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NECROSE GANGRENOSA A gangrena é um tipo especial de evolução do processo de necrose. As características vão depender de vários fatores como: velocidade de instalação do processo, causa, e o aspecto morfológico final do quadro. As principais causas da gangrena são: isquemia e infecção (ação bacteriana), e patologias que dificultem o fluxo sanguíneo. Acometem principalmente os membros inferiores. Por trás da gangrena, há um tipo de necrose presente. A necrose de coagulação. Causada por isquemia em todo o organismo, exceto no sistema nervoso central. O processo isquêmico leva à necessidade de realizar respiração anaeróbica para produção de energia. Esse processo de respiração, produz ácido lático, que, então, se acumula, tornando o pH intracelular mais ácido, e isso provoca desnaturação proteica e morte tecidual por necrose. No caso da gangrena, após o processo necrótico ou durante, outros fenômenos adicionais acontecem, e provocam os diferentes tipos de gangrena. gangrena umida gangrena seca gangrena gasosa Ocorre, inicialmente, uma obstrução do fluxo sanguíneo, e um processo de necrose se instala rapidamente. As alterações nucleares acontecem (picnose, cariorrexe e carólise). A necrose é tão rápida que o tecido não chega a perder muita água. Então, o tecido necrosado sofre contaminação por bactérias saprófitas, que digerem o tecido, deixando-o amolecido, e por isso é conhecida como gangrena úmida. Alguns sintomas estão presentes como alterações na coloração da pele, dor seguida de dormência e perda de sensibilidade local, e odor fétido. O tratamento precisa ser realizado rapidamente, pois a gangrena úmida possui potencial para se espalhar rapidamente, ocorrendo uma disseminação bacteriana, choque séptico e morte. Ocorre principalmente por frio e congelamento. Outras causas patológicas são gesso e bandagens muito apertadas dificultando o fluxo sanguíneo. E há ainda causas fisiológicas para a ocorrência de gangrena seca, que é o que ocorre no coto umbilical. Há uma redução de fluxo sanguíneo, e isquemia, como na gangrena úmida, porém o tecido desidrata. A área necrótica perde água para o ambiente, ao contrário da gangrena úmida. Essa desidratação faz com que a aparência seja retraída, seca, e com aspecto mumificado. A coloração do tecido da gangrena seca é negro, decorrente de alterações da hemoglobina. A gangrena gasosa ocorre também após um processo necrótico por isquemia, porém o tecido necrótico é invadido por bactérias do gênero Clostridium (C. botulinum, C. tetani, e C. perfrigens). A espécie mais associada é o Clostridium perfrigens. Essas bactérias produzem exotoxinas e gases. As exotoxinas contribuem para o processo de necrose. A gangrena gasosa também é uma emergência médica, pois o tecido contaminado deve ser desbridado rapidamente, para que haja o controle de sinais e sintomas sistêmicos, uma vez que as toxinas produzidas pelo Clostridium podem acarretar em diversas alterações como hemólise, vasoconstricção (reduzindo a perfusão) e aumento da permeabilidade celular. necrose gangrenosa https://blog.jaleko.com.br/livro-de-patologia/
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