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Trabalho acadêmico - Disciplina Conciliação e Mediação no direito do consumidor

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA BARREIRO
CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
VIRGÍNIA ALVES PINHEIRO
CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO NO DIREITO DO CONSUMIDOR
BELO HORIZONTE
2018
VIRGÍNIA ALVES PINHEIRO
CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO NO DIREITO DO CONSUMIDOR
Trabalho da Disciplina Conciliação e Mediação, para Graduação no Direito do Centro Universitário Una campus Barreiro.
Orientador: Bárbara Valadares.
BELO HORIZONTE
2018
Dedicamos este trabalho aos colegas de sala, a professora Bárbara Helen Abreu Valadares e ao professor da matéria de Direito do Consumidor Renato Braga Bicalho.
SUMÁRIO
capa	0
folha de rosto 	0
 DEDICATÓRIA, AGRADECIMENTO	0
SUMÁRIO	0
1 APRESENTAÇÃO	1
2 INTRODUÇÃO	2
3 DESENVOLVIMENTO	4
4 CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS	13
5 REFERÊNCIAS	14
1. 
2. APRESENTAÇÃO
Este trabalho apresenta os elementos que constituem a estrutura de um artigo científico, bem como sua formatação geral para apresentação ao curso Direito para a disciplina Conciliação e Mediação. O temas abordados serão: utilização dos meios alternativos de conflitos no Código de Direito do consumidor, assim como também os conceitos e estáticas, fundamentação, aplicabilidade, eficiência, casos prático e dados informativos judiciais, detalhando, por especialização dos órgãos do Judiciário, dados relativos ao número e ao percentual de ações judiciais referentes ao Direito do consumidor em diferentes esferas do Poder Judiciária, localização das varas, juizados especiais. Informa, ainda, a política nacional de atenção prioritária ao primeiro grau de jurisdição, apresentando comparativo entre os dados relativos ao Relatório de Justiça em Número de 2016 e 2018 consequência da finalização ou pendência de processos de execução na litigiosidade, dentre outros esclarecimento.
Este tema é muito importante para o conhecimento de todos, visto que estes meios de solução de controvérsias são mais simples e rápidos, uma vez que o Poder Judiciário encontra-se estagnado, levando os processos que chegam até ele, serem longos. Dessa maneira a aplicabilidade e a prioridade imposta pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) destes métodos de solução de conflitos que tem o objetivo de simplificar e diminuir o tempo de alguns tipos de processos.
Palavras chave: Conciliação. Mediação. Direito do consumidor. Controvérsias. Soluções
3. INTRODUÇÃO
O presente trabalho acadêmico tem por objetivo á analise os meios alternativos de solução de controvérsias como meio mais adequado de acesso à justiça com previsão no ordenamento jurídico brasileiro relacionado ao Código do Consumidor. O tempo todo nos deparamos com questões relativas a consumo, seja numa loja, na contratação de plano de TV a Cabo, na farmácia, em restaurante, cotidianamente vivemos esta relação da qual surgem os conflitos, e ordenamento jurídico vem há algum tempo tentando promover a conciliação e mediação como forma de gestão de conflitos. Leis como a Consolidação das Leis Trabalho – CLT (Decreto – lei nº 5.452 / 1943) e a Lei dos Juizados Especais (Lei nº 9.099 / 1995), em seu texto expresso, determina circunstancias processuais em que o juiz deverá promover o incentivo de aplicabilidade dos meios alternativos de solução de conflitos.
 Em 2010, o Conselho Nacional de Justiça – CNJ emitiu a resolução nº 125 / 2010, que além sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário dispôs: 
 (...) incumbe ao judiciário estabelecer política pública de tratamento adequado dos problemas jurídicos e dos conflitos de interesses, que ocorrem na larga e crescente escala da sociedade, de forma a organizar, em âmbito nacional, não somente os serviços prestados nos processos judiciais, como também os que possam sê-lo mediantes outros mecanismos de solução de conflitos, em especial dos consensuais, como mediação e a conciliação.
 A lei de mediação (Lei nº 13.140 / 2015) estabelece, no ordenamento jurídico, conceituando a como: “a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia.”
 O Novo Código de Processo Civil não revogou a Resolução nº 125 / 2010, do CNJ, incorporou-se, prevendo como formas adequada de solução de controvérsias e de acesso à justiça, os meios autocompositvos da mediação e da conciliação, mesmo após emenda nº 2, de 08.03.16 que fez modificações na resolução, conforme nova redação do art. 1º que dispões em sua integra: 
Art. 1º Fica instituída a Política Judiciária Nacional de tratamento dos conflitos de interesses, tendente a assegurar a todos o direito à solução dos conflitos por meios adequados à sua natureza e peculiaridade. (Redação dada pela Emenda nº 1, de 31.01.13) 
Parágrafo único. Aos órgãos judiciários incumbe, nos termos do art. 334 do Novo Código de Processo Civil combinado com o art. 27 da Lei de Mediação, antes da solução adjudicada mediante sentença, oferecer outros mecanismos de soluções de controvérsias, em especial os chamados meios consensuais, como a mediação e a conciliação, bem assim prestar atendimento e orientação ao cidadão. (Redação dada pela Emenda nº 2, de 08.03.16)
 Houve crescimento no número desses centros gestação para solução dos conflitos processuais, onde as sessões de conciliação e mediação se concentram. A Justiça Estadual passou de 362 Cejuscs, em 2014, para 654, no ano de 2015, chega a 808 em 2016 e terminam com 982 Cejuscs instalados em 2017. 
4. DESENVOLVIMENTO
4.1.1 ESTATÍSTICAS DAS MEDIAÇÕES E CONCILIAÇÕES JUNTO AO PODER JUDICIÁRIO 
O Conselho Nacional de Justiça de Justiça em seu relatório anual de 2018, do qual divulgou dados oficiais dos tribunais brasileiros, demostrou o Índice de processos resolvidos no ano passado (2017) por meio de acordos, frutos de mediação ou conciliação, em toda a Justiça brasileira, foi de 12,1%. Em termos absolutos: 3,7 milhões.
Comparação de conciliação em três anos:
Fonte: Sumário executivo 2018. 
A Primeira vez que os dados da conciliação foram computados pelo CNJ foi em 2016, ano-base 2015, após a entrada em vigor do Código de Processo Civil (Lei n 13.105, de 16 de março de 2015), Já mencionado anteriormente, da qual estabeleceu a previsão de audiências prévias de conciliação e mediação como etapa obrigatória para todos os processos cíveis.
4.2 MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO E O CÓDICO DE DEFESA DO CONSUMIDOR LEI nº 8.078/91.
4.2.1 Em que consiste o Direito do Consumidor?
É uma ramificação do Direito Civil e do Direito Empresarial que trata das relações jurídicas entre os fornecedores e os consumidores. O direito do consumidor tem por garantia proteger o consumidor que adquiriu um produto ou serviço, baseado no princípio da vulnerabilidade do consumidor, buscando igualdade e a justiça equitativa. Essa proteção surgiu para que os consumidores tenham seus direitos respeitados. Foi criado para regularizar essa relação o Código de Defesa do Consumidor, a Lei 8.078/91 que visa proteger a saúde, evitar enganos, orientar e informar o consumidor a respeito de seus direitos e deveres.
4.2.2 Mediação de conflitos no Direito do Consumidor 
A grande vantagem da mediação de conflitos no direito do consumidor é a celeridade, ou seja a resolução rápida do problema, o que incentiva as partes a tentarem resolver seus conflitos, o que se torna satisfatório para ambas as partes 
A demanda de conflitos no direito do consumidor é grande e na maioria das vezes o fornecedor mediato ou imediato não resolve o problema. Muitos desistem de ingressar com uma ação na justiça pois não são dotadas de celeridade ou as custas processuais sobressaem o valor do produto. Portanto na maioria dos casos a solução mais econômica e prática é a conciliação e mediação de conflitos, uma nova abordagem, que recorre a conversa para resolver o conflito, se busca a livre manifestação e autonomia das partes para que ocorra uma solução pacífica do conflito, por meio do diálogo,contribuindo para um consenso de ambas as partes. 
4.2.3 Aplicabilidade da Conciliação e Mediação no CDC
 O renascer dos métodos alternativos de solução de conflitos deve-se, em grande parte, à crise atravessada pela Justiça, devida em grande parte ao elevado grau de litigiosidade próprio da sociedade moderna, levando à morosidade, alto custo e burocratização na gestão dos processos
 A relação de consumo é marcada pela desigualdade firmada entre consumidor e fornecedor, dessa maneira surgiu a necessidade de se preocupar com a proteção da parcela vulnerável deste vinculo. Afim de proteger o consumidor criou-se na pós-modernidade jurídica o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, instituído pela lei 8.078, a título de norma principiológica, com o intuito de tutelar os vulneráveis, buscando inclusive a valorização da pessoa humana (art. 1°, III, CF-88). 
 Para que esta proteção seja possível, além da busca comum pelo judiciário, é previsto pela própria legislação consumerista o “incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo”. (Art. 4°, V).
 Por conseguinte, a autocomposição vem ganhando espaço na solução de conflitos, já que o método possibilita os próprios envolvidos a criarem o resultado, por meio da negociação facilitada por um terceiro, dando fim a oposição de interesses objeto do conflito.
 No campo da mediação algumas características para resolução de conflitos merecem ser destacadas são elas: A primeira e mais importante característica consiste na sua construção como um modelo de mediação aplicável a um caso ou a um grupo de casos específicos, garantindo, na solução de conflitos, o reconhecimento da peculiaridade de cada situação, levando em consideração o universo dos lesados na relação de consumo, empregando as melhores técnicas para atender o caso concreto. É imprescindível identificar os temas sobre os quais os conflitos versam e suas consequências, sobretudo nos grandes acidentes de consumo, que envolvam interesses difusos e direitos coletivos ou individuais homogêneos (Código de Defesa do Consumidor, art. 81, I a III).
 A segunda característica diz respeito a, indispensável anuência de todos os envolvidos, vítimas e responsáveis. Logo, os consumidores devem ser dotados de autonomia para optar ou não por tais mecanismos, além de se desligar a qualquer tempo, migrando para a via judicial.
 A terceira característica é a previsão de parâmetros preestabelecidos para o cálculo das indenizações, que deverão ser divulgadas de antemão para que a parte lesada decida se vai ou não participar. A compensação abrange tanto interesses patrimoniais quanto extrapatrimoniais, em consonância com o princípio da reparação integral (art. 6º., VI, Lei 8078/90). 
 A quarta e última característica apontada pela doutrina, é a existência de parâmetros preestabelecidos no cálculo das indenizações, sendo a maioria dos programas disciplinada por um conjunto de normas ou por um regimento interno, aplicáveis somente se divulgados de antemão, para que os lesados decidam se desejam ou não participar.
 É importante para fins de resolução de conflito saber que existem dois tipos básicos de fornecedores: o mediato e o imediato. O primeiro é o fabricante do produto que não celebra contrato direto com o consumidor, mas participa do processo de venda de forma indireta, o segundo é aquele com quem o comprador tem contato direto na loja, o consumidor firma contrato com o estabelecimento comercial e adquire o produto.
 Segundo o CDC, quando o objeto de compra apresenta algum vício (defeito), tanto o fornecedor mediato que fabrica produtos fora dos padrões legais estabelecidos, quanto o imediato, que vende o produto, são responsabilizados solidariamente, ou seja, os dois respondem em juízo.
 O Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 6º, II, prevê como direito básico dos consumidores a educação, necessária ao abandono dos meios adversariais de solução de litígios, que deverão ser empregados apenas em último caso.
 O mesmo, também proporciona em seu Art. 6º, inc. VIII e Art. 38, o instituto da inversão do ônus da prova, no qual quem tem de provar a existência de defeito é o fornecedor mediato ou imediato do produto (requerido), o que se torna uma ótima ferramenta para facilitação da resolução de conflitos.
4.3 ESTATÍSTICAS DE ACORDOS FEITOS JUNTO AO PODER JUDICIÁRIO RELATIVO AO CDC.
.3.3.1 COMPARAÇÃO DOS PERCENTUAIS DO RELATÓRIO JUSTIÇA EM NÚMEROS DE 2016 EM RELAÇÃO AO DE 2018 APÓS A LEI N 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015 ENTRAR EM VIGOR.
 O conselho Nacional de Justiça em seu Relatório de Justiça de 2016, abrangeu as pesquisas sobre os índices de Êxito nas audiências de mediação e conciliação realizadas em 2016. Conforme apresenta os gráficos abaixo, apenas 11% das audiência obtiveram êxito. 
Fonte: CNJ - Caderno de Justiça em Números 2016. 
Sendo que de todas as audiências feitas pelo judiciário em âmbito nacional 9,6% corresponde aos litigios no Direito do conumidor, ocupando a 4º (quarta) posição. Em âmbito ESTADUAL, ocupa a 2º (segunda) posição com 15,6%, e no Estado de Minas Gerais ocupa a 2º (segunda) posição com 10,0% , conforme gráficos abaixo:
Fonte: CNJ - Caderno infográfico 2016.
Fonte: CNJ - Caderno infográfico 2016.
No Estado de Minas gerais os assuntos mais recorrentes no TJMG (Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais) destacasse novamente o CDC, que ocupa a segunda posição com 10% dos casos e com porcentagem de êxito na audiência de 3,92 %. Conforme gráfico a seguir extraído do CNJ - Caderno infográfico 2016:
 Fonte: CNJ - Caderno infográfico 2016.
 Quanto ao tempo dos processos no (TJMG):
 Fonte: CNJ - Caderno infográfico 2016. 
No tocante dos assuntos mais demandados, o CDC (Código de Defesa do Consumidor) na esfera do juizado especial no âmbito judiciário nacional, ocupa as posições 1, 8, 10, 11, 13,19, e 20, sendo que o assunto mais demandado foi a “responsabilidade do fornecedor / Indenização por dano moral, com percentual atingido de 18,79% de audiências com êxito. Conforme gráfico abaixo:
Fonte: Relatório de Justiça em Números 2016. 
 Em comparação ao percentual divulgado no Relatório Justiça em Números de 2016, o objetivo do Poder Judiciário é de que os percentuais aumentassem, tendo em vista a entrada em vigor em março de 2016 do novo Código de Processo Civil (Lei n 13.105, de 16 de março de 2015), que prevê a realização de uma audiência prévia de conciliação e mediação como etapa obrigatória, anterior à formação da lide, como regra geral para todos os processos cíveis. Na Justiça Estadual, havia, ao final do ano de 2017, 982 CEJUSCs instalados, número esse que cresceu com o decorrer do tempo. Na fase de conhecimento dos juizados especiais, o índice de conciliação foi de 16%, sendo de 18% na Justiça Estadual e de 10% na Justiça Federal. 
Conformes gráficos abaixo extraídos do Relatório Justiça em Números de 2018, Na Justiça Estadual, aproximadamente 69% do total de processos ingressados no Poder Judiciário, reúne grande diversidade de assunto, destacando-se o Direito do consumidor. Quanto as demandas no Poder Judiciário que envolvem o Código de Defesa do Consumidor (CDC) em esfera estadual ocupa a 2ºclasificação e no juizados especiais nota-se que em as demandas ocupa a primeira posição com o percentual de 15,5% de êxito das audiências de conciliação realizadas, conforme figuras a seguir:
 Figura 160: Assuntos mais demandados em 2017.
 Fonte: CNJ - Relatório Justiça em Números 2018.
Figura 164: Assuntos mais demandados nos juizados especiais, em 2017
 Fonte: CNJ - Relatório Justiça em Números 2018.
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
No entanto no Brasil, a mediação quase não é utilizada, e a conciliação nem sempre tem o resultado esperado. Geralmente a parte entra com uma ação no judiciário e o consumidor é o que mais sofre com o descaso e a hipossuficiência, em relação aofornecedor. 
O que resulta em uma sobrecarrega do judiciário, em função de uma quantidade exorbitante de processos, que demoram anos para serem resolvidos, com um custo muito alto para as partes, e apenas uma destas sai ganhando com o resultado deferido pelo juiz.
Contudo, vale ressaltar a importância desses meios alternativos ao Poder Judiciário, pois quando aplicados da maneira correta são ótimos instrumentos para a pacificação social e garantem a manutenção do sistema multiportas, assim como entende a Mestra especialista em Direito do Consumidor, Cláudia Lima Marques, "É claro que o acesso ao Judiciário é importante, mas, em virtude desse congestionamento que estamos vivendo, essas opções são muito bem-vindas. Elas têm de ser bem reguladas, e o importante é que junto com essa evolução da cultura também venha uma evolução dos resultados."
Conclui-se que o meios alternativos de solução de conflito, mesmo neste cenário de vulnerabilidade intrínseca à figura do consumidor, expressamente previsto no texto legal, possuem grande eficácia na resolução do litigio, por meio conciliação e a mediação a partir de uma perspectiva construtivista do diálogo como mecanismo possível para se chegar a um consenso entre os envolvidos trazendo benefícios para toda a sociedade, sendo uma solução economicamente atrativa para os litigantes, de maneira a permitir que os satisfaça integralmente fugindo da decisão imposta e definitiva advinda da cultura do ativismo judicial como exclusivo meio de tratamento de conflitos, tornando a justiça mais célere e eficaz.
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição (da) República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em 03 jan. 2014
BRASIL. Resolução 125, de 29 de novembro de 2010, do Conselho Nacional de Justiças - CNJ. Disponível em: http://cnj.jus.br/images/atos_normativos/resolucao/resolucao_125_29112010_11032016150808.pdf.
BRASIL. Relatórios de Justiça em Números, Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Disponível em: http://www.cnj.jus.br/publicacoes
ORSINI, Adrian Goulart de Sena; ALVES, Lucélia de Cena. Reflexões acerca do acesso à justiça pela via dos direitos. Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2018.
NASCIMENTO, Vanessa do Carmo. Mediação comunitária como meio de efetivação da democracia participativa. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIII, n. 83, dez. 2010. Acesso em 03 jan. 2017.
RANGEL, Tauã Lima Verdan. A aplicação da mediação no direito do consumidor: a cultura do empoderamento no tratamento dos conflitos. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVIII, n. 140, set 2015. Acesso em fev 2017.
ROCHA, Amélia Soares da. A mediação e o Direito do Consumidor. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 242, 6 mar. 2004. Acesso em: 5 de outubro. 2018.
Disponível em: https://jus.com.br/artigos/4852/a-mediacao-e-o-direito-do-consumidor 
SALOMÃO, Luis Felipe. O marco regulatório para a mediação no Brasil. Blogpost Migalhas de Peso, quarta-feira, 3 junho. 2015. Acesso em: 18 de outubro. 2018.
Disponível em: https://m.migalhas.com.br/depeso/221467/o-marco-regulatorio-para-a-mediacao-no-brasil
MARTINS, Guilherme. A mediação e os conflitos de consumo (Parte 1). Blogpost Atualizacaocdc.com. 6 de dezembro de 2016 Acesso em: 14 de outubro. 2018.
Disponível em: http://www.atualizacaocdc.com/2016/12/mediacao-conflitos-consumo.html?m=1
SALES, Lilia Maia de Morais; ALENCAR, Emanuela Cardoso O. de; FEITOSA, Gustavo Raposo. Mediação de Conflitos Sociais, Polícia Comunitária e Segurança Pública. Revista Sequência, nº 58, p. 281-296, jul. 2009. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/2177-7055.2009v30n58p281 Acesso em 16 out. 2018.
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