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fundamentos da cervejaria

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Tópicos integradores iii
Trabalho avaliativo
Aluna: Stephany Kerolayne Neves Silva
Matrícula: 01227944
FUNDAMENTOS DA CERVEJARIA
O QUE É CERVEJA?
Cerveja é uma bebida alcoólica carbonatada, produzida através da fermentação de materiais com amido, principalmente cereais maltados como a cevada e o trigo. Seu preparo inclui água como parte importante do processo e algumas receitas levam ainda lúpulo e fermento, além de outros temperos, como frutas, ervas e outras plantas.
Dentro desta definição de cerveja encontram-se diversas variedades, de acordo com fatores como método de produção, ingredientes usados, cor, sabor, aroma, receita, história, origem e assim por diante.
HISTÓRIA DA CERVEJA
OS SUMÉRIOS DESCOBREM A CERVEJA E ASSIM COMEÇA A HISTÓRIA
Há evidências de que a prática da cervejaria originou-se na região da Mesopotâmia onde a cevada cresce em estado selvagem. Os primeiros registros de fabricação de cerveja têm aproximadamente 6 mil anos e remetem aos Sumérios, povo mesopotâmico.
 A primeira cerveja produzida foi, provavelmente, um acidente. Documentos históricos mostram que em 2100 a.C. os sumérios alegravam-se com uma bebida fermentada, obtida de cereais.
Na Suméria, cerca de 40% da produção dos cereais destinavam-se às cervejarias chamadas “casas de cerveja”, mantida por mulheres. Os egípcios logo aprenderam a arte de fabricar cerveja e carregaram a tradição no milênio seguinte, agregando o líquido à sua dieta diária.
HISTÓRIA DA CERVEJA
ESTELA DE HAMURABIA, A PRIMEIRA LEI DA CERVEJA
A mais antiga lei que regulamenta a produção e a venda de cerveja é a Estela de Hamurabi, que data de 1760 a.C. Nela, se condena à morte quem não respeita os critérios de produção de cerveja indicados.
 Incluía várias leis de comercialização, fabricação e consumo da cerveja, relacionando direitos e deveres dos clientes das tabernas. O Código de Hamurabi também estabelecia uma ração diária de cerveja para o povo da Babilônia: 2 litros para os trabalhadores, 3 para os funcionários públicos e 5 para os administradores e o sumo sacerdote.
 O código também impunha punições severas para os taberneiros que tentassem enganar os seus clientes.
HISTÓRIA DA CERVEJA
OS EGÍPCIOS: A CERVEJA GANHA IMPORTÂNCIA
A extrema relevância da cerveja para os egípcios refletia-se não só na existência de um alto funcionário encarregado de controlar e manter a qualidade da cerveja produzida, como também na criação de hieróglifos extra que descrevessem produtos e atividades relacionadas com a cerveja.
Curiosamente, existem alguns povos que vivem ao longo do Nilo que ainda hoje fabricam cerveja num estilo muito próximo ao da era faraónica. Além de bem alimentar, servia também como remédio para certas doenças. Um documento médico, datado de 1600 a.C. e descoberto nas escavações de um túmulo, descreve cerca de 700 prescrições médicas, das quais 100 contêm a palavra cerveja.
HISTÓRIA DA CERVEJA
ESTELA DE HAMURABI, A DEUSA DA CERVEJA
Diferentemente do que vemos hoje, os responsáveis pela produção da cerveja não eram os homens, pois eles naqueles tempos não tinham tempo para ficar em casa cozinhando, cuidando da prole ou fazendo cerveja… 
Haviam guerras a serem lutadas, animais a serem caçados e tarefas a serem cumpridas. O que deixava a cargo das mulheres fazer o pão assim como a cerveja. Por isso, a Deusa da cerveja, Ninkasi, é uma figura feminina. Deusa suméria da cerveja e Mestre Cervejeira entre os Deuses, Ninkasi. Nascida das bolhas de uma fonte de água fresca, seu nome significa “senhora que enche a boca”.
HISTÓRIA DA CERVEJA
CERVEJAS CHEGAM AOS MONASTÉRIOS: LÚPULO É ADICIONADO À RECEITA
Na Idade Média, vários mosteiros fabricavam cerveja, empregando diversas ervas para aromatizá-la, como mírica, rosmarinho, louro, sálvia, gengibre e o lúpulo, este utilizado até hoje e introduzido no processo de fabricação da cerveja entre os anos 700 e 800. O uso de lúpulo para dar o gosto amargo da cerveja e para preservá-la é atribuída aos monges do Mosteiro de San Gallo, na Suíça. Os monges por serem os únicos que reproduziam os manuscritos da época, puderam conservar e aperfeiçoar a técnica de fabricação da cerveja.
HISTÓRIA DA CERVEJA
LEI DE PUREZA ALEMàCONSTITUI UM DOS MAIS ANTIGOS DECRETOS ALIMENTARES DA EUROPA.
A Reinheitsgebot (português: Lei da Pureza da Cerveja) foi uma lei promulgada pelo duque Guilherme IV da Baviera, em 23 de Abril de 1516.
A lei da pureza da cerveja instituiu que a cerveja deveria ser fabricada apenas com os seguintes ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo. A levedura de cerveja não era conhecida à época. Devido à regulamentação europeia, outros ingredientes são autorizados nas cervejas alemãs, mas a maioria dos cervejeiros alemães continuam a seguir as prescrições do Reinheitsgebot, consideradas garantia de qualidade.
Isto acontece principalmente nas marcas vendidas em território alemão. A Saint Bier segue rigorosamente a Lei de Pureza Alemã na fabricação de seus produtos.
HISTÓRIA DA CERVEJA
LOUIS PASTER: CONHECEMOS A PASTEURIZAÇÃO
Louis Pasteur, um francês nascido em Dolle, no dia 27 de Dezembro de 1822. É lembrado por suas notáveis descobertas das causas e prevenções de doenças. Entre seus feitos mais notáveis pode-se citar a redução da mortalidade e a criação da primeira vacina contra a raiva. Seus experimentos deram fundamento para a teoria microbiológica da doença.
Atendeu a solicitação de alguns dos vinicultores e cervejeiros da região que lhe pediram para descobrir como os vinhos e a cervejas azedavam. Durante sua investigação, através do uso de microscópio, ele pôde constatar que a levedura ocasionava este processo.
Solucionou este problema através de um processo que originou a atual técnica de pasteurização dos alimentos.
HISTÓRIA DA CERVEJA
CERVEJA PILSEN: NASCE UM DOS MAIS IMPORTANTES TIPOS DE CERVEJA
Pilsener é um tipo de cerveja de baixa fermentação fabricada com maltes especiais e produzido na cidade de Pilsen (Plznen), situada na região da Boêmia, na atual República Checa. É chamada pilsener, pils ou pílsen conforme a língua do país onde é produzida.
 Fabricada inicialmente em 1842, é o estilo original que definiu as cervejas límpidas e de cor clara.1 Foi criada pelo cervejeiro da Baviera Joseph Groll na cidade de Pilsen, capital da região da Boêmia, na República Tcheca. Usa malte da Morávia e decocção para criar um perfil de malte bastante rico. É uma cerveja de baixa fermentação (lager).
HISTÓRIA DA CERVEJA
A CERVEJA NO BRASIL: OS PRIMEIROS PASSOS
A história das primeiras cervejarias no Brasil começa com a chegada de Maurício de Nassau ao Recife em 1637. Junto com Nassau veio o cervejeiro Dirck Dicx com uma planta de cervejaria e os componentes para serem montados.
A cervejaria foi montada a partir de outubro de 1640 na residência chamada “La Fontaine” que Nassau deixou de utilizar após a construção do parque de Vrijburg. A ampliação da venda de cerveja ao Brasil ocorreu a partir de 1808, trazida pela família real portuguesa de mudança para o território. Consta que o rei consumia muito a bebida.
Logo ao chegar, o rei Dom João decreta a abertura dos portos às nações amigas, abolindo o monopólio comercial luso. Até 1814 a abertura dos portos beneficiava exclusivamente a Inglaterra, que praticamente monopolizava o comércio com o Brasil, fazendo com que a cerveja consumida no Brasil, de qualquer origem, fosse introduzida com exclusividade pela Inglaterra.
HISTÓRIA DA CERVEJA
AS PRIMEIRAS FÁBRICAS: NASCEM OS PRIMEIROS RÓTULOS
Até o 2º Reinado, em (1840), os anúncios comerciais nos jornais referiam-se, exclusivamente, à venda de cerveja, nunca à produção. A primeiras fábricas produziam cerveja sem marca alguma e geralmente vendiam, em barris, para os depósitos (comércio que nem sempre era só de cerveja), onde era vendida de várias formas, às vezes engarrafadas e com rótulos próprios.
A venda era feita no balcão e na própria cervejaria (ver propaganda de empresa que atendia a particulares). Convites eram espalhados pelos proprietários em bares próximose festas eram realizadas dentro das cervejarias. As entregas eram feitas por carroças ao comércio dos bairros próximos. Nesse momento, o Rio de Janeiro já tinha uma população de padrão médio formada por militares, oficiais de indústrias, proprietários de pequenas manufaturas, profissionais liberais e funcionários públicos.
A cidade já era comparável a outras da Europa Central, e já possuía um mercado consumidor relevante.
HISTÓRIA DA CERVEJA
A PRIMEIRA CERVEJARIA: ANÚNCIO É PUBLICADO
O consumo foi crescendo gradualmente e, em 1836, surgiu a primeira notícia sobre a fabricação de cerveja no Brasil. Esse anúncio, publicado no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, dizia o seguinte:
“Na Rua Matacavalos, número 90, e Rua Direita número 86, da Cervejaria Brazileira, vende-se cerveja, bebida acolhida favoravelmente e muito procurada. Essa saudável bebida reúne a barateza a um sabor agradável e à propriedade de conservar-se por muito tempo”.
HISTÓRIA DA CERVEJA
AS GRANDES CERVEJARIAS: DO INÍCIO ÀS GRANDES CORPORAÇÕES
A partir de 1836 começaram a nascer no Brasil, marcas de grande sucesso empresarial que são conhecidas até hoje, como Antarctica e Brahma, Bohemia entre outras. Em 1999, A Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) foi fundada. É uma empresa de capital aberto produtora de bens de consumo do Brasil.
Segundo dados da consultoria Economatica, a Ambev é a maior empresa da América Latina com um valor de mercado de U$120,1 bilhões, à frente da Ecopetrol e Petrobras3 . Nasceu da fusão entre a Antarctica e a Brahma.
HISTÓRIA DA CERVEJA
AS MICROCERVEJARIAS: ASCENSÃO DAS ARTESANAIS
As microcervejarias trouxeram para os brasileiros a opção de consumir produtos cervejeiros exclusivos e diferenciados com vários tipos, texturas, aromas e sabores. Muitas delas produzem suas cervejas seguindo a Reinheitsgebot (Lei da Pureza Alemã).
As microcervejarias já são um setor consolidado na Europa e nos EUA, no Brasil começaram a surgir na década de 90. Em 2012 as cervejas especiais representavam 8% do mercado nacional da bebida em 2012 e encerraram 2014 com uma participação de 11%, segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, que aponta a existência de 300 microcervejarias no País. A projeção é de que essa cota suba para 20% em 2020.
COMO FAZER CERVEJA? FORMULAÇÃO DA CERVEJA
Como é possível com somente 4 ingredientes 
fazer tantas cervejas com cores, sabores e aromas tão distintos?
Acontece que cada um dos ingredientes possui diversas variedades e pode ser dosado em diferentes quantidades. Além disso, durante o processo de fabricação, o tempo e a forma como eles são adicionados também modificam o resultado. É possível padronizar suas produções, mas quanto maior é a padronização exigida, maior deve ser a atenção dada a qualidade dos ingredientes, ao processo de fabricação e aos equipamentos.
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
ÁGUA
A água corresponde a mais de 90% da matéria prima usada na fabricação da cerveja, por isso ela é sempre lembrada pela sua importância. No Brasil, a qualidade da cerveja sempre foi associada à qualidade da fonte de água que a cervejaria utiliza. Atualmente existem processos laboratoriais para corrigir ou adequar as propriedades da água para a produção cervejeira industrial. Podemos transformar qualquer água potável em um ingrediente padronizado com o uso de adjuntos para o tratamento da água.
Quando oriunda da torneira, a água contém diferentes composições, dependendo de cada origem. Inclusive, muitas vezes dentro da mesma cidade temos fontes de águas diferentes.​
Para fazer cerveja em casa pode-se utilizar a água da torneira, que algumas vezes é melhor que a água oriunda de poços artesianos. Isto porque a água tratada geralmente vem de fontes rasas, contêm menos minerais pesados e pode ter um pH mais adequado. A principal informação que o cervejeiro deve saber é o pH da sua água.
O pH é uma escala que vai de 0 (ácido) à 14 (alcalino), sendo 7 o valor neutro. Um controle sobre o pH da água é fundamental, pois um pH alcalino poderá ocasionar a dissolução de materiais existentes no malte e nas cascas, que são indesejáveis no processo.
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
ÁGUA
O ideal é que se tenha uma relação ácida, o que proporciona maior atividade enzimática na mostura, com um consequente aumento no rendimento de maltose e peso plato final. Em geral, o pH da água para a fabricação da cerveja deve ser entre 6.5 a 7.0, mas o tipo de cerveja a ser produzido é que vai determinar qual o pH ideal.​
Para saber o pH da sua água, você pode utilizar aqueles kits para piscina, facilmente encontrados no comércio local. Outra maneira, não tão precisa, é procurar junto ao órgão público de distribuição de água os relatórios mensais de medição da qualidade da água, geralmente disponíveis na Internet. Para a água mineral basta confiar na informação contida no seu rótulo. Geralmente a água tende a ser mais alcalina que o ideal indicado na receita de determinada cerveja, sendo corrigida através da inclusão de malte acidificado na mosturação para baixar o pH até o nível desejado.
 
Portanto a água pode influenciar no resultado final da sua cerveja, porém na fabricação caseira não será a água a sua preocupação inicial, pois não inviabiliza a fabricação. Pode-se utilizar água mineral ou da torneira, lembrando-se a água da torneira contém cloro. Isso pode ser resolvido utilizando-se água previamente fervida no processo de fabricação (o cloro evapora).
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
MALTE
O malte é fundamental na fabricação de cerveja, pois é ele o responsável pela cor e corpo (densidade) da cerveja, atuando também na composição do sabor e aroma. A razão média de uso é de 200 gramas para cada litro de cerveja, porém isso vai depender do rendimento obtido no processo bem como a qualidade do malte utilizado. Produzimos malte a partir da germinação parcial (interrompida) dos grãos de cereais. A princípio qualquer cereal pode ser malteado, tal como: milho, aveia, trigo, centeio e principalmente a cevada. A cevada é geralmente utilizada porque possui um alto teor de proteínas em quantidade suficiente para fornecer os aminoácidos necessários a levedura. O malteamento é um processo obtido basicamente em cinco etapas:
1. A cevada é imersa em água até absorver determinado teor de umidade;
2. O grão passa a germinar sob condições controladas;
3. No final faz-se a secagem em duas etapas de temperaturas, o que interrompe seu crescimento e se obtém propriedades e características específicas, como caramelado, torrado, cor clara, cor escura, avermelhada e outras. 
4. Elimina-se os brotos formados na germinação por um processo chamado de crivagem. Estas radículas são eliminadas pois contém grande quantidade de proteínas e outras substâncias que podem prejudicar a cerveja. Pode-se também fazer um “polimento” no grão para melhorar sua aparência.
5. O malte é então enviado para os silos de malte, onde ficam armazenados por aproximadamente 15 dias, para que as transformações bioquímicas consequentes do processo germinativo se completem.
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
MALTE
Em todas as etapas há um controle de temperatura e umidade rigoroso. O cereal malteado, ao final do processo, contém:
 
Enzimas e amido: este amido será dividido em açúcares simples pelas enzimas e serão utilizados pelas leveduras, em especial para a produção do álcool e do gás carbônico.
Compostos organolépticos que reagem com o processo de fabricação da cerveja e as leveduras utilizadas para fazer o perfil organoléptico da cerveja.
A cor da cerveja (função da intensidade da reação de Maillard produzida durante a secagem).
Proteínas: uma parte será dividida pelas enzimas para ajudar no crescimento das leveduras, outra parte permanece na cerveja para dar a sua aparência.
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
CLASSIFICAÇÃO DOS MALTES
Não existe um sistema universal de classificação, já que os malteadores categorizam diferentemente seus produtos no mercado. Entretanto, podemos dividir os maltes em dois grandes grupos: os maltes base e os maltes especiais. A cor é um dos fatoresde diferenciação entre eles, além da quantidade utilizada na fabricação.
MALTES BASE:
Os maltes base provêm o maior poder enzimático (diastático) para converter amido em açúcares fermentáveis. São eles que fornecem o maior potencial de extrato e, por isso, são utilizados em maior quantidade. 
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
Algumas opções de maltes base:
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
Algumas opções de maltes base:
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
MALTES ESPECIAIS
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
MALTES ESPECIAIS
Dependendo do tipo de cerveja é comum a utilização de um ou dois tipos de malte especiais, assim como existem cervejas onde se utilizam até sete tipos de maltes diferentes. 
Dentro do grupo de maltes especiais existem os maltes caramelo. São maltes que sofreram um processo de aquecimento que cristaliza os açúcares, por isso que também são conhecidos como maltes cristal. Estes açúcares caramelizados são cadeias mais longas que não são convertidos em açúcares simples pelas enzimas durante a mosturação. O resultado é uma cerveja mais doce e com sabor mais complexo.
Existem também os maltes torrados, que passam por uma fase de secagem em alta temperatura e depois em torrefação. Eles contribuem para adicionar um aroma de café ou de defumado nas cervejas estilo porter e stouts. Estes maltes devem ser utilizados com moderação, já que uma pequena quantidade altera significativamente o sabor e cor final da cerveja.
Há também cervejeiros que utilizam cevada não malteada na forma tostada e cevada “queimada”. Entretanto, nestas formas, não existem enzimas que auxiliam na mosturação.
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
EXTRATO DE MALTE
Um extrato de malte nada mais é do que o mosto concentrado de um ou mais maltes moídos e misturados, com ou sem adjuntos, enzimas suplementares e lúpulo. A forma como eles são produzidos depende do malte, da mistura e das condições de evaporação utilizadas. Basicamente é utilizado por cervejeiros e algumas pequenas cervejarias que não querem passar pela fase de moagem, mosturação e separação do bagaço. O extrato pode ser utilizado como fonte única de açúcares fermentáveis ou ele pode ser combinado com malte de cevada.
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
LÚPULO
O lúpulo é uma planta trepadeira que tem o hábito de crescimento em locais de clima frio e com abundância de luz solar (dias longos). Para a cerveja, utilizamos as flores das plantas fêmeas, que possuem um formato de cone e no seu interior encontra-se a lupulina. O lúpulo é considerado o “tempero” da cerveja. Ele que dá a identidade de muitas cervejas de alguns estilos muito apreciados por nós. Ele contribui principalmente com o amargor, aroma e sabor da cerveja. Entretanto, o lúpulo também auxilia na retenção da espuma e ajuda na remoção de algumas proteínas indesejadas, resultando em uma cerveja mais clara. 
O lúpulo possui propriedades bactericidas e é um conservante natural, aumentando a vida de prateleira da cerveja. O uso de lúpulo na fabricação de cerveja começou em 736 d.C. no sul da Europa Central, o que é relativamente recente na história de 8 mil anos de fabricação de cerveja no mundo.
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
LÚPULO
O lúpulo contém diversas resinas e óleos, destacando-se o ácido alfa. Este ácido é o responsável pelo amargor da cerveja. Por isso, quanto maior o seu percentual, maior o poder de amargor do lúpulo.
Se um determinado lúpulo possui 5% de ácido alfa, significa que em 100 gramas, 5 gramas são deste componente. Ou seja, ele é sempre informado como um percentual relativo ao peso do lúpulo, desta maneira é possível dosar corretamente a quantidade de lúpulo. Nos Pellets T-90 este percentual varia a cada safra, portanto o cervejeiro deve ficar atento e corrigir suas receitas. Há inúmeras variedades de lúpulo, divididos em três diferentes níveis de concentração de ácido alfa: baixo, médio e alto.
CLASSIFICAÇÃO DOS LÚPULOS:
AMARGOR: Lúpulos amargos possuem um nível bem mais elevado de ácidos alfa. Esses geralmente são utilizados no processo de fervura para extração do amargor.
AROMÁTICO: Os lúpulos aromáticos são caracterizados por terem teores de ácidos alfa baixos e um perfil de óleo associado ao bom aroma. Esses lúpulos geralmente são usados como lúpulos de acabamento ou condicionadores.
DUAL: São lúpulos que pela suas características podem ser utilizados tanto para amargor como para dar aroma a cerveja. Geralmente possuem sua classificação pela ordem de prevalência: AMARGOR/AROMÁTICO ou AROMÁTICO/AMARGOR. Esta indicação informa qual é a característica predominante.
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
LÚPULO
Como o ácido alfa não é uma substância solúvel, para extrairmos as propriedades do lúpulo devemos ferver ele junto com a cerveja. Assim ocorre um processo de isomerização, fixando as resinas na cerveja referentes ao amargor.​
Para agregarmos sabores e aromas de lúpulo à cerveja, é necessária a extração dos óleos do lúpulo. Como são substâncias mais voláteis e sujeitas a evaporação, adiciona-se o lúpulo também no final da fervura, para diminuir este efeito. Há também a técnica do “dry hopping” onde se coloca o lúpulo por infusão já na cerveja fermentada. 
A fim de conservar o lúpulo e suas propriedades, recomenda-se sempre mantê-lo refrigerado (não congelado) com a sua embalagem bem fechada e com o mínimo de ar no seu interior. Isso evita a oxidação e a volatilização dos óleos presentes no lúpulo.
FORMULAÇÃO DA CERVEJA
FERMENTO
O fermento, ou levedura, é um elemento vivo na produção de cerveja. Trata-se de um microorganismo que consome os açúcares presentes no mosto e liberam álcool e gás carbônico. Algumas cepas de fermento produzem também ésteres que dão um acabamento na cerveja. Basicamente existem dois tipos de levedura cervejeira: as de alta fermentação (ALE) e as de baixa fermentação (lagers). Em cada grupo existem diversas cepas que possuem características particulares. Elas possuem esta nomenclatura pela forma como atuam.
O fermento de alta fermentação flocula na parte superior do fermentador, enquanto o de baixa fermentação age mais no fundo. A temperatura de operação de cada fermento também pode ser associada a nomeclatura, ficando os de alta fermentação trabalhando na faixa de 18ºC e 24ºC. Já os de baixa fermentação operam na faixa dos 9º aos 13ºC. Estas temperaturas são as consideradas ideais, onde o fermento está habituado e tem seu melhor rendimento. Quando operam fora destas faixas eles podem produzir subprodutos indesejados na cerveja.
COMO É FEITA A CERVEJA? PROCESSO BÁSICO
TIPOLOGIA DAS CERVEJAS
Os tipos de cerveja são classificados por famílias, em que cada uma delas possui um tipo de levedura utilizada no processo de fabricação, dando à bebida suas principais características, como cor, sabor, teor alcoólico, textura, entre outras.
As famílias podem ser Lager, Ales e Lambic e dentro de cada uma delas podemos identificar estilos, formados pelos elementos presentes na produção, e dentro de cada um deles um subestilo, assim cada um dos tipos de cerveja contará com traços específicos.
TIPOLOGIA DAS CERVEJAS
Família Lager
A primeira família entre as cervejas é a Lager, a mais popular dos tipos de cerveja no Brasil, por terem um teor alcoólico mais leve e serem mais espumantes, caíram no gosto popular pelo território nacional. 
Conhecida como cerveja de baixa fermentação, são diferenciadas exatamente por esse processo as leveduras utilizadas para fermentação gostam de baixas temperaturas e ficam ao fundo do tanque, dando origem ao nome popular. O processo de fermentação ocorre com temperaturas entre 6 ºC a 12 ºC e dá origem a uma cerveja de coloração dourada e filtrada.
Estilos de cerveja Lager:
Light Lager ou Pale Lager: (American Lager; Dortmunder Export; Dry Beer/Japanese Rice Lager; Helles; Pilsner/Pilsen; Premium Lager).
Dark Lager: (American Dark Lager; Malzbier; Munich Dunkel; Schwarzbier).
Bock: Doppelbock; Helles Bock; Traditional Bock.
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TIPOLOGIA DAS CERVEJAS
Família Ale
A segunda família é a Ale. Diferentemente da anterior, a levedura utilizada no processo de fermentação gosta de ficar no topodo líquido e necessita de temperaturas um pouco mais altas, entre 15 ºC e 24 ºC, para garantir uma boa produção, assim são conhecidas popularmente como cerveja de alta fermentação.
Eram os tipos de cerveja mais consumidos antes da existência da família Lager, mas continuam sendo uma das mais marcantes entre as cervejas, já que o processo de fermentação dá características específicas à bebida.
Assim as cervejas dessa família são mais encorpadas e densas, com lúpulo acentuado, os sabores variam entre notas mais doces até amargas e sua cor pode variar entre as mais claras até as escuras.
Estilos de cerveja Ale:
Pale Ale: American Pale Ale; American Amber Ale; American Strong Ale; English Pale Ale.
Altbier 
De trigo: Berliner weisse; Dunkelweizen; Hefeweizen; Weizenbier ou Weissbier; Weizenbock; Witbier.
Porter: Baltic Porter; Brown Porter; Imperial Porter; Robust Porter;
Stout: American Stout; Dry Stout; Oatmeal Stout; Russian Imperial Stout; Sweet Stout.
TIPOLOGIA DAS CERVEJAS
Família Lambic
A última família das cervejas é a Lambic. De origem belga, é uma das menos populares e conhecidas, mas se caracteriza pelo sabor próprio, com forte amargo, grande acidez e cor clara.
Essas características aparecem através do processo de fermentação espontânea, feito a partir de leveduras selvagens, o tanque fique aberto durante o processo e as bactérias presentes no ar fazem a fermentação. Mesmo não sendo a mais famosa, é um dos tipos de cerveja mais antigos.
Estilos de cerveja Lambic:
Gueuze
Faro
Fruit Lambic
Straight Lambics
OBRIGADA!
REFERÊNCIAS
http://www.saintbier.com/historia-cerveja#:~:text=H%C3%A1%20evid%C3%AAncias%20de%20que%20a,foi%2C%20provavelmente%2C%20um%20acidente.
Instituto Lafis (2018).
https://live.apto.vc/tipos-de-cerveja-aprendendo-sobre-o-mundo-das-cervejas/
https://www.comofazercerveja.com.br/materia-prima-cerveja

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