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RESUMO - Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o stress e transtornos somatoformes (segundo o CID-9)

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*Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress” e transtornos somatoformes (segundo o CID-9)
F40 TRANSTORNOS FÓBICOS ANSIOSOS 
Grupo de transtornos nos quais uma ansiedade é desencadeada essencialmente por situações nitidamente determinadas que não apresentam atualmente um perigo real. Essas situações são evitadas ou suportadas com sofrimento. A simples evocação de uma situação fóbica desencadeia em geral uma ansiedade antecipatória. 
- Agorafobia (fobia de ficar sozinho em lugares, espaços abertos e públicos)
- Fobias sociais (fobia de exposição a observação atenta de outros )
- Fobias específicas 
F41 OUTROS TRANSTORNOS ANSIOSOS 
Transtornos caracterizados essencialmente pela presença da manifestação ansiosa que não é desencadeada exclusivamente pela exposição a uma situação determinada.
- Transtorno de pânico (ataques recorrentes de ansiedade grave imprevisíveis)
- Ansiedade generalizada (Ansiedade persistente que não ocorre exclusivamente em uma situação determinada)
- Transtorno misto depressivo e ansioso
F42 TRANST OBSESSIVO-COMPULSIVO 
Caracterizado essencialmente por ideias e comptos compulsivos recorrentes. Alta perturbação para o sujeito que tenta evitar os pensamentos, mas não obtém sucesso. O sujeito não tira nenhum prazer direto do compto , o compto compulsivo tem por finalidade prevenir algum evento objetivamente improvável que implique dano ao sujeito ou causado por ele, que ele teme que possa ocorrer. Associado a ansiedade.
- Transtorno obessivo-compulsivo com predominância de ideias ou ruminações obsessivas (ruminações excessivas associadas a depressão)
- TOC com predominancia de comptos obsessivos (repetitivo e estereotipado) 
F43 REAÇÕES AO ESTRESSE GRAVE E TRANSTORNOS DE ADAPTAÇÃO 
Um acontecimento estressante desencadeia uma reação de estresse aguda ou uma alteração marcante na vida do sujeito, que leva a consequências desagradáveis e duradouras e a um transtorno de adaptação. É necessário levar em consideração fatores de vulnerabilidades, geralmente idiossincráticos (próprios de cada pessoa), ou seja, os fatores estressantes por si não são necessários nem suficientes para explicar a ocorrência e a natureza do transtorno observado. O acontecimento estressante constitui o fator causal primário e essencial, sendo que, na ausência deste o transtorno não teria ocorrido. 
- Reação aguda ao estresse (desaparece habitualmente em algumas horas ou alguns dias)
- Estado de estresse pós-traumático (resposta “retardada” a uma situação estressante de natureza essencialmente ameaçadora/catastrófica que provoca sintomas de perturbação.)
- Transtorno de adaptação (Entrava o funcionamento e desempenhos sociais ocorrendo no curso de um período de adaptação a uma mudança importante ou a um acontecimento estressante) 
R44 TRANST DISSOCIATIVOS 
Perda parcial ou completa das funçoes normais de integração de lembranças, consciencia, identidade, sensações imediatas e controle dos movimentos corporais. Ocorrem em relação temporal estreita com eventos traumáticos, problemas insuportáveis ou relações interpessoais difíceis. No entanto, a perda de alguma função neste transtorno pode-se dar como expressão de um conflito ou necessidade psíquica. 
- Amnésia dissociativa (diz respeito a eventos traumáticos e é mais frequente que seja parcial e seletiva)
- Fuga dissociativa (sintomas da amnésia dissociativa mais deslocamento motivado maior que o raio de deslocamento habitual cotidiano)
- Estupor dissociativo (diminuição importante ou ausência de movimentos voluntários e da reatividade normal a estímulos externos)
- Estados de transe ou possessão (perda transitória de consciência de sua própria identidade, porém, conservação perfeita da consciência do ambiente)
- Convulsões dissociativas, etc....
F45 TRANST SOMATOFORMES 
Presença repetida de sintomas físicos associados a busca persistente de assistência medica apesar dos médicos nada encontrarem de anormal e afirmar que os sintomas não tem base orgânica. 
Ex.: arrancar os cabelos 
- Transtorno de somatização (presença de sintomas físicos que frequentemente se associa a uma alteração do compto social, interpessoal e familiar)
- Transtorno hipocondríacos (preocupação persistente com a presença eventual de um ou vários transt somáticos graves; queixas somáticas persistentes)
Etc...
*O que é Neurose?. Neuroses são quadros patológicos psicogênicos (ou seja, de origem psíquica), muitas vezes ligados a situações externas na vida do indivíduo, os quais provocam transtornos na área mental, física e/ou da personalidade. De acordo com a visão psicanalítica, as neuroses são fruto de tentativas ineficazes de lidar com conflitos e traumas inconscientes. O que distingue a neurose da normalidade é: (1) a intensidade do comportamento e (2) a incapacidade do doente de resolver os conflitos internos e externos de maneira satisfatória[3].
O conceito de neurose está assim intimamente ligado à teoria nosológica psicanalítica, ou seja, à maneira como a psicanálise explica a origem e o desenvolvimento dos transtornos mentais. 
 Ser neurótico não significa estar preocupado com algo o tempo inteiro. A pessoa que tem este transtorno reage de forma incontrolável quando submetida a determinadas situações. Apesar de não perder o vínculo com a realidade (ao contrário da psicose), ou seja, ela sabe exatamente o que está acontecendo, não consegue controlar a intensidade de seus atos, nem atuar dentro do padrão da "normalidade".
Quem tem esse distúrbio sofre uma intensa angústia e ansiedade. É marcado por uma perturbação mental, com manifestações nas esferas física, mental e fisiológica. O comportamento neurótico é relativamente comum e se manifesta em quadros de depressão, fobias, desordens de personalidade e tendências obsessivas-compulsivas.
A neurose ou neuroticismo nunca deve ser confundida com a psicose, já que nesse último transtorno o paciente perde o contato com a realidade
Eventos de vida produtores de estresse e transtornos mentais comuns: resultados do Estudo Pró-Saúde
- Nas últimas décadas, os estudos epidemio- lógicos têm contribuído de forma significativa para uma melhor compreensão dos elos entre fatores do ambiente social e a origem e o curso de distúrbios psiquiátricos
- Grande parte desta produção acadêmica está voltada para o papel dos chamados eventos de vida produtores de estresse (stressful life events) como fatores de risco para transtornos mentais não psicótico
- Talvez a maior dificuldade em se avaliar o papel dos determinantes sociais na iniciação e curso dos distúrbios psiquiátricos repouse na possibilidade de causalidade bidirecional associada a estes eventos. Fatores ambientais desfavoráveis estão sabidamente associados ao aparecimento e/ou à maior severidade no curso de grande parte dos distúrbios psiquiátricos. Por outro lado, a doença mental pode provocar uma série de prejuízos sociais na vida do indivíduo, como baixo nível educacional, desemprego, ruptura de relações pessoais, etc. Portanto, distinguir fatores de risco de efeitos adversos constitui um dos grandes desafios da área.
- Cerca de 70% dos funcionários têm entre 25 e 44 anos de idade, e pouco mais da metade (55%) são do sexo feminino
- Com relação ao relato de eventos de vida produtores de estresse (EVPE) nos 12 meses anteriores ao preenchimento do questionário, “ter passado por dificuldades financeiras graves” foi o evento mais freqüente, tendo sido relatado por cerca de metade dos funcionários. Os outros eventos apresentaram frequências menores, com relato de “problemas sérios de saúde” por 22,4%, “rompimento de relação amorosa” por 16,6%, “morte de parente próximo” por 12,7%, ter sido “vítima de assalto ou roubo” por 11,5%, “mudança forçada de moradia” por 8,7%, “internação hospitalar por pelo menos uma noite” por 7,5% e “ter sido vítima de agressão física” por 4,1% (Tabela 2).
- Quando avaliamos a associação entre a presença de TMC e as características sócio-demográficas da população, observamos que apenas sexo (p < 0,001), renda (p = 0,001) e situação conjugal (p = 0,03)apresentaram associação estatisticamente significativa com TMC. A idade dos indivíduos (p = 0,506) e a escolaridade (p = 0,972) não apresentaram associação estatisticamente significativa com TMC nesta população.
- avaliação da associação entre ocorrência de EVPE e TMC nesta população mostrou que, à exceção de morte de parente próximo, todos os outros eventos de vida se associaram de forma estatisticamente significante com a presença de TMC (Tabela 3). Após análise de regressão logística e ajuste pelas variáveis sócio-demográficas investigadas, observou-se que ter passado por dificuldades financeiras graves (OR = 2,60; IC95%: 2,24-3,02), ter sido vítima de agressão física (OR = 2,13; IC95%: 1,54-2,95), rompimento de relação amorosa (OR = 1,94), mudança forçada de moradia (OR = 1,90; IC95%: 1,50-2,40) e problema sério de saúde (OR = 1,81; IC95%: 1,54-2,95) foram os eventos de vida mais fortemente associados à presença de TMC nesta população (Tabela 4).

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