação de tecido ósseo, resultando em 
uma união fibrosa ou originando uma falsa 
articulação (Pseudo-artrose).
A Fratura se caracteriza no Raio X por não apresentar
sinais de consolidação óssea e clinicamente apresenta
mobilidade no foco de fratura com ausência de dor.
Complicações no Processo de Consolidação da Fratura:
✓ Ausência de Consolidação - Pseudo-artrose:
Hipertrófica 
“Pata de Elefante” 
Normotrófica
“Pata de Cavalo” 
Atrófica 
“Ponta de Lápis”
Aporte Sanguíneo 
Excelente 
Mobilidade no foco 
de fratura
Aporte Sangüíneo Bom 
Mobilidade no foco de 
fratura 
Aporte Sanguíneo 
Insuficiente 
Mobilidade no foco 
de fratura
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Atrófica 
“Ponta de Lápis”
Aporte Sanguíneo 
Insuficiente 
Mobilidade no foco 
de fratura
Complicações no Processo de Consolidação da Fratura:
✓ Ausência de Consolidação - Pseudo-artrose:
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Complicações no Processo de Consolidação da 
Fratura:
-Consolidação Anormal das Fraturas
✓ Pseudo-artrose Infectada: A mais temida de 
todas as complicações sendo mais frequente no 
tratamento cirúrgico da fratura. 
É uma pseudo-artrose associada coma infecção 
bacteriana do tecido ósseo no Foco da Fratura.
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
Complicações no Processo de Consolidação da 
Fratura:
✓ Pseudo-artrose Infectada:
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
OSTEOPOROSE
• Quando se manifesta os ossos se 
tornam progressivamente mais 
porosos, quebradiços e frágeis; 
se fraturam facilmente a 
estresses que não quebrariam 
um osso normal.
• Acarreta frequentemente :
→Fraturas compressivas da Coluna 
Torácica e Lombar;
→Fraturas do Colo e de região 
intertrocantérica do fêmur;
→Fraturas de Colles no punho;
OSTEOPOROSE
Prevenção
• A identificação precoce de adolescentes e 
adultos jovens em risco, 
• Ingestão aumentada de Cálcio, 
• Participação em exercícios regulares de 
sustentação de peso e 
• Modificação no estilo de vida,
• Identificação de fatores mórbidos e 
medicações de risco,
constituem fatores que diminuem o risco de 
osteoporose.
OSTEOPOROSE
Fisiopatologia
• A perda de massa óssea é um fenômeno
universal associada ao envelhecimento.
• Há uma diminuição da calcitonina, que inibe a
reabsorção óssea e formação do osso. O próprio
estrogênio (que inibe a decomposição do osso)
está reduzido. Por outro lado o hormônio
paratireóideo (PTH) eleva-se com o
envelhecimento, aumentando a renovação e
reabsorção óssea.
→ Perda efetiva de massa óssea com o tempo.
OSTEOPOROSE
Fisiopatologia
OSTEOPOROSE
Histórico e Achados Diagnósticos
• Pode não ser detectada em radiografias de rotina até 
que 25 a 40% de desmineralização tenha ocorrido.
É diagnosticada pela absorciometria de raios X 
de dupla energia (DEXA) que fornece 
informações sobre a densidade mineral óssea 
(DMO).
Os estudos da DMO são uteis para a 
identificação de ossos osteopênicos e 
osteoporóticos e avaliação da resposta à terapia.
OSTEOPOROSE
Tratamento
Uma dieta rica em Cálcio e em vitamina D 
durante toda a vida.
Exercícios regulares de sustentação de 
peso.
Reposição de Estrogênio.
Bisfosfanatos (Fosamax – Alendronato; 
Actonel – Residronato e Calcitinia);
OSTEOMIELITE
• É uma infecção dos ossos. O osso torna-se 
infectado por:
→Extensão de uma infecção dos tecidos moles 
(úlceras de pressão ou vasculares infectadas,infecção incisional);
→Contaminação direta do osso por cirurgia óssea, 
fratura aberta ou lesão traumática (PAF);
→Disseminação hematogênica a partir de outros 
locais de infecção.
• Dentre os pacientes em alto risco incluem-se os 
desnutridos, os idosos ou obesos, alterações do 
sistema imune, doenças crônicas e em terapia de 
corticóides ou drogas imunossupressoras.
OSTEOMIELITE
Fisiopatologia
• Entre 70 a 80% das infecções ósseas são
causadas por Staphylococus aureus.
Outros organismos patogênicos podem
ser encontrados incluindo espécies de
Proteus e Pseudomonas e Escherichia coli.
• A resposta inicial à infecção consiste em
inflamação, aumento da vascularização e
edema. Pode se estender da cavidade
medular para o periósteo sendo
disseminada à tecidos moles.
OSTEOMIELITE
Manifestações Clínicas
• Quando a infecção é hematogênica observa-
se manifestações de septicemia (cala frios, 
febre alta, pulso rápido, mal estar geral).
• A área infectada se torna dolorida, tumefeita 
e extremamente hipersensível.
• Em infecções crônicas, pode se perceber um 
trato fistuloso drenando secreção 
continuamente com períodos recorrentes de 
dor, inflamação, tumefação e drenagem de 
secreção.
OSTEOMIELITE
Manifestações Clínicas
OSTEOMIELITE
Manifestações Clínicas
CASO CLÍNICO
Paciente de 25 anos, masculino, de 1,97m de altura, natural de Belo Horizonte,
residente em Serra, sofreu acidente em que colidiu com sua motocicleta contra
uma árvore. Chegou ao hospital com dor em membros e impossibilidade de
deambular. Apresentava várias escoriações, deformação anatômica em
membros inferiores e ferimento aberto em região lateral da coxa direita. Havia
lesão no pé direito, sem alteração da perfusão, e preservação da sensibilidade
distal e da amplitude de movimento. O diagnóstico inicial foi de fratura exposta
em coxa direita e lesão trocantérica em membro esquerdo. O estudo radiográfico
evidenciou fraturas diafisária e epifisária exposta no fêmur direito e fratura
trocantérica no esquerdo seguindo de cirurgia para implante de fixador externo.
Dr. Vinícius Mengal

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