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Unidade 3- ATIVIDADE

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METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
 
O aprendizado no período de zero a seis anos exige uma especificidade que, se não 
adequada, pode prejudicar o desenvolvimento natural das habilidades da criança. O 
planejamento dos conteúdos programáticos e atividades recreativas devem ser 
realizados com o intuito de desenvolver as diversas inteligências múltiplas e promover 
o aprendizado dos conceitos básicos de forma natural e divertida, respeitando o 
universo da criança e as particularidades dadas pela limitação da faixa etária. É 
necessário que os docentes utilizem os inúmeros recursos pedagógicos para 
instigarem a curiosidade em aprender das crianças e que o lúdico se faça presente, 
nem que seja nos detalhes. 
 
Depois dos estudos realizados na Unidade 3 e levando-se em conta os argumentos 
do texto acima, explique porque o “brincar” é tão importante e estratégico para a 
Educação Infantil. 
 
De acordo com Vigotski (2003), o desenvolvimento da criança acontece através 
do lúdico. Por isso a criança precisa brincar para se desenvolver. É no brincar que 
a criança pode ampliar suas capacidades como a atenção, a memória, a imitação, a 
imaginação, propiciando o desenvolvimento de áreas da personalidade como 
afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade. Piaget (1978) afirma 
que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. 
 Criança aprecia movimentar-se. Elas vivem e demonstram seus estados 
afetivos com o corpo inteiro: se estão alegres, naturalmente pulam, correm e brincam 
ruidosamente. Se estão tímidas ou tristes, encolhem-se de maneira que sua 
expressão corporal é reveladora. O movimento é uma forma de linguagem que 
comunica estados, sensações e ideias, ou seja, o corpo fala. Para estimular 
movimentos de seu próprio corpo, é preciso organizar situações e atividades que 
estimulem suas funções motoras, perceptivas, afetivas e sócio motoras, desta forma 
a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas indispensáveis ao seu 
desenvolvimento intelectual, além de se torna capaz de tomar consciência de si 
mesma e do mundo que a cerca, combatendo o sedentarismo e propiciando o 
desenvolvimento da motricidade. O brincar visto por este olhar, auxilia a criança a 
perceber-se, conhecer seus limites e potenciais, estimulando a coordenação 
motora. 
 O brincar também auxilia nas competências sócio emocionais. A brincadeira 
é uma necessidade biológica que ajuda a moldar o cérebro fortalecendo as 
relações sócio afetivas, explorando aspectos como autocontrole, cooperação e 
negociação. O brincar gera resiliência. Esta é uma das mais importantes 
habilidades para se viver. A frustração de perder um jogo ou de um colega não 
querer brincar do jeito proposto pela criança, irá ajudá-la a se adaptar a uma 
realidade inesperada, administrando melhor as decepções, ensinando o respeito 
ao outro, fazendo com que a criança aprenda a ouvir, relacionar-se, aceitando as 
diferenças. Quantas vezes ouvimos pais falarem que a criança estava triste, 
chorando. Foi só começar a brincar que tudo ficou melhor. Isso significa que o 
brincar fortalece a saúde emocional. Esse aprendizado é uma ferramenta para 
superar vários desafios na vida. Acaba com o tédio e a tristeza. Brincar dá prazer. 
 Desenvolve a atenção e o autocontrole. Montar um quebra-cabeça ou 
empilhar blocos é um desafio que, a cada vez, será melhor resolvido. No brincar, 
há o incentivo de trabalho em equipe. Os jogos e brincadeiras coletivos são 
verdadeiras escolas de convivência, cooperação, respeito, trocas, limites, 
essenciais à vida e ao mundo do trabalho. 
 As brincadeiras também estimulam o raciocínio estratégico. Jogos com 
regras criam impasses que são vencidos por meio da análise, da argumentação, 
do momento certo de agir, da avaliação do resultado. Os erros servirão como ponto 
de partida para novos acertos. 
 Promove a criatividade e a imaginação. Baldes, potes, caixas nas mãos de 
uma criança se transformam em robôs, aviões, pessoas, casas. Por isso, estimular 
a criatividade com objetos simples traz mais ganhos à criança do que com 
brinquedos prontos e caros. 
 A brincadeira estabelece regras e limites. A criança aprende a respeitar o 
espaço e o limite do outro, lidando com regras, questionando-as para entendê-las 
ou para sugerir mudanças, postura essencial para viver pro ativamente na 
sociedade. 
 O brincar não é apenas uma forma de alívio ou entretenimento para gastar 
energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento 
intelectual, sendo um importante meio estratégico na educação, já que combina o 
estímulo do desenvolvimento infantil com o prazer, afinal, quem não gosta de brincar?

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