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Bases Morfofuncionais 2 - Cardio Controle humoral do coração A resistência arteriolar (ligada à PA diastólica), é regulada localmente e sistemicamente. Por quais processos?? Controle local da resistência arteriolar; Reflexos simpáticos; Substâncias químicas. (Hormônios e outras substâncias químicas) Regulações neurais e hormonais: Volume sanguíneo: aumenta o vol., aumenta a PAM. Determinado por ingestão e perda de liquido. Débito cardíaco: aumenta o DC, aumenta a PAM. O DC só aumenta fisiologicamente na gravidez e diminui em diversas outras situações. Resistência do sistema ao fluxo (RVP): determinada pelo diâmetro das arteríolas. Distribuição sanguínea em vasos: determinado pelo diâmetro das veias, já que nelas estão concentrados 60% do volume de sangue total, serve como um reservatório. (Consigo tirar esse sangue do estoque com a elevação dos membros sobre a linha do coração, ocorrendo distribuição desse sangue). Mecanismos gerais de regulação da P.A.: P= F x R Sistema cardiovascular P= DC x RVP PA= (VSxFC) x RVP. VS, FC e RVP são modulados por mecanismos: Neurais: tônus (contração leve e contínua) simpático dirigido para o coração e para as arteríolas. Humorais: substâncias químicas lançadas no meio extracelular que vão agir como HO sistemicamente ou fatores locais. Controle local da resistência arteriolar: A autorregulação miogênica ajusta automaticamente o fluxo sanguíneo. (Isso porque as demandas são diferentes, ocorrendo um redirecionamento do fluxo) O músculo liso vascular tem a capacidade de regular seu próprio estado de contração. Os canais de CA são ativados por: 1. Estiramento; 2. Despolarização; 3. Sinais químicos. Como ocorre: A parede do vaso tem canais de Ca, que são controlados mecanicamente, eles se abrem com o estiramento do vaso (aum. o fluxo, aum a P no vaso, ocorre extensão e abertura dos canais). Devido a isso, o Ca extracelular começa a entrar no meio intracelular. Assim, no citoplasma terá alta concentração de Ca, que vieram do meio extra e do retículo, com esse aumento, a proteína calmodalina é ativada a partir da ligação com o Ca. Esse complexo Ca-calmodalina vai ativar a proteína de cadeia leve da miosina, que se liga à actina, formando as pontes cruzadas, que causa a contração a partir da fosforilação do ATP. Isso porque, para que ocorra uma ligação forte entre a cabeça da miosina e o sítio ativo da actina é necessário ter um grande aporte de energia (ATP), levando à geração de força e posteriormente à contração. OBS: o estiramento pode ocorrer por estiramento, despolarização ou por sinais químicos, mas o explicado foi por estiramento. OBS: somos totalmente dependentes do Ca para que ocorra contração muscular, então, o nosso sistema tira Ca de qualquer parte do corpo (ossos e dentes) para deixar em quantidade suficiente no plasma. OBS: Comunicações clássicas: 1. Parácrinas: uma célula produz uma substância, que vai para o interstício e sinaliza algo para a célula vizinha, ou seja, é uma comunicação local entre células vizinhas. Mecanismo local. 2. Autócrinas: a célula produz a substância e ocorre a sinalização na própria célula. Mecanismo local. 3. Comunicação endócrina: a substância produzida na célula, entra na corrente sanguínea, para chegar à outra célula que está bem longe, agindo nela ou sinalizando algo. Não é mecanismo local. Substâncias parácrinas alteram a contração do músculo liso vascular: Hiperemia: aumento do fluxo de sangue mediado localmente (como na comunicação parácrina ou autócrina). O principal mediador parácrino da vasoconstrição é a endotelina, que será produzida em um endotélio lesionado, não saudável. Os principais mediadores parácrinos de vasodilatação são: 1. NO- óxido nítrico: produzido por um endotélio saudável, é um gás lipofílico e o mais potente vasodilatador parácrino. 2. Bradicinina (via NO): é um precursor do NO. 3. Adenosina: produzida em situações de hipóxia, sinaliza a necessidade de O2 e nutrientes para aquela célula. 4. Histamina: produzido nos mastócitos, ela gera a vasodilatação para que chegue mais células do sistema imunológico no local lesionado, principalmente quando for uma infecção. Vasoconstrição: 1. Vasopressina (ADH): produzida no hipotálamo e são liberadas na neuro-hipófise, faz o controle indireto na PA, então, ela auxilia. 2. Angiotensina II: produzida no plasma, é um importante vasoconstritor. Vasodilatação: 1. Adrenalina: não possui uma única função, sua função vai ser diferente a partir do receptor que se liga. Produzida na medula. 2. Peptídeos natriuréticos (PNA): produzido no miocárdio do átrio, reduz a PA. Adrenalina: Vasodilatador em regiões específicas (coração, fígado, M. esquelético), é produzido na medula suprarrenal, e só tem essa função em receptores do tipo B2. Conhecida pela situação de luta ou fuga. Vasoconstrição arteriolar, mais quando é noradrenalina, tem essa função quando os receptores são do tipo a1 . Vasopressina: Liberado na neuro-hipófise (armazenamento) e produzido no hipotálamo. 3 fatores estimulam a produção desse hormônio: 1. Osmolaridade aumentada: maior que 200mOsM, o sangue estará mais viscoso, então vai agira para que ocorra retenção de água. 2. Estiramento atrial: por baixo volume sanguíneo. 3. Redução da pressão sanguínea: barorreceptores carotídeos e aórticos. Ela sinaliza e o hipotálamo sintetiza ADH, nos rins tem receptores de ADH na membrana vasolateral, o V2, quando ocorre a ligação, na membrana apical ocorre inserção de poros de água (aquaporina), que reabsorve água que retornará para o sangue, aumentando o volume plasmático e a PA. O álcool inibe o ADH, levando a uma desidratação, já que muita água é excretada com a urina pois não é reabsorvida. OBS: o receptor V1 nos vasos causa vasoconstrição; O receptor V2 nos rins causa a reabsorção de água nos rins. Angiotensina II: Quando ocorre queda da PA por baixo volume de sangue, as células granulares do rim percebe que o volume plasmático caiu, elas produzem a renina, que age no angiotensinogênio (produzido no fígado), formando angiotensina I (não tem ação), que precisa ser convertida em angiotensina II (tem ação), pela enzima ECA (produzida pelo endotélio dos vasos). Ação da angiotensina: 1. Nas arteríolas, fazendo vasoconstrição, aumentando a PA. 2. No córtex da suprarrenal, estimulando a aldosterona, que aumenta a reabsorção do Na+, retendo mais água; ao mesmo tempo, age no néfron distal (ducto coletor) que precisa da aquaporina para a água passar, para isso, ela estimula o hipotálamo, que produz ADH para que ocorra inserção da aquaporina e a água seja reabsorvida, aumentando o volume e a PA. 3. No centro vascular do bulbo, que aumenta a força de contração, aumentando o DC e a PA. Inibidores e bloqueadores: controle da hipertensão: 1. IECA: inibidores da ECA, bloqueiam a enzima, assim, não ocorrerá transformação em angiotensina II, e assim, a pressão não aumenta, já que a angiotensina I não tem função. São todos os “priu”, por exemplo, o captopril. 2. BRAs: bloqueiam os receptores de angiotensina II, assim não consegue agir. 3. MRAs: antagonistas dos receptores minerolocorticoide (aldosterona é um minerolocorticoide), ele não deixa a aldosterona agir, dessa forma não vai ocorrer aumento da reabsorção do Na+, mas todas as outras respostas acontecem, por isso, é utilizado para controlar uma hipertensão menos grave. Um exemplo é o espironolactona. Peptídeo natriurético atrial (PNA): O aumento da PA, aumenta o estiramento atrial, as células miocárdicas atriais se estiram e liberam o PNA, que age no hipotálamo, diminuindo vasopressina; age no rim, diminuindo a renina; age no córtexsuprarrenal, diminuindo a aldosterona; age no bulbo, diminuindo a PA. Dessa forma, ocorre maior excreção de NaCl e H2O, diminuindo a PA. Faz tudo contrário à angiotensina II. Quebrando a cabeça: O sangue fica mais viscoso, a PA diminui e o volume sanguíneo também. Os barorreceptores sinalizam o bulbo para que diminua a estimulação parassimpática e aumente a simpática, aumentando o DC e a PA. Além disso, o rim produz renina, que estimula o angiotensinogênio, que produz angiotensina I, que depois é convertida em angiotensina II pela enzima ECA. A angiotensina II estimula o aldosterona, mas nesse caso está bloqueado, pois ele aumenta a osmolaridade para reabsorver H2O, só que aqui, a osmolaridade já está alta. Assim, ele age fazendo vasoconstrição, aumentando a vasopressina e a reabsorção de água. Dessa maneira, a osmolaridade diminui e tudo volta ao normal.
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