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Farmacocinética x Farmacodinâmica (Salvo Automaticamente)

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Farmacocinética x Farmacodinâmica 
- Farmacocinética: Alvo Efeito. É o que o organismo faz com o fármaco. 
Absorção
Distribuição 
Metabolismo
Excreção
- Farmacodinâmica: Alvo Receptor. É o que o fármaco faz com o organismo. Interação do fármaco com um determinado alvo, por exemplo, um receptor, uma enzima produzindo um determinado efeito farmacológico.
FARMACOCINÉTICA
- Medida e interpretação formal de alterações temporais nas concentrações de um fármaco em uma ou mais regiões do organismo em relação à dose administrada.
- É o caminho percorrido pelo fármaco no organismo
- É o que o organismo faz com o fármaco, ou seja, eventos consequentes à interação do fármaco com o seu receptor e outros sítios primários de ação. 
- Aplicações da farmacocinética: 
Desenvolvimento do fármaco (testando as doses); entendimento dos testes pré-clínicos farmacológicos e toxicológicos; importante p/ decisões sobre o esquema posológico apropriado (Ex: 1 comprimido ao dia); as agências responsáveis pela regulação do uso de fármacos precisam entender os princípios de biodisponibilidade e bioequivalência; os clínicos precisam identificar e avaliar as interações medicamentosas.
ABSORÇÃO
- Passagem do fármaco pelas barreiras biológicas (no local de administração) até atingir a corrente sanguínea. 
- Parâmetros farmacocinéticos: 
- Barreiras biológicas: possuem bicamada lipídica, fluidez, proteínas (alvos para drogas), relativamente impermeável às moléculas polares. 
*FATORES QUE DETERMINAM A ABSORÇÃO DO FÁRMACO: 
SOLUBILIDADE:
- A maioria dos fármacos são classificados em ácidos fracos ou bases fracas. Se o fármaco for um ácido e está em um meio ácido, ele não ioniza, ficando com uma característica lipossolúvel, sendo mais absorvido. 
Se o fármaco for básico, e estiver no intestino (alcalino), será mais absorvido, pois não ioniza.
- O coeficiente de ionização de um ácido ou base fraca depende de dois fatores: seu pKa e o pH do meio no qual se encontra.
pH: potencial de hidrogênio. É uma medida que informa se determinada substância tem pouco ou muitos íons hidrogênio (H+).
pKa: constante de dissociação. pKa é o pH onde o fármaco se encontra 50% na sua forma ionizada e 50% não ionizada.
*Fatores ligados ao organismo:
- Locais de absorção: vascularização, área da superfície de absorção, pH do meio, esvaziamento gástrico, presença de alimentos. 
2º gráfico: motilidade. 
*Interação com alimentos:
BIODISPONIBILIDADE:
- Fração de uma dose administrada de um fármaco que chega ativa na corrente sanguínea.
- Exclui-se aqui a fração de uma dose “perdida” no efeito de primeira passagem. 
- Velocidade na qual o fármaco foi absorvido
Dose terapêutica x dose de ataque x dose tóxica x dose subterapêutica
Pico
Vale – intervalos que o medicamento foi tomado
Faixa terapêutica: Css concentração de equilíbrio do fármaco
- Alterações na biodisponibilidade: 
 metabolismo hepático
 disfunção hepática 
 disfunções renais (efeitos tóxicos)
 insuficiência cardíaca congestiva: problemas de distribuição e eliminação de fármacos 
PARA NÃO ESQUECER:
- Fármaco atravessa a membrana biológica Corrente sanguínea Luz do intestino Células Interstício Células endoteliais Capilares sanguíneos Corrente sanguínea 
- Via Endovenosa: Não sofre absorção sistêmica
- Fármaco ácido – via oral – absorção no estômago 
- Fármaco básico c/ suco cítrico – via oral – biodisponibilidade diminui 
- Paciente com alcalose ingere fármaco ácido (corrente sanguínea) – pH sanguíneo está aumentado – o fármaco irá ionizar – diminui a biodisponibilidade 
· Drogas que são ÁCIDOS FRACOS encontram-se na forma LIPOSSOLÚVEL (forma não ionizada) em maior quantidade em um pH ácido. 
· Drogas que são BASES FRACAS encontram-se na forma LIPOSSOLÚVEL (não ionizada) em maior quantidade em pH básico. 
- P/ o fármaco ser absorvido precisa estar não ionizado (lipossolúvel) e para ser eliminado precisa estar ionizado (hidrossolúvel).
Absorção reduzida: pode ser que o fármaco não tenha efeito.
Absorção retardada: demora mais p/ fazer efeito.
Letra E. Propranolol alcalino. 
Quanto maior for o pka, maior a capacidade de ionizar e menor a absorção.
DISTRIBUIÇÃO
- Após a absorção ou a administração sistêmica na circulação sanguínea, o fármaco se distribui em direção aos órgãos/tecidos.
- Distribuição: o fármaco já está absorvido e será distribuído pelo sangue, como pela albumina. 
Distribuição é uma transferência reversível de um fármaco do sangue para os tecidos.
- O fármaco pode ser distribuído “livre” ou “complexado” a proteínas plasmáticas.
- Distribuição ocorre pela corrente sanguínea
Medicamentos altamente solúveis em lipídios – passam facilmente pelas membranas plasmáticas – alto volume de distribuição 
Medicamentos que se ligam a proteínas plasmáticas – menor volume de distribuição.
*Fatores que influenciam na distribuição dos fármacos no organismo: 
1 – Perfusão sanguínea 
2 – Ligação às proteínas plasmáticas 
3 – Ligação dentro dos compartimentos
4 – Solubilidade 
5 – Permeabilidade através das barreiras biológicas
6 – pH do meio e pKa do fármaco
- Em relação ao fármaco: solubilidade, tamanho da molécula e grau de ionização (pKa)
- Em relação ao organismo: vascularização do tecido (perfusão), pH do meio, ligação a proteínas plasmáticas, barreiras especiais, percentual de gordura e alterações cardiovasculares.
1 - Perfusão sanguínea: volume ou fluxo sanguíneo que determinado tecido ou órgão recebe do coração.
- Aumento da perfusão sanguínea
- Aumento da distribuição
Quanto maior o fluxo sanguíneo, mais rápida a distribuição.
Ex: cérebro, coração, fígado, pulmão – o fármaco atinge esses órgãos rapidamente, por terem maior fluxo.
2 - Ligação do fármaco às proteínas:
- Somente a fração livre do fármaco consegue ultrapassar a barreira endotelial do vaso sanguíneo.
Fármaco livre Ação farmacológica
- A quantidade de fármacos que se ligam as proteínas são dependentes de três fatores: concentração do fármaco, afinidade do fármaco pelos locais de ligação e concentração das proteínas.
2ª imagem: interação medicamentosa
Fármaco amarelo tem mais afinidade que o verde. O verde é deslocado. Fármacos que têm afinidades diferentes pelo mesmo sítio de ligação competem por este local e um desloca o outro.
- Alta afinidade do fármaco com as proteínas: diminuição da distribuição, do metabolismo, que causam aumento no tempo de ação.
- Baixa afinidade do fármaco com as proteínas:
Aumento da distribuição, do metabolismo, que diminuem o tempo de ação.
- Alguns fármacos se ligam fortemente (~90%) às proteínas plasmáticas
- Ex: anticoagulantes orais, fenitoina, estrógeno, glicocorticoides, diazepam, AINES
- A competição entre dois fármacos à ligação às proteínas plasmáticas resulta em um aumento da fração livre de um ou ambos os fármacos
- Resultado: intensificação da resposta farmacológica e/ou tóxica.
BHE: Barreira Hematoencefálica
- Localizada no cérebro e permite dificultar o acesso de algumas substâncias no cérebro. Atravessam apenas as substâncias que possuem afinidade com essa barreira. 
Barreira Placentária:
Altamente lipossolúveis, não ionizados, pequeno tamanho.
- Isotretinoína (Roacutan): utilizada para tratar acne grave. Risco de defeitos congênitos 25%: defeitos cardíacos, orelhas pequenas e hidrocefalia.
- Barreira placentária e BHE interferem na distribuição, já que o fármaco tem que ser compatível p/ atravessar.
- Fármacos que atuam no SNC: Prometazina e Maleato dexclorfeniramina = classe dos antialérgicos – RAM = sonolência.
*Duas formas de transporte:
- Livre (hidrofílico)
- Conjugado (hidrofóbico ou lipofílico): alfa-glicoproteína ácida e albumina.
A ligação dos fármacos com as proteínas plasmáticas são REVERSÍVEIS, o que permite a DISSOCIAÇÃO do complexo fármaco/proteína.
- Ligação reversível da droga a albumina: 
*Ligação às proteínas plasmáticas:
- Drogas ácidas – albumina
- Drogas básicas – alfa glicoproteína ácida
Somente fármacos livres na correntesanguínea são capazes de atuarem em seu sítio de ação e nem tampouco é metabolizado para ser excretado.
· Fármacos lipossolúveis Ação lenta + tempo de ação
· Fármacos hidrossolúveis Ação rápida – tempo de ação
- Quanto maior a afinidade do fármaco à proteína plasmática, mais tempo ele ficará circulando como se estivesse num reservatório, por isso a ação é mais lenta. Para que o fármaco exerça seu efeito ele precisa desligar da proteína plasmática (fração livre).
- Determinados fármacos são capazes de deslocar outros fármacos ligados a proteínas devido a maior afinidade de ligação. 
Ex: A Fenilbutazona (anti-inflamatório) e as sulfonamidas deslocam a Varfarina da ligação com a Albumina, fazendo com que a fração livre de Varfarina aumente muito. Podendo causar hemorragia.
*Alterações farmacocinéticas na falência hepática: 
- Redução da albumina plasmática Aumento de fármaco livre
- Redução de albumina plasmática Diminuição da pressão osmótica 
- Aumento do fluido tecidual Aumento de Vd de fármacos hidrossolúveis (gentamincina)
*Armazenamento de drogas:
- Provocam prolongamento do efeito
- Associação das drogas a elementos teciduais
- Principais tecidos envolvidos: ósseo e adiposo
- Albumina: proteína plasmática que tem afinidade com fármacos lipossolúveis. Os fármacos se ligam às proteínas plasmáticas e ficam inativos, por isso não vão p/ o alvo fazer efeito temporariamente. Isso é reversível. O fármaco depois pode ficar livre, vai p/ vaso e depois p/ o órgão. 
- Fármaco de alta afinidade com proteínas plasmáticas = o tempo p/ fazer efeito é maior – Para se ligar às proteínas precisa ser lipossolúvel. 
- O tempo é maior porque o fármaco fica conjugado por mais tempo. 
- Fármaco hidrossolúvel = efeito do fármaco é mais rápido. 
- Efeito de primeira passagem: Todos os fármacos passam pelo fígado, o fato de ter efeito de primeira passagem influencia na biodisponibilidade. A dose do fármaco chegará diminuída na corrente sanguínea. O restante pode ser metabolizado e perdido no meio do caminho. 
- Efeito tóxico no fígado: fármaco está causando inflamação, ou aumentando apoptose, ou aumentando autofagia, ou causando distúrbio no órgão.
https://www.youtube.com/watch?v=Jiml3iGBs88
Medicamento se liga às proteínas, uma maior parte pode ficar ligada e menor parte ativa (livre). Essa parte livre pode desencadear um efeito se a concentração atingir a faixa terapêutica ainda que leve mais tempo. 
- Uma fração do fármaco é livre e sofre o metabolismo, podendo ser excretado ou voltar para o plasma. 
- Outra fração do fármaco fica ligada a proteínas plasmáticas que não está tendo efeito 
- Existem fármacos que são excretados de forma inalterada, como os antibióticos p/ infecção urinária, sendo bom utilizar esse medicamento para tratamento do trato urinário. 
Maior concentração de varfarina na forma livre causando hemorragia
Deslocamento do diclofenaco
Interação medicamentosa
3 - Reservatório de drogas:
- Locais onde a droga se encontra em maior concentração do que no plasma
O fígado demora um pouco mais p/ diminuir a concentração do fármaco nele 
Tecido adiposo: a concentração do fármaco sobe com o passar do tempo. Um dos principais tecidos de reserva de fármaco.
Efeito de anestésico: O paciente que não tem obesidade consegue voltar mais rápido da anestesia, já que a anestesia fica retida no tecido adiposo do obeso. 
4 – Reservatórios teciduais:
Deposição seletiva: arsênico se deposita em células queratinosas
Tetraciclina se deposita em ossos
Inseticidas clorados depositam-se em tecidos gordurosos
Propranolol: beta bloqueador. Diminui a PA.
Perdeu tecido adiposo, e o propranolol começou a ser liberado no plasma e a concentração ficou maior do que deveria passando a ter efeito colateral. Maior fração livre.
5 - Solubilidade:
- Fármacos lipossolúveis atravessam facilmente a membrana endotelial e quanto maior a taxa de perfusão (volume de sangue) do tecido MAIOR será a velocidade de distribuição
- Fármacos polares e de alto peso molecular dificilmente atravessam a membrana endotelial e a velocidade de distribuição é limitada pela taxa de difusão.
6 – Permeabilidade através das barreias biológicas:
7 - pH do meio e pKa do fármaco:
- pKa influencia na absorção e na distribuição do fármaco em nossos compartimentos.
- Acidificação da urina acelera a eliminação de bases fracas e retarda a de ácidos fracos
- Alcalinização da urina reduz a eliminação de bases fracas e aumenta de ácidos fracos.
FORMS – QUESTÕES:
- Via sublingual: absorção rápida pela intensa vascularização dessa região e não sofre efeito de primeira passagem. 
- Da mais rápida para mais lenta: Via IV Via IM Via Oral
- Regra geral, fármacos ácidos serão mais bem absorvidos em ambientes ácidos, pois ficam predominantemente na forma molecular, mas ficam predominantemente na forma iônica em ambientes alcalinos.
- Alimentos podem aumentar, reduzir ou retardar a absorção de fármacos administrados por via oral
- Fator que representar melhor absorção para os fármacos: boa vascularização na área a ser administrado
- Paciente do sexo masculino utiliza AAS (ácido) 100 mg na hora do almoço, e para evitar o desconforto gástrico sempre associa um antiácido (hidróxido de alumínio). O efeito dessa associação sobre a absorção de AAS será: diminuição da absorção, pois o AAS ficará ionizado e, portanto hidrossolúvel. 
- Paciente faz uso de um fármaco anticoagulante que apresenta afinidade de 50% pela albumina. Após uma lesão, tomou um anti-inflamatório para amenizar sua dor, a fenilbutazona (que apresenta afinidade pela albumina de 95%). Algumas horas após a administração do medicamento anti-inflamatório JF começou apresentar sangramentos. O que justifica esse sangramento? Houve o deslocamento do anticoagulante da proteína plasmática, aumentando a biodisponibilidade e potencializando o efeito do anticoagulante. 
- Paciente com acidose metabólica decorrente de diabetes mellitus descompensado faz uso de um fármaco ácido. Qual a influência desta acidificação do plasma sobre a distribuição desse fármaco? Haverá AUMENTO da distribuição, pois haverá aumento da forma não ionizada do fármaco. 
- Mulher, 35 ano, faz uso contínuo de antidepressivo Nortriptilina (afinidade de ligação à albumina plasmática em torno de 85%), para combater os sintomas de sua depressão há 1 ano. Há uma semana ela começou a tomar diclofenaco de sódio (Voltaren), que também possui alta afinidade de ligação à albumina plasmática (98%), por conta de uma dor muscular após o exercício intenso. Hoje ela acordou com um quadro de confusão mental, inquietação, agitação, vômitos e taquicardia, características típicas de superdosagem do antidepressivo: houve deslocamento do antidepressivo da proteína plasmática, aumentando a biodisponibilidade e potencializando o efeito tóxico do antidepressivo. 
- Fármaco X (98%) tem maior afinidade às proteínas plasmáticas, deslocando o fármaco Y (60%), que fica livre para se ligar aos receptores. Isso aumenta seus efeitos biológicos, podendo causar efeitos colaterais ou tóxicos.
METABOLISMO OU BIOTRANSFORMAÇÃO
- São transformações químicas que ocorrem na estrutura do fármaco, dentro do organismo, com o objetivo de torna-lo inativo e mais hidrossolúvel (objetivo de elimina-lo do organismo)
- Os fármacos mais lipossolúveis necessitam ser transformados em hidrossolúveis antes da excreção.
- A biotransformação ocorre principalmente no fígado
- Consiste em carregar eletricamente o fármaco (polarização) para que, ao passar pelos túbulos renais, não seja reabsorvido.
- Onde ocorre o metabolismo? Intestino, rins, corrente sanguínea, fígado (a maior parte)
- Metabolismo de primeira passagem:
Intestino => o fármaco passa pela veia porta e passa pelo fígado antes de atingir a circulação sistêmica sofrendo efeito de primeira passagem
Fármacos que sofrem efeito de primeira passagem: Biodisponibilidade diminui mas não afeta o efeito do fármaco. A dose já é calculada p/ que a dose que chega na corrente sanguíneaseja suficiente. 
- As reações são divididas em dois tipos:
1 – FASE 1: insere grupamentos polares, como hidroxila (-OH), tiol (-SH) ou amina (-NH2). Fazendo com que ocorra inativação do fármaco e deixando-o mais polar (hidrossolúvel)
Oxidação, redução, hidrólise, ciclização, etc.
2 – FASE 2: reações de conjugação que tem como objetivo inserir grupos hidrofílicos no fármaco, como ácido glicurônico formando glicuronídeo. 
Glucuronidação, acetilação, metilação, conjunção de glicina. 
As 2 fases deixam mais hidrossolúvel, a diferença é a forma como ocorre. O objetivo final da biotransformação é deixar o composto mais hidrossolúvel (facilita a excreção)
Exemplo de interação medicamentosa:
Fármaco X – inibe a atividade enzimática
Fármaco Y- aumenta a biodisponibilidade, pois não será excretado facilmente já que as enzimas estão inibidas. Não é metabolizado e fica em sua fração ativa. 
Fármaco X – induz atividade enzimática
Fármaco Y – diminui a biodisponibilidade, pois será excretado facilmente já que as enzimas estão ativas.
*Fatores que interferem no metabolismo:
1) Patológicos: cirrose, hepatite, câncer; insuficiência cardíaca que diminui a função do fígado
2) Estado nutricional: 
3) Idade e sexo: crianças e idosos com menor capacidade enzimática (capacidade de metabolismo hepático da droga e capacidade de eliminação renal da droga)
4) Mulheres que possuem menor álcool desidrogenase (níveis sanguíneos de etanol mais altos
Asiáticos: deficiência de acetaldeído desidrogenase (ruborização)
5) Indução e inibição enzimática: 
Indução – aumento, induzido pelo fármaco, da atividade enzimática
Principal sistema enzimático: enzimas do citocromo P450
Consequências: tolerância 
Inibição: diminuição, induzida pela droga, da atividade enzimática.
Principal sistema enzimático envolvido: enzimas do citocromo P450 
Consequência: toxicidade. 
Toranja: inibe a atividade enzimática do fármaco, aumentando sua biodisponibilidade, difícil de ser eliminado. Inibe o citocromo P450 (CYP3A4). Aumento das concentrações plasmáticas do fármaco. 
O clopidrogrel é um pro-fármaco (inativo), por isso uma paciente que é pobre biotransformadora por CYP2C19 a biodisponibilidade é diminuída.
Exame de coagulação p/ identificar se a paciente coagularia menos o que quer dizer que o clopidrogrel estaria fazendo efeito. 
EXCREÇÃO
- Retirada do fármaco e/ou seus metabólitos do organismo.
*Vias excretoras: 
1 – Excreção renal:
Principal via excretora.
- Fármaco ionizado (hidrossolúvel) – mais facilmente excretado em forma de urina.
- Eliminação de fármacos pelos rins: 
- Fármaco filtrado e lipossolúvel terá uma compatibilidade com a membrana das células facilitando a reabsorção, fazendo com que o fármaco volte para corrente sanguínea e não seja eliminado. 
- Alguns fármacos inibem a secreção tubular:
Verapamil: anti-hipertensivo que afeta outro fármaco como o digoxina
2 – Excreção biliar fecal (fezes):
Circulação entero-hepática 
Fármacos altamente lipossolúveis podem não sofrer metabolismo necessário para excreção. São então secretados com a bile no intestino e reabsorvidos pela mucosa intestinal (95%) e 5% são eliminados nas fezes.
Fármaco no fígado não metabolizado ducto biliar intestino n é totalmente excretado pelas fezes e uma parte será reabsorvida pelo intestino caindo novamente na corrente sanguínea, por isso fica na circulação por muito tempo. 
3 – Pulmonar (ar exalado)
4 – Saliva e suor
5 – Leite materno
TEMPO DE MEIA-VIDA (T1/2) de um fármaco é o intervalo de tempo no qual sua concentração plasmática reduz à metade. 
Ex: concentração plasmática de um fármaco no organismo é de 100 mg e são necessários 45 minutos p/ que essa quantidade chegue a 50mg.
- O tempo de meia-vida depende da biotransformação, concentração da droga no plasma, razão de eliminação da droga (clearance da droga é obtido pela eliminação da droga/concentração da droga no plasma) ou seja a razão de eliminação afeta o tempo de meia-vida.
- O tempo de absorção da droga não afeta na meia-vida
- Fármaco lipossolúvel = velocidade de excreção é mais lenta. 
Fármaco lipossolúvel chega na corrente sanguínea liga-se às proteínas plasmáticas (fica conjugado) isso faz com que esse fármaco fique inativo temporariamente 
- Efeito da idade nos tempos de meia-vida de vários fármacos:
Aplicação farmacocinética:
- Latência: tempo necessário para o fármaco começar a fazer efeito. Intervalo de tempo. 
Depende da velocidade de absorção, velocidade de distribuição e localização do sítio alvo.
- Pico de ação: concentração máxima atingida
Balanço dos processos que levam o fármaco ao sítio e retiram o fármaco do sítio 
- Duração de ação: intervalo de tempo entre o momento que se inicia e termina a ação. Depende da velocidade dos processos de eliminação/distribuição. 
Comprimido – via oral – é desintegrado – chega ao estômago
Comprimido ácido – absorvido no estômago
Comprimido básico – absorvido no intestino 
O fármaco na circulação sistêmica pode estar livre ou conjugado. 
*Parâmetros farmacocinéticos da absorção: 
- Biodisponibilidade (F)
- CMÁX – concentração máxima que o fármaco atinge no organismo.
- TMÁX – Tempo necessário p/ que o fármaco alcance a concentração máxima.
- Duração de ação: intervalo de tempo no momento que se inicia o efeito (após a latência) ao momento que termina o efeito (concentração mínima efetiva).
- Taxa de absorção/velocidade de absorção: Para uma mesma quantidade absorvida, quanto mais lenta a absorção, maior o Tmáx e menor o pico plasmático Cmáx.
- ASC – área sob a curva: quantidade de fármaco absorvido após administração de dose única, ou seja, a quantidade de fármaco potencialmente ativo presente no organismo durante determinado intervalo de tempo.
-Avaliação e comparação da biodisponibilidade:
Pico de concentração máxima (Cmáx)
Tempo do pico de concentração (Tmáx)
Área sob a curva (ASC)
São importantes parâmetros p/ avaliar e comparar a biodisponibilidade.
Faixa terapêutica: o fármaco está fazendo efeito
- Doses múltiplas 
Css é a Concentração no estado de equilíbrio 
Conta-se o tempo de meia vida desde a administração do fármaco.
Concentração máxima – pico 
Concentração mínima: vale
Essas duas concentrações estão dentro da faixa terapêutica.
- Índice terapêutico: relação entre a dose letal médica e dose efetiva média
DE (Dose eficaz 50%): é a dose necessária para causar determinado efeito terapêutico em 50% da população.
DL 50 (Dose Letal 50%): dose necessária para causar óbito em 50% da população. 
Quanto maior o índice terapêutico, maior a segurança do fármaco
*Parâmetros farmacocinéticos da eliminação (metabolismo + excreção):
- Depuração (Clearance): Renal ou hepática
Depende do volume de distribuição, tempo de meia-vida e da constante de eliminação.
 Renal: retira sempre uma porcentagem da droga do sangue, por isso limpa o volume de sangue por unidade de tempo. (mL/min ou L/hora)
Taxa (velocidade) de eliminação: varia c/ a concentração plasmática da droga.
Quanto mais entra no órgão extrator mais será retirado.
Clearance (CL): mL/min ou L/hora
Clearance sistêmico clearance total 
Descreve a eficiência de eliminação da droga do corpo 
Os principais órgãos que conseguem retirar a droga do organismo são rins e fígado. 
CL sistêmico = Cl renal + Cl hepático + Cl
Fatores que influenciam o Clearance: 
- Patologias: cardiovasculares, renais ou hepáticos 
- Idade: crianças e idosos (menor atividade renal e hepática)
- Interações medicamentosas: alteração da atividade enzimática e competição por carreadores.
CASOS CLÍNICOS:
- se o fármaco alcançou a faixa terapêutica e está em um processo de eliminação, ainda tem fármaco suficiente p/ continuar com o efeito terapêutico devendo fazer a manutenção da dose p/ que a concentração fique constante.
A) gráfico 2, porque houve maior tempo para ser absorvido
B) gráfico 1. Menor período de latência, Tmax menor
C) não prejudicou a eficácia ou gerou intoxicação. 
Alcalinização da urina com bicarbonato é usadano tratamento de pacientes que apresentam dosagem excessiva de fenobarbital (ácido fraco). Qual das seguintes alternativa descreve a razão de alcalinizar a urina? Para reduzir a reabsorção de fenorbabital.
Ácidos fracos como o fenobarbital podem ser eliminados mais rapidamente com a alcalinização da urina. O bicarbonato alcaliniza a urina e mantém o fenobarbital ionizado, diminui a reabsorção. 
O fenobarbital ioniza aumentando sua eliminação e diminui a reabsorção. 
 
Farmacocinética x Farmacodinâmica 
 
 
-
 
Farmacocinética: Alvo 
à
 
Efeito. É o que o 
organismo faz com o fármaco. 
 
A
bsorção
 
D
istribuição 
 
M
etabolismo
 
E
xcreção
 
 
-
 
Farmacodinâmica: Alvo 
à
 
Receptor. É o que o 
fármaco faz com o organismo. 
Interação do fármaco 
com um determinado alvo, por exemplo, um 
receptor, uma enzima produzindo um determinado 
efeito farmacológico.
 
 
 
 
 
FARMACOCINÉTICA
 
 
-
 
Medida e interpretação formal de alterações 
temporais nas concentrações de um fármaco em uma 
ou mais 
regiões do organismo em relação à dose 
administrada.
 
 
-
 
É o caminho percorrido pelo fármaco no 
organismo
 
 
-
 
É o que o organismo faz com o fármaco, ou seja, 
eventos consequentes à interação do fármaco com o 
seu receptor e outros sítios primários de ação. 
 
 
-
 
Aplicações da farmacocinética: 
 
Desenvolvimento do fármaco (testando as doses); 
entendimento dos testes pré
-
clínicos farmacológicos 
e toxicológicos; importante p/ decisões sobre o 
esquema posológico apropriado (Ex: 1 comprimido 
ao dia); as agências respo
nsáveis pela regulação do 
uso de fármacos precisam entender os princípios de 
biodisponibilidade e bioequivalência; os clínicos 
precisam identificar e avaliar as interações 
medicamentosas.
 
 
 
 
ABSORÇÃO
 
 
-
 
Passagem do fármaco pelas barreiras biológicas (no 
local de administração) até atingir a corrente 
sanguínea. 
 
 
-
 
Parâmetros farmacocinéticos: 
 
 
 
-
 
Barreiras biológicas: possuem bicamada lipídica, 
fluidez, proteínas (alvos para drogas), relativamente 
imp
ermeável às moléculas polares. 
 
 
 
 
 
Farmacocinética x Farmacodinâmica 
 
- Farmacocinética: Alvo  Efeito. É o que o 
organismo faz com o fármaco. 
Absorção 
Distribuição 
Metabolismo 
Excreção 
 
- Farmacodinâmica: Alvo  Receptor. É o que o 
fármaco faz com o organismo. Interação do fármaco 
com um determinado alvo, por exemplo, um 
receptor, uma enzima produzindo um determinado 
efeito farmacológico. 
 
 
 
 
FARMACOCINÉTICA 
 
- Medida e interpretação formal de alterações 
temporais nas concentrações de um fármaco em uma 
ou mais regiões do organismo em relação à dose 
administrada. 
 
- É o caminho percorrido pelo fármaco no 
organismo 
 
- É o que o organismo faz com o fármaco, ou seja, 
eventos consequentes à interação do fármaco com o 
seu receptor e outros sítios primários de ação. 
 
- Aplicações da farmacocinética: 
Desenvolvimento do fármaco (testando as doses); 
entendimento dos testes pré-clínicos farmacológicos 
e toxicológicos; importante p/ decisões sobre o 
esquema posológico apropriado (Ex: 1 comprimido 
ao dia); as agências responsáveis pela regulação do 
uso de fármacos precisam entender os princípios de 
biodisponibilidade e bioequivalência; os clínicos 
precisam identificar e avaliar as interações 
medicamentosas. 
 
 
 
ABSORÇÃO 
 
- Passagem do fármaco pelas barreiras biológicas (no 
local de administração) até atingir a corrente 
sanguínea. 
 
- Parâmetros farmacocinéticos: 
 
 
- Barreiras biológicas: possuem bicamada lipídica, 
fluidez, proteínas (alvos para drogas), relativamente 
impermeável às moléculas polares.

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