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P4 – propedêutica Exame físico do coração Inspeção estática – tudo aquilo que está parado → Ver se há abaulamentos – pectus carinatum (peito de aves) e certas cardiopatias congênitas devido ao aumento do VD → Ver se há retrações – pectus excavatum (tórax de sapateiro) e aderências pleuropericárdica (pericardite/pleurite) → Averiguar se tem uma circulação venosa colateral – ver se há desenho venoso (se a pessoa é muito branca), as veias ficam tortuosas com calibre aumentado, é um quadro patológico. Pode ocorrer em tumor de mediastino Inspeção dinâmica – tudo aquilo que se mexe → Ictus córdis – choque da ponta do VE com a parede torácica (bem visível em pacientes magros) ▪ O VE na contrçação diminui o diâmetro transversal e aumenta o diâmetro anteroposterior, há uma projeção da ponta do coração para frente, o que leva a um pequeno abaulamento no espaço intercostal ▪ Não é visível em pacientes obesos, derrame pericárdico, enfisema pulmonar e pericardite constritiva ▪ Aneurisma sifilítico: abaulamento pulsátil face anterior do tórax por corrosão dos arcos costais (raro, ocorre na fase terciária da sífilis) – determinar em que espaço intercostal está acontecendo • Ictus cordis – tentar palpar com os dois dedos (indicador e médio) perpendiculares → Localização, ver se ele é visível → Frequência cardíaca → Ritmo (dá para saber se o paciente está em arritmia) → Extensão (normalmente é de 2 a 3 cm) → Mobilidade (paciente em DLE, passa a ser palpável em outro local – normalmente de 5 a 8 cm), se não houver mobilidade pensar em aderência → Intensidade (por cruz +/4 até 4+/4) → Indivíduo normolíneo – 5º EICE na linha hemiclavicular → Indivíduo brevilíneos – 4º EICE para fora da linha hemiclavicular (1,5 a 2 cm) → Indivíduo longilíneo – 6º EICE para dentro da linha hemiclavicular → Desviado para esquerda e para baixo = aumento do VE • Levantamento sistólico → Mão espalmada sobre o precórdio e ver se há sensação de levantamento da mão, se sim indica aumento do VD • Bulhas cardíacas → Palpação das bulhas comum em crianças e pessoas magras → 1ª bulha: fechamento das valvas atrioventriculares, ocorre a sístole. Primeiro fecha a valva mitral e depois a tricúspide. Como o intervalo de tempo é muito pequeno, sentimos apenas uma bulha → 2ª bulha: fechamento das valvas semilunares, ocorre após diástole. Primeiro fecha valva aórtica e depois a pulmonar, com pequeno espaço de tempo entre elas → Foco aórtico: fica no 2º espaço intercostal justa-esternal direito → Foco pulmonar: fica no 2º espaço intercostal justa-esternal esquerdo → Foco mitral: ictus cordis, porém se não visível será de acordo com o tipo constitucional → Foco tricúspide: à esquerda do apêndice xifoide no 5º/6º espaço intercostal esquerdo → Foco aórtico acessório (foco de ERB): 3º espaço intercostal justa-esternal esquerdo (insuficiência da valva semilunar aórtica) Foco aórtico é o único que fica no lado direito • Frêmitos: sensação de vibração no precórdio → Presença de sopro ou atrito pericárdico → Sistólico ou diastólico ou em ambos • Não se faz mais percussão do precórdio • Composto por olivas, hastes, tubo de condução duplo, diafragma e campânula • Auscultar as bulhas cardíacas • 1ª bulhas: som mais grave e intenso, som “tum” – fechamento das valvas atrioventriculares • 2ª bulha: som mais agudo e menos intenso, som “ta” – fechamento das valvas semilunares • Paciente em DDH, boa para auscultar as duas bulhas • Posição de Harvey: usado para auscultar os focos da base – valvas aórtica e pulmonar, pois aproxima os vasos da parede torácica. Paciente sentado inclinado levemente para frente e para a esquerda • Posição de Pachon: paciente em decúbito lateral esquerdo (DLE) para auscultar melhor a valva mitral, pois aproxima o ictus cordis da parede torácica • 1ª bulha: hiperfonese, hipofonese e desdobramento → Hiperfonese: fechamento mais vigoroso das valvas atrioventriculares, pode ocorrer após exercício físico, emocional ou hipertireoidismo. Pode ocorrer por alterações patológicas das valvas atrioventriculares, ocorre em casos de estenosa da valva mitral congênita ou febre reumática. Ou pode ocorrer por fatores extra-cardíacos, como em indivíduos magros, crianças, pectus excavatum ou tórax fino → Hipofonese: ocorre devido ao fechamento menos intenso das valvas atrioventriculares, como pós-infarto ou miocardiopatias. Pode ocorrer por alterações patológicas das valvas atrioventriculares, como no caso de estenosa da valva mitral calcificada ou insuficiência da valva mitral. Ou pode ocorrer por fatores extra-cardíacos, como no enfisema pulmonar, obesidade e derrame pericárdico → Desdobramento: quando as valvas atrioventriculares se fecham em momentos diferentes, com intervalo de tempo maior entre elas, ouve-se um “trum”. Ocorre por um bloqueio do ramo direito (BRD), como em casos de doenças de chagas. Há despolarização primeiro do VE e depois do VD. O fechamento das valvas ocorre em tempos diferentes • 2ª bulha: hiperfonese, hipofonese e desdobramento → Hiperfonese: ocorre por fechamento mais vigoroso das valvas semilunares, ocorre em casos de HAS e hipertensão pulmonar. Pode ocorrer em casos de alterações patológicas das valvas semilunares, como em aterosclerose valva aórtica e aortite sifilítica. Ou em fatores extra-cardíacos, como indivíduos magros, crianças, aproximação dos vasos da base na parede torácica gestantes e tórax fino → Hipofonese: ocorre em casos de fechamento menos intenso das valvas semilunares, em casos de choque. Ou alterações patológicas das valvas semilunares, como em insuficiência valva aórtica ou pulmonar ou em estenose valva aórtica ou pulmonar. Ou em fatores extra-cardíacos, como enfisema pulmonar, obesidade e derrame pericárdico → Desdobramento: quando as valvas semilunares se fecham com intervalo de tempo maior entre elas, ouve-se um “trá”. Pode ser constante ou inconstante (fisiológico ou paradoxal). Em casos de desdobramento fisiológico, normalmente ocorre em crianças e adolescentes, ocorre durante a inspiração quando há diminuição da pressão intratorácica e com isso ocorre aumento do retorno venoso (chega mais sangue ao AD e ao VD) e por isso demora mais tempo para esvaziar, a valva pulmonar leva mais tempo para se fechar, no final da inspiração ouve-se um TRÁ. Em casos de descobramento paradoxal, ocorre no aparecimento da expiração, pode ocorrer por bloqueio do ramo esquerdo (BRE) – primeiro ocorre a despolarização do VD, primeiro fechamento da valva pulmonar e depois despolariza o VE, fecha a valva aórtica, ouve-se um TRÁ. Pode ocorrer também na estenose da valva aórtica, em que o diâmetro diminui, o VE demora mais para ejetar o sangue e a valva demora para fechar, como na inspiração o fechamento da valva pulmonar também está atrasado, ouvimos o TÁ, mas na expiração a valva pulmonar se fecha no momento normal e a aórtica permanece atrasada, ouve-se um TRÁ. Em casos de persistência do canal arterial (PCA), a comunicação da artéria pulmonar com a aorta presente na vida embrionária e que se fecha ao nascer (depende da pressão parcial de O2), o canal continua aberto, há gradiente de pressão entre as duas artérias, permitindo a passagem contínua de sangue da aorta para a artéria pulmonar. Esse sangue segue para o pulmão, pelas veias pulmonares, enchendo mais o AE e VE, demora mais para esvaziar- se e atrasa o fechamento da valva aórtica. Na inspiração a valva pulmonar também fecha atrasada, e na expiração ouve-se um TRÁ. Pode ocorrer também o desdobramento constante, aparece tanto na inspiração quanto na expiração. Pode ocorrer no bloqueio do ramo direito (BRD), em que o VD demora para despolarizar e a valva pulmonar demora mais para fechar. Ou em casos de hipertensão pulmonar, em que o VD demora para esvaziar devidoa grande resistência pulmonar, o que atrasa o fechamento da valva pulmonar. Há também casos de comunicação interatrial (CIA), durante a inspiração aumenta o retorno venoso, enchendo mais VD e AD, demorando para esvazia-los, isso leva a uma demora maior para fechar a valva pulmonar, ouve-se um “trá”; na expiração passa mais sangue do AE para o AD pelo aumento de pressão, o VD demora mais para esvaziar e fechar a valva pulmonar, ouve-se um “trá” • 3ª e 4ª bulhas: são sons graves, melhor audíveis com campânula, ficam no foco mitral → 3ª bulha: é a protodiastólica, aparece no início da diástole, logo após a 2ª bulha (TUM TÁ TÁ). Pode aparecer em crianças e adolescentes devido ao miocárdio estar ainda em desenvolvimento. Em casos de patologia, ocorre devido a comprometimento do miocárdio (miocardiopatia dilatada ou infarto do miocárdio extenso) – Teoria de Desaceleração de Rushmer: o sangue que vem do átrio sofre desaceleração suave ao chegar ao ventrículo, com o ventrículo comprometido, este não consegue desacelerar a entrada de sangue na fase rápida (3ª bulha), por isso há desaceleração brusca do sangue → 4ª bulha: ocorre devido a desaceleração brusca do sangue na fase de sístole atrial, final da diástole ventricular. Chamada de telediastólica ou pré-sistólica. Aparece antes da 1ª bulha, ouve-se TUM TUM TÁ. Pode ocorrer em segmento pequeno do ventrículo, em casos de infarto do miocárdio pequeno • Sons de turbilhonamento sanguíneo • Causas: → Alterações anatômicas das cavidades cardíacas e vasculares – maior turbilhonamento sanguíneo, são sopros orgânicos → Aumento da velocidade sanguínea – taquicardia (exercício físico, emoções, febre, hipertireoidismo, são sopros anorgânicos → Diminuição da viscosidade sanguínea – anemia, são sopros anorgânicos • Sistólico ou diastólico ou contínuo (persistência do canal arterial) • Foco em que melhor ele é audível • Irradiação (normalmente se irradia dependendo do fluxo sanguíneo) • Tonalidade – aguda ou grave • Timbre – suave, rude ou ruflar • Melhor posição da ausculta – Harvey (paciente sentado, levemente à esquerda), Pachon (decúbito lateral esquerdo) ou DDH • Mudança com a respiração – inspiração ou expiração • Intensidade (depende do grau da lesão - +/4 até 4+/4) • Orgânicos: podem ser sistólicos ou diastólicos, suave ou rude, costumam irradiar e podem ter frêmitos. Podem ser órgano-valvares, órgano-musculares ou órgano- vasculares • Anorgânicos ou inocentes: sempre são sistólicos, são suaves, não possuem irradiação ou frêmitos. Causados por anemia, febre, hipertireoidismo, emoções, exercício, sopro de Still, venoso, artéria mamária → Sopro de Still: aparece no foco aórtico acessório e persiste até os 19 anos (NORMAL) → Sopro da artéria mamária: ocorre em gestantes pela ingurgitação dessas artérias, apertando um pouco o estetoscópio comprime a artéria e o sopro cessa → Sopro venoso: normalmente presente em crianças de 5 a 7 anos quando fazem hiperextensão da cabeça, levando uma aproximação dos vasos da parede, desaparece quando a cabeça é fletida → Sopros órgano-valvares: pode aparecer na estenosa da valva (são graves) ou na insuficiência da valva (são agudos) ou são congênitos ou devido à febre reumática – • Ciclo cardíaco: sistólico • Foco de ausculta: aórtico • Irradiação: em ampulheta (pescoço e base do hemitórax) • Tonalidade: grave • Timbre: rude • Intensidade: variável +/4 até +4/4 • Posição: Harvey • Respiração: expiração • É igual ao da estenose pulmonar • Forma losangular, cresce conforme for a maior pressão contra a ejeção do sangue do VE para a aorta, conforme o VE se esvazia menor a pressão e diminui a intensidade do sopro • Estalido de ejeção: abertura da valva aórtica – • Ciclo cardíaco: diastólico • Foco de ausculta: aórtico e foco de Erb (aórtico acessório) • Irradiação: base do hemitórax esquerdo próximo a linha axilar anterior • Tonalidade: agudo • Timbre: aspirativo • Intensidade: variável • Posição: harvey • Respiração: expiração • É igual ao da insuficiência da valva pulmonar • O sopro é decrescente começando com grande intensidade após a 2ª bulha, pois o gradiente de pressão é grande no começo e a medidade que o VE vai se enchendo, diminui o gradiente de pressão e o sopro diminui sua intensidade – • Ciclo cardíaco: diastólico • Foco de ausculta: mitral • Irradiação: em direção ao apêndice xifoide • Tonalidade: grave • Timbre: em ruflar • Intensidade: variável • Posição: pachon • Respiração: expiração • Igual ao da estenose da valva tricúspide • Ao abrir a valva, no início da diástole, ocorre o estalido de abertura e depois começa o sopro em decrescente, em ruflar, na fase de enchimento rápido, na fase de enchimento lento desaparece o sopro e depois na sístole atrial volta o sopro de forma crescente, reforço pré-sistólico que culmina com a 1ª bulha hiperfonética. Som de FUT TÁ TÁ RUUUUU – • Ciclo cardíaco: sistólico • Foco de ausculta: mitral • Irradiação: axilar esquerda • Tonalidade: agudo • Timbre: suave • Intensidade: variável • Posição: pachon • Respiração: expiração • É igual ao da insuficiência da valva tricúspide • Sopro durante toda a sístole, pois o sangue passa de forma constante. Ocorre durante toda a sístole • Holossistólico – é a sístole inteira • Em platô – • Ciclo cardíaco: sistólico • Foco de ausculta: pulmonar • Irradiação: fossa supra-clavicular esquerda • Tonalidade: grave • Timbre: rude • Intensidade: variável • Posição: Harvey • Respiração: inspiração • Forma losangular cresce conforme for a maior pressão contra a ejeção do sangue do VD para a artéria pulmonar, conforme o VD se esvazia menor a pressão e diminui a intensidade do sopro • Estalido de ejeção: abertura da valva pulmonar • É igual à da estenose aórtica – • Ciclo cardíaco: diastólico • Foco de ausculta: pulmonar • Irradiação: base do hemitórax esquerda • Tonalidade: agudo • Timbre: aspirativo • Intensidade: variável • Posição: Harvey • Respiração: expiração • É igual ao da insuficiência da valva pulmonar • O sopro é decrescente começando com grande intensidade após a 2ª bulha, pois o gradiente de pressão é grande no começo e a medida que o VD vai se enchendo, diminui o gradiente de pressão e o sopro diminui sua intensidade – • Ciclo cardíaco: diastólico • Foco de ausculta: tricúspide • Irradiação: ictus córdis • Tonalidade: grave • Timbre: em ruflar • Intensidade: variável • Posição: DDH • Respiração: inspiração Fonocardiograma • É igual ao da estenose da valva tricúspide • Ao abrir a valva no início da diástole ocorre o estalido de abertura e depois começa o sopro em decrescente em ruflar, na fase de enchimento rápido. Na fase de enchimento lento desaparece o sopro e depois na sístole atrial volta o sopro de forma crescente. Reforço pré-sistólico que culmina com a 1ª bulha hiperfonética • Som de FUT TÁ TÁ RUUUU – • Ciclo cardíaco: sistólico • Foco de ausculta: tricúspide • Irradiação: em direção ao hemitórax direito para cima • Tonalidade: agudo • Timbre: suave • Intensidade: variável • Posição: DDH • Respiração: inspiração • É igual ao da insuficiência da valva tricúspide • Sopro durante toda a sístole, pois o sangue passa de forma constante, durante toda a sístole • Holossistólico • Em platô • Observe que os sopros do lado esquerdo do coração são melhor audíveis na expiração • Nos sopros do lado direito, com exceção da insuficiência da valva pulmonar, os sopros ficam mais audíveis na inspiração, quando aumenta o retorno venoso, levando um maior fluxo sanguíneo ao coração • Manobra de Rivero-Carvallo positiva: estenose e insuficiência tricúspide, ouve-se na inspiração devido ao aumento do retorno venoso, sopro mais audível • Ocorrepor isquemia – no começo da systole ventricular, primeiro contrai os músculo papilares que vão atuar fechando a valva, no caso de lesão desses músculos, o fechamento valvar fica prejudicado criando uma insuficiência da valva mitral, gerando um sopro pela dilatação do anel da valva mitral, apesar das valvas estarem de tamanho preservado • Miocardiopatia dilata – ocorre por doença de chagas, ocorre problema no anel da valva mitral, os folhetos se afastam, escapa-se sangue do VE em direção ao AE, logo, haverá uma insuficiência da valva mitral • Sopro sistólico, foco de ausculta no foco mitral, irradiação para axila esquerda, tonalidade é aguda, timbre suave, intensidade é variável, posição para ausculta é Pachon, fase da respiração que melhor se ausculta é a expiração • Pode ocorrer por necrose, ocorrendo uma insuficiência mitral aguda e grave • O sangue vai todo para as veias pulmonares, levando a um quadro de edema pulmonar agudo • Sinais: dor intensa e dispneia • É um evento subito • Sopro sistólico, ouve-se melhor no foco mitral, irradiação para a axila esquerda, tonalidade grave, timbre rude, intensidade elevada (3+/4 a 4+/4) pode até mascarar a 1ª bulha, posição de melhor ausculta é a de Pachon, ouve-se melhor na expiração • É uma doença de herança autossômita dominante • Afeta ambos os sexos • Ocorre por degeneração mixomatosa dos folhetos da valva mitral e da cordoalha tendínea • Ocorre substituição do colágeno por mucopolissacarídeo ácidos que destroem o tecido valvar, levando ao esgarçamento do anel mitral • Há abaulamento da valva para os átrios ao se fechar • Pode evoluir com degeneração → insuficiência mitral → sopro • Se não tiver insuficiência mitral a ausculta será um estalido mesos sistólico pelo abaulamento dos folhetos ou estiramento abrupto das cordoalhas • Se tiver insuficiência, ouve-se um sopro sistólico, após o estalido • Sopro sistólico, ouve-se melhor no foco mitral, irradia para a axila esquerda, tonalidade aguda, timbre suave, intensidade variável, melhor ausculta na posição de Pachon, mais audível na expiração • Miocardiopatia dilatada • Pode ser simultânea a dilatação do anel mitral • Insuficiência do músculo papilar tricúspide é rara, pois os folhetos são irrigados por mais de uma artéria • Sopro sistólico, foco de ausculta no foco tricúspide, irradiação para cima em direção ao hemitórax direito, tonalidade aguda, timbre suave, intensidade variável, ouve-se melhor em DDH, mais audível na inspiração (Manobra de Rivero-Carvallo) • Hipertrofia do músculo cardíaco (VE) abaixo da valva aórtica. O ventrículo fica em forma de ampulheta, com isso, forma-se duas câmaras no VE • Uma câmara com pressão elevada para tentar vencer o estreitamento, a outra câmara com pressão igual a da aórtica • Quando o sangue passa por esse estreitamente gera um sopro • Sopro sistólico, foco aórtico acessório, irradiação para fúrcula ou para o manúbrio, tonalidade grave, timbre rude, intensidade variável, melhor ausculta na posição de Harvey e na expiração • Hipertrofia do músculo cardíaco na vida de saída do VD para a artéria pulmonar • Não tem estalido de ejeção • Sopro sistólico, foco pulmonar, irradia para a fossa supra clavicular esquerda, tonalidade grave, timbre rude, intensidade variável, melhor ausculta na posição de Harvey e na inspiração • Inspiração → aumenta retorno venoso → aumenta volume de sangue para AD e VD • Na CIA durante a expiração passa sangue do AE para o AD pela diferença de pressão, chegando mais sangue para o VD. Com isso, o VD estará sempre cheio de sangue, maior volume de sangue para passar pela abertura da valva pulmonar, ocorre estenose relativa da valva pulmonar, levando ao sopro • Desdobramento constante da 2ª bulha • Pode se localizar mais alta ou baixa no septo interventricular • Quanto mais alta, maior possibilidade de se fechar sozinha • Pressão do VE>VD • Grande gradiente de pressão durante a sístole ventricular, passa sangue do VE para o VD, durante essa passagem ocorre o sopro CIA CIV Ciclo cardíaco Sistólico Sistólico Foco de ausculta Pulmonar Foco aórtico acessório ou 4º EICE Irradiação Fossa supra clavicular esquerda Hemitórax direito Tonalidade Grave Grave Timbre Rude Rude Posição Harvey Não tem posição melhor Respiração Não varia com respiração Expiração → Embora o sopro da CIA se pareça muito com uma estenose pulmonar, ele não tem estalido de ejeção no início → Os sopros são de intensidade variável, sendo que na CIV quanto menor a CIV, maior a intensidade do sopro, mas também menor será sua repercussão hemodinâmica • Causados por alterações nos vasos da base do coração • Dilatação da aorta ascendente, ocorre por HAS e sífilis terciária • No início não há comprometimento valvar, só há turbilhonamento do sangue durante a sístole • Com a progressão da doença, ocorre a dilatação do anel valvar aórtico causando insuficiência valvar • Leva ao sopro sistólico e diastólico Dilatação da aorta ascendente Dilatação da aorta e do anel aórtico Ciclo cardíaco Sístole Diástole Foco de ausculta Aórtico Aórtico e aórtico acessório Irradiação Quase não irradia Base do hemitórax esquerdo Tonalidade Grave Agudo Timbre Rude Aspirativo Posição Harvey Harvey Respiração Expiração Expiração • Dilatação da artéria pulmonar ocorre por hipertensão pulmonar ou por causa idiopática, levando um turbilhonamento sanguíneo durante a sístole devido a evolução da hipertensão pulmonar, pode ocorrer também a dilatação do anel valvar pulmonar • Sopro diastólico = dilatação pulmonar • Sopro diastólico = insuficiência pulmonar Dilatação da artéria pulmonar Dilatação da artéria pulmonar e do anel pulmonar Ciclo cardíaco Sistólico Sistólico e diastólico Foco de ausculta Pulmonar Pulmonar Irradiação Quase não irradia Base do hemitórax esquerdo Tonalidade Grave Aguda Timbre Rude Aspirativo Posição harvey Harvey Respiração Inspiração Expiração • Persistência do canal arterial (PCA) ocorre em cidades mais altas com ar mais rarefeito • Existência de uma comunicação entre as artérias pulmonares e a aorta • Como existe um gradiente de pressão entre aorta e artéria pulmonar, ocorre a passagem de sangue contínua • É um sopro contínuo (Sopro de Gibson) • É um sopro contínuo, auscultível no foco pulmonar, irradia para todos os focos, tonalidade grave, timbre rude, intensidade elevada (3+/4 ou 4+/4), sem posição específica de ausculta, mais audível na expiração • Paciente com 3ª ou 4ª bulha e com frequência cardíaca elevada (acima de 100 batimentos por minuto) gera um som semelhante a um galope • Causado por processo inflamatório do pericárdio causado por infecção viral, bacteriana ou fúngica, por uremia (insuficiência renal), radioterapia (pericardite actínica), metástase tumoral pericárdica, pericardite reumática ou pós-operatório de cirurgia cardíaca • Sopro diastólico precoce que pode ser encontrado na insuficiência da válvula pulmonar • É melhor audível na borda esternal esquerda no segundo espaço intercostal com o paciente em plena expiração • O sopro é ouvido devido a uma alta velocidade de fluxo de volta através da válvula pulmonar. Esta é normalmente uma consequência da hipertensão pulmonar secundária à estenose da válvula mitral • Sopro diastólico de fechamento da válvula mitral devido sobrecarga de volume na insuficiência aórtica severa = vibração do folheto anterior da valva mitral • Em 1859, Austin Flint observou dois casos de pacientes com insuficiência aórtica que apresentavam sopro semelhante ao da estenose mitral, apesar do aparelho mitral intacto à autópsia • É um sopro proto meso diastólico em foco mitral, ocasionado pela inflamação da válvula mitral levando dificuldade de aberturadurante cardite reumática • Se refere ao sopro da estenose aórtica que reflete no foco mitral, simulando uma insuficiência mitral. Para correta diferenciação deve-se fazer a manobra “handgrip” • Dessa forma, o aumento da pressão na aorta torna o sopro da estenose menos audível
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