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Resumo Modulado - Urinário

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OMF II P2
Resumos modulados
URINÁRIO
Sistema Urinário
P2 URINÁRIO
 O módulo "URINÁRIO" estuda a macro e a microscopia do Sistema Urinário, analisando as 
ópticas anatômica, histológica, bioquímica, embriológica e principalmente fisiológica, de modo a 
ratificar a importância de tal sistema para formação e eliminação da Urina humana, bem como da 
complaxa funcionalidade dos Rins, desde o controle da excreção até a regulação acidobásica. . 
Este caderno contém as seguintes subdivisões:
1. Histologia do Sistema Urinário
2. Anatomia do Sistema Urinário
3. Introdução ao Sistema Urinário
4. Urinogênese
5. Biofísica Renal
6. Balanço Hidroeletrolítico
7. Equilíbrio Acidobásico
8. Metabolismo das proteínas
9. Integração Metabólica
10. Análise Laboratorial
11. Embriologia do Sistema Urinário
 João Onofre Trindade Filho
Antônio Rafel de Holanda Cavalcante
Bárbara Freitas Neves
Clístanes Lucas Henrique Ferreira
Davi Lima Medeiros
Karina de Medeiros Amorim
Laryssa Bezerra da Nóbrega
 Lucas Pereira Reichert
Mariana Melo Gadelha Sarmento
Pedro Henrique C. de Melo Leite
 Ruanna Lamille Estrela e Silva
 Taiane Oliveira Lima 
 Thaís Carvalho Pires de Sá
 
Introdução
Colaboradores
 URINÁRIO
Sistema Urinário 
• Formado pelos RINS e plas VIAS EXCRETORAS (Cálices, Ureteres, Bexiga e Uretra) 
• Rins: Remove produtos tóxicos da circulação sanguínea, conserva sais, glicose, proteínas, 
água, regula a pressão sangínea, a hemodinâmica e o equilíbrio ácido-base; 
• Os rins também possuem função endócrina, com produção da renina, Eritropoetina e 
prostaglandinas, além de converter o precursos da vitamina D em sua forma ativa; 
 
• Hilo: por onde penetram ramos da artéria e veia renais, vasos linfáticos e o ureter; 
• separado em córtex e medula; 
• Região cortical: aspecto granular, contendo: 
- Labirinto cortical: Corpúsculos tenais + Túbulos contorcidos + Túbulos coletores 
- Raios Medulares ou de Ferrein: Túbulos retos + Ductos coletores; 
• Medula: formada por várias Pirâmides Renais, sendo seus ápices, as Papilas Renais, as 
quais são perfuradas pelos ductos de Bellini, formando assim, a Área Crivosa; possui uma 
zona externa e uma interna, a qual subdivide-se ainda em faixas externa e interna; 
• O ápice de cada pirâmide é envolvido por um Cálice Menor, em que múltiplos confluem no 
Cálice Maior; 
• Pelve Renal: região expandida do ureter que recebe filtrado dos Cálices Maiores; 
• Seio Renal: extensnao profunda penetrante no rim preenchida pr gordura; 
• Cápsula: delgada, reveste externamente o órgão, formada por TCPD Denso Não-modelado; 
- externa: fibroblastos + colágeno; 
- interna: miofibroblastos; 
Histologia
Histologia
Rim
 URINÁRIO
• Colunas Corticais: parênquima semelhate ao presente no córtex que separa as pirâmides; 
• Arco Cortical: região do córtex situada por sobre a base das pirâmides; 
• Lobo: pirâmide + arco cortical associado, dividido em lóbulos 
• Lóbulos: único ducto coletor; 
• Túbulo urinífero: unidade funcional do rim -----> Néfron + Túbulo coletor; 
• Vários néfrons desembocam em um túbulo coletor e vários ductos coletores se unem na 
papila renal, continuando com os Ductos de Bellini; 
• Túbulos uriníferos muito compactados -----> estroma de tecido conjuntivo, com vasos e 
nervos do rim muito estreito; 
Néfrons 
• Dois tipos: 
- Corticais: mais curtos, não se estendem à medula profunda e subdivididos em dois grupos, 
os superficiais e intermediários, 75% do total; 
- Justamedulares: mais longos, com corpúsculos renais no córtex e túbulos profundamente na 
medula; 15% do total; 
Corpúsculos Renais 
• Glomérulo (tufo de capilares) + Cápsula de Bowman; 
• Glomérulo em íntimo contato com o folheto visceral da cápsula de Bowman -----> 
composto por células epiteliais modificadas, os PODÓCITOS; 
• folheto parietal da cápsula de Bowman -----> Epitélio simples pavimentoso, recobrindo o 
Espaço de Bowman; 
• Poro vascular: passagem de vasos; 
• Poro urinário: continuação da cápsula com o Túbulo Contorcido Proximal (TCP); 
Histologia
 URINÁRIO
• O Glomérulo: 
- composto por alças de capilares anastomosados, responsável por enviar o filtrado do sangue 
para o espaço de Bowman, este atravessando uma barreira de filtração (endotélio do 
capilar + podócitos); 
- Células Mesangiais: células especializadas modificadas do Tecido Conjuntivo das arteríolas 
aferentes que não penetram na cápsula de Bowman, subdividindo-se em extraglomerulares 
e intraglomerulares (FAGOCITÁRIAS); também podem ser contráteis pussindo receptores 
para angiotensina II e para hormíonio natiurético; 
- capilares fenestrados com endotélio delgado, com fenestras cobertas por um diafragma, 
sendo barreira para os elementos figurados do sangue e macromoléculas superiores às 
fenestras; 
- Lâmina basal envolvendo as fenestras; 
• Folheto Visceral da Cápsula de Bowman: 
- células epiteliais modificadas com função de filtração -----> PODÓCITOS; 
- Podócitos: possuem numerosos e longos prolongamentos citoplasmáticos primários, os 
quais dividem-se em vários prolongamentos secundários (PEDICELOS); 
- Os Pedicelos entram em contato com os capilares e possuem glococálix bem desenvolvido,,, 
possuindo também fendas de filtração entre pedicelos adjacentes, devido às 
interdigitações, recobertas pelo diafragma da fenda, assim, compondo a barreira de filtração; 
Túbulo Proximal 
• Inicia no polo urinário, tendo função de reabsorção e secreção; 
• Epitélio Simples Cúbico a Colunar Baixo; 
• Túbulo Contorcido Proximal + Seg. Descendente Espesso da Alça de Henle 
• elaborada borda estriada com vários prolongamentos entrelaçados por interdigitações; 
• membranas plasmáticas laterais indestinguíveis; 
Histologia
 URINÁRIO
TCP 
• Epitélio simples cúbico a colunar baixo; 
• lúmen reduzido; 
• citoplasma acidófilo e presença de vários prolongamentos laterais; 
Ramo Descendente Espesso da Alça de Henle ou Túbulo Reto Proximal 
• menor capacidade de absorção; 
• microvilosidades e prolongamentos laterais menores; 
Segmentos Delgado da Alça de Henle 
• mais longos nos néfrons justamedulares; 
• Epitélio Simples pavimentoso; 
• segmento ascendente: impermeável à água ----> ausência de aquoporinas; 
• segmento descendente -----> altamente permeável à água, além de permeabilidade razoável 
para uréia, sódio, cloreto, etc. 
Túbulo Distal 
• Ramo Ascendente Espesso da Alça de Henle + Túbulo Contorcido Distal (TCD); 
Ramo Ascendente Espesso ou Túbulo Reto Distal 
• células epiteliais cúbicas baixas; 
• impermeável à água e à ureia, possuindo bombas de cloreto para excreção deste íon; 
TCD 
• curtos com lúmens amplos e epitélio cúbico baixo SEM microvilosidades; 
• impermeável à água e à ureia, participando da secreção de K+ para a urina; 
• respondem à aldoesterona reabsorvendo o Na+ e o Cl- por consequência; 
• origina a Mácula Densa ao passar próximo ao corpúsculo renal; 
Histologia
 URINÁRIO
Aparelho Justaglomerular 
• Mácula Densa do TCD + Células Justaglomerulares + Células Mesangiais Extraglomerulares; 
• Mácula Densa: células altas e estreitas, com muitos microvilos; 
• Células Justaglomerulares: são cél. musculares lisas modificadas na túnica média da 
arteríola aferente, sendo ricamente inervada e contendo grânuls específicos de Renina, 
Enzima Conversora de Angiotensina, Angiotensina I e Angiotensina II; 
• Células justaglomerulares e células da mácula densa em contato íntimo, sem lâmina basal; 
• Células Mesangiais Extraglomerulares: podem conter grânulos ocasionais; 
Túbulos Coletores 
• Nãofazem parte do néfron; 
• recebe vários TCD, através de um túbulo de conexão; 
• estão localizados dentro dos Raios Medulares, possuindo regiões cortical, medular e papilar; 
• carregam o ultrafiltrado até as papilas renais; 
• Epitélio simples cúbico com limites celulares nítidos; 
• Túbulos coletores papilares (Ductos de Bellini) desembocam na porção clivada da papila 
renal, a qual desembocará no Cálice menor; 
Interstício Renal 
• Quantidade escassa de TCPD Frouxo; 
• presença de fibroblastos, macrófagos e Células Intersticiais; 
Sistema Vascular Renal 
• Suprimento Arterial: A. Renal-----> Ramos Posterior e Anterior -----> Aa. Segmentares -----> 
Aa. Lobares ------> Aa. Interlobares (entre as pirâmides renais) -----> Aa. Arqueadas 
(descrevem um arco sobre a base das poirâmides, se anastomosando entre si) -----> Aa. 
Interlobulares (Ramos ascendentes das Aa. Arqueadas no interior do córtex) -----> Arteríolas 
glomerulares aferentes -----> Arteríolas glomerulares eferentes -----> Rede Capilar Peritubular 
(ramificação das Art. Glomerulares Eferentes, secretores da Eritropoetina) ou Arteríolas 
Retas (Seg. descendentes com lúmen estreito, acompanhando a alça de Henle); 
Histologia
 URINÁRIO
• Drenagem Venosa: Vênulas Retas (Drena da medula) e Veias Estreladas (Interlobulares) 
-----> V. Arqueadas -----> V. Interlobares -----> V. Renal -----> V. Cava Inferior; 
Obs: Ausência de Veias Lobares e Segmentares 
• Cálice Menor: se encaixa a uma Papila Renal, recebendo urina vinda dos Ductos de Bellini; 
• ápice da pirâmide: Ept. de transição, Lâmina própria e tecido muscular liso; 
• Cálice Maior: coleta urina oriunda de 2 a 4 cálices menores, desembocando na Pelve Renal, 
a região proximal expandida dos ureteres; 
Histologia
Cálices
 URINÁRIO
• tubos ocos constituídos de 3 camadas: 
• Camada Mucosa: 
• várias pregas distendíveis; 
• Epitélio de Transição (Urotélio) + Lâmina Própria (TCPD Frouxo Fibroelástico; 
• Camada Muscular: 
• 2 camadas de células musculares lisas nos 2/3 proximais: Circular Externa + Longitudinal 
Interna 
• 3 camadas de células musculares lisas no terço inferior: Longitudinal Interna, Circular Média 
e Longitudinal Externa; 
• Camada Adventícia: se funde com o rim e com a parede da bexiga, sendo TCPD Frouxo; 
• Órgão de armazenamento de Urina, aumentando a pressão interna até a micção; 
• Camada Mucosa: 
• numerosas pregas distendíveis; 
• presença de Células em Raquete no Epitélio de Transição, as quais mudam de morfolgogia 
de acordo com o nível de urina; 
• Epitélio de Transição composto pelo mosaico de placas: regiões rígidas e espassadas por 
membranas plasmáticas normais, as regiões interesplacas; atuam como uma barreira 
osmótica entre a urina e a Lâmina Própria subjacente, impedindo passagem de fluidos; 
• Lâmina Própria: superficial (TCPD Frouxo) e profunda (TCPD Denso Não-modelado), com 
presença de glândulas mucosas na região que circunda a uretra; 
• Camada Muscular: 
• Camada Long. Interna + Circular Média (espessa) + Long. Externa; 
• a Camada Circular média forma o músculo do esfíncter interno no orifício da uretra; 
• Camada Adventícia: TCPD Frouxo; 
Histologia
Ureter
Bexiga Urinária
 URINÁRIO
A) Feminia: 
• normalmente com lúmen colabado, apresentando pregas na mucosa; 
• próximo a bexiga tem Ept. de Transição e no restante por Ept. Estrat. Pavimentoso Não-
queratinizado; 
• Lâmina Própria: TCPD Fibroelástico, com presença de glândulas de Littré; 
B) Masculina 
• Prostática: ao longo da próstata, Epitélio de Transição;; 
• Membranosa: passa pela membrana perineal; Ept. Estratificado cilíndrico intercalado com 
Pseudo-estratificado cilíndrico; 
• Esponjosa: mais longa, passa por toda extensão do pênis; Ept. Pseudo-Estratificado Colunar 
(proximal) e Ept. Estratificado Pavimentoso (distal); 
• Lâmina Própria: TCPD Frouxo Fobroelástico, contendo glândulas de Littré, suja secreção 
mucosa lubrifica o epitélio; 
• Glomerulonefrite: lesão da lâmina basal pela deposição de complexos antígeno-anticorpo 
filtrados pelos glomérulos, gerando espessamento das membranas e baixas taxas de 
filtração; 
• Síndrome Nefrótica Congênita: mutacão na proteína Nefrina, esta responsável pela 
ADESÃO nas barreiras de filtração 
• Incontinência Urinária: Perda do controle voluntário do M. esfíncter externo da uretra ;
Histologia
Uretra
Correlações 
Clínicas
 URINÁRIO
Sistema Urinário 
• Responsável pela manutenção da homeostase corporal, eliminação de excretas através da 
urina, manutenção da PA, reabsorção de substâncias importantes para o organismo, dentre 
outras funções; 
• Constitui-se em um conjunto de órgãos capazes de formar a urina (rins), de conduzi-la até o 
meio externo (ureteres e uretra) e de armazená-la temporariamente (bexiga); 
 
• O caminho que a bexiga segue é: rins (córtex/medula – néfrons -; papila renal; cálices renais; 
pelve renal) ------> ureter ------> bexiga ------> uretra; 
• A região súpero-medial do rim apresenta uma glândula suprarrenal envolvida por uma 
cápsula fibrosa e tecido adiposo; 
• A glândula suprarrenal (sistema endócrino) não está realmente fixada ao rim, pois entre eles 
há um septo fascial separador; 
 RINS 
• Situam-se na região retroperitonial, na parede posterior do abdômen; 
• São fixados na cavidade abdominal através de 5 estruturas: 
 Anatomia
Anatomia
 URINÁRIO
1. Cápsula renal – tecido conjuntivo aderido ao órgão e que o envolve 
completamente; 
2. Fáscia renal – camada membranácea condensada que envolve os rins, a glândula 
suprarrenal e a gordura que os circundam, exceto na porção inferior; funde-se com 
as bainhas vasculares presentes no hilo renal; envia feixes de colágeno para o 
corpo adiposo pararrenal; 
3. Espaço peritoneal – região entre a cápsula renal e a fáscia renal; formada por 
tecido adiposo, o que origina o corpo adiposo perirrenal; 
4. Corpo adiposo pararrenal – gordura extraperitoneal mais visível na porção 
posterior do rim; em torno da fáscia renal; entre a fáscia renal e o peritônio; 
5. Peritônio – membrana serosa que reveste a parede e as vísceras abdominais; 
• Obs: “Ínfero-medialmente, uma extensão delicada de fáscia renal é prolongada ao longo do 
ureter como fáscia periureteral” (MOORE, 2006). 
 
• Estruturas ovoides que retiram o excesso de água, sais e resíduos do metabolismo proteico 
do sangue, enquanto devolvem nutrientes e substâncias químicas ao sangue; 
• Rins estão ao nível de T12-L3; 
• Devido ao fígado, o rim direito situa-se um pouco abaixo em relação ao esquerdo; 
• Separados das cavidades pleurais e do 12º par de costelas pelo músculo diafragma; 
• O rim direito é separado do fígado pelo recesso hepatorrenal; 
• Anteriormente ao rim direito, têm-se: fígado, duodeno e colo ascendente do intestino grosso; 
• Relacionados ao rim esquerdo têm-se: estômago, pâncreas, baço, jejuno e colo descendente 
do intestino grosso; 
 Anatomia
 URINÁRIO
• Na margem medial côncava de cada rim, encontra-se o hilo renal, onde se localizam a veia 
e artéria renais e a pelve renal (formam o pedículo renal); 
• O hilo é a entrada para o seio renal, onde se encontram a pelve renal, os cálices renais, 
vasos, nervos e gordura; 
• Sua face anterior é mais abaulada que a posterior,que é mais lisa, reta; 
• Estão posicionados de maneira oblíqua na parede posterior do abdômen; 
• “A pelve renal é a expansão afunilada, achatada da extremidade superior do 
ureter” (MOORE, 2006); 
• “A pelve renal recebe dois ou três cálices maiores, e cada um deles se divide em dois ou 
três cálices menores” (MOORE, 2006); 
• Cada cálice menor tem a papila renal (é como se fosse uma bolinha), que é o ápice da 
pirâmide renal, onde desemboca a urina; 
• Córtex renal é a região mais clara e periférica, que penetra na medula renal (porção mais 
central e escura) como coluna renal 
• Pirâmide renal corresponde à própria medula renal; possui base e ápice; a base está voltada 
para o córtex renal; 
• Papila renal é o ápice da pirâmide; 
• Néfrons são as unidades anátomo-funcionais dos rins; elaboram a urina; 
• Cada néfron é constituído por: glomérulo renal (tufo de capilares + cápsula de Bowman), 
túbulo contorcido proximal, alça de Henle (porção espessa ascendente e descente e 
segmento delgado), túbulo contorcido distal e túbulo coletor (recebe o conteúdo de vários 
néfrons); 
• “Cálices renais menores: iniciam as vias urinárias se articulando com a papila renal para 
receber a urina produzida pelo Néfron”; 
• “Cálices renais maiores: são constituídos pela reunião dos cálices menores, conduzem a 
urina para a pelve renal”; 
• “Pelve renal: estrutura infundibular constituída pela reunião dos cálices, sua extremidade 
afilada e continuada pelo ureter”; 
• CORRELAÇÕES CLÍNICAS 
1. Abscesso perinéfrico: a fáscia renal no hilo geralmente impede a disseminação de pus 
para o outro lado, mas o pus de um abscesso, ou sangue em uma lesão renal, pode forçar 
a entrada de pus na pelve entre as lâminas anterior e posterior da fáscia, com fixação 
frouxa, da fáscia pélvia (MOORE, 2006); 
2. Ptose renal: caracteriza-se peça queda do rim, o que o separa da glândula suprarrenal. 
Isso ocorre quando as lâminas da fáscia renal não apresentam fusão firme na região 
inferior para oferecer resistência à fixação dos rins; 
 Anatomia
 URINÁRIO
3. Transplante renal: realizada em casos de insuficiência renal crônica. O local para 
transplante de um rim é a fossa ilíaca da pelve maior, pois sustenta o rim transplantado, de 
forma que não haja tração dos vasos anastomosados cirurgicamente. A artéria e a veia 
renais são unidas à artéria e veia ilíacas, enquanto os ureteres são suturados na bexiga; 
4. Cálculos renais: “são formações sólidas compostas de sais 
minerais e uma série de outras substâncias, como oxalato de 
cálcio e o ácido úrico. Essas cristalizações podem migrar pelas 
vias urinárias causando muita dor e complicações. Os cálculos 
podem atingir os mais variados tamanhos, indo desde 
pequeninos grãos, como os de areia, até por exemplo chegarem 
ao tamanho do próprio rim. Eles se formam tanto nos rins quanto 
na bexiga. O cálculo renal é também chamado de litíase urinária 
e, popularmente, de pedra no rim”; 
 
! 
 Anatomia
 URINÁRIO
O QUE É HEMODIÁLISE? 
• É um procedimento que filtra o sangue através de uma máquina, o dialisador, em pacientes 
que possuem insuficiência renal, devido à falência da atividade secretora dos rins. Esse 
processo retira as substâncias que quando em excesso são tóxicas ao organismo (exemplo: 
ureia e creatinina). 
• “Na hemodiálise, o sangue é obtido de um acesso vascular (cateter venoso central ou fístula 
artério-venosa) e impulsionado por uma bomba até o filtro de diálise. No dialisador, o sangue 
é exposto à solução de diálise através de uma membrana semipermeável, permitindo assim, 
as trocas de substâncias entre o sangue e a solução. Após ser retirado do paciente e 
passado através do dialisador, o sangue “filtrado” é então devolvido ao paciente pelo acesso 
vascular”. 
DIÁLISE PERITONIAL: 
• “Um cateter é instalado na cavidade peritoneal e através deste é introduzido cerca de dois 
litros de líquido de diálise, já preparado e estéril, este líquido permanece de 6 a 8 horas no 
abdome e será trocado de 3 a 4 ou mais vezes por dia, todos os dias”; o procedimento pode 
ser realizado na própria residência, ao contrário da hemodiálise, cujo paciente deve dirigir-se 
ao hospital para realizar o procedimento; 
• “É uma opção de tratamento através do qual o processo ocorre dentro do corpo do paciente, 
com auxílio de um filtro natural como substituto da função renal. Esse filtro é denominado 
peritônio. É uma membrana porosa e semipermeável, que reveste os principais órgãos 
abdominais. O espaço entre esses órgãos é a cavidade peritoneal. Um líquido de diálise é 
colocado na cavidade e drenado, através de um cateter (tubo flexível biocompatível)”. 
 
 Anatomia
 URINÁRIO
UROGRAFIA EXCRETORA: 
É um exame radiográfico que tem a capacidade de evidenciar a representação dos rins, da 
pelve renal, dos ureteres e da bexiga urinária, através de injeção de contraste positivo (iodo), 
que é eliminado posteriormente pelos rins. 
GLÂNDULA SUPRARRENAL 
• Relacionada à produção de hormônios; 
• Tem posição retroperitonial e fica no polo superior dos rins; 
• Seu córtex (porção mais externa) produz corticosteroides e andrógenos; esses hormônios 
provocam retenção renal de sais (sódio) e água como resposta ao estresse, aumentando o 
volume sanguíneo e a pressão arterial; 
• Sua medula (região mais central) produz adrenalina e noradrenalina (catecolaminas); esses 
hormônios ativam o corpo para o estado de “luta ou fuga”, aumentam a PA e a frequência 
cardíaca, dilatam os bronquíolos e modificam os padrões de fluxo sanguíneo; 
• A glândula direita piramidal é mais apical em relação ao rim direito; 
• A glândula esquerda tem formato crescente; 
URETERES 
• São ductos musculares que conduzem a urina no sentido rim -> bexiga; 
• São divididos em partes abdominal, pélvica e intramural; 
• Apresentam três constrições (possíveis locais de cálculos renais): na junção com a pelve 
renal (colo do ureter), no cruzamento com os vasos ilíacos e durante a passagem 
através da parede da bexiga; 
• Abre-se na bexiga através do óstio ureteral; 
 Anatomia
 URINÁRIO
BEXIGA URINÁRIA 
• Possui 3 faces: superior, ínfero-lateral e posterior; 
• Seu ápice é constituído pela união anterior das faces ínfero-laterais com a face posterior; 
• O ápice se continua com o ligamento umbilical mediano; 
• Órgão muscular e vesiculoso que armazena a urina temporariamente; 
• Caracterizada por sua distensibilidade; 
• Varia em tamanho, formato e posições de acordo com seu conteúdo e com as vísceras 
adjacentes; 
• Quando vazia, ocupa a pelve menor, parcialmente superior e posterior ao púbis; 
• Situa-se principalmente inferior ao peritônio; 
• Em lactentes e crianças, a bexiga situa-se no abdome mesmo quando está vazia; 
• Quando está se enchendo, ascende para a pelve maior, podendo chegar até o umbigo em 
alguns indivíduos; 
• Externamente, a bexiga é dividida em: colo, ápice, corpo e fundo; 
• O fundo é formado pela parede posterior da bexiga 
• O fundo e as superfícies ínfero-laterais encontram-se inferiormente no colo da bexiga; 
• O colo é perfuradopelo óstio interno da uretra; 
• Apenas sua face superior é coberta por peritônio; 
• Leito da bexiga é formado pelas estruturas que possuem contato direto com ela; 
• A bexiga é revestida por uma fáscia visceral de tecido conjuntivo frouxo; 
• Sua parede é formada pelo músculo detrusor; 
• Esfíncter interno da uretra masculina encontra-se em direção ao colo da bexiga; 
• Trígono da bexiga (mucosa é lisa) contém os óstios ureterais (onde desemboca o ureter – 
ureter intramural) e a prega interuretérica“Os óstios uretéricos são circundados por alças 
da musculatura do detrusor, que se contraem quando a bexiga se contrai, para ajudar a evitar 
o refluxo de urina para o ureter” (MOORE, 2006); 
• Úvula da bexiga é uma pequena elevação do trígono próxima ao óstio interno da uretra; 
• Armazena cerca de 400ml de urina; 
• Quando vazia, tem forma achatada, piramidal; quando cheia, tem formato globoso; 
• Quando vazia, possui pregas no seu interior (aspecto rugoso); 
• No homem, está situada por trás do espaço retropúbico (entre a bexiga e o púbis) e por 
diante do reto; 
 Anatomia
 URINÁRIO
• Na mulher, localiza-se no espaço retropúbico e por diante do útero; 
• Irrigada por ramos das artérias ilíacas internas; 
 
URETRA 
• Conduz a urina da bexiga ao meio externo; 
• A masculina também conduz o sêmen; 
• A feminina é curta (4cm) e retilínea; 
• A masculina é maior e apresenta curvaturas; apresenta 3 divisões: 
1. Uretra prostática: inicia-se no óstio interno da uretra, no colo da bexiga, e atravessa 
toda a extensão da próstata; 
2. Uretra membranosa (membranácea): menor porção da uretra; liga as porções 
prostática e esponjosa; 
3. Uretra esponjosa: maior porção; atravessa o corpo esponjoso do pênis; 
 Anatomia
 URINÁRIO
! 
• No nível da uretra prostática (4cm), encontram-se outras estruturas: uma elevação mediana, 
a crista uretral; na parte média da crista, tem-se o colículo seminal (onde desembocam os 
ductos ejaculatórios), o qual apresenta um “buraco”, o utrículo; ao lado de cada crista e do 
colículo, identifica-se um sulco, o seio prostático (onde desembocam os ductos das 
glândulas prostáticas); 
• A uretra membranosa (1cm), além de ser a menor, é também o segmento mais estreitado da 
uretra masculina. Atravessa o diafragma pélvico, sendo circundada pelo M. esfíncter da 
uretra. Curva-se anteriormente para adentrar no corpo esponjoso do pênis. Esta curvatura 
associada a sua pouca espessura facilita sua ruptura, como por exemplo na passagem de 
uma sonda sem a necessária habilidade de um profissional; 
• A uretra esponjosa (15cm), a nível da glande, dilata-se numa estrutura denominada fossa 
navicular e abre-se para o meio externo através do óstio externo da uretra; normalmente 
curva, torna-se retilínea na ereção; 
• Vai desde o óstio interno da uretra, no colo vesical, ao óstio externo da uretra que se abre no 
vestíbulo da vagina; em seu caminho, atravessa o diafragma pélvico e é circundada pelo 
músculo esfíncter externo da uretra. 
 Anatomia
 URINÁRIO
Introdução ao Sistema Urinário 
Considerações prévias 
• O rim trabalha na tentativa de manter a homeostase através da capacidade regulatória do 
ambiente interno. 
• A função primordial do Rim é a Urinogênese; 
• A urinogênese se realiza através de 3 processos: 
o filtração glomerular; 
o reabsorção tubular; 
o secreção tubular; 
• Então, filtração, reabsorção e secreção não são funções, são processos renais. 
• Na realização de sua função primordial, o rim desempenha múltiplas funções homeostáticas. 
Função endócrina dos rins 
• Eritropoietina: estimula a produção de novas hemácias pelas células-tronco 
hematopoiéticas da medula óssea. 
• Renina: participa da regulação da PA, promovendo a ativação de produtos vasoativos. 
Funções múltiplas dos rins 
• Excreção (depuração renal) 
• Retirada completa de substâncias indesejáveis, e que não são necessários ao corpo, para o 
meio externo; 
• Ureia, creatinina, ácido úrico, bilirrubina e metabólitos hormonais são exemplos de 
produtos que são depurados. 
• Regulação do controle do volume hídrico e dos eletrólitos 
• A homeostase se mantém de acordo com o balanço do que ‘entra’ e do que ‘sai’. 
 Fisiologia
 Fisiologia
 URINÁRIO
• Regulação da osmolaridade dos líquidos corporais 
• De acordo com as concentrações das estruturas e do meio intersticial. 
• Regulação da pressão arterial 
• Longo prazo: pela excreção de quantidades variáveis de água e sódio; 
• Curto prazo: pela secreção de hormônios e fatores vasoativos, a exemplo da renina que 
ativa a angiotensina II. 
• Controle acidobásico 
• Excreção de ácidos; 
• Regulações de estoques tamponantes dos líquidos corporais, por meio da manutenção de 
íons bicarbonatos e eliminação de íons hidrogênios ou o inverso. 
• Gliconeogênese 
• Logo ‘abaixo’ do fígado, os rins também realizam gliconeogênese. 
• Obs: Os rins desempenham um papel significativo na homeostase do pH, mas não corrigem 
as alterações de pH tão rapidamente quanto os pulmões. 
• Obs¹: Os rins são a única forma de excreção de certos ácidos do corpo, tais como ácidos 
sulfúrico e fosfórico, gerados pelo metabolismo das proteínas. 
• Obs²: Um estímulo importante para a produção de eritropoietina pelos rins é a hipóxia. 
• Obs³: Os rins produzem e secretam quase toda a eritropoietina da circulação. Pessoas com 
falha renal ou necessitados de hemodiálise, geralmente, desenvolvem anemia grave. 
• Obs: Os rins produzem a forma ativa da vitamina D. Esta é responsável deposição normal de 
cálcio nos ossos. 
Filtração 
• É o movimento de líquido do sangue para o lúmem do néfron; 
• Acontece apenas no corpúsculo renal, onde a parede dos capilares glomerulares e da 
cápsula de Bowman são modificadas para permitir o fluxo de massa de líquido 
• Qualquer substância filtrada para dentro do néfron é destinada a ser removida na urina, a 
menos que seja reabsorvida. 
• Depois que entra na cápsula, o que sai do sangue é chamado de filtrado. 
• O corpúsculo renal contém 3 barreiras de filtração: 
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 URINÁRIO
• Endotélio do capilar glomerular (fenestrado com grandes poros cheios de células 
mesangiais, controladoras de fluxo capilar); 
• lâmina basal (atuam como uma peneira grossa e separa o endotélio capilar do revestimento 
da cápsula); 
• epitélio da cápsula de glomerular (os que circundam os capilares são chamados de 
podócitos e formam fendas de filtração fechadas por uma membrana semiporosa) 
 $ 
Reabsorção 
• Processo de transporte de substâncias presentes no filtrado glomerular de volta para o 
sangue via capilares peritubulares. 
• A maior parte da reabsorção acontece no túbulo próximal; 
• A reabsorção regulada no néfron distal permite aos rins devolver os íons e água ao plasma 
seletivamente, quando necessário para manter a homeostase. 
Secreção• Move moléculas específicas do sangue para o lúmen do túbulo, adicionando-as ao filtrado. 
• Torna o néfron capaz de aumentar a excreção de uma substância em específico. 
• Obs: Tanto a filtração como a secreção movem substâncias do sangue para o lúmen do 
túbulo, mas a secreção é um processo mais seletivo e geralmente utiliza proteínas de 
membrana para esse transporte. 
 Fisiologia
 URINÁRIO
Néfron 
 Néfron Didático Néfron Real 
! ! 
• Cápsula de Glomerular -----> Túbulo próximal -----> ramo descendente espesso -----> ramo 
descendente delgado -----> ramo ascendente delgado -----> ramo ascendente espesso -----> 
Túbulo distal -----> Ducto coletor. 
• É a unidade morfofuncional do rim; 
• O néfron modifica o volume e a osmolaridade do filtrado; 
• O filtrado que entra na cápsula é quase idêntico ao plasma e apresenta uma osmolaridade 
semelhante (isosmótico); 
• O filtrado que sai por reabsorção do túbulo proximal também apresenta uma osmolaridade 
semelhante, pois ocorre saída de soluto com água, assim podemos dizer que a função 
primária do túbulo proximal é a reabsorção de líquido isosmótico; 
• Na alça de Henle, temos o local de produção de urina diluída, pois reabsorve-se mais soluto 
do que água, deixando o filtrado hiposmótico em relação ao plasma; 
• Nos túbulo distal e ducto coletor ocorrem uma regulação fina do balanço de soluto e de água 
sob controle de hormônios. 
• Obs: A reabsorção e a secreção determinam a composição final do filtrado, no caso, da urina. 
• Obs¹: O volume e a osmolaridade finais da urina dependem das necessidades do corpo de 
conservar ou excretar água e soluto. 
• Obs²: Uma vez que a urina entra na bexiga, não ocorrerá mais nenhum processo renal 
(filtração, reabsorção ou excreção). 
• Obs³: A quantidade e a composição das substâncias que são reabsorvidas e secretadas 
variam nos diferentes segmentos do néfron. 
 Fisiologia
 URINÁRIO
Excreção 
• A produção de urina é o resultado de todos os processos que acontecem no rim; 
• O filtrado que chega ao final do néfron guarda pouca semelhança com o filtrado inicial; 
• A concentração de íons e água na urina é extremamente variável e depende do estado do 
corpo. 
 
 Fisiologia
 URINÁRIO
Urinogênese 
FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
• É o início da formação da urina; 
• Líquidos dos capilares glomerulares são filtrados para a cápsula de Bowman; 
! 
• O filtrado glomerular tem concentração e composição similar ao plasma, exceto pela quase 
total ausência de proteínas e células (impermeáveis aos capilares); 
• O cálcio e os ácidos graxos não estão muito presentes no filtrado, pois, apesar de seus 
baixos pesos moleculares, estão associados a proteínas transportadoras; 
• Cerca de 20% do plasma do sangue renal é filtrado ao passar pela cápsula de Bowman; 
• Os capilares glomerulares possuem uma camada a mais que os outros capilares do corpo 
(devido aos podócitos) e possuem fenestras, permitindo a passagem de grande quantidade 
de substâncias e água. Os podócitos estão separados, formando as fendas de filtração, por 
onde o filtrado passa; 
! 
 Fisiologia
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 URINÁRIO
• As proteínas não são filtradas devido a: 
• Carga elétrica negativa dentro dos capilares (que repelem as proteínas) enas fenestras; 
• Membrana basal e podócitos carregados negativamente; 
• Substâncias pequenas e carregadas positivamente são filtradas com maior facilidade; 
! 
1. DETERMINANTES 
• Pressão efetiva de filtração: somatório das forças que favorecem ou se opõem à filtração; 
• Forças envolvidas: 
• Favoráveis: pressão hidrostática glomerular (em condições fisiológicas, é sempre maior 
que a soma das forças desfavoráveis); 
• Desfavoráveis: Pressão hidrostática da cápsula de Bowman e pressão coloidosmótica 
dos capilares glomerulares; 
! 
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 URINÁRIO
• Coeficiente de filtração capilar glomerular (Kf): é a medida da condutividade hidráulica e da 
área de superfície do capilar glomerular; 
• Um aumento na pressão na cápsula de Bowman diminui a filtração glomerular; 
• Um aumento na fração de filtração concentra as proteínas no plasma, que aumentam a 
pressão coloidosmótica e diminuem a filtração glomerular; 
• Um maior fluxo de sangue nos capilares glomerulares aumenta a filtração glomerular, e um 
menor, diminui; 
• O aumento da pressão arterial aumenta a filtração glomerular (FG). Assim: 
• O aumento da resistência na arteríola renal aferente diminui a FG; 
• O aumento da resistência da arteríola renal eferente aumenta a FG; 
Obs: se a resistência aumentar demais, ela irá reduzir o fluxo, o que aumenta a pressão 
coloidosmótica e reduz a FG. 
2. FLUXO SANGUÍNEO RENAL 
• Os rins recebem um elevado fluxo sanguíneo: 1.100ml/min ou 22% do débito cardíaco; 
• O fluxo sanguíneo elevado serve tanto para nutrir as células renais quanto para a filtração 
glomerular; 
• Os principais determinantes do fluxo sanguíneo são: 
• O gradiente de pressão entre a artéria e veia renal; 
• A resistência arteriolar renal (principalmente das arteríolas renais aferentes e eferentes); 
• O aumento da resistência vascular tende a reduzir o fluxo, e a diminuição, o aumento do 
fluxo; 
• O fluxo de sangue no córtex renal é muito superior ao da medula renal (irrigada pelos vasa 
recta); 
3. CONTROLE FISIOLÓGICO DA FILTRAÇÃO E DO FLUXO SANGUÍNEO 
• Os determinantes da FG sujeitos a controle fisiológico são: 
• A pressão hidrostática capilar glomerular; 
• A pressão coloidosmótica capilar glomerular; 
• São controlados pelo sistema nervoso simpático, por hormônios e autacóides (substâncias 
vasoativas); 
• A ativação do sistema nervoso simpático causa vasoconstrição, diminuindo o fluxo sanguíneo 
e a FG; 
• A epinefrina, a noraepinefrina e endotelina causam vasoconstrição, diminuindo a filtração 
glomerular; 
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• A angiotensina II é liberada quando a pressão arterial está muito baixa. Apesar de causar 
vasoconstrição, ela atua preferencialmente na arteríola renal eferente, aumentando a 
pressão arterial no glomérulo, prevenindo assim as diminuições de pressão hidrostática 
glomerular; 
• O óxido nítrico e algumas prostaglandinas causam vasodilatação, aumentando o fluxo 
sanguíneo e a FG; 
! 
4. AUTORREGULAÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR E DO FLUXO SANGUÍNEO 
RENAL 
• O fluxo sanguíneo e a filtração glomerular permanecem relativamente constantes, mesmo 
com alterações bruscas da pressão arterial, devido a mecanismos de feedback intrínsecos 
dos rins; 
• Essa autorregulação evita grandes aumentos no volume total de urina; 
• Os efeitos da pressão arterial nos rins são reduzidosdevido a: 
• Autorregulação renal, evitando alterações na filtração glomerular; 
• Aumento da reabsorção quando a FG aumenta (balanço glomerulotubular); 
• O feedback é realizado por células da mácula densa do túbulo contorcido distal. Essas 
células captam mudanças na concentração de NaCl. Quando há alterações, elas secretam 
substâncias que atuam nas arteríolas renais; 
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 URINÁRIO
! 
• Uma diminuição na concentração de NaCl estimula a dilatação das arteríolas aferentes, a 
constrição da arteríola eferente e a liberação de renina, pelas células justaglomerulares das 
arteríolas, aumentando a FG; 
! 
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REABSORÃO E SECREÇÃO TUBULAR 
• Ao longo da passagem do filtrado glomerular pelos túbulos renais, algumas 
substâncias são reabsorvidas seletivamente de volta para o sangue, enquanto outras 
são secretadas do sangue para o lúmen tubular. 
• A urina total representa a soma de três processos renais básicos: filtração 
glomerular, reabsorção tubulares secreção tubular. 
• A reabsorção tubular é seletiva e quantitativamente grande, isso significa que uma 
pequena alteração na reabsorção tubular ou na filtração glomerular pode causar uma 
alteração relativamente grande na exceção urinária. 
Mecanismos passivos e ativos da reabsorção tubular 
• A reabsorção de uma substância se dá, primeiramente, pelo transporte através das 
membranas epiteliais tubulares para o líquido intersticial renal, e posteriormente, 
através da membrana dos capilares peritubulares, retorna ao sangue. 
• A reabsorção através do epitelio tubular para o líquido intersticial renal inclui 
transporte ativo e passivo. 
Transporte ativo 
• Transporte ativo primário: é acoplado diretamente a uma fonte de energia, como por 
exemplo, a hidrólise de ATP. 
• Transporte ativo secundário: é acoplado indiretamente a uma fonte de energia, como 
por exemplo, a fornecida por um gradiente iônico. Ou seja, quando ocorre o 
transporte primário, forma-se, na maioria das vezes, um gradiente de concentração 
intenso. Esse gradiente representa um reservatório de energia. As substâncias 
transportadas tendem a se difundir a favor desse gradiente. Em condições 
adequadas, essa energia de difusão pode puxar outras substâncias junto, através da 
membrana. 
OBS: A água é sempre reabsorvida por um transporte passivo, denominado osmose. 
• Os solutos podem ser reabsorvidos ou secretados através das células pela via 
transcelular ou entre as células movendo-se através das junções oclusivas e dos 
espaços intercelulares pela via paracelular. 
Transporte ativo de sódio 
Reabsorção ativa primária de sódio 
• O sódio é transportado do interior das células tubulares para o interstício contra um 
gradiente eletroquímico pela bomba sódio-potássio ATPase. Desse modo, o potássio 
é transportado para o interior da célula, deixando o interstício. Essa operação 
mantém concentrações intracelulares baixas de sódio e altas de potássio, além de 
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criar uma carga negativa de -70mv dentro da célula, o que acarreta a difusão passiva 
de sódio do lúmen tubular para o interior das células tubulares. 
• A reabsorção ativa de sódio pela bomba sódio-potássio ATPase ocorre na maioria 
das porções do túbulo. 
OBS: O sódio também é transportado através da via paracelular e por difusão facilitada 
• Sódio, água e outras substâncias são reabsorvidos do líquido intersticial para dentro 
dos capilares por ultrafiltração, um processo passivo movido pelos gradientes de 
pressão hidrostática e coloidosmótica. 
 
Reabsorção ativa secundária de sódio (co-transporte) 
• Uma proteína transportadora específica se combina com um íon sódio e uma 
molécula de glicose ou aminoácidos na membrana luminal. O sódio é transportado 
por seu gradiente eletroquímico, liberando a energia necessária para mover as 
moléculas de glicose ou aminoácidos contra seu gradiente eletroquímico. 
• Após a entrada na célula, glicose e aminoácidos saem através das membranas 
basais para o líquido intersticial por difusão facilitada, movidos pelas concentrações 
elevadas de glicose e aminoácidos. 
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Secreção ativa secundária nos túbulos (contratransporte): secreção de hidrogênio 
• Algumas substâncias são secretados nos túbulos renais por transporte ativo 
secundário. Isto envolve freqüentemente contratransporte da substância com íons 
sódio. 
• O sódio é transportado para dentro da célula por uma proteína transportadora 
específica na membrana luminal, a energia liberada pela difusão facilitada do sódio a 
favor do seu gradiente eletroquímico é utilizada para a secreção de hidrogênio. 
Pinocitose 
• Algumas porções do túbulo reabsorvem moléculas grandes como proteínas por 
pinocitose. Como a pinocitose requer energia, é considerada uma forma de 
transporte ativo. 
Transporte máximo e carga tubular 
• A carga tubular é quantidade de soluto no túbulo. 
• O transporte máximo é taxa máxima na qual o soluto pode ser transportado, esse 
limite é atingido quando a capacidade de transporte das proteínas transportadoras e 
enzimas específicas é excedida, acarretado pela grande carga tubular. 
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OBS: Nem todos os néfrons possuem o mesmo transporte máximo. 
OBS 2: Substâncias que são reabsorvidas passivamente não demonstram um 
transporte máximo, o transporte dessas substâncias é denominado gradiente-tempo, 
por que a taxa de transporte depende do gradiente e do tempo que a substância está 
no túbulo. 
OBS 3: Algumas substâncias transportadas ativamente também possuem 
características de transporte gradiente-tempo, como por exemplo o transporte de sódio 
no túbulo próximal. 
Reabsorção passiva de água 
• O transporte dos solutos dos túbulos para o interstício acarreta uma diferença de 
concentração que causa osmose na mesma direção em que os solutos são 
transportados, do lúmen tubular para o interstício renal. 
• A água é transportada tanto pela via paracelular quanto pela via transcelular. 
• O seu transporte depende da permeabilidade da membrana. 
• Nos túbulos proximais a sua reabsorção é maior, já na alça de Henle a reabsorção é 
baixa, e nos túbulos distais e coletores depende da secreção de ADH. 
Reabsorção de cloreto e uréia por difusão passiva 
• A reabsorção de água aumenta a concentração do lúmen de uréia e de cloreto, o 
que acarreta a reabsorção passiva deles de acordo com o gradiente de 
concentração. 
• A reabsorção de sódio aumenta o potencial negativo do lúmen, o que acarreta a 
reabsorção de cloreto. 
Reabsorção Tubular Proximal 
• Cerca de 65% da carga filtrada de sódio e água e uma porcentagem ligeiramente 
menor de cloreto filtrado são reabsorvidos pelo túbulo próximal. 
• As células epiteliais do túbulo próximal tem o metabolismo elevado e um grande 
número de mitocôndrias para suportar muitos processos de transporte ativo, além 
disso essascélulas possuem um área de superfície de membrana extensa nos lados 
luminal e basal para transporte rápido das substâncias. 
• Na primeira parte do túbulo próximal, o sódio é transportado por co-transporte 
juntamente com glicose, aminoácidos e outros solutos. Já na segunda metade do 
túbulo proximal, o sódio é agora reabsorvido principalmente com íons cloreto, pois 
nessa parte do túbulo a concentração de cloreto é maior, favorecendo a sua difusão 
através da via paracelular. 
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• A secreção de íons hidrogênio pelo mecanismo de contratransporte no lúmen tubular 
é uma etapa importante na remoção de íons bicarbonato do túbulo. 
• O túbulo próximal também é um local importante para a secreção de ácidos e bases 
orgânicos, como sais biliares, oxalato, urato e catecolaminas, esses são produtos 
finais do metabolismo e devem ser removidos rapidamente do corpo. 
 
Reabsorção na Alça de Henle 
• A alça de Henle consiste em três segmentos: segmento delgado descendente, 
segmento delgado ascendente, segmento espesso ascendente. 
• Os segmentos descendente delgado e ascendente delgado têm membranas 
epiteliais finas, poucas mitocôndrias e níveis mínimos de atividade metabólica. 
• A porção descendente delgada é altamente permeável à água e moderadamente 
permeável à maioria dos solutos. Cerca de 20% da água filtrada é reabsorvida na 
alça de Henle, e quase tudo isto ocorre no componente descendente delgado. 
• Os componentes ascendente delgado e espesso são praticamente impermeáveis a 
água. 
• O segmento ascendente espesso tem células epiteliais espessas que apresentam 
alta atividade metabólica e são capazes de reabsorção ativa de sódio, cloreto e 
potássio. Cerca de 25% das cargas filtradas de sódio, cloreto e potássio são 
reabsorvidos na alça de Henle, a maior parte no componente ascendente espesso. 
• Quantidades consideráveis de cálcio, bicarbonato e magnésio também são 
reabsorvidas no segmento ascendente espesso. 
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• Há uma reabsorção paracelular significativa dos íons magnésio, sódio, potássio e 
cálcio no componente ascendente espesso devido à carga ligeiramente positiva do 
lúmen tubular em relação ao líquido intersticial. 
• O componente ascendente espesso também tem um mecanismo de contratransporte 
de sódio-hidrogênio em sua membrana celular. 
 
Reabsorção no Túbulo Distal Inicial 
• A primeira porção do túbulo Distal forma parte do complexo justaglomerular que 
fornece controle de feedback da TGF e do fluxo sangüíneo neste mesmo néfron. 
• O túbulo Distal inicial reabsorve avidamente a maioria dos íons, incluindo sódio, 
potássio e cloreto, mas é praticamente impermeável à água e uréia. 
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Reabsorção no Túbulo Distal Final e Túbulo Coletor 
• Esses túbulos são compostos por dois tipos de células: as células principais e as 
células intercaladas. 
• As células principais reabsorvem sódio e água do lúmen e secretam íons potássio 
para dentro do lúmen. As células intercaladas reabsorvem íons potássio e secretam 
íons hidrogênio para dentro lúmen tubular. 
• A secreção de potássio envolve duas etapas: o potássio entra na célula por ação da 
bomba sódio-potássio ATPase, que mantêm uma concentração intracelular elevada 
de potássio e, então, uma vez na célula, o potássio se difunde a favor de seu 
gradiente de concentração através da membrana luminal para dentro do líquido 
tubular. 
• A secreção de hidrogênio pelas células intercaladas é mediada por um mecanismo 
de transporte hidrogênio-ATPase. Há geração de íons hidrogênio pela ação da 
anidrase carbônica sobre a água e dióxido de carbono para formar ácido carbônico, 
que então se dissocia em íons hidrogênio e íons bicarbonato. Os íons hidrogênio são 
secretados para dentro do lúmen tubular, e, para cada íon hidrogênio secretado um 
íon bicarbonato se torna disponível para reabsorção. 
• As membranas tubulares de ambos os segmentos são quase completamente 
impermeáveis à uréia. 
• A permeabilidade do túbulo distal final e do duto coletor à água é controlada pela 
concentração de ADH. 
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Reabsorção no Ducto Coletor 
• A permeabilidade do ducto coletor à água é controlada pelo nível de ADH. 
• Diferentemente do túbulo coletor, o ducto coletor é permeável a uréia. 
• O ducto coletor é capaz de secretaria íons hidrogênio contra um grande gradiente de 
concentração. 
REGULAÇÃO DA REABSORÇÃO TUBULAR
• A reabsorção de alguns solutos pode ser regulada independentemente de outros, em pecial, 
por controle hormonal. Por exemplo, quando a ingestão de potássio está aumentada, os rins 
passam a excretar mais potássio, porém a excreção de sódio não sofre alteração. 
• Balanço glomerular: capacidade dos túmulos de aumentar sua intensidade de reabsorção 
em resposta ao aumento da carga tubular (aumento da carga filtrada) 
 *A importância desse balanço glomerular é que ele ajuda a evitar a sobrecarga dos 
 segmentos tubulares (atua como segunda linha de defesa para amortecer os efeitos 
das alterações espontâneas na FG sobre o débito urinário) 
• Alterações da reabsorção capilar peritubular influenciam as pressões hidrostática e 
coloidosmótica do interstício renal, consequentemente a reabsorção de água e de solutos 
pelos túmulos renais fica comprometida. (caminho do filtrado glomerular= filtrado passa pelos 
túmulos renais > líquido e eletrólitos são reabsorvidos para o interstício > daí para os 
capilares peritubulares) 
• A força líquida de reabsorção é a soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas (essa 
forças podem se opor ou favorecer o processo): *pressão hidrostática dos capilares 
peritubulares (se opõe a reabsorção) * pressão hidrostática no interstício renal (favorece) * 
pressão coloidosmótica das proteínas plasmáticas no capilares peritubulares (favorece) * 
pressão coloidosmótica das proteínas plasmáticas no interstício renal (se opõe) 
 Fisiologia
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• O grande coeficiente de filtração (Kf) contribui para a alta intensidade de reabsorção de 
líquidos nos capilares peritubulares, devido à grande condutividade hidráulica e à grande 
área de superfície dos capilares 
• A pressão hidrostática nos capilares peritubulares é influenciada pela pressão arterial -> 
Aumento na pressão arterial tendem a elevar a pressão hidrostática e diminuir a reabsorção. 
• A pressão hidrostática nos capilares peritubulares também é influenciada pelas resistências 
das arteríolas aferentes e eferentes -----> O aumento da resistência reduz a pressão hidrost. 
nos capilares peritubulares e aumenta a reabsorção. 
• Outras coisas que elevam a taxa de reabsorção são: aumento da concentração proteica 
plasmática (porque aumenta a pressão coloidosmótica); aumento da fração de filtração; 
aumento do Kf . 
• O aumento inicial da reabsorção pelos capilares peritubulares tende a reduzir a pressão 
hidrostática do líquido intersticiale elevar a pressão coloidosmótica desse líquido. Essas 
duas forças favorecem movimento para fora do lúmen e para o interstício, portanto o retorno 
de água e solutos para o lúmen tubular é reduzido e a reabsorção efetiva aumenta) 
• Pequenos aumentos na pressão arterial podem causar grandes aumentos na excreção 
urinária de sódio e água, fenômenos denominados : natriurese pressórica e diurese 
pressórica. Alguns fatores contribuem para esses mecanismos, como: 
 *Aumento da pressão hidrostática do líquido intersticial renal (porque intensifica o 
 retorno de sódio para o lúmen, reduzindo a reabsorção e aumentando o débito urinário); 
 * Formação reduzida de angiotensina II (porque a angiotensina aumenta a 
reabsorção de sódio pelos túbulos e também estimula a secreção de aldosterona, 
aumentando ainda mais a reabsorção de sódio) 
• O primeiro sítio tubular renal de ação da aldosterona é o conjunto das células principais do 
túmulo coletor cortical 
• É através da bomba sódio-potássio ATPase que a aldosterona aumenta a reabsorção de 
sódio enquanto aumenta a secreção de potássio. Além disso, a aldosterona também aumenta 
a permeabilidade do sódio na membrana luminal. 
• Estímulos importantes para a ação da aldosterona: concentração de potássio extracelular 
aumentada e níveis elevados de angiotensina II. 
• Doença de Addison: É uma destruição ou mau funcionamento das adernais, devido a perda 
acentuada de sódio e acúmulo de potássio, graças à ausência de aldosterona. 
• Síndrome de Conn: excesso de aldosterona, pode ser por causa de tumores nas adernais, a 
síndrome está associada à retenção de sódio e diminuição da concentração plasmática de 
potássio. 
• A angiotensina II auxilia o retorno da pressão aos níveis normais, por três mecanismos: 
 * estimula a secreção de aldosterona 
 * contrai as arteríolas eferentes 
 * estimula a reabsorção de sódio nos túbulos proximais, distais e coletores 
• A ação renal mais importante de ADH é aumentar a permeabilidade à água nos túmulos e 
dueto. Esse efeito evita a desidratação. Esse hormônio tem ação fundamental no controle do 
grau de diluição e concentração da urina. 
• Mecanismo de ação do ADH: 
 Fisiologia
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• O ADH se liga a receptores V2 específicos, no final dos túbulos distais, nos túbulos coletores 
e nos ductos coletores, aumentando a formação de AMP cíclico e ativando as 
proteinocinases. Isto por sua vez estimula o movimento de proteína intracelular, chamada 
aquaporina-2, para o lado luminal das membranas celulares. Essas moléculas se agrupam e 
se fundem a membrana formando canais de água, que permitem a difusão rápida de água 
para as células. 
• Quando a concentração de ADH diminui, as aquaporinas são retiradas de volta para o 
citoplasma, diminuindo a permeabilidade da membrana à água. 
• Quando o volume plasmático está alto, as células cardíacas são distendidas e liberam ANP 
(peptídeo natriurétrico atrial). O ANP inibe a reabsorção de sódio e água pelos túbulos renais 
e também a secreção de renina, ou seja, a angiotensina II não é formada. 
• A ativação do sistema nervoso simpático contrai as arteriosas renais, diminuindo assim a 
excreção de sódio e água. Isso ocorre pela ativação de receptores alfa adrenérgicos nas 
células epiteliais do túbulo renal.
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Biofísica e Função Renal 
• A formação da urina resulta da filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular; 
• Filtração: grande quantidade de líquido praticamente sem proteínas e com pequenas 
moléculas de cargas positivas e negativas é filtrado dos capilares glomerulares para o interior 
da cápsula de Bowman; 
• Reabsorção: substância filtrada volta à circulação; 
• Secreção: processo de transporte através do qual uma molécula que está no setor sanguíneo 
passa para o setor peritubular; 
• Taxa de excreção = taxa de filtração - taxa de reabsorção + taxa de secreção; 
• Tipos de processamento renal: 
- Taxa de excreção igual a taxa de filtração. Certas substâncias indesejáveis no corpo, tais 
como a creatinina, são depuradas pelos rins dessa maneira, permitindo a excreção de 
praticamente tudo que é filtrado; 
- Taxa de excreção é menor que a taxa de filtração pelos capilares glomerulares. Substância 
filtrada e parcialmente reabsorvida; 
- Toda substância filtrada é reabsorvida dos túbulos de volta para a corrente sanguínea. Este 
padrão ocorre em algumas substâncias nutricionais que estão presentes no sangue, como 
aminoácidos e glicose. Esse tipo de depuração permite a conservação dessas substâncias 
nos líquidos corporais; 
- Substância é livremente filtrada nos capilares glomerulares e não é reabsorvida, mas 
quantidades adicionais desta substância são secretadas dos capilares peritubulares para os 
 Biofísica
Biofísica
 URINÁRIO
túbulos renais. Este padrão ocorre em ácidos e bases e permite que essas substâncias 
sejam rapidamente retiradas do sangue para serem excretadas em grandes quantidades na 
urina. 
 ! 
• Filtração glomerular, reabsorção e secreção são regulados de acordo com as necessidades 
corporais; 
• Para a maioria das substâncias, as taxas de filtração e reabsorção são extremamente altas 
em relação às taxas de excreção; 
Filtração glomerular 
• Capilares glomerulares são relativamente impermeáveis às proteínas, assim o líquido filtrado 
é essencialmente livre de proteínas e desprovido de elementos celulares como as hemácias; 
• Concentrações de outros constituintes do filtrado são iguais no plasma, exceto o cálcio e 
ácidos graxos que não são livremente filtrados, pois quase metade é ligada a proteínas 
plasmáticas; 
• Fluxo renal plasmático é o plasma que entra na artéria renal de ambos os rins; 
• A parte não filtrada do fluxo renal plasmático é o fluxo eferente plasmático e a parte filtrada é 
o ritmo de filtração glomerular; 
• Fluxo renal sanguíneo se constitui de plasma e hemácias; 
• Fração de filtração é o fluxo renal plasmático filtrado; 
• A membrana filtrante possui carga negativa, devido a presença de proteoglicanos, que 
impede a passagem de proteínas plasmáticas; 
• Endotélio fenestrado, no qual moléculas de pequeno raio molecular conseguem passar; 
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• Podócitos dispostos na membrana glomerular e são separados por fendas de filtração 
através das quais o filtrado glomerular se move; 
• Albumina além de ter carga negativa é uma proteína plasmática de alto peso molecular, por 
isso sua filtrabilidade aproxima-se de zero; 
• Proteinúria é quando algumas proteínas de baixo peso molécula, especialmente a albumina, 
são filtradas e aparecem na urina, como resultado da perda de cargas negativas nas 
membranas basais; 
Forças físicas responsáveis pela filtração glomerular 
• A taxa de filtração glomerular depende do gradiente de pressão e do coeficiente de pressão, 
sendo o coeficiente indicativo da permeabilidade da membrana filtrante; 
• A pressão líquida de filtração representa a soma das forças hidrostáticas e 
coloidosmóticas que tanto favorecem como se opõem à filtração através dos capilares 
glomerulares;• As forças incluem a pressão hidrostática no interior dos capilares glomerulares(PG), que 
promove a filtração; a pressão hidrostática na cápsula de Bowman fora dos capilares(PB), 
que se opõe à filtração; a pressão coloidosmótica das proteínas plasmáticas(πG), que se 
opõe à filtração e a pressão coloidosmótica nas proteínas na cápsula de Bowman(πB), que 
promove a filtração; 
• A pressão coloidosmótica do líquido na cápsula de Bowman é considerada nula, pois a 
concentração de proteínas no filtrado glomerular é baixa; 
• PF= PG+ πB−PB−πG; 
 Biofísica
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• Kf = TFG/Pressão líquida de filtração, onde um Kf elevado aumente a TFG e um Kf reduzido 
diminua a TFG, no entanto, alterações no TFG não fornecem um mecanismo primário para 
regulação normal da TFG no dia a dia; 
• Algumas doenças reduzem o Kf pela redução do número de capilares glomerulares 
funcionantes ou pelo aumento da espessura da membrana capilar glomerular e redução da 
sua condutividade hidráulica; 
• A pressão hidrostática aumentada na cápsula de Bowman diminui a TFG, por exemplo em 
casos de precipitação de cálcio ou ácido úrico pode levar ao alojamento de cálculos no 
ureter, e dessa maneira obstruir a saída de urina e aumentar a pressão na cápsula de 
Bowman; 
• A pressão coloidosmótica capilar aumentada reduz a TFG, sendo essa pressão influenciada 
pela pressão coloidosmótica no plasma arterial e a fração de plasma filtrada pelos capilares 
glomerulares. Aproximadamente 1/5 do líquido nos capilares passa por filtração para o 
interior da cápsula de Bowman, concentrando as proteínas plasmáticas glomerulares que não 
são filtradas, por isso que quando a fração de filtração aumenta a pressão coloidosmótica se 
eleva e a redução da fração tem efeito exatamente oposto; 
 
• A pressão hidrostática glomerular aumentada eleva a TFG, sendo essa pressão influenciada 
pela pressão arterial, resistência arteriolar aferente e resistência arteriolar eferente; 
• Uma vasoconstrição da arteríola aferente diminui a filtração, devido a diminuição da pressão 
hidrostática glomerular, e, por conseguinte, o fluxo urinário; 
• Uma vasoconstrição da arteríola eferente aumenta a filtração, devido ao aumento da pressão 
hidrostática glomerular, e, por conseguinte, o fluxo urinário. Depois de um certo ponto a taxa 
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de filtração começa a cair discretamente, pois concentra mais proteínas nos capilares 
glomerulares, aumentando sua pressão osmótica, limitando o crescimento da filtração; 
 
Autorregulação da TFG e fluxo sanguíneo renal 
• A principal função da autorregulação nos rins é manter uma TFG relativamente constante e 
permitir o controle preciso da excreção renal de água e solutos; 
• Para realizar a função de autorregulação, os rins têm um mecanismo de feedback que 
relaciona as mudanças na concentração de cloreto de sódio na mácula densa com o controle 
da resistência arteriolar renal; 
• O mecanismo de feedback tubuloglomerular tem dois componentes que agem em conjunto 
para controlar a TFG: um mecanismo de feedback arteriolar aferente e um mecanismo de 
feedback arteriolar eferente. Esses mecanismos de feedback dependem de arranjos 
anatômicos especiais do complexo justaglomerular; 
• TFG diminuída torna mais lento o fluxo na alça de Henle, causando reabsorção aumentada 
de íons sódio e cloreto no ramo ascendente, reduzindo, através disso, a concentração de 
cloreto de sódio nas células da mácula densa; 
• Essa redução na concentração de cloreto de sódio na mácula densa inicia um sinal que tem 
dois efeitos: reduz a resistência ao fluxo sanguíneo nas arteríolas aferentes, que eleva a 
pressão hidrostática glomerular e ajuda a retornar a TFG ao normal e aumenta a liberação de 
renina pelas células justaglomerulares das arteríolas aferentes e eferentes, que são os locais 
de maior estocagem da renina; 
• Renina é uma enzima que aumenta a formação de angiotensina I, que é convertida em 
angiotensina II, e esta contrai as arteríolas eferentes, o que aumenta a pressão hidrostática 
glomerular e retorna a TFG ao normal; 
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• O uso de drogas que bloqueiam a formação de angiotensina II ou que bloqueiam a ação dela 
causa reduções maiores que o normal na TFG quando a pressão arterial renal cai abaixo do 
normal, podendo causar complicações em pacientes hipertensos devido a estenose da 
artéria renal; 
Reabsorção e secreção renal 
• A reabsorção tubular é altamente seletiva; 
• Água e solutos podem ser transportados tanto através da vida transcelular como da via 
paracelular; 
• Os solutos podem passar para as células tubulares por transporte ativo ou passivo(difusão). 
O ativo primário é quando necessita diretamente de uma fonte de energia(Bomba de sódio 
e potássio ATPase) e o ativo secundário é quando não necessita de uma fonte de 
energia(reabsorção de glicose pelo túbulo renal); 
• Água é sempre reabsorvida por osmose; 
 
• Reabsorção de sódio ocorre de forma passiva e ativa; 
• Nos lados basolaterais da célula epitelial tubular há um extenso de sistema de sódio-
potássio ATPase que usa a energia para transportar íons Na+ para fora da célula, em 
direção ao insterstício. Isto causa diminuição da concentração de íons Na+ celular e aumento 
da eletronegatividade intracelular, o que acaba por beneficiar o transporte passivo, devido à 
baixa concentração de íons Na+ e à eletronegatividade, atraindo íons Na+; 
• Proteínas transportadoras de sódio que se ligam a íons sódio na superfície luminal da 
membrana e os liberam dentro da célula, promovendo uma difusão facilitada de sódio através 
da membrana para dentro da célula; 
 
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• Transporte ativo secundário, duas ou mais substâncias interagem com uma proteína 
específica de membrana e são ambas transportadas através da membrana. Uma vez que 
uma das substâncias(sódio) se difunde por seu gradiente eletroquímico, a energia liberada é 
utilizada para mover outra substância(glicose) contra seu gradiente eletroquímico; 
• Co-transporte de glicose e aminoácidos depende da energia gasta pela bomba sódio-
potássio ATPase na membrana basolateral. Por causa da atividade dessa bomba, é mantido 
um gradiente eletroquímico para difusão facilitada de sódio através da membrana luminal, e é 
esta difusão dissipativa de sódio para o interior da célula que fornece a energi par o 
transporte ativo simultâneo de glicose através da membrana luminal; 
• No contratransporte, a energia liberada do movimento dissipativo de uma das 
substâncias(sódio) permite o movimento ativo de uma segunda substância na direção oposta; 
 
• Reabsorção de água ocorre por osmose, acompanhando a direção na qual os solutos são 
transportados; 
• Uma grande parte do fluxo osmótico da água ocorre através das junções oclusivas entre as 
células epiteliais, presentes em maioria no túbulo proximal; 
• Uma vez que a reabsorção de água, solutos orgânicos e íons está acoplada à reabsorção de 
sódio, alterações na reabsorção de sódio influenciam de forma importante a reabsorção de 
água e de muitos outros solutos; 
• A permeabilidade da água é baixanos túbulos distais, coletores e ductos coletores pode ser 
alta ou baixa, dependendo da presença ou ausência de ADH; 
• Íons sódio reabsorvidos direcionam íons cloreto para serem transportados juntamente com 
eles, ou seja, o transporte de íons sódio carregados positivamente para fora do lúmen deixa o 
interior do lúmen carregado negativamente, comparado com o líquido intersticial. Isso faz 
com que os íons cloreto se difundam passivamente através da via paracelular; 
• A reabsorção adicional de íons cloreto ocorre por causa de um gradiente de concentração de 
cloreto que se desenvolve quando a água é reabsorvida do túbulo por osmose, 
concentrando, dessa forma, os íons cloreto no lúmen tubular; 
• À medida que a água é reabsorvida dos túbulos, a concentração de ureia no lúmen tubular 
aumenta. Isto cria um gradiente de concentração que favorece a reabsorção de ureia; 
• Praticamente toda a creatinina que é filtrada pelo glomérulo é excretada na urina; 
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• As forças hidrostáticas e coloidosmóticas controlam a taxa de reabsorção ao longo dos 
capilares peritubulares; 
• As forças são a pressão hidrostática dentro dos capilares peritubulares(PC), que se opõe a 
reabsorção; pressão hidrostática no interstício renal(PI), que favorece a reabsorção; pressão 
coloidosmótica das proteínas plasmáticas nos capilares peritubulares(πC), que favorece a 
reabsorção e pressão coloidosmótica das proteínas no insterstício renal(πi), que se opõe à 
reabsorção; 
 
• Um soluto para ser transportado precisa de um limite denominado transporte máximo. Esse 
limite é devido à saturação dos sistemas específicos de transporte envolvidos quando a 
quantidade de soluto liberada para o túbulo excede a capacidade das proteínas 
transportadoras e de enzimas específicas envolvidas no processo de transporte; 
• Quando a capacidade máxima de reabsorção é superada, parte da substância passa a ser 
excretada na urina; 
• Se a taxa de filtração é inferior a transporte máximo de reabsorção, nenhuma substância é 
excretada na urina, uma vez que o transporte encontra-se abaixo do seu limite de saturação. 
Do contrário, se a taxa de filtração for superior ao transporte máximo, parte da substância 
será excretada na urina devido a saturação dos mecanismos de transporte. 
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• As substâncias secretadas ativamente também exibem um transporte máximo. Este grau de 
secreção máxima está relacionado a saturação dos mecanismos de transporte que secretam 
a substância dos capilares peritubulares até o lúmen tubular. Quando a secreção encontra-se 
no seu limite de saturação, realizando sua secreção máxima, nenhuma quantidade da 
substância é encontrada na veia renal. Nestas condições, toda massa da substância que 
passa pela arteríola eferente é secretada para os túbulos; 
• Taxa eferente plasmática é a massa de substância que passa pela arteríola eferente por 
unidade de tempo. Quando essa taxa excede o transporte máximo de secreção há presença 
da substância na veia renal, caso contrário não há presença da substância na veia renal; 
Depuração renal 
• É o volume de plasma que é completamente depurado(limpo) da substância pelos rins por 
unidade de tempo; 
• O processo de reabsorção contribui para diminuir a depuração, enquanto a secreção e a 
filtração contribuem para aumentar a depuração. Admitindo-se que uma substância não sofra 
reabsorção, tampouco secreção, pode-se dizer que toda substância filtrada será excretada 
na urina; 
• Quando a substância não sofre reabsorção, tampouco secreção, seu nível de depuração é 
exatamente o ritmo de filtração glomerular(RFG). A depuração do polissacarídeo inulina é 
utilizada para determinar o ritmo de filtração glomerular, uma vez que a inulina é processada 
desta maneira; 
• Quando a substância é totalmente reabsorvida, como a glicose em condições normais, o 
nível de depuração é nulo. Se uma substância for parcialmente reabsorvida e não secretada, 
o nível de depuração deve estar situado entre uma depuração nula (zero) e o RFG; 
• O máximo de depuração para uma substância secretada e não reabsorvida é o fluxo renal 
plasmático (FRP). De fato, o néfron não pode depurar mais que o fluxo que chega até ele. O 
ácido paraaminohipúrico(PAH) é processado desta maneira. Por esta razão, a depuração do 
PAH é utilizada na clínica para se determinar o valor do FRP(fluxo renal plasmático); 
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• Clearence de Inulina é um procedimento inconveniente devido à necessidade de se manter 
a concentração plasmática de inulina relativamente constante através de infusão contínua. 
Por esta razão, o Clearence de Creatinana é mais utilizado, pois a creatinina já existe 
normalmente no plasma, dispensando a administração de qualquer substância exógena. 
Ademais, a concentração de creatinina não sofre grandes variações plasmáticas. Contudo, 
como a creatinina é levemente secretada pelos túbulos, a quantidade excretada é 
discretamente superior à filtrada. Assim, o valor do RFG sofre um pequeno aumento no 
resultado final. Ainda assim, o clearence de creatinina é o método preferível para estimativa 
do RFG; 
Reabsorção e secreção ao longo de porções diferentes do néfron 
• Túbulo proximal: Reabsorção de Na+ acoplada à reabsorção de aminoácidos e glicose (co-
transporte). Reabsorção de Na+ acoplada a secreção de H+(contra-transporte). Reabsorção de 
água. Reabsorção de Cl−, HCO3 −e K+. Secreção de sais biliares, ácido úrico, oxalato, 
catecolaminas e PAH. 
• Ramo descendente delgado: Reabsorção de água. Permeabilidade moderada à solutos (Na+ e 
uréia); 
• Ramo ascendente delgado: Impermeável à água. Pequena reabsorção passiva de Na+ e Cl-. 
• Ramo ascendente espesso: Impermeável a água. Reabsorção ativa de Na+, Cl −e K+. 
Reabsorção de Ca++, Mg++e HCO3−. Reabsorção de Na+ acoplada a secreção de H+(contra-
transporte); 
• Túbulo distal inicial: Impermeável à águae à uréia. Reabsorção de Na+, Cl −, Ca++e 
Mg++; 
• Distal final e coletor cortical: Reabsorção de água controlada pelo hormônio anti-diurético (ADH). 
Impermeável à uréia. As células principais reabsorvem Na+ e secretam K+ sob controle da 
aldosterona. Secreção ativa de íons H+, reabsorção de K+ e de HCO3−pelas células 
intercaladas; 
• Coletor medular: Reabsorção de água controlada pelo hormônio anti-diurético. Reabsorção 
passiva de uréia. Secreção ativa de íons H+.
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Balanço Hidroletrolítico 
• O controle homeostático dos fluidos e o equilíbrio eletrolítico visam à manutenção de quatro 
parâmetros: volume, osmolaridade, concentrações individuais de íons e o pH dos fluidos 
corporais. 
• Equilíbrio de massa: o que entra deve ser excretado se o organismo não necessita. 
• Vias de excreção: 
Rins -----> via primária para a excreção de água e íons. 
Fezes ------> água e íons 
Pulmões -----> H+ e HCO3-, por meio de CO2. 
Suor ------> água e íons 
• A osmolaridade depende principalmente das concentrações de Na+ e de água no fluido 
extracelular (FEC). Se aumentar a osmolaridade, por maior concentração de Na+, a água vai 
sair das células para o FEC e estas

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