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Guilherme Rios – p4 – Hab. Clínicas TOQUE VAGINAL: - Fazemos o TOQUE BIDIGITAL BIMANUAL. - Médico situado em pé em frente ou a direita da paciente. - O procedimento consiste em, primeiramente, calçar luva de borracha de tamanho apropriado e lubrificá-la com vaselina ou lubrificante a base d’agua. - Os dedos indicador e médio que tocam devem estar em extensão, e o quarto e quinto dedo devem estar fletidos sobre os metacarpos e o polegar em adução de 90º. - A introdução dos dedos acontecerá após afastamento dos lábios genitais (com o polegar e o dedo do meio), deprimindo-se a fúrcula, até que se alcance a cavidade vaginal. - Primeiro eu introduzo o indicador e depois eu coloco o dedo do meio. - O comprimento do canal vaginal é por volta de 13cm. - DEVO ANALISAR: - PAREDES DA VAGINA: - Devo avaliar a parede (presença de lesões dermatológicas, pregueamento, lubrificação, dor, temperatura, consistência). OBS: Descrição do nódulo, caso encontre: Localização, tamanho, consistência, mobilidade, quantidade, sensibilidade... OBS: Superiormente, faz-se a exploração da bexiga, posteriormente, do reto e lateralmente, das paredes pélvicas. - COLO DO ÚTERO: - TAMANHO: Variável de acordo com a fase da vida da mulher. - DIREÇÃO: Normalmente, o colo forma ângulo aberto com a vagina, o que permite inferir que o corpo esteja em anteversão. No útero anterovertido, o colo apresenta direção posterior, no útero retrovertido, o colo apresenta direção anterior e, na mulher gravídica em trabalho de parto, o colo apresenta direção central. - FORMA: Normalmente, é cilíndrica. - CONSISTÊNCIA: É elástica, lembrando a cartilagem nasal. (endurecido na mulher não grávida) - SUPERFÍCIE: É lisa regular e o contorno deve estar preservado. - MOBILIDADE (dor a mobilização). Técnica: dedos indicador e médio em formato de tesoura, prendendo o colo e fazendo ligeira movimentação. - PALPAÇÃO DOS FÓRNICES: (em geral, busco por massas, lesões, endurecimentos ou outro tipo de alteração) Exame físico ginecológico Guilherme Rios – p4 – Hab. Clínicas - Fórnice posterior: Palpar o fundo de saco de Douglas. - Fórnice anterior: Em casos de cistocele, eu sinto bem a bexiga. - Fórnices laterais: Procuro os anexos. - OVÁRIOS: - Tamanho, formato, consistência, sensibilidade, bordas (regulares ou irregulares e dor). - Devo palpar bilateralmente. - Técnica: A mão abdominal, em formato de garra, desliza na parede do abdome, enquanto a outra mão palpa o fórnice. - TUBAS UTERINAS: - As não devem ser palpáveis. - Se localizadas, devo caracterizá-la. OBS: Devo observar o tônus muscular perineal. - Coloco meu dedo na comissura posterior e solicito à paciente que tente elevá-lo. - Mulheres que não conseguem movimentar esse músculo podem realizar fisioterapia ou colpoperíneoplastia posterior. - Em seguida, faz-se o EXAME DO CORPO UTERINO, através de toque bimanual abdominovaginal, entre o umbigo e a sínfise púbica, enquanto os dedos – dentro da vagina – realizem uma elevação do colo. OBS: Importante que a bexiga da paciente esteja vazia. - Normalmente o útero não é palpável. - Se identificar o corpo do útero, devo avaliar os seguintes parâmetros: - SITUAÇÃO: Na mulher adulta, o corpo uterino deve localizar-se no centro da linha sacro-pubiana, ocupando sempre a pequena bacia (na gravidez e em situações patológicas, pode se encontrar fora dela). A situação deve ser mediana e desvios laterais podem ter causa patológicas, como massas ou retrações. - ORIENTAÇÃO: Pode ser anterior (anteversão) ou posterior (retroversão). Pode, ainda, apresentar curvatura sobre seu próprio eixo, sendo denominado ante-verso-fletido se anterior, e retro-verso-fletido se posterior. - FORMA: Deve ser piriforme de base voltada para cima (a gravidez e processos patológicos podem modificar este parâmetro). - VOLUME: É bastante variável, entre 30 e 90 cm3, e o comprimento deve alcançar cerca de 7 cm na vida adulta (o aumento do número de gestações provoca aumento do volume uterino). - CONSISTÊNCIA: Deve ser firme e o seu amolecimento deve levantar a hipótese de gravidez, enquanto o endurecimento, a hipótese de leiomiomas. - SUPERFÍCIE: Deve ser lisa e apresentar contornos preservados. - SENSIBILIDADE: É normalmente diminuída, e o toque bimanual não deve provocar dor (quando a dor estiver associada, pensar em processos inflamatório ou degenerativos). OBS: Nódulos e tumorações no fundo de saco de Douglas podem significar endometriose e desencadear tenesmo ou dor quando tocados. Guilherme Rios – p4 – Hab. Clínicas
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