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Coração - apg 5

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Roteiro – APG 5
Dafne Reis Alves dos Santos 
ANATOMIA – CORAÇÃO
1. Compreender a anatomia, função e importância do coração.
O coração é um órgão muscular oco, situado no centro do tórax. O coração tem dois lados, o direito e o esquerdo. Os lados direito e esquerdo do coração têm, cada um deles:
· Átrio: câmara superior que coleta sangue e o bombeia para a câmara inferior
· Ventrículo: câmara inferior, que bombeia sangue para fora do coração
A única função do coração é bombear sangue.
· O lado direito do coração: bombeia sangue para os pulmões, onde oxigênio é adicionado ao sangue e o dióxido de carbono é eliminado
· O lado esquerdo do coração: bombeia sangue para o restante do corpo, onde oxigênio e nutrientes são fornecidos para os tecidos e os resíduos (como dióxido de carbono) são transferidos para o sangue para serem removidos por outros órgãos (como os pulmões e rins)
1.1 Descrever a localização do coração.
O coração repousa sobre o diafragma, próximo da linha mediana da cavidade torácica. Encontra-se no mediastino, uma região anatômica que se estende do esterno à coluna vertebral, da primeira costela ao diafragma, e entre os pulmões.
1.2 Descrever a estrutura e função do:
· Endocárdio: uma fina camada interna (endotélio e tecido conjuntivo subendotelial) ou membrana de revestimento do coração que também cobre suas valvas. 
FUNÇÃO: sua principal função é colaborar para que o sangue passe livremente sobre ela.
· Miocárdio: uma camada intermediária helicoidal e espessa, formada por músculo cardíaco.
FUNÇÃO: camada responsável pela capacidade de contração.
· Epicárdio: uma camada externa fina (mesotélio) formada pela lâmina visceral do pericárdio seroso.
FUNÇÃO: proteger  o coração contra impactos e contra o meio externo da cavidade torácica.
1.3 Descrever a anatomia (externa e interna) das câmaras do coração:
· Átrio direito: 
O interior do átrio direito apresenta:
· Uma parte posterior lisa, de paredes finas (o seio das veias cavas), onde se abrem as veias cavas (VCS e VCI) e o seio coronário, que trazem sangue pouco oxigenado para o coração
· Uma parede anterior muscular, rugosa, formada pelos músculos pectíneos
· Um óstio AV direito, através do qual o átrio direito transfere para o ventrículo direito o sangue pouco oxigenado que recebeu.
· Átrio esquerdo: 
O interior do átrio esquerdo apresenta:
· Uma parte maior com paredes lisas e uma aurícula muscular menor, contendo músculos pectíneos
· Quatro veias pulmonares (duas superiores e duas inferiores) que entram em sua parede posterior lisa
· Uma parede ligeiramente mais espessa do que a do átrio direito
· Um septo interatrial que se inclina posteriormente e para a direita.
· Ventrículo esquerdo: 
O interior do ventrículo esquerdo apresenta: 
· Paredes duas a três vezes mais espessas do que as paredes do ventrículo direito
· Paredes cobertas principalmente por uma tela de trabéculas cárneas que são mais finas e mais numerosas do que as do ventrículo direito
· Uma cavidade cônica mais longa do que a do ventrículo direito
· Músculos papilares anteriores e posteriores maiores do que os do ventrículo direito (IMAGEM)
· Uma parte de saída, superoanterior, não muscular, de parede lisa, o vestíbulo da aorta, levando desde a cavidade do ventrículo até o óstio da aorta e à valva da aorta 
· Uma valva atrioventricular esquerda (mitral) com duas válvulas que guarda o óstio AV esquerdo 
· Um óstio da aorta situado em sua parte posterossuperior direita e circundado por um anel fibroso ao qual estão fixadas as válvulas direita, posterior e esquerda da valva da aorta; a parte ascendente da aorta começa no óstio da aorta.
1.4 Descrever a estrutura e a função das valvas cardíacas:
As válvulas cardíacas são estruturas que formam as valvas cardíacas, compostas basicamente de tecido conjuntivo, localizadas na saída de cada uma das câmaras cardíacas, que auxiliam no fluxo unidirecional do sangue.
· Valvas atrioventriculares: Na porção esquerda, a valva atrioventricular esquerda se divide em duas válvulas e é denominada de valva bicúspide ou mitral. 
· Valvas semilunares: têm o fundo voltado para o ventrículo, e se fecham quando ocorre a diástole ventricular, impedindo que o sangue retorne ao coração.
1.5 Discutir a circulação coronariana.
A circulação coronariana refere-se a movimentação de sangue através dos tecidos do coração. O movimento de sangue pelo tecido cardíaco é apenas uma parte de todo o sistema circulatório.
As células do coração recebem sangue arterial das artérias coronárias, que são as primeiras ramificações da aorta, contornando o coração como uma coroa (daí a sua denominação). Estas artérias voltam para o coração, dividindo-se em vasos cada vez menores que penetram fundo no músculo do coração. 
Todos esses vasos estão interligados. Se há problemas com suprimento numa rota, há chance que o sangue siga por outro caminho. Tudo que as células do coração devolvem é lançado no sistema de veias coronárias azuis que drenam o sangue de volta para o lado direito do coração.
2. Explicar o processo de contração e relaxamento do músculo estriado cardíaco.
· Características estruturais e funcionais do tecido muscular cardíaco: (IMAGEM)
O músculo estriado cardíaco é um músculo visceral involuntário que forma a maior parte das paredes do coração e partes adjacentes dos grandes vasos, como a aorta, e bombeia o sangue.
Vale ressaltar que a contração das células musculares estriadas cardíacas é involuntária, vigorosa e rítmica e é o que confere o batimento cardíaco adequado. O sistema gerador de impulsos é formado por uma rede de células musculares cardíacas modificadas com a função de produzir e conduzir o estímulo elétrico para a contração dos miócitos. Outro ponto importante é que os miócitos não se regeneram.
· O sistema de condução do coração: 
O coração tem dois tipos de células, as células miocárdicas, também denominadas células funcionais, que quando estimuladas eletricamente são capazes de se contrair, e as células marcapasso, responsáveis pela geração e condução dos estímulos elétricos. Os tecidos especializados que geram e conduzem impulsos elétricos através do coração, são o nó sinoatrial (nó SA), nó atrioventricular (nó AV), feixe de His e fibras de Purkinje.
O controle da atividade cardíaca é feito sistema nervoso simpático e parassimpático, que inervam de forma abundante o coração.
O nó SA está localizado na parede posterior do átrio direito, onde a veia cava chega ao coração. 
O nó AV está na porção inferior do septo interatrial. 
O feixe de His está no topo do septo interventricular, esse feixe se divide no interior da parede dos ventrículos denominando-se fibras de Purkinje, causando a contração simultânea dos ventrículos.
 Sístole é a contração da câmara cardíaca para ejeção do sangue presente em seu interior. Diástole é o relaxamento da câmara cardíaca para um novo preenchimento de sangue em seu interior.
A média de batimentos cardíacos em um adulto saudável fica em torno de 70 batimentos por minuto, variando conforme as necessidades do corpo, como exercícios físicos, situações de estresse e repouso. 
A regulação da ritmicidade do coração ocorre no nó SA ou marca passo do coração. Esta ritmicidade ocorre porque as membranas das fibras do nó SA são muito permeáveis ao sódio, que passa para o interior das fibras, fazendo com que o potencial da membrana em repouso passe para o valor positivo até atingir seu limiar transformando em potencial de ação. 
O impulso é propagado pelos átrios através do sistema de Purkinje provocando sua contração. Centésimos de segundos depois, o impulso atinge o nó AV, que retarda o impulso para que os átrios forcem a passagem de sangue para os ventrículos. Após esse retardo, o impulso é propagado pelo sistema de Purkinje aos ventrículos contraindo-os.
Os impulsos elétricos que passam pelo complexo estimulante do coração podem ser registrados pelo eletrocardiograma. Onda P é a despolarização das fibras atriais do nó SA, o complexo QRS é a despolarização dos ventrículos e a onda T é a repolarizaçãodos ventrículos, iniciando assim um novo ciclo cardíaco.
A geração e a condução de impulsos podem ser resumidas da seguinte forma:
· O nó SA inicia um impulso que é rapidamente conduzido para as fibras musculares cardíacas nos átrios, causando sua contração.
 
· O impulso propaga-se por condução miogênica, que transmite rapidamente o impulso do nó SA para o nó AV.
· O sinal é distribuído do nó AV através do fascículo AV e seus ramos (os ramos direito e esquerdo), que seguem de cada lado do SIV e suprem os ramos subendocárdicos para os músculos papilares e as paredes dos ventrículos.
· Potencial de ação nas fibras cardíacas contráteis: 
Os potenciais de ação são grandes despolarizações muito breves que percorrem longas distâncias por um neurônio sem perder força. A sua função é a rápida sinalização por longas distâncias, como do seu dedo do pé até o seu cérebro.
· As mudanças de pressão e volume que ocorrem durante o ciclo cardíaco (sístole atrial/ventricular e diástole atrial/ventricular):
O ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento, chamado diástole, durante o qual o coração se enche de sangue, seguido pelo período de contração, chamado sístole. A duração total do ciclo cardíaco, incluindo a sístole e a diástole, é a recíproca da frequência cardíaca. Por exemplo, se a frequência cardíaca é de 72 batimentos/min, a duração do ciclo cardíaco é de 1/72 batimentos/min — aproximadamente 0,0139 minuto por batimento, ou 0,833 segundo por batimento.
Quando a frequência cardíaca aumenta, a duração de cada ciclo cardíaco diminui, incluindo as fases de contração e relaxamento. A duração do potencial de ação e o período de contração (sístole) também diminuem, mas não por percentual tão alto quanto na fase de relaxamento (diástole).
 Na frequência cardíaca normal de 72 batimentos/min, a sístole abrange aproximadamente 0,4 de todo o ciclo cardíaco. Quando a frequência cardíaca é três vezes maior que a normal, a sístole é cerca de 0,65 do ciclo cardíaco inteiro. Isso significa que o coração, em frequência muito rápida, não permanece relaxado tempo suficiente para permitir o enchimento completo das câmaras cardíacas antes da próxima contração.
· Bulhas cardíacas.
· OQUE É: Ao auscultar com estetoscópio o coração normal, ouve-se som descrito, em geral, como “lub, dub, lub, dub”.
O “lub” está associado ao fechamento das valvas atrioventriculares (AV), no início da sístole, e o “dub” está associado ao fechamento das valvas semilunares (aórtica e pulmonar), no final da sístole.
O som “lub” é referido como primeira bulha cardíaca, e o “dub” é referido como segunda bulha cardíaca, porque considera-se que o ciclo normal de bombeamento do coração comece quando as valvas AV se fecham, no início da sístole ventricular.
· PRIMEIRA BULHA (LUB): A primeira explicação sobre as causas das bulhas cardíacas foi a de que o “encontro” dos folhetos valvares produz vibrações. Entretanto, demonstrou-se que esse encerramento das valvas causa pouco ou nenhum som, pois o sangue entre os folhetos amortece o efeito desse choque e impede a produção significativa de som.
· SEGUNDA BULHA (DUB): A segunda bulha resulta do fechamento súbito das valvas semilunares ao final da sístole. Quando as valvas semilunares se fecham, elas se curvam para trás, em direção aos ventrículos, e seu estiramento elástico repuxa o sangue para as artérias, causando curto período de reverberação do sangue para frente e para trás, entre as paredes das artérias e das valvas semilunares, assim como também entre essas valvas e as paredes ventriculares.
3. Analisar os fatores que influenciam nos batimentos cardíacos (psicológicos, genéticos, hormonais, químicos, etc.)
· Fatores emocionais: irritação, mágoa, tristeza, felicidade, susto...
· PA, doenças cardíacas...
· Fatores químicos: acesso de álcool, cafeína, drogas, tabagisto...
REFERÊNCIAS:
Guyton
Moore
Anatomia Geral – Eládio Pessoa de Andrade Filho
Sanar

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