Prévia do material em texto
1.ª edição Curitiba, 2018 Material digital Roselise Stallivieri Licenciada em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Especialista em Educação Física Escolar pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professora do Ensino Fundamental I, na rede pública de ensino, entre os anos 1990 e 2017. Autora de materiais didáticos para alunos e professores. Atribuição Uso Não Comercial Attribution Noncommercial (CC BY NC – 4.0 International) Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem obras derivadas sobre sua obra, sendo vedado o uso com fins comerciais. As novas obras devem conter menção à autoria deste manual nos créditos e também não podem ser usadas com fins comerciais. Porém, as obras derivadas não precisam ser licenciadas sob os mesmos termos desta licença. 3 APRESENTAÇÃO Este manual tem como proposta contribuir para a ampliação do repertório das práticas didático-pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. Oferece sugestões de atividades, orientações pedagógicas e propostas de projetos interdisciplinares que favoreçam a aquisição de conhecimentos dos alunos de maneira gradativa e complementar. O objetivo é favorecer o desenvolvimento, nos adolescentes e jovens, de competências que, em conjunto com outras disciplinas escolares, direcionem para a formação humana integral e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Sua estrutura possibilita não somente servir de complementação ao Manual do Professor impresso, como também pode ser usado de forma livre e autônoma. O plano de desenvolvimento está organizado por bimestre. Para cada bimestre são apresentadas três sequências didáticas que vão abordar objetos de conhecimento e habilidades, explicitados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com planejamento de aulas, atividades complementares ao Manual do Professor impresso, questões de acompanhamento de aprendizagem como instrumento de avaliação, gabarito e orientação das respostas com a habilidade trabalhada, além de uma ficha de acompanhamento das aprendizagens dos alunos. As atividades sugeridas nos planos de desenvolvimento são organizadas com uma proposta de trabalho regular: conversa inicial situando o tema a ser desenvolvido e diagnosticando o conhecimento que o aluno já detém, pesquisas, diálogos, vivências práticas e autoavaliação. Essas modalidades de organização do trabalho pedagógico fazem parte do processo de acompanhamento e avaliação do ensino e aprendizagem dos alunos, complementado pelas observações sobre cada um, com base na ficha de acompanhamento das aprendizagens. Lembre-se que essas sugestões de atividade podem – e devem – ser adaptadas, modificadas e reestruturadas de acordo com as características e necessidades da sua turma, do projeto político pedagógico da sua escola e da comunidade onde estão inseridos. O presente material digital não tem a pretensão de restringir e/ou limitar a sua criatividade pedagógica, e sim de enriquecer o seu trabalho, ao ampliar as possibilidades e variar as práticas a serem abordadas em suas aulas, de modo adicional ao Manual do Professor impresso. Trata-se de uma ferramenta que pode auxiliá-lo no aprofundamento de conceitos e na aplicação de avaliações no processo de ensino-aprendizagem. 4 PLANO DE DESENVOLVIMENTO BIMESTRAL 6.o E 7.o ANOS Este plano de desenvolvimento compreende o planejamento da aplicação do conteúdo curricular proposto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para os 6.° e 7.° anos do Ensino Fundamental II. Embora o Manual do Professor impresso esteja organizado por unidades temáticas, este material trará os conteúdos distribuídos por bimestres de acordo com as sequências didáticas propostas. Mas nada impede que o professor organize de forma diferenciada. Oferecem-se também projetos integradores que abrangem o conteúdo curricular de dois ou mais componentes curriculares com o intuito de integrar os conhecimentos, de forma a favorecer o desenvolvimento de algumas competências propostas pela BNCC. UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 6.o E 7.o ANOS Os quadros a seguir se referem ao trabalho desenvolvido nas sequências didáticas deste manual digital, apresentando as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades de cada bimestre. 1.o BIMESTRE Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Brincadeiras e jogos Jogos eletrônicos (EF67EF01) Experimentar e fruir, na escola e fora dela, jogos eletrônicos diversos, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais e etários. (EF67EF02) Identificar as transformações nas características dos jogos eletrônicos em função dos avanços das tecnologias e nas respectivas exigências corporais colocadas por esses diferentes tipos de jogos. Esportes Esportes de marca Esportes de precisão (EF67EF03) Experimentar e fruir esportes de marca e precisão, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF67EF04) Praticar um ou mais esportes de marca e precisão, oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas e respeitando regras. (EF67EF05) Planejar e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de marca e precisão, como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. (EF67EF06) Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer). (EF67EF07) Propor e produzir alternativas para experimentação dos esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade e das demais práticas corporais tematizadas na escola. 5 2.o BIMESTRE Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Esportes Esportes de invasão Esportes técnico-combinatórios (EF67EF03) Experimentar e fruir esportes de invasão e técnico-combinatórios, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF67EF04) Praticar um ou mais esportes de invasão e técnico-combinatórios oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas e respeitando regras. (EF67EF05) Planejar e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de invasão e técnico-combinatórios como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. (EF67EF06) Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer). Práticas corporais de aventura Práticas corporais de aventura urbanas (EF67EF18) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura urbanas, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais. (EF67EF19) Identificar os riscos durante a realização de práticas corporais de aventura urbanas e planejar estratégias para sua superação. (EF67EF20) Executar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e utilizando alternativas para a prática segura em diversos espaços. (EF67EF21) Identificar a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades de recriá-las, reconhecendo as características (instrumentos, equipamentos de segurança, indumentária, organização) e seus tipos de práticas. 3.o BIMESTRE Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Ginásticas Ginástica de condicionamento físico (EF67EF08) Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade, resistência, flexibilidade) e as sensações corporais provocadas pela sua prática. (EF67EF09) Construir, coletivamente, procedimentos e normas de convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos, com o objetivo de promover a saúde. (EF67EF10) Diferenciar exercício físico de atividade física e propor alternativas para a prática de exercícios físicos dentro e fora do ambiente escolar. 6 Danças Danças urbanas (EF67EF11)Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos). (EF67EF12) Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das danças urbanas. (EF67EF13) Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais. 4.o BIMESTRE Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Lutas Lutas do Brasil (EF67EF14) Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas do Brasil, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais. (EF67EF15) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas do Brasil, respeitando o colega como oponente. (EF67EF16) Identificar as características (códigos, rituais, elementos técnico- táticos, indumentária, materiais, instalações, instituições) das lutas do Brasil. (EF67EF17) Problematizar preconceitos e estereótipos relacionados ao universo das lutas e demais práticas corporais, propondo alternativas para superá-los, com base na solidariedade, na justiça, na equidade e no respeito. Práticas corporais de aventura Práticas corporais de aventura urbanas (EF67EF18) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura urbanas, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais. (EF67EF19) Identificar os riscos durante a realização de práticas corporais de aventura urbanas e planejar estratégias para sua superação. (EF67EF20) Executar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e utilizando alternativas para prática segura em diversos espaços. (EF67EF21) Identificar a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades de recriá-las, reconhecendo as características (instrumentos, equipamentos de segurança, indumentária, organização) e seus tipos de práticas. 7 PROJETO INTEGRADOR DO 6.o ANO A importância da ginástica na vida das pessoas O sedentarismo é algo recorrente no mundo atual. Por isso, neste projeto é apresentada a ginástica como objeto de conhecimento interdisciplinar que pode contribuir para a formação do cidadão responsável e ativo fisicamente. Sugere-se a aplicação deste projeto no 3.° bimestre, durante o trabalho com a ginástica. Justificativa O projeto “A importância da ginástica na vida das pessoas” conta com a participação dos professores de Educação Física, Ciências e Língua Portuguesa para a execução do mesmo. O cenário mundial atual aponta para uma sociedade sedentária, com o aumento da obesidade, em parte relacionada à falta de atividade física. No estilo moderno de vida, falta tempo para atividades físicas. A grande maioria das pessoas passa horas de seus dias trabalhando sentadas e ainda utilizam seus tempos livres optando por práticas na quais as atividades são de baixo gasto calórico, como: assistir televisão, jogar jogos on-line e em video game, usar redes sociais, etc. No Brasil, não é diferente. O sedentarismo é um dos grandes problemas sociais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a população gasta bem menos calorias do que há cem anos. O estilo de vida atual é responsável, entre outros fatores, por 54% do risco de infarto e por 50% do risco de derrame cerebral, que são muitas das causas de morte no país. Portanto, é necessário conscientizar e incentivar a população para a importância de realizarem atividades físicas durante toda a sua vida (POMERLAU, 2000). Sendo a escola espaço de conhecimento, vê-se a importância de tratar essa temática com os alunos, primeiramente por serem também vítimas desse estilo de vida e, segundo, para compreenderem os benefícios das atividades físicas na vida das pessoas, sendo eles agentes de comunicação na comunidade a que pertencem. Objetivos • Investigar o nível de sedentarismo da comunidade local. • Estudar as possíveis doenças causadas pela falta de atividade física. • Compreender os efeitos das atividades físicas no organismo. • Diferenciar os tipos e funções das ginásticas. • Elaborar documento de conscientização da importância das práticas corporais na vida das pessoas. • Vivenciar práticas de ginásticas de condicionamento. • Organizar uma atividade de ginástica – caminhada com a comunidade. Competências e habilidades desenvolvidas Competências gerais 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 8 Competências específicas da Educação Física 3. Refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das práticas corporais e os processos de saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais. 4. Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal, analisando, criticamente, os modelos disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e preconceituosas. 8. Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde. 9. Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário. Competência específica da Ciência da Natureza 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. Competência específica da Língua Portuguesa 3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. Habilidades relacionadas Educação Física (EF67EF08) Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade, resistência, flexibilidade) e as sensações corporais provocadas pela sua prática. (EF67EF09) Construir, coletivamente, procedimentos e normas de convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos, com o objetivo de promover a saúde. (EF67EF10) Diferenciar exercício físico de atividade física e propor alternativas para a prática de exercícios físicos dentro e fora do ambiente escolar. Língua Portuguesa (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação –, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesigne e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendocortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc. O que será desenvolvido Uma campanha sobre a importância da atividade física na vida das pessoas, com uma caminhada no entorno da escola e entrega de material de divulgação para a população local. Etapas do projeto O projeto será desenvolvido em 5 etapas: na primeira etapa, ocorrerá a apresentação do projeto e o desenvolvimento teórico relacionado à temática. Na segunda etapa, será feito o levantamento de dados na comunidade e análise estatística sobre atividades físicas. A terceira etapa consistirá na vivência das ginásticas pelos alunos. Na quarta etapa, os alunos organizarão uma campanha publicitária que envolve uma caminhada e materiais para a conscientização das pessoas sobre a importância da atividade física. A última etapa é de apresentação dos resultados com relatos dos alunos e análise dos pontos positivos e negativos. 9 Cronograma: aproximadamente 10 aulas. Materiais utilizados: multimídia, computador, impressora, sulfite, colchonetes, papel para cartaz, pincéis atômicos, bexigas, bandeirinhas, copos com água, frutas e barrinhas de cereal. Etapa 1 Inicia-se essa etapa com a apresentação do Projeto “A importância da ginástica na vida das pessoas” aos alunos e o que eles irão desenvolver. Deve-se explicar a eles que o projeto envolve as disciplinas de Língua Portuguesa, Ciências e Educação Física com a vivência das ginásticas. Converse sobre as funções da ginástica para a nossa sociedade. Escreva no quadro de giz alguns tipos de ginásticas e suas funções. Use o texto a seguir se necessário. Ginástica de competição: o atleta visa à vitória, com muito treinamento, em busca da perfeição dos movimentos corporais. Ginástica de condicionamento físico: praticada em academia com vistas à saúde (prevenção e diminuição de doenças), preparação física de atletas, estética, etc. Ginásticas fisioterapêuticas: para tratamento de pessoas doentes ou acidentadas. Ginástica de conscientização corporal: voltadas a melhorar a postura, a flexibilidade e os problemas físicos. Ginástica de demonstração: conhecida como GPT (Ginástica Para Todos) ou GG (Ginástica Geral), tem a finalidade de interação e vivência de elementos ginásticos para apresentação. Solicite que os alunos citem exemplos de ginásticas que eles conhecem, quais já praticaram ou viram alguém realizando. Veja alguns: Ginástica de competição: artística, rítmica, aeróbica, acrobática, trampolim, etc. Ginástica de condicionamento físico: step, aeróbica, jump, localizada, bike indoor, corrida, caminhada, trilhas, musculação, laboral, treinamento funcional, crossfit, pilates, etc. Ginástica de consciência corporal: alongamento, R.P.G. (Reeducação Postural Global), ioga, tai chi chuan, biodança, antiginástica, etc. Para ampliar o trabalho, consulte a Sequência didática 1, do 3.º bimestre: “Ginástica: uma das maneiras de ser ter qualidade de vida”, deste material digital. Etapa 2 Elabore junto com os alunos um questionário de pesquisa sobre a prática da atividade física na vida das pessoas para ser realizado na comunidade local. A seguir algumas questões que podem fazer parte do questionário: • Qual é o seu nome? • Qual é a sua idade? • Você é portador de alguma doença crônica como diabetes, colesterol, obesidade, pressão alta, problemas cardíacos ou respiratórios, etc.? • Você tem uma alimentação balanceada? O que costuma comer? • Qual é o lazer que pratica? • Você realiza alguma prática corporal? Qual ou quais? Se não pratica, justifique o motivo. Se já praticou e parou explique o porquê. 10 • Qual é o tempo que utiliza para realizar as práticas corporais? (dias e horas) • Outras questões que acreditar ser importante. Depois, peça aos alunos que entrevistem pessoas da comunidade local. Dê um prazo de alguns dias para essa atividade. Com os questionários respondidos em mãos, em uma roda de conversa, discutam sobre as respostas das entrevistas realizadas, computando os dados em tabelas ou gráficos. Apresente aos alunos o resultado da Pesquisa Nacional de Saúde – 2013 do IBGE e gráficos diversos do Ministério do Esporte sobre o assunto para comparações e discussões, acessíveis nos endereços a seguir: • BRASIL. Pesquisa Nacional de Saúde – 2013: acesso e utilização dos serviços de saúde, acidentes e violências: Brasil, grandes regiões e unidades da federação / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94074.pdf>. Acesso em: 4 out. 2018. • BRASIL. Ministério do Esporte. A prática de esporte no Brasil. Disponível em: <http://www.esporte.gov.br/diesporte/2.html>. Acesso em: 4 out. 2018. Depois das apresentações dos resultados da entrevista, converse com os alunos sobre o efeito das atividades físicas no organismo e no emocional, se necessário, solicite uma pesquisa. O texto a seguir pode servir de subsídio para o trabalho com essa temática. Benefícios das atividades físicas Musculoesquelético: auxilia na melhora da força e do tônus muscular, da flexibilidade, do fortalecimento dos ossos e das articulações. Cardiorrespiratório: esse efeito ocorre no coração e na circulação, definido como aptidão cardiovascular. O termo cardiorrespiratório se dá a partir da compreensão da importância da captação de oxigênio e seu transporte pelo corpo. Já o termo aeróbico indica a captação, o transporte e a utilização de oxigênio que são melhoradas a partir de atividades aeróbicas. O exercício aeróbico é aquele no qual a pessoa trabalha seus músculos de maneira rítmica e com oxigênio, ou seja, a geração de energia pelos músculos é feita com utilização de oxigênio. Estimula também o sistema metabólico e vascular. Prevenção e controle de doenças: a prática de atividades físicas auxilia na perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, na redução da pressão arterial em repouso, na melhora do diabetes, na diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o “colesterol bom”); ajuda na regulação das substâncias relacionadas ao sistema nervoso, na melhora do fluxo de sangue para o cérebro, na capacidade de lidar com problemas e com o estresse, na recuperação da autoestima. Há redução da ansiedade e do estresse, ajudando no tratamento da depressão, pois há liberação de serotonina (hormônio que dá uma sensação de bem-estar). Convívio social do indivíduo: momento de se relacionar com outras pessoas. Para aprofundar mais sobre o efeito das atividades físicas, seguem algumas sugestões de leitura: • CAETANO, Gilson José. Saúde é o que interessa! O resto não tem pressa! In: CAETANO, Gilson José. et al. Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2006. p. 127. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/edfisica.pdf>. Acesso em: 4 out. 2018. 11 • GUASTI, Mauro José. Os segredos do corpo! In: CAETANO, Gilson José. et al. Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2006. p. 142. Etapa 3 Explique aos alunos o que é IMC e realize o teste com eles. Para isso, será necessário que todos se pesem e meçam suas alturas. Você pode levar para a sala de aula uma balança e uma trena ou solicitar que cada um faça as medições em casa e traga os dados anotados no caderno. Não se esqueça de avisar que as medições devem ser feitas com os pés descalços. A fórmula usada para o cálculo do IMC é o peso em kg dividido pela altura em metros ao quadrado. É representado pela seguinte equação: IMC = Massa(Altura x Altura) Depois que os alunos fizerem o cálculo do IMC, apresente a eles o quadro a seguir para conferirem os dados obtidos. Nesse momento, é importante reforçar a importância do respeito às diferenças, pois pode haver na turma alunos acima do IMC recomendado. Acima de 40,00 Obesidade Grau III Sinal vermelho! Nessas faixas de IMC o risco de doenças associadas está entre grave e muito grave. Não perca tempo! Busque ajuda profissional já!35,0 – 39.9 Obesidade Grau II Sinal vermelho! Nessas faixas de IMC o risco de doenças associadas está entre grave e muito grave. Não perca tempo! Busque ajuda profissional já! 30,0 – 34,9 Obesidade Grau I Sinal de alerta! Chegou a hora de se cuidar, mesmo que seus exames sejam normais. Vamos dar início a mudanças hoje! Cuide de sua alimentação. Você precisa iniciar um acompanhamento com nutricionista e/ou endocrinologista. 25,0 – 29,9 Sobrepeso/ pré-obesidade Atenção! Você está com sobrepeso. Embora ainda não seja obeso, algumas pessoas já podem apresentar doenças associadas, como diabetes e hipertensão nessa faixa de IMC. Reveja e melhore seus hábitos! 18,6 – 24,9 Peso normal Parabéns, você está com peso normal, mas é importante que você mantenha hábitos saudáveis de vida para que continue assim. Abaixo de 18,5 Abaixo do peso Isso pode ser apenas uma característica pessoal, mas pode, também, ser sinal de desnutrição. Fonte: ABESO (Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). Disponível em: <http://www.abeso. org.br/atitude-saudavel/imc>. Acesso em: 4 out. 2018. Após a conferência dos dados, proponha a vivência de atividades físicas aos alunos. Explique que para escolher uma atividade física é importante sentir prazer em realizá-la, pois o objetivo é a prática constante. Por isso, é necessário que se procure práticas corporais (ginástica, jogo, esporte, dança, luta, aventura, etc.) regulares ou mesmo de lazer que lhe causem bem-estar, alegria, autoestima, entre outras sensações. Sempre é bom lembrar que a prática de atividades físicas não deve ser meramente por questões estéticas. No caso de prevenção e controle de doenças, a escolha deve ser de acordo com a necessidade do organismo, muitas vezes, não sendo a mais prazerosa, mas a necessária. É importante um atestado médico com as restrições para cada tipo de doença. Também é importante pensar nas atividades mais adequadas levando em consideração: a idade da pessoa, as condições físicas em que se encontram, as habilidades específicas necessárias para a realização da atividade física, ser iniciante, etc. 12 Para aprofundar essa temática, consulte: • CAETANO, Gilson José. Ginástica: um modelo antigo com roupagem nova? Ou uma nova maneira de aprisionar os corpos? In: CAETANO, Gilson José. et al. Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2006. p. 111. Disponível em: <http://www.educadores. diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/edfisica.pdf>. Acesso em: 4 out. 2018. Recomendações importantes para a prática da atividade física: • Usar roupas e calçados adequados. • Se a atividade for em local descoberto, usar boné ou chapéu e protetor solar. • Ingestão de grandes quantidades de líquidos, antes, durante e após a realização da atividade física. • Praticar atividades apenas quando estiver se sentindo bem. • Iniciar as atividades lenta e gradualmente. • Alimentar-se adequadamente. • Respeitar seus limites pessoais. • Informar qualquer sintoma desconfortável. Proporcione aos alunos a vivência de algumas práticas de ginástica de condicionamento físico possíveis de serem realizadas na escola: caminhadas, corridas, aeróbica, localizada, crossfit, treinamento funcional, etc., observando as capacidades físicas (força, velocidade, resistência, agilidade, equilíbrio, flexibilidade e coordenação motora) que podem ser desenvolvidas. Sugestão de leitura para o trabalho com o tema: • MORGADO, Bruno. O que são capacidades físicas? Como treinar? Disponível em: <https://www.buscarsaude.com.br/o-que-sao-capacidades-fisicas-como-treinar/>. Acesso em: 5 out. 2018. Etapa 4 Organize com os alunos e a escola uma campanha sobre a importância da atividade física na vida das pessoas, com uma caminhada no bairro e entrega de material de divulgação para a população local. Para isso, é necessário a produção de materiais publicitários, como banner, fôlderes, folhetos, cartazes, etc., solicite o auxílio do professor de Língua Portuguesa. Escolha, juntamente com os alunos, o nome da campanha e decidam o percurso da caminhada. Depois, converse com a diretoria para verificar a melhor data para que ocorra o evento, quem poderá participar e verificar também a possibilidade de acompanhamento da Guarda Municipal, guardas de trânsito, professores, pais e outras pessoas que possam auxiliar no dia do evento. É necessário também ter como suporte: kit de primeiros socorros, frutas diversas, água para consumo, entre outros. Ver a possibilidade de pessoas da área da saúde auxiliar no evento. Decidido a data, o percurso e o nome do evento, façam os materiais de divulgação: convites, cartazes, etc. Lembre-se que é necessário acrescentar nesses materiais a importância do uso de roupas adequadas, protetor solar, bonés, etc. 13 Produzam fôlderes com textos verbais e ilustrações para conscientização da importância das atividades físicas na vida das pessoas. Esse material pode ser elaborado em programa de computador e reproduzido para a distribuição às pessoas. Façam uma estimativa da quantidade de deverá ser reproduzida. Para o dia do evento, pode se usar bandeirinhas e balões coloridos para decorar o local de encontro das pessoas que irão participar da caminhada. Distribua as tarefas entre os alunos e outros itens que achar necessário. No dia combinado, realizem a caminhada com a distribuição dos materiais de divulgação sobre a importância da atividade física. Não se esqueça de fotografar e/ou filmar o evento. Etapa 5 Reúna os alunos para conversarem sobre o evento, visualizarem as fotografias e/ou vídeos e levantarem os pontos negativos e positivos. Deixe que eles falem sobre suas impressões e opiniões. Proposta de avaliação A avaliação se dará durante todo o processo. Observe a participação e o interesse de cada aluno na atividade proposta. Realize rodas de conversas para saber a opinião deles nas atividades, quanto a sua participação e a dos colegas. Verifique se os alunos: • analisaram o nível de sedentarismo da comunidade local. • compreenderam os efeitos das atividades físicas no organismo prevenindo e diminuindo o risco de doenças. • foram capazes de diferenciar os tipos e funções das ginásticas. • entenderam a importância de praticarem atividades físicas. • perceberam a necessidade de conscientizar as pessoas sobre a importância das práticas corporais. • vivenciaram as práticas de ginásticas de condicionamento propostas em aula, identificando as capacidades físicas presente nelas. • organizaram a caminhada com a comunidade local com responsabilidade, determinação e protagonismo. Referências complementares NOVAES, Jefferson; GIL, Ana; RODRIGUES, Gabriel. Condicionamento físico e treino funcional: revisando alguns conceitos e posicionamentos. Revista Uniandrade, v. 15, n. 2, 2014. Disponível em: <https://www.uniandrade.br/revistauniandrade/index.php/revistauniandrade/article/view/136>. Acesso em: 5 out. 2018. FARIAS, Edson dos Santos. et al. Efeito da atividade física programada sobre a aptidão física em escolares adolescentes. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, Santa Catarina, v. 12, n. 2, 2010, p. 98-105. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcdh/v12n2/ a03v12n2.pdf>. Acesso em: 5 out. 2018. 14 PROJETO INTEGRADOR DO 7.o ANO Hip-hop: uma manifestação cultural Neste projeto é apresentado o hip-hop como objeto de conhecimento interdisciplinar que pode contribuir para a formação do cidadão ético, responsável e pluricultural. O projeto propõe o acesso do aluno a diferentes linguagens – oral, escrita, visual, artística, corporal –, com vistas a uma maior compreensão do movimento cultural hip-hop. Justificativa O projeto “Hip-hop: uma manifestação cultural” conta com a participação dos professores de Artes, Educação Física e Língua Portuguesa para a execução do mesmo. Sendo a dança uma das formas de expressão, de comunicação, de manifestação cultural presente na sociedade, não de formaisolada, mas inserida em grupos sociais distintos com as mais diversas intencionalidades, precisa ser estudada, contextualizada e vivenciada na escola. O trato da dança na escola deve ir muito além de reproduzir passos de uma coreografia pronta e acabada, criada ou trazida pelo professor. Ela deve ser pesquisada, analisada, criada, vivenciada pelos alunos para se tornar conhecimento. Está diretamente inserida como componente curricular nas disciplinas de Educação Física e Artes. Algumas das habilidades de Educação Física, presente no documento da BNCC, remetem-se ao trabalho com danças urbanas nos anos finais do Ensino Fundamental, por estar presente na vida de muitos adolescentes e jovens dessa faixa etária. Percebendo esse movimento como um dos elementos da cultura, é que este projeto foi criado, para que os alunos compreendam em qual grupo social o movimento está inserido e quais elementos que integram essa cultura. O hip-hop será tomado como uma manifestação cultural que abriga diversas práticas culturais, corporais e artísticas, sendo a sua dimensão estética um marcador social. De acordo com Souza (2010): “Se o Hip-hop é uma manifestação cultural que exerce certa influência na formação de jovens moradores das periferias de grandes centros, pode, portanto, ser levada para dentro dos muros da escola.” (p. 9). Objetivos • Conhecer e vivenciar alguns dos elementos artísticos, corporais e sociais do hip-hop: break (dança), grafite, disc jokey – DJ (música). • Perceber a diferença da dança break e o hip-hop dance. • Elaborar desenhos em grafite, compreendendo essa arte como forma de expressão de sentimentos, de comunicação, permeada pela crítica social. • Analisar e produzir (compor) textos de música rap coletivamente. 15 Competências e habilidades desenvolvidas Competências gerais 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico- cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artísticas, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. Competências específicas de Educação Física 2. Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo cultural nesse campo. 5. Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes. 7. Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos povos e grupos. 8. Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde. 9. Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário. 10. Experimentar, desfrutar, apreciar danças valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. Competência específica de Arte 1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades. Competência específica de Língua Portuguesa 3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. 16 Habilidades desenvolvidas Educação Física (EF67EF11) Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos). (EF67EF12) Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das danças urbanas. (EF67EF13) Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais. Arte (EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais. (EF69AR11) Experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso, fluência e espaço) como elementos que, combinados, geram as ações corporais e o movimento dançado. (EF69AR13) Investigar danças coletivas e outras práticas de dança de diferentes matrizes estéticas e culturais como referência para a criação e a composição de danças autorais, individualmente e em grupo. (EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha sonora etc.) e espaços (convencionais e não convencionais) para composição cênica e apresentação coreográfica. (EF69AR15) Discutir as experiências pessoais e coletivas em dança vivenciadas na escola e em outros contextos, problematizando estereótipo. (EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. (EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formas e gêneros musicais. (EF69AR19) Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética musical. (EF69AR20) Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais. (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. Língua Portuguesa (EF69LP21) Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de produção e relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos. 17 O que será desenvolvido Organização do Dia Cultural do Hip-hop, no qual ocorrerá apresentações de danças, exposições de trabalhos e saraude rap para os pais, responsáveis e toda comunidade escolar. Etapas do projeto O projeto será desenvolvido em 7 etapas: na primeira etapa, ocorrerá a apresentação do projeto e o desenvolvimento teórico relacionado à temática. Na segunda etapa, será realizada a vivência com o grafite, com a produção em papel dos alunos. Na terceira etapa, ocorrerá a vivência do grafite, dessa vez em ambiente aberto. Essa etapa é opcional, pois depende de autorização para o uso do espaço. Na quarta etapa, os alunos vivenciarão o rap, com a composição de uma letra de canção. Essa produção será apresentada no Dia Cultural do Hip-hop. A quinta etapa é a vivência da dança break e produção das apresentações musicais para o Dia Cultural do Hip-hop. Na sexta etapa, será a organização do evento, com produção de convites e outros materiais, a organização das apresentações das danças e o Dia Cultural do Hip-hop. A última etapa é de apresentação dos resultados com relatos dos alunos e análise dos pontos positivos e negativos do evento. Cronograma: aproximadamente 15 aulas. Materiais utilizados: multimídia, aparelho de som, músicas de rap, músicas de hip-hop, lápis coloridos, lápis preto, papel Kraft, papel sulfite e tintas sprays. Etapa 1 Inicia-se essa etapa com a apresentação do Projeto “Hip-hop: uma manifestação cultural” aos alunos e o que eles irão desenvolver. Deve-se explicar a eles que o projeto envolve as disciplinas de Língua Portuguesa, Artes e Educação Física com a explicação e vivência das danças urbanas. Converse com os alunos sobre os elementos artísticos, corporais e sociais que formam o hip-hop. Segue breve texto explicativo: Rap: pilar da cultura hip-hop, tem como ponto forte a voz que comunica as expressões do grupo social inseridas em textos no formato de música. Atrelado à música está o DJ – disc jokey, com suas pick up’s. Break: dança. Atrelado a ela está o b-boy que é o dançarino de break. Grafite: arte plástica (desenho e pintura) realizada pelos grafiteiros. MC – Mestre de Cerimônias: juntamente com o DJ, se expressa por meio da fala que geralmente é realizada com poesia rítmica. Faça uma breve explanação sobre a história e origem do movimento hip-hop. Explique que esse movimento surgiu no final da década de 1960, nos Estados Unidos. Exerceu forte influência na formação de jovens no contexto da época. Essa cultura se espalhou pelo mundo e seus adeptos valorizam a ancestralidade de povos oprimidos e lutam por seus valores culturais. O texto a seguir serve de subsídio para o trabalho com o tema. 18 O movimento hip-hop [...] O movimento hip-hop é originário das periferias urbanas dos Estados Unidos da América, quando nos meados dos anos 70 as equipes de bailes propuseram que os jovens negros e hispanos agrupados em gangues no bairro do Bronx, em Nova Iorque, resolvessem suas disputas através da dança. A violência das gangues não acabou, mas muitos jovens trocaram o enfrentamento físico pela disputa na dança. É um movimento essencialmente da juventude, juventude enquanto uma transição entre aquilo que é e o que deverá ser. O movimento também tem um forte entrelaçamento com o movimento negro, mas não se confundindo com este. Hip-hop quer dizer, literalmente, saltar mexendo os quadris. [...] É possível perceber, portanto, dentro do movimento a presença de 4 grandes áreas da expressão humana: a escrita, a musical, a corporal e a plástica. Essas expressões convergem na existência de um vocabulário próprio: rap, b-boy, b-girl, break, DJ, MC, aliado (simpatizante ou apoiador do movimento), bate-cabeça (estilo de rap), pick up (toca-discos), quebrada (lugar de encontro), etc. [...] LAITANO, Gisele Santos. Os territórios, os lugares e a subjetividade: construindo a geograficidade pela escrita no movimento hip-hop, no bairro Restinga, em Porto Alegre/RS. Espaço e cultura, Rio de Janeiro, n. 17-18, jan./dez. 2004, p. 33-40. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/ view/7846/5659>. Acesso em: 5 out. 2018. (Adaptado). Consulte também: • COSTA, Mauricio Priess da. Entre bases e “oitos” manifestações corporais do hip-hop em Curitiba. 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, 2011. Disponível em: <https://www.acervodigital.ufpr.br/ bitstream/handle/1884/32517/R%20-%20D%20-%20MAURICIO%20PRIESS%20 DA%20COSTA.pdf?sequence=1>. Acesso em: 5 out. 2018. • SOUZA, Ivan Candido de. Hip-hop e Educação Física escolar: possibilidades de novas tematizações. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2010. Disponível em: <https://www.usjt.br/biblioteca/mono_disser/mono_ diss/2011/132.pdf>. Acesso em: 5 out. 2018. • VITORINO, Sônia Maria Batista. Hip-hop na escola. Disponível em: <http://www. diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2428-6.pdf>. Acesso em: 5 out. 2018. Depois da conversa inicial, apresente alguns vídeos da cultura hip-hop. Seguem algumas sugestões: • Hip-hop dança de rua espetacular. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=JQaYwRTfYRQ>. Acesso em: 5 out. 2018. • Documentação apresenta filme sobre a história e cultura do grafite. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=G4wAHoS1jJE>. Acesso em: 5 out. 2018. Etapa 2 Solicite que os alunos pesquisem imagens do grafite para socializarem e conversarem sobre essa arte comum no movimento hip-hop. Depois, selecione, entre as imagens pesquisadas, uma que tenha letras para eles grafitarem. Se não houver nenhuma, segue um exemplo que poderá ser usado. 19 S. I / P xh er e Solicite que cada aluno tente desenhar a letra da inicial do seu nome na forma de grafite, usando papel branco e lápis preto. Depois, criem uma assinatura própria grafitada. Das imagens pesquisadas, solicite que analisem as diferentes técnicas: Grafite 3D, Grafite artístico, Grafite com spray, Máscara, Bomber, WildStyle. Troque ideias com os alunos sobre alguns temas que podem ser abordados como denúncia ou crítica social. Cada aluno selecionará um dos temas propostos e representará a temática por meio de desenho em grafite, usando uma das técnicas escolhidas e possível de ser realizada com os materiais que você tem na escola (lápis coloridos, lápis preto, papel Kraft, papel sulfite, tintas sprays, etc.). Solicite que usem os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento, etc.) na elaboração da produção artística. Observação: todos os materiais produzidos pelos alunos devem ser guardados em local próprio, para serem expostos no dia combinado. Etapa 3 (opcional) Esta atividade é opcional, pois depende de fatores externos para a sua realização. Investigue se há na escola ou na comunidade algum local (muro, parede, porta, etc.) com autorização para a realização de uma pintura de grafite. Se encontrar um local, organize a produção artística dos alunos, providenciando tintas spray de várias cores. Solicite que os alunos escolham um dos desenhos produzidos anteriormente para ser reproduzido no local escolhido. Lembre os alunos que a atividade será realizada em conjunto. Se for necessário, elaborem um molde a partir do desenho, com chapas de raio X. Organize a atividade, designando tarefas para cada um. Selecione alguns alunos para fotografarem o trabalho. Etapa 4 Converse com os alunos sobre os cantores de rap, muitos deles conhecidos como MC. Os Mestres de Cerimônia, na verdade, surgiram com a função de alegrar as festas com citações rimadas e críticas aos problemas sociais, fazendo ouvir a voz do oprimido. Pergunte a eles quais são os mais famosos MCs que conhecem, que fazem sucesso na mídia. Explique que nem todas as músicas de rap são do hip-hop, segundo Vitorino “Algumas letras de rap estão longe de ser um rap do hip-hop. Isso porque o hip-hop possui objetivos e características distintas. Nesse movimento, o rap tem o compromisso de apresentar mensagens positivas e denunciar osproblemas sociais” (S/ANO). 20 Depois, dessa conversa inicial, solicite que busquem letras de rap que façam críticas sociais, por exemplo, Gabriel, o Pensador, Racionais MC’s, Apocalipse 16, MV Bill, Dinastia Negra Absoluta, Detentos do RAP, Planet Hemp, Sabotage, etc. Separe as letras que são de hip-hop e as que não são. Escolha uma para conversarem sobre a mensagem que o compositor quis transmitir. Coloque o áudio da canção para todos cantarem, percebendo o ritmo do rap. Forme grupos e solicite que cada grupo escolha um tema social relevante para compor um rap. Depois, cada grupo apresentará seu rap respeitando os elementos constitutivos da música: altura, intensidade, timbre, melodia e ritmo. Se possível, faça a filmagem das apresentações para serem colocadas na exposição. Etapa 5 Inicie a conversa esclarecendo aos alunos que o break é a dança que caracteriza a cultura hip-hop, muitas vezes, sendo conhecida como a dança hip-hop. Questione se os alunos sabem a diferença entre hip-hop dance e o break. Esclareça que o hip-hop dance é a dança praticada em academias com a finalidade de apresentações dos grupos em palcos e o break é a dança realizada na rua em forma de disputas “batalhas” entre os dançarinos (b-boys) ou as dançarinas (b-girls) para ver quem realiza melhor os movimentos corporais. São realizadas em roda com praticantes e expectadores. Você pode aprofundar o assunto consultando: • COSTA, Mauricio Priess da. Entre bases e “oitos” manifestações corporais do hip-hop em Curitiba. 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, 2011. Disponível em: <https://www.acervodigital.ufpr.br/ bitstream/handle/1884/32517/R%20-%20D%20-%20MAURICIO%20PRIESS%20 DA%20COSTA.pdf?sequence=1>. Acesso em: 8 out. 2018. Para que os alunos tenham um pouco de contado com a dança, possibilite que eles assistam a vídeos de apresentações de break. Seguem algumas sugestões: • Conheça a dança Break. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=uDEFEr6au04>. Acesso em: 8 out. 2018. • Magic Breakdance – dança de rua de Diadema – São Paulo. Disponível em: <https:// www.youtube.com/watch?v=lyT2-1DOtdo>. Acesso em: 8 out. 2018. • Break no asfalto (Dança de rua). Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=gx3B7DH7zKA>. Acesso em: 8 out. 2018. Se tiver algum aluno que saiba dançar, solicite que demonstre e ensine alguns passos para os colegas. Outra opção é convidar algum grupo de hip-hop para realizarem a dança e repassarem alguns movimentos para os alunos. Você pode também solicitar que tentem executar alguns movimentos partindo da observação dos vídeos assistidos. Forme grupos de acordo com o interesse pela dança break ou hip-hop dance. Cada grupo criará uma apresentação da dança escolhida, conforme as suas características. Break: cada elemento do grupo deverá criar um movimento, em seguida, em círculo de um em um, deverá apresentar seu movimento corporal. A pessoa entra no círculo, apresenta seu movimento anterior e um novo, o seguinte deve procurar fazer outro totalmente diferente, sempre aprimorando. Hip-hop dance: essa dança está atrelada à música, ou seja, os movimentos corporais devem estar ligados ao ritmo. Portanto, o grupo deve escolher uma música para desenvolver a coreografia. Depois, podem criar movimentos corporais adequados do hip-hop e colocá-los na composição, podendo ser reproduzidos por todos ou movimentos em duplas ou individuais, enfim vai do gosto e da criatividade do grupo. 21 De acordo com Costa, existe demasiada preocupação nas sequências de passos, nas trocas de formação (locais dos bailarinos em relação uns aos outros no limite estabelecido pelo palco), nas tônicas de expressões corporais que mudam o tempo todo. Na verdade, no street dance o processo coreográfico é mais lento. Demora-se mais para internalizar cada coreografia. Todavia depois de dominada é também uma experiência única de comunicação e cumplicidade. O grupo age quase que como um organismo único, cada parte sabendo exatamente o que tem que fazer e como. O entrosamento é tamanho que até mesmo quando as coisas dão errado cada bailarino sabe o que tem que fazer, corrigindo o mais rápido possível a própria falta ou falta do companheiro. A tensão e o companheirismo tornam-se quase palpáveis em cima de um palco e os movimentos são sempre complementares a todo o resto do grupo. (COSTA, 2011, p. 14-15) Explique aos alunos que a dança deverá conter os fatores de movimento (tempo, peso, fluência e espaço) como elementos que, combinados, geram as ações corporais e o movimento dançado. Organize a apresentação das danças. Se possível, filme e construa um acervo para ficar de exposição e consulta na escola. Não se esqueça de que para a apresentação, cada grupo deverá se preocupar também com os diferentes elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha sonora, etc.) e espaços (convencionais e não convencionais) para composição cênica e apresentação coreográfica. Etapa 6 Organize com os alunos as apresentações, que serão para toda a comunidade escolar, pais e responsáveis. Vejam a melhor data, façam os convites, encontrem os espaços adequados, organizem os materiais que serão necessários (cavaletes, murais, aparelho de som, músicas, indumentária, etc.), observem em que momento se darão as apresentações de danças, dos raps e outros itens que acharem necessário. Designe alguns alunos juntamente com você para realizarem o registro das atividades por meio de fotografias. Na data combinada, os alunos farão as apresentações. Etapa 7 Organize uma roda de conversa para avaliar as apresentações: pontos positivos, pontos negativos, o que poderia ser modificado, etc. Apresente as filmagens e vídeos. Proposta de avaliação A avaliação se dará durante todo o processo. Observe a participação e o interesse de cada aluno na atividade proposta. Realize rodas de conversas para saber a opinião dos alunos nas atividades, quanto a sua participação e a dos colegas. Observe se durante as aulas (conversas e produções) os alunos: • reconheceram quais são os elementos artísticos, corporais e sociais do hip-hop. • perceberam a diferença da dança break e o hip-hop dance. • compreenderam que o grafite é uma arte capaz de expressar sentimentos, comunicar e manifestar críticas a sociedade. • perceberam que o rap é a música da cultura hip-hop que objetiva protestar contra problemas sociais, analisando e produzindo textos de música rap. 22 Referências complementares COREÓGRAFO explica estilos de street dance e danças urbanas do Got talento Brazil. Disponível em: <http://tv.r7.com/record-play/got-talent/videos/coreografo-explica-estilos-de-street-dance-e-dancas- urbanas-do-got-talent-brasil-17102015>. Acesso em: 20 set. 2018. HIP-HOP sua origem [a história da cultura]. Zona Suburbana, Mauá, 24 ago. 2013. Disponível em: <http://www.zonasuburbana.com.br/hip-hop-sua-origem-a-historia-da-cultura/>. Acesso em: 8 out. 2018. KASEONE; MC WHO. Hip-hop: cultura de rua. São Paulo: Literarua, 2011. SOUZA, Ivan Candido de. Hip-hop e Educação Física escolar: possibilidades de novas tematizações. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2010. Disponível em: <https://www.usjt.br/biblioteca/mono_disser/mono_diss/2011/132_souza.php>. Acesso em: 8 out. 2018. SUGESTÕES PARA LEITURA E PESQUISA DEVIDE, Fabiano Pries. Educação Física, qualidade de vida e saúde: campos de intersecção e reflexões sobre a intervenção. Movimento, Porto Alegre, v. 8, n. 2, p. 77-84, maio/ago. 2002. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/2644>. Acesso em: 2 out. 2018. DICIONÁRIO da atividade física. Disponível em: <https://www.cdof.com.br/dicionario.htm>. Acesso em: 24 set. 2018. LOPES, Margarete Cristina de Souza Matos; MATOS, Daniel Corrêa de; SILVA, José Edmilson da. Dicionário de Educação Física, Desporto e Saúde. Rio de Janeiro: Rubio, 2005. OLIVEIRA, Maria Cláudia Santos Lopes de;CAMILO, Adriana Almeida; ASSUNÇÃO, Cristina Valadares. Tribos urbanas como contexto de desenvolvimento de adolescentes: relação com pares e negociação de diferenças. Pepsic, Ribeirão Preto, v. 11, n. 1, jun. 2003. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud. org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2003000100007>. Acesso em: 2 out. 2018. OLIVETTI, Jonas Casola; JUNIOR, Luiz Gonçalves. Qualidade de vida, vida de qualidade e educação física escolar. COLÓQUIO DE PESQUISA QUALITATIVA EM MOTRICIDADE HUMANA: Motricidade, Educação e Experiência, São Carlos, 4, 5 e 6 out. 2012. Anais... Disponível em: <http://www.ufscar. br/~defmh/spqmh/pdf/2012/olivetti2012.pdf>. Acesso em: 2 out. 2018. TAHARA, Alexander Klein; DARIDO, Suraya Cristina. Práticas corporais de aventura em aulas de Educação Física na escola. Conexões Educação Física, Esporte e Saúde, Campinas, v. 14, n. 2, 2016. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/ view/8646059>. Acesso em: 24 set. 2018. 23 SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS As sequências didáticas são apresentações do trabalho pedagógico organizadas com base em sugestões de atividades para um determinado período e poderão ser adaptadas, reconstruídas ou reformuladas de acordo com as necessidades de desenvolvimento das habilidades dos alunos. Para este material foi considerado o trabalho desenvolvido no Manual do Professor impresso. O manual apresenta três sequências didáticas por bimestre, com o planejamento aula a aula, abordando a organização dos alunos, do espaço e do tempo, as diferentes formas de acompanhar as aprendizagens do aluno e questões que auxiliem na avaliação do desenvolvimento das habilidades relacionadas nas sequências didáticas. 1.o BIMESTRE SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1: JOGOS ELETRÔNICOS ‒ UM RIVAL OU UM ALIADO PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR? Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Brincadeiras e jogos Jogos eletrônicos (EF67EF01) Experimentar e fruir, na escola e fora dela, jogos eletrônicos diversos, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais e etários. (EF67EF02) Identificar as transformações nas características dos jogos eletrônicos em função dos avanços das tecnologias e nas respectivas exigências corporais colocadas por esses diferentes tipos de jogos. Tempo estimado: 7 aulas. Recursos necessários: multimídia (datashow, computador, video game, jogos para video games, etc.), quadra ou espaço para prática de atividades físicas. Planejamento Etapa 1 (2 aulas) Inicie a aula perguntando aos alunos o que eles conhecem sobre jogos eletrônicos e por que essa temática é abordada em Educação Física. Deixe que falem o que sabem e pergunte sobre alguns termos que estão presentes no universo de jogos eletrônicos e proponha uma pesquisa para defini-los. Termos que poderão surgir: video games; gamer; ciberatletas; e-sports; exergames. Após, inicie um diálogo sobre esses termos. Como subsídio ao trabalho, seguem algumas indicações. • ARAÚJO, Bruno. Atletas de games ganham R$ 3 mil por mês e jogam até 14 horas por dia. G1, São Paulo, 3 abr. 2014. Disponível em: <https://tinyurl.com/orogbd9l>. Acesso em: 3 set. 2018. 24 • ASSIS, Talita da Silva de; SHOLL-FRANCO, Alfred. Exergames: jogos eletrônicos e exercícios? Ciências & Cognição, Rio de Janeiro, jul. 2011. Disponível em: <http:// www.cienciasecognicao.org/portal/wp-content/uploads/2011/09/2011_noticias_07_ exergame.pdf>. Acesso em: 3 out. 2018. • FURTADO, Tatiana. De nerds a ciberatletas: o crescimento exponencial do e-sports. O Globo, 23 abr. 2017. • RODRIGUES, Leila Pereira Fraga. Jogos eletrônicos: uma possibilidade educativa nas aulas de Educação Física. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unespar-paranavai_edfis_ pdp_leila_pereira_fraga_rodrigues.pdf>. Acesso em: 3 set. 2018. • SILVEIRA, Guilherme Carvalho Franco da; TORRES, Livia Maria Zahra Barud. Educação Física Escolar: um olhar sobre os jogos eletrônicos. Disponível em: <http://www. cbce.org.br/docs/cd/resumos/157.pdf>. Acesso em: 3 set. 2018. • VÍDEO. Jogos eletrônicos interativos incentivam crianças a praticar atividade física. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=17&v=U7alLBA_ KBk>. Acesso em: 3 set. 2018. Proponha uma discussão com os alunos sobre questões relevantes a respeito dos jogos eletrônicos. Sugestão de tema para a discussão: • A forte presença da mídia eletrônica (televisão, celulares, computadores, video games, internet, etc.) em nossa sociedade. • A evolução dos jogos eletrônicos (arcade – fliperama, consoles de video game, jogos de computador). • A indústria dos jogos eletrônicos – uma das mais rentáveis economias do momento. • Jogos eletrônicos: violência e vício versus espaço de aprendizagem. • Video game versus atividade física. • Jogos eletrônicos – uma possibilidade de ganhar dinheiro (profissionalismo). Etapa 2 (3 aulas) Proponha aos alunos a vivência de práticas com jogos eletrônicos, para isso você poderá reproduzir alguns jogos de video game por meio da prática corporal. Leve-os para um espaço aberto, podendo ser a quadra. O game explorado será o Age of Empires que significa Era dos Impérios. Converse com os alunos sobre o jogo e explique como será a adaptação dele para a prática corporal. Por ser um jogo de estratégia, exige concentração e trabalho em equipe. Forme dois grupos, em que cada um escolherá um colega para encher bexigas, que deverá optar por uma cor de bexiga de acordo com a estratégia do grupo. Cada bexiga cheia equivale a um jogador, mas cada cor de bexiga tem uma função diferente: as de cores rosa, laranjas e vermelhas adicionam defensores ao jogo, que ficam no seu próprio campo aguardando o ataque do outro time; as de cores azuis, verdes e amarelas adicionam atacantes que devem ir ao campo do adversário para disputar a sorte (pedra, papel ou tesoura; par ou ímpar) com o defensor adversário, quem ganhar a disputa fica com a bexiga; as de cor branca permitem adicionar um ajudante, 25 com a função de auxiliar no enchimento de bexigas. Após um determinado período de tempo (até o final da aula), vence o grupo que tiver o maior número de bexigas no seu campo (Império). Como subsídio ao trabalho, acesse: • NOVAIS, Iara Tedeschi. Adaptação de jogos eletrônicos para aulas de Educação Física. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Educação Física)– Instituto de Biociências, Universidade Estatual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, 2012. Disponível em:<https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/120212/ novais_it_tcc_rcla.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 1 out. 2018. Outra maneira de vivenciar os jogos eletrônicos é por meio dos exergames. Para tal, se faz necessário adquirir aparelhos de video games como Nintendo Wii ou Xbox 360, que poderá ser emprestado pelos alunos e comunidade ou ser adquirido pela escola. Os jogos podem ser os de esportes e danças. Você poderá realizar as duas versões de um mesmo jogo: a virtual e a real. Escolha juntamente com os alunos um esporte para ser vivenciado por meio de jogo eletrônico e por meio da prática do esporte. Por exemplo, se for escolhido o esporte Atletismo, primeiramente os alunos irão vivenciar as modalidades de correr, saltar, arremessar e lançar por meio do video game Xbox (virtual) e, após, irão realizar as mesmas modalidades no ambiente real. Você pode aprofundar os conhecimentos sobre esse assunto acessando: • CAMUCI, Guilherme Correa; MATTHIESEN, Sara Quenzer; GINCIENE Guy. O jogo de video game relacionado ao atletismo e suas possibilidades pedagógicas. Motrivivência, Florianópolis, v. 29, n. 50, p. 62-76, maio de 2017. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175- 8042.2017v29n50p62/33996>. Acesso em: 1 out. 2018. Como última sugestão, coloque o game Just Dance, que é um jogo de ritmo ede dança. Solicite que a turma escolha as músicas para reproduzirem os movimentos de acordo com os passos indicados no jogo. Etapa 3 (1 aula) Depois da experiência realizada, converse com os alunos sobre os resultados, questionando-os: quais dos jogos gostaram mais, qual cansou mais, qual foi o mais motivante, que sentimentos surgiram, o que acharam da presença de jogos eletrônicos nas aulas de Educação Física, entre outros pontos que julgar necessário comentar. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos experimentaram e fruíram, na escola e fora dela, jogos eletrônicos diversos, valorizando e respeitando os sentidos e os significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais e etários? • Os alunos identificaram as transformações nas características dos jogos eletrônicos em função dos avanços das tecnologias e nas respectivas exigências corporais colocadas por esses diferentes tipos de jogos? SEQUÊNCIA DIDÁTICA 2: VIVENCIANDO OS ESPORTES DE 26 MARCA E DE PRECISÃO Unidade temática Objetos de conhecimento Habilidades Esportes Esportes de marca Esportes de precisão (EF67EF03) Experimentar e fruir esportes de marca e precisão, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF67EF04) Praticar um ou mais esportes de marca e precisão, oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas e respeitando regras. (EF67EF05) Planejar e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de marca e precisão, como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. Tempo estimado: 8 aulas. Recursos necessários: multimídia (datashow, computador, etc.), quadra ou espaço para prática de atividades físicas. Planejamento Etapa 1 (2 aulas) Inicie a aula questionando os alunos a respeito dos esportes que eles conhecem, praticam ou apreciam. Anote as respostas no quadro. Explique que existem várias maneiras de se classificar os esportes, uma delas é por meio das exigências motrizes semelhantes: marca; precisão; técnico-combinatório; rede/quadra dividida ou parede de rebote; campo e taco; invasão ou territorial; combate. Explique cada uma delas e solicite que os alunos registrem no caderno. Para maiores informações, você poderá consultar a BNCC, p. 213, 214 e 215. Depois, juntamente com os alunos, classifiquem os esportes que foram anotados no quadro. Divida a turma em 5 grupos e solicite que cada um escolha um esporte de acordo com a classificação, sendo que três equipes ficarão com esportes de marca – atletismo –, cada qual com uma das modalidades, e duas equipes ficarão com esportes de precisão. Depois, peça que cada grupo pesquise sobre o tema escolhido e anotem as informações. Deve constar na pesquisa a definição do esporte, como foi criado, como se realiza, quais as principais regras e outras curiosidades. Organize um momento para a apresentação da pesquisa e solicite que os grupos utilizem os recursos que considerarem necessários (cartazes, multimídia, etc.). Etapa 2 (5 aulas) A turma toda será convidada a vivenciar os esportes pesquisados e apresentados pelos grupos. Cada grupo fica responsável pelos materiais, espaço físico, explicação e acompanhamento durante a prática do seu esporte. Fique atento a alguns detalhes que podem ser alvo de discussão assim que terminadas as práticas: se todos vivenciaram o esporte, se houve discriminação durante as práticas, se estiveram presentes atitudes agressivas, tanto verbais como corporais, entre outros. Após todos realizarem as apresentações e práticas, solicite que cada grupo faça uma pequena avaliação escrita sobre o que foi mais relevante no trabalho que realizaram e o comportamento da turma durante a prática do esporte. Realize com os alunos as práticas de esportes de marca (Atletismo – Corridas de velocidade; 27 Atletismo – Corridas com obstáculos; atletismo – salto em altura) e de esportes de precisão (Futegolfe; Bocha e Dodgeball/Caçador), sugeridas no Manual do Professor impresso e que não tenham sido abordadas na atividade anterior de pesquisa. Etapa 3 (1 aula) Proponha uma discussão com os alunos das questões surgidas durante todo o processo, bem como as presentes no meio esportivo: discriminação por cor, etnia, gênero, orientação sexual, os menos habilidosos; vencer a qualquer custo; agressões verbais e até físicas surgidas durante as práticas; cooperação; prazer em jogar; desconhecimento de alguns esportes vivenciados por serem pouco divulgados pela mídia, por não serem realizados nos espaços da comunidade e outras questões relevantes. Você pode aprofundar seus conhecimentos sobre esse assunto acessando o artigo: • OLIVEIRA, José Eduardo Costa de. Esporte e discriminação. EFDeportes.com, Buenos Aires, ano 16, n. 157, jun. 2011. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd157/ esporte-e-discriminacao.htm>. Acesso em: 1 out. 2018. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das habilidades • Os alunos experimentaram os esportes de marca e precisão propostos, vivenciando-os com prazer, enfrentando desafios corporais necessários à prática dessas atividades? • Os alunos trocaram ideias, dando opiniões, dialogando sobre a discriminação e a violência nos esportes? SEQUÊNCIA DIDÁTICA 3: O ESPORTE PARA TODA VIDA Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Esportes Todas as modalidades esportivas (EF67EF06) Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer). Tempo estimado: 3 aulas. Recursos necessários: multimídia e materiais adaptados para as atividades propostas. Planejamento Etapa 1 (1 aula) Inicie a aula questionando os alunos sobre em quais locais os esportes se fazem presente, onde eles podem ver pessoas praticando-os, onde eles podem fruí-los, onde as pessoas podem assisti-los, entre outros questionamentos. Faça a mediação das respostas, trazendo informações que os alunos ainda não têm. Fale sobre a presença dos esportes e de outras práticas corporais (ginástica, dança, jogos, lutas, etc.) no cotidiano das pessoas e quais as intenções dessas práticas na saúde, na qualidade de vida, no lazer e nas profissões. Explique que o esporte pode se tornar lazer quando praticado na comunidade, com os amigos, muitas vezes com regras adaptadas, com vistas ao prazer e a alegria e não visando resultados. Além disso, pode se tornar uma fonte de lazer enquanto espetáculo, ao ser apreciado numa praça, num estádio, numa arena, num ginásio, no mar, nos rios, por meio de rádio, TV, internet ou outro meio de informação e interação. 28 É importante também abordar o esporte enquanto profissão, na qual os atletas treinam horas de seus dias com vistas à performance, à perfeição de movimentos e à busca dos melhores resultados em competições, torneios e campeonatos. Igualmente, as práticas corporais atuam nesse sentido e, com relação à saúde, trazem benefícios para todo o corpo. Etapa 2 (1 aula) Projete os vídeos indicados a seguir, produzidos pelo MEC – TVEscola, para professores, mas adequados para alunos dessa faixa etária. São um conjunto de vivências e informações que poderão enriquecer ainda mais a visão deles a respeito dos esportes enquanto lazer, saúde e profissão. • Esporte na escola: esporte e lazer Disponível em: <https://tvescola.org.br/tve/video/esporte-e-lazer>. Acesso em: 4 set. 2018. • Esporte na escola: o esporte ao longo da vida Disponível em: <https://tvescola.org.br/tve/video/o-esporte-ao-longo-da-vida>. Acesso em: 4 set. 2018. • Esporte na escola: os profissionais Disponível em: <https://tvescola.org.br/tve/video/os-profissionais>. Acesso em: 4 set. 2018. Conversem sobre os vídeos e proponha que realizem as práticas neles visualizadas, como cesta fugitiva, caminhada, corrida de revezamento e rede humana. Etapa 3 (1 aula) Inicie a etapa conversando com os alunos sobre a necessidade de espaçospúblicos de qualidade para a realização de práticas corporais. Sugira a elaboração de fôlderes, que ressalte o esporte enquanto fator de saúde, lazer e qualidade de vida para ser praticado ao longo da vida. Para tal, deverão pesquisar na comunidade onde e quando as pessoas podem realizar práticas esportivas (em espaços públicos e privados). Os folhetos deverão conter ilustrações, textos, informações dos benefícios, locais e horários para a prática. Se necessário, solicite a ajuda do professor de Língua Portuguesa para essa produção. Decida junto com os alunos quem será o interlocutor, ou seja, para quem entregarão os fôlderes produzidos (para as pessoas com quem eles moram, para professores da escola, para o pessoal da comunidade, etc.). Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos perceberam a diferença na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer)? • Quais foram os esportes ou as práticas trabalhados preferidos da turma? 29 2.o BIMESTRE SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1: ESPORTES DE INVASÃO TRADICIONAIS Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Esportes Esportes de invasão (EF67EF03) Experimentar e fruir esportes de invasão valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF67EF04) Praticar um ou mais esportes de invasão oferecidos pela escola, usando habilidades técnico- táticas básicas e respeitando regras. (EF67EF05) Planejar e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de invasão como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. (EF67EF07) Propor e produzir alternativas para experimentação dos esportes não disponíveis e/ ou acessíveis na comunidade e das demais práticas corporais tematizadas na escola. Tempo estimado: 8 aulas. Recursos necessários: quadra poliesportiva. Planejamento Etapa 1 (2 aulas) Solicite que os alunos observem durante uma semana a programação de diferentes emissoras televisivas e anotem o nome dos esportes, a emissora e o horário da transmissão e também de programas voltados aos esportes e quais as modalidades mais comentadas. Proponha uma pesquisa de campo, que pode ser realizada como tarefa de casa, em que os alunos visitem a comunidade local para identificarem as modalidades esportivas oferecidas, tanto as públicas como as privadas. Diante dos resultados apresentados pelos alunos, elabore uma lista com o nome das modalidades esportivas presentes em cada situação e a quantidade de vezes que apareceram. Logo após, construa com os alunos dois gráficos com os resultados. No primeiro gráfico, os alunos farão uma análise de quais são os esportes mais divulgados pela mídia televisiva e no segundo, quais os esportes mais praticados na comunidade. Essa atividade pode ser desenvolvida com o auxílio do professor de Matemática. Converse com os alunos sobre a preferência por alguns esportes e não por outros; sobre a presença de esportes masculinos e femininos; sobre os esportes que têm mais patrocinadores; em que modalidade esportiva aparecem mais atletas nas propagandas e outras questões que achar importantes. Solicite que os alunos consultem o link a seguir: <https://top10mais.org/esportes-mais- praticados-no-brasil/>, acesso em 1 out. 2018, e comparem os resultados com os gráficos construídos para ver se há semelhanças. Acesse também a página do Ministério do Esporte, que mostra a pesquisa sobre a prática de esporte no Brasil, disponível em: <http://www.esporte.gov.br/diesporte/2.html>, acesso em: 1 out. 2018, e selecione alguns gráficos para serem comparados aos elaborados pelos alunos. Sugestão: 30 • Idade do abandono das práticas de esporte. • Abandono por esporte. • Modalidades: primeiro esporte praticado pelo entrevistado. • Esportes mais praticados em 2013. • Esporte: local que costuma praticar seu esporte preferido. • Motivações-esportes: motivações para a prática de esportes em 2013. Etapa 2 (3 aulas) A proposta agora é a fruição e a vivência dos esportes de invasão, que apareceram nas pesquisas e nos gráficos trabalhados anteriormente. Apresente o gráfico: “Esportes mais praticados em 2013” e solicite que os alunos analisem os dados. Chame a atenção deles para as práticas corporais que aparecem, explique que não são somente esportes como o título anuncia, há também algumas práticas de ginásticas, de lutas, de danças e corporais de aventura. Solicite que encontrem os esportes de invasão para serem realizados no decorrer das próximas aulas: futebol, futsal, handebol e basquetebol. Veja o gráfico e apresente-o aos alunos. ESPORTES MAIS PRATICADOS EM 2013 Fonte: BRASIL. Ministério do Esporte. A prática de esporte no Brasil. Disponível em: <http://www.esporte.gov.br/diesporte/2. html>. Acesso em: 4 out. 2018. 31 Na vivência dos esportes de invasão, procure partir dos conhecimentos que o aluno já possui e amplie-os com regras mais elaboradas, com habilidades técnico-táticas básicas. Não se esqueça de que todos, independentemente de gênero, raça, cor, biótipo, orientação sexual ou sendo de inclusão (Lei n.° 13.146, de 6/7/2015), devem experimentar as modalidades trabalhadas. Portanto, não se deve dividir a turma, de modo que fiquem meninos praticando um esporte e as meninas outro; adaptar regras para alunos de inclusão, as equipes devem ser organizadas com critérios diferenciados para não formarem “panelinhas”, por exemplo: cor de cabelo, mês de nascimento, distribuição aleatória de coletes, etc. Para consultar regras, acesse os sites das confederações de cada esporte: • Futebol CBF. Regras de futebol 2017/2018. Disponível em: <https://conteudo.cbf.com. br/cdn/201712/20171221124545_0.pdf>. Acesso em: 17 set. 2018. • Futsal CBFS. Livro Nacional de Regras 2018. Disponível em: <http://www.cbfs.com. br/2015/futsal/regras/livro_nacional_de_regras_2018.pdf>. Acesso em: 17 set. 2018. • Basquetebol CBB. Regras oficiais de basquetebol 2017. Disponível em: <http://sge.esumula. com.br/Arquivos/LIVRO_DE_REGRAS.pdf>. Acesso em: 17 set. 2018. • Handebol CBHb. Regras de jogo. Disponível em: <http://www.brasilhandebol.com.br/Admin/ Anexos/002336_Regras%20Oficiais%20-%20Handebol%20-%20CBHb%20-%20 julho%20-%202016.pdf>. Acesso em 17 set. 2018. As modalidades devem ser realizadas de maneira a valorizar o coletivo e o protagonismo, ou seja, não enaltecer a competição, mas sim o prazer em jogar, a cooperação e o enfrentamento de desafios corporais. Etapa 3 (2 aulas) Dialogue com os alunos sobre a presença de inúmeros esportes existentes no mundo, muitos praticados no Brasil, outros nem tanto. Alguns que fazem parte das Olimpíadas de Verão, outros das Olimpíadas de Inverno. Os jogos vão sendo adaptados às diferentes realidades, aparecendo, assim, novas formas de jogar e que, a partir da sistematização de regras e criação de federações e confederações, são oficializados como esportes. Depois, proponha aos alunos a vivência de alguns jogos e esportes de invasão não muito conhecidos que estão indicados no Manual do Professor impresso: flag football, ultimate frisbee. Etapa 4 (1 aula) Organize a turma em grupos e solicite que conversem e apresentem propostas possíveis de serem realizadas na escola ou/e na comunidade local para ampliarem ou adquirirem espaço para a realização de práticas esportivas em seus tempos livres. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos experimentaram os esportes de invasão valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo? • Os alunos praticaram os esportes de invasão oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas e respeitando regras? • Os alunos utilizaram estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos nos esportes de invasão? • Os alunos elaboraram alternativas viáveis para vivenciarem os esportes na comunidade? 32 SEQUÊNCIA DIDÁTICA 2: GINÁSTICA ARTÍSTICA E GINÁSTICA RÍTMICA ‒ ESPORTE OUGINÁSTICA? Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Esportes Esportes técnico- combinatórios: ginásticas de competição – artística e rítmica (EF67EF03) Experimentar e fruir esportes técnico-combinatórios, valorizando o trabalho coletivo. (EF67EF04) Praticar um ou mais esportes técnico-combinatórios oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas e respeitando regras. (EF67EF05) Planejar e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, nos esportes técnico-combinatórios. Tempo estimado: 10 aulas. Recursos necessários: colchões, colchonetes, banco sueco ou bancos, multimídia, bolas, arcos, cordas individuais, fitas e maças. Planejamento Na BNCC encontramos a ginástica artística e a ginástica rítmica alocadas dentro da unidade temática Esporte, por serem consideradas ginásticas de competição juntamente com a ginástica acrobática, aeróbica esportiva e trampolim. Portanto, serão contempladas como esportes técnico-combinatórios. Etapa 1 (1 aula) Inicie a aula fazendo questionamentos a respeito das ginásticas rítmica e artística, qual a diferença, se eles já viram ou praticaram. Solicite uma pesquisa para conhecerem melhor as duas modalidades. Se possível, apresente vídeos e imagens sobre os esportes, tire as dúvidas e aprofunde o conhecimento. Para subsídio sobre o tema, seguem algumas sugestões. • CBG. Disponível em: <http://www.cbginastica.com.br/>. Acesso em: 19 de set. 2018. • DICIONÁRIO OLÍMPICO. Disponível: em: <http://www.dicionarioolimpico.com.br/ ginastica-artistica>. Acesso em: 19 set. 2018. • DICIONÁRIO OLÍMPICO. Disponível em: <http://www.dicionarioolimpico.com.br/ ginastica-ritmica>. Acesso em: 19 set. 2018. • VÍDEO. Por dentro das Olímpiadas. Ginástica rítmica. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=s07d7TD82j8>. Acesso em: 19 set. 2018. • VÍDEO. Por dentro das olímpiadas. Ginástica artística. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=hioLPlPtjeg>. Acesso em: 19 set. 2018. Etapa 2 (3 aulas) Para vivenciar os movimentos da ginástica artística, é preciso que a escola tenha os aparelhos. Caso contrário, os alunos vivenciarão os elementos possíveis de serem realizados com materiais alternativos. Para movimentos do aparelho solo, você poderá utilizar colchões ou colchonetes; para os saltos, poderá usar o plinto ou bancos; para barra fixa, a trave da quadra (desde que esteja bem fixada ao chão); para a trave de equilíbrio, bancos ou muretas elevadas. Sabendo que as aulas de Educação Física não são espaços de treinamento, mas de oportunidades para que todos experimentem diferentes movimentos corporais, estimule a participação dos meninos nos aparelhos também femininos e vice-versa. 33 Partindo sempre das experiências que os alunos já detêm, apresente movimentos mais complexos, desafiando-os sempre na busca de novas estratégias para realizá-los. Proponha aos alunos a vivência de rolamentos, parada de três apoios (parada de cabeça), roda, parada de dois apoios (parada de mãos), ponte, espacate, rodante, etc. Etapa 3 (3 aulas) Projete ou solicite uma pesquisa de um regulamento para competição de ginástica artística, para que os alunos tenham a noção de como são estabelecidas as notas dos atletas. Sugestão: • CBG. Regulamento técnico 2018. Disponível em: <https://www.dropbox.com/ sh/11335omx2i5092e/AAAZylGxLnIw-7fq2Br5wwVLa?dl=0>. Acesso em: 19 set. 2018. Em seguida, oriente um diálogo sobre a perfeição técnica cobrada em cada movimento. Possibilite a vivência da ginástica rítmica. Os movimentos da ginástica rítmica podem ser realizados sem ou com aparelhos (arco, corda, bola, fita e maças). Se a escola não tiver esses aparelhos, você poderá, juntamente com os alunos, produzi-los com materiais adaptados, por exemplo: Fita de ginástica rítmica adaptada Materiais: um bastão de madeira de 30 cm, com um pequeno furo na extremidade (você pode solicitar para um marceneiro); 3 a 5 m de fita de cetim (dependendo da altura da criança); um rolo de fita adesiva na cor da fita de cetim; duas argolas de chaveiro, sendo que uma delas deverá estar com a correntinha; agulha e linha na cor da fita de cetim. Como fazer: 1.° Cobrir o bastão de madeira com a fita adesiva, furando-a no local do furo já feito no bastão. 2.° Colocar uma das argolas do chaveiro no final da correntinha da outra argola. 3.° Conectar uma das argolas no furo do bastão e, na outra, a fita de cetim. 4.° Queimar as extremidades da fita de cetim em uma vela acesa, para não desfiar. 5.° Medir 1 m na fita de cetim e marcar com um lápis, então passar a fita de cetim dentro da argola até chegar a essa marca. 6.° Costurar a parte dobrada da fita em toda a lateral (esta ficará com 50 cm). S. I. / T he S wa y Maças de ginástica feitas com material alternativo Materiais: dois bastões de madeira de mais ou menos 30 cm (pode-se cortar um cabo de vassoura); duas garrafas PET de 600 ml; fita-crepe; e um pouco de areia. Como fazer: 1.° Colocar areia dentro das garrafas. 2.° Encaixar o bastão dentro da garrafa até que fique firme. 3.° Passar a fita-crepe, envolvendo de forma bem segura a garrafa e o bastão. 34 Solicite que os alunos vivenciem as mais ricas experiências usando esses materiais e vá propondo movimentos mais complexos e, mesmo que seja realizada só por mulheres em nível de competição, todos devem experimentar e explorar as possibilidades corporais dessa modalidade. Etapa 4 (3 aulas) Como tarefa de casa, solicite uma pesquisa sobre a arbitragem, para saber quais são os movimentos obrigatórios, a nota estabelecida para cada complexidade corporal de cada aparelho e para a composição da coreografia. Como sugestão, acesse: CBG. Regulamento técnico 2018. Disponível em: <https://www.dropbox.com/sh/a8kgzl3feegcuwo/ AADYbUq6NSYKoXLF29axZgoVa?dl=0>. Acesso em: 1 out. 2018. Organize a turma em pequenos grupos e proponha a montagem de uma composição coreográfica de ginástica rítmica por equipe, tendo como base a pesquisa realizada, podendo ser: mãos livres (sem aparelhos); usando apenas um aparelho por participante; usando vários aparelhos na equipe, etc. Juntamente com os alunos, organize um momento dentro do tempo e do espaço escolar para apresentação dos resultados. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das habilidades • Os alunos experimentaram os diferentes tipos de ginástica de competição (artística e rítmica), valorizando o trabalho coletivo? • Os alunos vivenciaram as ginásticas de competição oferecidas pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas e respeitando regras? • Os alunos planejaram e utilizaram estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos das ginásticas de competição? SEQUÊNCIA DIDÁTICA 3: GINÁSTICA DE COMPETIÇÃO ‒ TREINAR VS. BRINCAR Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Esportes Esportes técnico- combinatórios: ginásticas de competição – artística e rítmica (EF67EF06) Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer). Tempo estimado: 1 aula. Recursos necessários: multimídia. Planejamento Como subsídio para o trabalho com essa temática, você pode ler o artigo: • NUNOMURA, Myrian; PIRES, Fernanda Regina; CARRARA, Paulo. Análise do treinamento na ginástica artística brasileira. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 31, n. 1, setembro 2009. Disponível em: <https://www.researchgate.net/ publication/277756638_Analise_do_treinamento_na_Ginastica_Artistica_brasileira>. Acesso em: 1 out. 2018. 35 Inicie a aula projetando o vídeo: Já viu como é o treino da Ginástica Olímpica? Disponível em: <https://tinyurl.com/yd6hf28u>. Acesso em: 1 out. 2018. Ou escolha outro de sua preferência. Depois que os alunos assistirem ao vídeo, dialogue com eles sobre os treinamentos realizados em atletas que participam de ginásticas de competição, visando resultados, performancee vitórias em campeonatos. Aponte para a dura realidade de meninas e meninos ainda muito pequenos, em plena infância, que trocam o tempo da brincadeira por duras horas diárias para treinamentos intensivos nos quais seus corpos são expostos para além de seus limites, causando dor e sofrimento. Mostre algumas imagens de crianças realizando treinamentos duros de ginástica de competição, em que são forçadas, principalmente na amplitude dos movimentos corporais, para aumentar a flexibilidade, que é uma das capacidades físicas mais presentes nos movimentos ginásticos. Segue sugestões: <https://tinyurl.com/y73sb4nf>, acesso em: 1 out. 2018; <https://vistachinesa.blogfolha.uol.com.br/2012/08/09/chineses-questionam-sua-maquina- de-medalhas/>, acesso em: 1 out. 2018. Estabeleça um diálogo com os alunos sobre as escolhas que são feitas na vida das crianças quanto à ocupação do tempo delas: com estudo regular, cursos complementares, escolinhas de arte; escolinhas de treinamento esportivo, tempo para brincar, etc. Será que as escolhas são feitas pelas crianças ou pelos pais e responsáveis? Vocês acham importante para as crianças terem tempo para brincar? O que vocês escolheriam se fossem crianças: tempo para brincar ou treinamentos intensos com vistas ao ganho de medalhas e títulos em campeonatos? Qual atividade vocês acham que é mais prazerosa para uma criança: brincar de fazer cambalhotas, saltos, estrelinhas com colegas na grama de casa (ginástica como prática de lazer) ou treinamentos de rolamentos, rodas, saltos mortais, etc. (ginástica de competição/ profissional)? Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos participaram das discussões a respeito da produção das práticas corporais de ginásticas e os diversos contextos onde são praticadas (comunitário/lazer ou profissional)? 36 3.o BIMESTRE SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1: GINÁSTICA ‒ UMA DAS MANEIRAS DE SE TER QUALIDADE DE VIDA Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Ginásticas Ginástica de condicionamento físico (EF67EF08) Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade, resistência, flexibilidade) e as sensações corporais provocadas pela sua prática. (EF67EF09) Construir, coletivamente, procedimentos e normas de convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos, com o objetivo de promover a saúde. (EF67EF10) Diferenciar exercício físico de atividade física e propor alternativas para a prática de exercícios físicos dentro e fora do ambiente escolar. Tempo estimado: 7 aulas. Recursos necessários: multimídia; materiais de ginástica. Planejamento Etapa 1 (2 aulas) Inicie a aula questionando os alunos sobre a diferença entre práticas corporais, atividade física e exercícios físicos. Esclareça a diferença entre eles, complementando e direcionando as respostas dadas pelos alunos. • Práticas corporais são ações que se mostram corporalmente e que se constituem como manifestações culturais de jogos, de danças, de ginásticas, de esportes, de artes marciais, entre outras práticas sociais. Constituem o acervo que vem sendo chamado de cultura corporal de movimento. • Atividade física, segundo a OMS, é definida como qualquer movimento realizado que gere um gasto de energia, seja ele nas tarefas do dia a dia, tarefas do trabalho, atividades realizadas durante uma viagem ou no seu momento de lazer. Por isso, o mais indicado para a prática regular é o exercício físico, por gerar maiores adaptações no condicionamento físico. • Exercícios físicos são as atividades planejadas e com um determinado objetivo a ser atingido. Exemplos: caminhada orientada, musculação, ginástica funcional, etc. As ginásticas são atividades que fazem parte da cultura corporal de movimento. Solicite para os alunos uma pesquisa sobre os diferentes tipos de ginásticas presentes em nossa sociedade: • Ginásticas de competição: ginástica rítmica, ginástica artística, ginástica aeróbica, ginástica acrobática, trampolim acrobático, etc. • Ginástica de condicionamento físico: step, pilates, jump, musculação – esteiras, bicicletas ergométricas, elípticos, aparelhos específicos para exercícios de pernas, braços, peito, glúteos, abdominal, hidroginástica, aeróbica, localizada, caminhada; etc. 37 • Ginástica de conscientização corporal: alongamento, ioga, biodança, tai chi chuan, antiginástica, etc. Partindo da pesquisa, traga imagens e textos explicando o que é e qual a função de cada uma das ginásticas. Divida a turma em pequenos grupos para que elaborem cartazes com o material que trouxeram. Nos cartazes, deverão aparecer os diferentes tipos de ginástica que existem. Após o término da produção, cada grupo deverá apresentar seu trabalho aos colegas. Etapa 2 (4 aulas) Escolha alguns exercícios físicos de ginástica de condicionamento físico que trabalhem as capacidades físicas (força, velocidade, resistência e flexibilidade), para que os alunos vivenciem e sejam capazes de identificá-las. Etapa 3 (1 aula) Para completar os trabalhos com essa temática, explique algumas das funções da ginástica na vida das pessoas e solicite que os alunos anotem no caderno o que forem entendendo. Segue algumas explicações para apoio. • Saúde: fortalecimento do coração; queima de gorduras; maior resistência; aumento da flexibilidade; fortalecimento dos músculos e ossos. • Alívio do estresse: as práticas corporais que tragam bem-estar e sejam prazerosas, como as caminhadas; alongamentos; relaxamentos; práticas em grupo que promovam a socialização; danças; esportes (sem vistas a competição) e muitas outras. • Lazer: preenchimento do tempo livre com qualidade por meio das práticas corporais. • Qualidade de vida: uma das maneiras de se ter qualidade de vida é por meio de práticas corporais, atreladas a outros fatores como alimentação saudável, moradia, segurança, educação, espiritualidade, etc. Para aprofundar o tema qualidade de vida, segue algumas sugestões de leitura: • MASSOLA, Ricardo. O que é qualidade de vida? Podemos medi-la. Disponível em: <http://www.ricardomassola.com.br/o-que-e-qualidade-de-vida-podemos-medi-la>. Acesso em: 2 out. 2018. • ALMEIDA, Nádia Ferreira de Araújo. A Educação Física no melhoramento da qualidade de vida e consciência ambiental. EFDeportes, Buenos Aires, ano 14, n. 131, abr. 2009. Disponível em: <https://tinyurl.com/y8ye7a4f>. Acesso em: 2 out. 2018. • SANTOS, Ana Lúcia dos; SIMÕES, Antonio Carlos. Educação Física e qualidade de vida: reflexões e perspectivas. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 21, n. 1, jan./mar. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0104-12902012000100018>. Acesso em: 2 out. 2012. • VILARTA, Roberto. A Educação Física e a promoção da qualidade de vida na escola: desafios na saúde de comunidades escolares. Disponível em: <https://www. fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/livro_afqv_cap1.pdf>. Acesso em: 2 out. 2018. Depois de conversarem sobre as funções da ginástica na vida das pessoas e sobre a qualidade de vida, apresente o gráfico “Modalidades: atividades físicas mais praticadas em 2013” e analise-o com os alunos. Peça que apontem quais são as atividades de: ginásticas, esportes, lutas, danças e práticas de aventura; qual a atividade física mais praticada, qual o tipo de ginástica mais praticada; entre outros pontos que acreditar ser importante. Observe com eles que o gráfico traz as atividades físicas separadas para praticantes do 38 gênero masculino e feminino. Questione: quais as atividades que são mais praticadas pelas mulheres? Existem atividades físicas em que somente os homens ou somente as mulheres praticam? Quais? Verifique a necessidade de abordar outras questões referentes ao gráfico. ATIVIDADES FÍSICAS MAIS PRATICADAS EM 2013 Fonte: BRASIL. Ministério do Esporte. A prática de esporte no Brasil. Disponível em: <http://www.esporte.gov.br/diesporte/2.html>. Acesso em: 4 out. 2018. Se acreditar ser necessário, você poderá analisar outros gráficos, presentes no site, sobre esse assunto: “Motivações para a prática de esporte em 2013”; “Vida sedentária e praticantes”; “Idade do abandono das práticas de esporte”, entre outros. Você pode, ainda, verificar e trazer outros gráficos com resultados de pesquisas mais recentes realizadas pelo Ministério do Esporte. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos experimentaram e fruíram exercícios físicos que solicitaram diferentes capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade, resistência e flexibilidade) e as sensações corporais provocadas pela sua prática? • Os alunos foram capazes de diferenciar prática corporal, exercício físico e atividade física? • Os alunos conseguiram classificar os diferentes tipos de ginásticas que existem em nossa sociedade? • Os alunos ampliaram o conhecimento a respeito da importância das práticas corporais na vida das pessoas? 39 SEQUÊNCIA DIDÁTICA 2: A DANÇA PRESENTE NAS TRIBOS URBANAS Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Danças Danças urbanas (EF67EF11) Experimentar e fruir danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos). (EF67EF12) Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das danças urbanas. (EF67EF13) Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais. Tempo estimado: 4 aulas. Recursos necessários: multimídia (aparelho de som, computador, projetor, etc.), músicas usadas para cada ritmo das danças urbanas. Planejamento Etapa 1 (1 aula) Explique aos alunos que a dança é a arte mais antiga que se conhece e que vem acompanhando a humanidade até os dias de hoje, nas mais diversas sociedades. Nos primórdios, dançava-se para pedir aos deuses: boa caça, chuva, sucesso nas guerras e fartas colheitas. Normalmente eram dançadas em grupos e em círculo. Algumas sociedades tribais ainda realizam as danças com essas intenções. Com o passar do tempo, muitas danças foram surgindo com a finalidade de diversão, como as florais (dança da deusa das flores) e bacanais (dança em homenagem ao deus Baco, o deus do vinho e da alegria). Na Idade Média, com o cristianismo e a negação do corpo, muitas danças foram proibidas, sendo consideradas profanas e apenas as manifestações religiosas eram permitidas. Mesmo assim, a dança continuou sendo realizada. Com o Renascimento, a dança apareceu em papel de destaque nas camadas dominantes, ensinadas pelos mestres de baile. Com o passar dos séculos, muitas danças foram sendo produzidas e, nos dias atuais, podemos observar várias delas sendo realizadas por diferentes grupos sociais. Questione os alunos sobre os tipos de danças que eles conhecem, quais já viram ou praticam, quais mais gostam e menos gostam. Relacione, por escrito, as danças conforme eles forem falando e depois, as classifique em: danças de salão (bolero, samba, tango, valsa, xote, vaneira, marchinha, etc.); danças folclóricas nacionais e internacionais (catira, fandango, carimbó, ciranda, coco, frevo, tarantela, salsa, flamenco, samba de roda, maculelê, toré, kuarup, etc.), danças teatrais (balé clássico, dança moderna, dança contemporânea, etc.); danças urbanas (funk, break, country, etc.), completando com as danças que não forem citadas. As danças urbanas estão vinculadas a grupos sociais presentes nos grandes centros urbanos, formando as chamadas tribos urbanas. Investigue o que os alunos sabem sobre tribos urbanas e, se for necessário, traga informações complementares. As tribos urbanas, também chamadas de “subculturas” ou “subsociedades” são grupos formados nas cidades, principalmente nas metrópoles. A expressão “tribo urbana” foi criada 40 pelo sociólogo francês Michel Maffesoli, em 1985. Esses grupos são formados por jovens que querem definir uma identidade. Possui uma organização interna, com hábitos, danças, músicas, filosofia, vocabulário, vestes, preferências próprias que os caracterizam. São várias as tribos urbanas presente nos dias de hoje: country, clubbers, hip-hop, funkeiros, skatistas, hippies, patricinhas e mauricinhos, punks, metaleiros, skinheads, góticos, emos, rastafaris, cosplayers, nerds, drag queens. Como subsídios para o trabalho com esse tema, seguem algumas sugestões de leitura e vídeos: • COLOMBERO, Rose Mary Marques Papolo. Danças urbanas: uma história a ser narrada. 2011. Disponível em: <http://www.gpef.fe.usp.br/teses/agenda_2011_09. pdf>. Acesso em: 2 out. 2018. • FREHSE, Fraya. As realidades que as “tribos urbanas” criam. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 21, n. 60, fev. 2006. Disponível em: <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092006000100012>. Acesso em: 2 out. 2018. • LOURENÇO, Mariane Lemos. Arte, cultura e política: o movimento hip-hop e a constituição dos narradores urbanos. Pepsic, México, n. 19, 2010. Disponivel em: <http://pepsic. bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-350X2010000100014>. Acesso em: 2 out. 2018. • PAIS, José Machado; BLASS, Leila Maria da Silva. Tribos urbanas: produção artística e identidades. São Paulo: Annablume, 2004. • SOUSA, Helena Sofia Martins; FONSECA, Paula. As tribos urbanas as de ontem até hoje. Nascer e Crescer, Porto, v. XVIII, n. 3. Disponível em: <http://repositorio.chporto.pt/ bitstream/10400.16/1271/1/TribosUrbanas_18-3.pdf>. Acesso em: 2 out. 2018. • CONHEÇA os passos básicos das danças urbanas. Ministério da Saúde, Brasília. 17 fev. 2018. Disponível em: <https://tinyurl.com/yanc6sxc>. Acesso em: 2 out. 2012. As tribos urbanas não são estanques, assim como tudo está em constante transformação, o mesmo acontece com os grupos: muitos acabam, outros se modificam e muitos novos surgem de acordo com as características de cada tempo e espaço social. Dialogue com os alunos se eles percebem novas tribos urbanas surgindo. Cite algumas características de alguns grupos e desafie-os a darem um nome para eles. • Grupo 1 – estar em boa forma física, treinos em academias, alimentação balanceada, suplementos alimentares, roupas justas, músicas na sua maioria eletrônicas, “massa magra”x”massa gorda”, etc. • Grupo 2 – uso de computadores, celulares, tablet, estar conectado sempre à internet, etc. Etapa 2 (1 aula) Divida a turma em pequenos grupos e solicite que cada um pesquise uma dança urbana, trazendo as principais características da dança e a que tribo urbana pertence. Solicite que cada grupo apresente os resultados e complemente, se necessário, com imagens e textos das danças urbanas e suas respectivas tribos. Segue algumas informações: 41 • Dança country: esse tipo de dança está presente na tribo urbana country. Essa tribo identifica-se pelas roupas de cawboy ou cawgirl, músicas e danças country e sertanejas. • Dança eletrônica/tecno: esse tipo de dança está presente na tribo urbana clubbers. Além da dança, apreciam as festas rave, cabelos e roupas coloridas. • Breakdance: esse tipo de dança está presente no movimento hip-hop. Esse movimento estabeleceu quatro pilares que dão sustentação à cultura, como: djing (disc-jockey ou DJ-operador de disco); rap (estilo de música com rimas), composto pelo MC – mestre de cerimônias/animador de festas; breakdance (dança); grafitti (grafite – arte de pintar ou escrever com sprays ou tinta em muros e paredes). As roupas usadas pelos simpatizantes desse movimento são largas para facilitar e dar efeito aos movimentos corporais da dança. Gostam de shorts. Usam bonés virados para trás ou para o lado. • Dança funk: esse tipo de dança está presente na tribo urbana funkeiros. No Brasil, há uma predominância do estilo funk carioca, realizado nas festas (bailes funks) das comunidades (favelas) do Rio de Janeiro e São Paulo. Esse movimento é muitocriticado por muitas vezes fazer apologia ao uso e tráfico de drogas, e por apresentar linguagem obscena e vulgar. Tais aspectos podem ser identificados como consequência de uma sociedade marcada por exclusão e violência. Dança country em Anápolis, GO, 2018. Batalha de break, Teatro Vila Velha. Salvador, BA, 2018. Festa rave em San Antonio, CA, 2016. Da ni el C ar va lh o / A sc om Ga br ie lle G ui do / Vi va da nç a Fe st iva l I nt er na cio na l Sg t. Aa ro n El le rm an / U. S. A rm y Re se rv e 42 Depois das apresentações da pesquisa, em uma roda de conversa, aborde a importância do respeito para com esses movimentos, pois independente do grupo ou manifestação a qual pertença a dança, todos têm o seu valor, a sua intencionalidade, já que a dança expressa sentimentos, emoções, retrata a realidade por meio da linguagem corporal. Etapa 3 (1 aula) Investigue com os alunos se alguns deles sabem dançar uma das danças urbanas citadas para ensinar aos colegas. Solicite que todos vivenciem, identificando seus elementos constitutivos (ritmo, espaço e gestos). Se houver possibilidade, convide algum grupo ou membro de algum grupo que realiza dança urbana para demonstrar e ensinar os alunos. Outra possibilidade para a vivência prática das danças urbanas é apresentar aos alunos vídeos que mostrem algumas dessas danças para que aprendam os passos básicos, os gestos característicos de cada uma delas, o ritmo, etc. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das habilidades • Os alunos experimentaram as danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos)? • Os alunos planejaram e utilizaram estratégias para aprender elementos constitutivos das danças urbanas? • Os alunos diferenciaram as danças urbanas das demais manifestações da dança, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a elas por diferentes grupos sociais? SEQUÊNCIA DIDÁTICA 3: A DANÇA URBANA COMO UMA DAS MANEIRAS DE SE COMUNICAR COM O MUNDO Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Danças Danças urbanas (EF67EF11) Experimentar e fruir danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos). (EF67EF12) Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das danças urbanas. Tempo estimado: 7 aulas. Recursos necessários: multimídia (aparelho de som, projetor, computador, textos com estilos de danças urbanas, e acesso a internet). Planejamento Etapa 1 (3 aulas) Inicie essa etapa explicando aos alunos que irão assistir ao filme Vem dançar. Mostre a capa e questione-os sobre a dança representada nela. Depois transmita o filme. Vem dançar, 2006, EUA. Pierre Dulaine (Antonio Banderas) é um dançarino de salão profissional que se torna voluntário para dar aulas de dança em uma escola pública de Nova York. Pierre tenta apresentar seus métodos clássicos, mas logo enfrenta resistência dos alunos, mais interessados em hip-hop. É quando deste confronto nasce um novo estilo de dança, mesclando os dois lados e tendo Pierre como mentor. Di vu lg aç ão / Ne w L in e Ci ne m a 43 Após a exposição do filme, em uma roda de conversa, questione os alunos: • Quais os dois tipos de danças que aparecem no filme? • Houve discriminação dos estilos de dança? Explique. • Quais os motivos de resistência entre os gêneros de dança? • Em que contexto histórico foram produzidos os dois tipos de danças que aparecem no filme? • Você acredita ser viável a união dos ritmos em uma só coreografia? Explique. Etapa 2 (1 aula) Forme grupos para a realização de uma pesquisa sobre o tango e o break. Cada grupo ficará responsável por um tipo de dança. Essa pesquisa deve conter a origem, o contexto atual e os tipos de movimentos corporais das danças. Os grupos poderão fazer cartazes ou apresentar o trabalho em power point. Seguem algumas sugestões para subsídio ao trabalho: • TANGO. Disponível em: <http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo. php?conteudo=112>. Acesso em: 20 set. 2018. • HIP-HOP sua origem [a história da cultura]. Disponível em: <http://www.zonasuburbana. com.br/hip-hop-sua-origem-a-historia-da-cultura/>. Acesso em: 20 set. 2018. • GRUNEWALD, José Lino. Carlos Gardel, lunfardo e tango. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. • SOUZA, Ivan Candido de. Hip-hop e Educação Física escolar: possibilidades de novas tematizações. 2010. Dissertação (Mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2010. • KASEONE; MC WHO. Hip-hop: cultura de rua. São Paulo: Literarua, 2011. • Documentário/filme » Tango Negro – As raízes africanas do tango, 2013, Angola e França. » Marco zero do hip-hop, 2014, Brasil. » Tango, 1998, Espanha. Possibilite um momento para a apresentação das pesquisas. Etapa 3 (1 aula) Prepare com antecedência pequenos textos sobre os estilos de dança que fazem parte das danças urbanas: locking, popping, breaking, hip-hop freestyle, house dance, krump/krumping. Você poderá encontrá-los no site <https://www.dancaderua.com>. Depois, divida a turma em grupos. Cada grupo receberá um texto para fazerem a leitura e, posteriormente, comentários. Após, um membro de cada equipe apresenta as informações para os demais colegas da turma. Você poderá ampliar as apresentações com imagens e vídeos de cada estilo musical, que poderão ser encontrados no site indicado anteriormente. Como subsídio ao trabalho, você poderá consultar: • COSTA, Mauricio Priess. Entre bases e “oitos” manifestações corporais do hip- hop em Curitiba. 2011. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, 2011. Disponível em: <https://www.acervodigital.ufpr.br/bitstream/ handle/1884/32517/R%20-%20D%20-%20MAURICIO%20PRIESS%20DA%20 COSTA.pdf?sequence=1>. Acesso em: 20 set. 2018. 44 Etapa 4 (2 aulas) Agora que os alunos já conhecem os estilos, nada melhor do que vivenciar para compreender cada um deles através da linguagem corporal. Aproveite sempre o conhecimento dos alunos, investigando se algum deles é adepto ao movimento hip-hop, e se sabem dançar break para ensinar aos colegas, ou utilize a visualização por meio de vídeos para que todos experimentem essa manifestação da cultura corporal de movimento. Sugestões de vídeos: • Conheça a dança break. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=uDEFEr6au04>. Acesso em: 2 out. 2018. • Magic breakdance – dança de rua de Diadema – São Paulo. Disponível em: <https:// www.youtube.com/watch?v=lyT2-1DOtdo>. Acesso em: 2 out. 2018. • Break no asfalto (Dança de rua). Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=gx3B7DH7zKA>. Acesso em: 2 out. 2018. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos experimentaram as danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos)? • Os alunos planejaram e utilizaram estratégias para aprender elementos constitutivos das danças urbanas? 4.o BIMESTRE SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1: A CAPOEIRA ENQUANTO ESPORTE DE COMPETIÇÃO Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Lutas Lutas do Brasil - Capoeira (EF67EF14) Experimentar e fruir da Capoeira – luta do Brasil, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais. (EF67EF15) Planejar e utilizar estratégias básicas da Capoeira, respeitando o colega como oponente. (EF67EF16) Identificar as características (códigos, rituais, elementos técnico-táticos, indumentária, materiais, instalações, instituições) da Capoeira. Tempo estimado: 7 aulas. Recursos necessários: multimídia, textos de apoio de acordo com o número de alunos; aparelho de som, músicas de capoeira e instrumentos musicais (berimbau, atabaque, pandeiro). Planejamento Etapa 1 (1 aula) Em uma roda de conversa, pergunte o que os alunos sabem sobre a capoeira: sua origem, os instrumentos musicais utilizados, as músicas, os movimentos corporais. Provavelmente, eles sabem que a capoeiraé uma manifestação histórica e cultural de matriz afro-brasileira, estabelecida como patrimônio da humanidade. Se acreditar ser necessário, sugere-se a leitura do texto que se encontra no site da Unesco sobre a capoeira como Patrimônio Imaterial da Humanidade, disponível em: <http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/ intangible-cultural-heritage-list-brazil/capoeira/#c1464969>, acesso em: 9 out. 2018. 45 Explique que ela também é um esporte regulamentado e que há várias competições. Apresente aos alunos um recorte do “Regulamento Internacional de Capoeira”, com alguns artigos do Título I. Solicite que leiam em silêncio e anotem no caderno as ideias principais. REGULAMENTO INTERNACIONAL DE CAPOEIRA De cumprimento, no Brasil, pelos órgãos de governo nos termos do IV do Artigo 217 da Constituição Federal Brasileira e de adoção obrigatória por todos os praticantes, nos termos do Parágrafo 1° do Artigo 1° e do Item IV do Artigo 4°, parágrafo 3° do Art. 5° e do Art. 14 da Lei Federal 9.615 de 24/03/98 (Lei Pelé), do Art. 18 do Decreto Federal 2.574 de 29/04/98 e do Item III do Artigo 2° da Lei 9.696 de 01/09/98 (Regulamenta a Profissão de Professor de Educação Física). TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Artigo 1° – Os seguintes itens de padronizações técnicas, culturais e desportivas foram aprovados em Assembleia Geral Ordinária da Confederação Brasileira de Capoeira – CBC, ocorrida por ocasião do II Congresso Técnico Nacional de Capoeira realizado nos dias 03, 04, 05 e 06 de junho de 1999, na Cidade de São Paulo, SP, Brasil, se fazendo presente o Conselho Federal de Educação Física – CONFEF, onde juntamente se realizaram as atividades do I Congresso Técnico Internacional de Capoeira, sendo também fundadas no dia 06 a Associação Brasileira de Árbitros de Capoeira – ABAC e a Federação Internacional de Capoeira – FICA, que referendou as atividades do evento, estabelecendo o Regulamento Internacional de Capoeira e Regulamento Desportivo Internacional de Capoeira, os quais são de natureza obrigatória para todos os praticantes da modalidade, nos termos da Lei Federal 9.615 de 23/04/98 (Lei Pelé), em seu Artigo 1° parágrafo 1° e Artigo 4° Item IV Parágrafos 1° e 2°, do Decreto Federal 2.574 de 29/04/98 em seu Artigo 5° Item IV, parágrafos 1° e 3° e Artigos 17 e 18, associados ainda ao Item III do Artigo 2° da Lei Federal 9.696 de 01/09/98 (Regulamentação dos Profissionais de Educação Física). Artigo 2° – A Capoeira passa a ser reconhecida internacionalmente como um Desporto de Criação Nacional, criado no Brasil e como tal, pertencente ao patrimônio cultural do povo brasileiro, legado histórico de sua formação e colonização, fruto do encontro das culturas indígenas, portuguesa e principalmente dos povos africanos, devendo ser protegida e incentivada na forma da Constituição Federal do Brasil. Parágrafo 1° – A Capoeira por sua inserção no processo histórico da nação portuguesa no período colonial brasileiro, bem como por haver recebido suas influências culturais, também faz parte, reconhecidamente, do acervo cultural da chamada Pátria-Mãe brasileira. Parágrafo 2° – Em virtude da Capoeira ter sido criada e concebida como tal no Brasil, também passa a ser considerada como um patrimônio cultural dos povos da América e da humanidade. Parágrafo 3° – Em virtude dos dispostos neste Artigo e Parágrafos anteriores, também é reconhecida internacionalmente a Capoeira como: A. Desporto Cultural; B. Desporto de Identidade; C. Desporto Tradicional. Parágrafo 4° – Constitui depreciação do patrimônio cultural a não aplicação ou deturpação dos conteúdos estabelecidos por este Regulamento. 46 Artigo 3° – Considera-se como prática do desporto formal da Capoeira, para efeitos legais, sua manifestação cultural sistematizada na relação ensino e aprendizagem, havendo um ou mais docentes e um corpo discente, no qual se estabelece um sistema de graduação de alunos e daqueles que ministram o ensino, havendo uma identificação estabelecida em uniformes e símbolos visuais, independentemente do recinto onde se encontrarem. Artigo 4° – Considera-se como prática desportiva não formal da Capoeira, para efeitos legais, sua manifestação cultural, sem qualquer uma das configurações estabelecidas pelo Artigo anterior, e que seja praticada em recinto aberto, eminentemente por lazer, o que caracterizará a liberdade lúdica de seus praticantes. Artigo 5° – Fica aprovado o Regulamento Desportivo Internacional de Capoeira, o qual é de natureza obrigatória para todos os eventos competitivos da modalidade, na forma do Parágrafo 1° do Artigo 1° da Lei Federal 9.615 de 23/04/98, quer seja em encontros, festivais, torneios, campeonatos ou quaisquer outras denominações e que impliquem em critérios de avaliação de desempenho e premiação de qualquer natureza. Artigo 6° – Ficam aprovados os usos comerciais dos emblemas da CBC e da FICA, na industrialização e comercialização de materiais didáticos ou pedagógicos, livros, CD’s, instrumentos musicais, uniformes, cordas, cordões, adornos, equipamentos, acessórios, etc. Parágrafo 1° – Cada entidade nacional de administração também se utilizará comercialmente de seu emblema associado ao da FICA na elaboração dos materiais constantes neste artigo. Parágrafo 2° – São considerados materiais de primeira categoria aqueles que forem industrializados dentro das especificações técnicas e tiverem o selo de garantia contendo o emblema da FICA e da CBC no Brasil, ou juntamente com os das entidades nacionais de administração do desporto de cada país, reconhecidas pela mesma. Parágrafo 3° – Todos os materiais que não estiverem dentro das especificações técnicas de que trata este Artigo e dos Parágrafos anteriores, serão considerados de segunda, terceira ou quarta categoria. Parágrafo 4° – É prerrogativa exclusiva da Presidência da FICA, da CBC no Brasil, e das entidades nacionais de administração do desporto em outros países, a negociação direta com empresas visando à industrialização e à comercialização dos materiais de que trata este Artigo. Parágrafo 5° – Os símbolos das Entidades de Administrações Desportivas são de propriedade legal das mesmas, na forma do Artigo 87 da Lei Federal 9.615 de 24/03/98, sendo terminantemente proibido seus usos sem a devida autorização formal. (...) REGULAMENTO Internacional de Capoeira. 1999. Disponível em: <https://www.solbrilhando.com.br/Esportes/ Capoeira/Regulamento_Internacional.htm>. Acesso em: 2 out. 2018. Peça que os alunos leiam em voz alta suas anotações e estabeleça uma conversa, esclarecendo dúvidas. Informe a eles que a Confederação Brasileira de Capoeira (CBC) é a entidade nacional de administração desportiva da Capoeira e foi fundada em 23 de outubro de 1992, e é hoje a única a ser reconhecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A CBC é filiada à Federação Internacional de Capoeira (FICA). Para mais informações, acesse: <http://www. capoeiradobrasil.com.br/confederacao.htm>. 47 Etapa 2 (2 aulas) Para que os alunos vivenciem a capoeira, se houver algum aluno que pratique esse esporte, aproveite esse conhecimento ou convide um grupo de capoeira para falar e demonstrar. Se não for possível convidar um grupo, solicite uma pesquisa em livros e sites que tragam os principais movimentos, as músicas, os instrumentos, indumentária, como se faz uma roda, etc. para subsidiar o seu trabalho, segue algumas sugestões de leitura e sites para consulta: • KRULIKOWSKI, Robert. Capoeira: meu guia. Brasília: Robert Krulikowski. 2013. • MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto. 2007. • WORLD CHAMPIONSHIP ON SPORT CAPOEIRA. Disponível em: <http:// mundialcapoeira.com/>. Acesso em: 2 out. 2018. • PORTAL DO PROFESSOR. Capoeira. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/buscarAulas. html?busca=capoeira&x=0&y=0&tipopesquisa=1&modalidade=&componente= &tema=&uf=&ordem=0&ba=false#resultado>. Acesso em: 2 out.2018. Etapa 3 (4 aulas) Questione os alunos sobre a capoeira de competição, praticada enquanto esporte. Se já viram ou mesmo participaram de alguma competição de capoeira. Esclareça que existem vários festivais e torneios, sendo um dos mais importantes o “Campeonato Mundial de Capoeira Esportiva”. O de 2018 aconteceu de 11 a 12 de maio, em Baku, Azerbaijão. Mostre algumas regras, resultados e premiação do esporte, contidas no regulamento do campeonato para que os alunos entendam como os atletas são pontuados para obterem os resultados. As performances dos competidores são avaliadas por 5 juízes. Os juízes irão pontuar os competidores conforme abaixo: 1.° e 2.° juiz De 0 a 3 pontos máximos a cada competidor no fim da rodada pelos seguintes Jogo e ritmo: 1. Diálogo no jogo (Explicação: Os movimentos realizados pelo competidor são relevantes para os movimentos do competidor adversário). 2. Criatividade e sequência (Explicação: O concorrente executa vários movimentos em sequência e sua transição de um movimento para outro é relevante). 3. Correspondência rítmica (Explicação: Os movimentos do concorrente na roda estão de acordo com o ritmo da música executada por bateria.) 4. Harmonia de movimentos com ginga (Explicação: Outros movimentos realizados pelo concorrente se harmonizam com o movimento da ginga.) Técnica 1. Corrigir o movimento (Explicação: Realizar um movimento de maneira correta e completa. O movimento é realizado na trajetória designada e até o final.) 2. Diversidade de movimentos (Explicação: O concorrente executa movimentos mais diversos e difíceis da lista de movimentos autorizados.) 48 3. Distância correta (Explicação: um competidor está realizando movimentos na distância precisa devido a essa regra.) 4. Segurança e esquiva (Explicação: O concorrente age com segurança e magistral evita ataques usando movimentos específicos: esquiva, questão baixa, negativa, queda de quatro, etc.) Físico e ética do concorrente 1. Atividade, força, resistência e espírito (Explicação: O concorrente é mais ativo, e a força, a durabilidade e a determinação são observadas principalmente em seus movimentos. Os competidores iniciaram a maioria das ações.) 2. Elasticidade (Explicação: A elasticidade é observada principalmente nos movimentos do competidor.) 3. Velocidade (Explicação: A velocidade é observada principalmente nos movimentos realizados pelo competidor com precisão e completamente.) 4. Balanço (Explicação: O concorrente mantém o equilíbrio corretamente durante a execução dos movimentos.) 5. Ética (Explicação: O competidor cumpre todos os códigos comportamentais e éticos durante a competição, enquanto entra na roda e durante a sua permanência na roda antes e depois do jogo.) 3.° juiz 1 (um) ponto para cada pontapé listado abaixo e cada movimento acrobático que se tornou um pontapé subsequentemente: Golpes de linha com diferentes entradas ou variações • Martelo • Cabeçada • Gancho • Pisão • Voo do Morcego • Bênção • Chapa • Escorpião Critérios: • Somente contato de toque não prejudicial, leve e controlado com o corpo e a cabeça é permitido (mas nem para o rosto nem para a garganta); • Apenas a técnica realizada corretamente para o corpo ou a cabeça será pontuada (a uma distância de até 30 cm); • Se ambos os competidores chutarem um ao outro ao mesmo tempo, receberá o ponto o competidor que fez um chute primeiro. Se ambos os chutes forem entregues no mesmo momento, ambos os competidores podem receber pontos por suas respectivas pontuações. 49 4.° juiz 1 (um) ponto por cada movimento acrobático • Aú • Bananeira • Beija-flor • Pião de mão • Pião de cabeça • Relógio • Macaco • S-dobrado • Saltos • Queda de rins Critérios: • Cada movimento acrobático deve ser marcado apenas uma vez na rodada. • Todos os tipos de movimentos acrobáticos acima são permitidos com entradas e variações diferentes. • Apenas os movimentos acrobáticos executados corretamente serão pontuados. 5.° juiz 4 (quatro) pontos para cada golpe: • Rasteira (com todas as variações) • Vingativa (com todas as variações) • Tesoura (com todas as variações) • Banda (com todas as variações) • Arrastão (com todas as variações) • Cruz (com todas as variações) • Boca de calça (com todas as variações) 2 (dois) pontos para cada final incompleto (explicação: um competidor agarra seu oponente, mas não pode derrubá-lo) 2 (dois) pontos para cada fuga bem-sucedida ou desarme da espera. 2 (dois) pontos para cada salto ou passagem sobre o adversário. 2 (dois) pontos ao adversário do concorrente após cada terceiro aviso. Disponível em: <http://mundialcapoeira.com/regulations>. Acesso em: 3 out. 2018. (Adaptado). Nesse Campeonato Mundial, o Brasil obteve ótimos resultados: das 14 categorias disputadas tanto por homens como por mulheres, o Brasil conseguiu 8 primeiros lugares. Os competidores que conseguiram o 1.°, 2.° e 3.° lugares foram premiados respectivamente com medalhas de ouro, prata e bronze e diplomas por comitê organizador. Crianças, juniores 50 e cadetes foram premiados com presentes valiosos e adultos com prêmio em dinheiro no valor de $ 50.000,00 (cinquenta mil dólares). Informações obtidas no site do Campeonato <http:// mundialcapoeira.com/awarding>. Proponha aos alunos a organização de um pequeno torneio de capoeira, no qual alguns alunos serão os atletas, outros serão os árbitros (juízes) e outros os organizadores. Não se esqueçam de elaborar o regulamento e a tabela de pontuação com a função de cada árbitro tendo como base o quadro mostrado anteriormente. Combine juntamente com os alunos e coordenadores um dia para a realização do torneio de capoeira na escola. Siga a organização do quadro anterior. Depois, numa roda de conversa, investigue se os alunos compreenderam a diferença da capoeira realizada enquanto prática de lazer (vivenciada na Etapa 2 desta sequência didática) e a capoeira enquanto esporte (vivenciada na Etapa 3 desta sequência didática). Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos vivenciaram a capoeira – luta do Brasil –, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais? • Os alunos planejaram e usaram estratégias básicas da capoeira, respeitando o colega como oponente? • Os alunos identificaram as características (músicas, elementos técnico-táticos, indumentária, instrumentos musicais, rodas, origem, instituições) da capoeira? • Os alunos conseguiram perceber a capoeira enquanto desporto formal com graduação própria para alunos e mestres, enquanto prática desportiva não formal, com a prática de lazer (jogo, brincadeira) e enquanto esporte regulamentado em campeonatos, torneios, competições de forma geral? SEQUÊNCIA DIDÁTICA 2: PRECONCEITOS TAMBÉM ESTÃO NO UNIVERSO DAS LUTAS Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Lutas Lutas do Brasil (EF67EF17) Problematizar preconceitos e estereótipos de gênero, sociais e étnico-raciais relacionados ao universo das lutas e demais práticas corporais, propondo alternativas para superá-los, com base na solidariedade, na justiça, na equidade e no respeito. Tempo estimado: 5 aulas. Recursos necessários: multimídia. Planejamento Etapa 1 (1 aula) Antes de iniciar essa etapa, solicite aos alunos que tragam para a aula imagens de diversas lutas. Procure não influenciar nem quanto ao tipo, nem quanto à categoria masculina ou feminina. Com as imagens em mãos, solicite que os alunos classifiquem-nas em categoria masculina e feminina. Questione sobre qual das categorias teve o maior número de imagens e por quê. Deixe que dêem a sua opinião e amplie a discussão com a leitura de textos que abordem o assunto. Sugestões: 51 • ARAUJO, Marcus Paulo; ALVARENGA, Raphaela. Lutas e questões de gênero: construções histórico-socioculturais. In: Congresso Sudeste de Ciências do Esporte 3– Mega Eventos esportivos no Brasil: seus impactos e a participação popular, Niterói, 2010. Disponível em: <http://congressos.cbce.org.br/index.php/cbcesudeste/iiicbcesudeste/paper/viewFile/2372/1905>. Acesso em: 20 set. 2018. • PELLEGRINI, Marcelo. Modalidades de luta carregam estigma de gênero e preconceito. Agência USP de notícias, São Paulo, 22 junho 2011. Disponível em: <http://www. usp.br/agen/?p=62795>. Acesso em: 20 set. 2018. • FERRETTI, Marco Antonio de Carvalho; KNIJNIK, Jorge Dorfman. Mulheres podem praticar lutas? Um estudo sobre as representações sociais de lutadoras universitárias. Movimento, Porto Alegre, v. 13, n. 1, p. 57-80, janeiro/abril 2007. Disponível em: <http://www.seer. ufrgs.br/Movimento/article/viewFile/2925/1559>. Acesso em: 20 set. 2018. • GÊNERO e práticas corporais e esportivas. In: Fazendo gênero 9: diásporas, diversidades, deslocamentos. Universidade Federal de Santa Catarina, agosto 2010. Disponível em: <http://www.fazendogenero.ufsc.br/9/simposio/view?ID_ SIMPOSIO=29>. Acesso em: 20 set. 2018. Questões que podem ser debatidas depois da leitura dos textos: • Será que as meninas/mulheres que praticam lutas são masculinizadas? Explique. • Em sua opinião, nos dias atuais ainda existem preconceitos quanto à participação das mulheres nas práticas de lutas? Justifique sua resposta. • E nas demais manifestações da cultura corporal de movimento (ginásticas, danças, esportes, jogos) também existem preconceitos e estereótipos? Jogos e brincadeiras de meninos e de meninas? Dança só para meninas? Esportes para homens (na escola os meninos jogam futebol) e esportes para mulheres (na escola as meninas jogam vôlei ou dançam)? Explique. • Algumas escolinhas de Educação Infantil ainda mantêm em seus currículos o Judô para os meninos e o Balé para as meninas. Você concorda? Por quê? • Como devemos tratar as pessoas quanto as suas escolhas por práticas corporais e outras opções que tenham em suas vidas? Etapa 2 (3 aulas) Para ampliar o trabalho com o tema, possibilite que os alunos assistam ao filme Menina de ouro (faixa etária 12 anos) ou outro de sua preferência que remeta à temática estudada neste momento. Menina de ouro, 2005, EUA. Frankie Dunn é um veterano treinador de boxe de Los Angeles que mantém quase todos a certa distância, exceto o velho amigo e sócio Eddie Dupris. Quando Maggie Fitzgerald, uma operária transferida de Missouri, chega ao ginásio de Frankie em busca de sua experiência, ele fica relutante em treinar a jovem. Mas quando cede ao seu jeito reservado, os dois formam um vínculo muito próximo que inevitavelmente mudará suas vidas. Se você optar por assistir ao filme Menina de ouro, experimente pará-lo na cena em que a lutadora Maggie vai disputar a grande final do peso meio médio e pergunte aos alunos como eles acham que vai ser a luta e como será o final do filme. Depois que acabar de ver ao filme, retome a questão e debata sobre o “final feliz”, muitas vezes esperado, e um final diferente do que se imagina. Di vu lg aç ão / Eu ro pa F ilm es 52 Em uma roda de conversa, troque ideias com os alunos sobre o filme. Faça a relação com a temática estudada e questionamentos como: • Qual o tipo de luta que aparece no filme? • Qual é o preconceito do treinador? • Qual a situação de bulling que vocês perceberam? Com quem? • Qual é a principal regra que o treinador insiste em cobrar da atleta de boxe Maggie durante a luta? • Quais as principais características da Maggie? • O que significa o apelido “MoCuishle”, descrito no roupão da Maggie e que acabou sendo seu apelido? MoCuishle significa minha querida, meu sangue, minha alma, sangue do meu sangue. É um apelido em gaélico, um dialeto falado pelos celtas da Irlanda e da Grã-Bretanha. Se você optar por assistir outro filme, a proposta de trabalho é a mesma, porém, faça os questionamentos em relação ao filme escolhido. Depois das discussões, proponha a escrita de um artigo para ser postado no blog ou colocado em um edital. A escrita pode ser coletiva ou individual. Se necessário, solicite a ajuda do professor de Língua Portuguesa. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das habilidades • Os alunos problematizaram preconceitos e estereótipos de gênero, sociais e étnico-raciais relacionados ao universo das lutas e demais práticas corporais e estabeleceram acordos objetivando a construção de interações referenciadas na solidariedade, na justiça, na equidade e no respeito? 53 SEQUÊNCIA DIDÁTICA 3: PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA ‒ UMA POSSIBILIDADE DE VENCER OS MEDOS Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Práticas corporais de aventura Práticas corporais de aventura urbanas (EF67EF18) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura urbanas, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais. (EF67EF19) Identificar os riscos durante a realização de práticas corporais de aventura urbanas e planejar estratégias para sua superação. (EF67EF20) Executar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e utilizando alternativas para prática segura em diversos espaços. (EF67EF21) Identificar a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades de recriá-las, reconhecendo as características (instrumentos, equipamentos de segurança, indumentária, organização) e seus tipos de práticas. Tempo estimado: 6 aulas. Recursos necessários: multimídia; recursos da escola (bancos, mesas, cadeiras, escadas, rampas, cordas, muretas, etc.), skate, patins e bicicleta. Planejamento Etapa 1 (2 aulas) Solicite que os alunos escrevam uma frase com a temática “arriscar” relacionada à Educação Física. Depois, peça que cada um leia a sua frase. Em uma roda de conversa, troquem ideias sobre os medos que sentem ao se arriscarem em um desafio ou se preferem não arriscar. Depois dessa conversa inicial, pergunte para eles se conhecem alguma prática de aventura urbana e alguma prática de aventura na natureza. Escreva, no quadro de giz, as práticas corporais de aventura que forem citadas e acrescente mais, se necessário. Praticas corporais de aventura na natureza Práticas corporais de aventura urbanas Orientação (corrida) Parkour Corrida de aventura Skate Mountain bike Patins Rapel Bike Tirolesa Parede de escalada Arborismo Paintball 54 Faça a relação com a temática arriscar e, se possível, apresente imagens desses esportes. Você pode também transmitir alguns vídeos em que aparecem esportes de aventuras tanto urbano quanto da natureza. Seguem algumas sugestões: • ARTE por todos – Skate Parkour Breakdance. TV Escola. Disponível em: <https:// tvescola.org.br/tve/video/arte-por-todos-skate-parkour-breakdance>. Acesso em: 24 set. 2018. • NOVA Amazônia – temporada 2 – Amazônia radical. TV Escola. Disponível em: <https://tvescola.org.br/tve/video/nova-amazonia-temporada-2-amazonia-radical>. Acesso em: 24 set. 2018. • SKATE é ensinado em escola tradicional de São Paulo. Globo Play, 28 abr. 2013. Disponível em: <https://globoplay.globo.com/v/2541169/>. Acesso em: 24 set. 2018. Antes de vivenciar algumas práticas, é importante falar sobre a segurança. Arriscar não significa ser negligente. Alguns cuidados devem ser observados ao realizar tais práticas, por exemplo: • usar equipamentos de segurança (capacete, cotoveleiras, joelheiras, etc.). • respeitar os espaços públicos. • não realizar práticas em ruas movimentadas. • não “pegar carona” atrás de veículos como ônibus e caminhões. • respeitar os pedestres. • usar roupas adequadas. • usar equipamentos seguros e bem revisados. • seguir orientações de líderes e guias. Muitos outros cuidados devem ser tomados de acordo com cada prática escolhida. A Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) publicou várias normas relacionadas ao turismo de aventura, acesse: <http://www.abntcatalogo.com.br/>. Se acreditar ser necessário, apresente essas normas para os alunos. Etapa 2 (2 aulas) Proponha a vivência de algumas das práticas corporais de aventura urbana, possíveis de serem realizadas na escola. Inicie com movimentos básicos,para dar oportunidade de todos experimentarem essa nova experiência corporal, sem discriminação. Incentive os alunos que já dominam a prática para auxiliarem os que estão tendo contato pela primeira vez. Por exemplo, no skate os alunos podem deslocá-lo permanecendo sentados no mesmo e gradativamente vão ficando em pé com ajuda dos colegas, depois sozinho e para os que já dominam lance desafios como: subir em rampas e realizarem manobras mais radicais. Para os que já fruem do esporte, proponha que elaborem uma apresentação de skate para os alunos das demais turmas da escola, com manobras mais radicais e elaboradas. 55 Etapa 3 (2 aulas) Converse com os alunos a respeito dos ambientes escolares onde são realizadas as práticas de Educação Física. Questione a possibilidade de se vivenciar práticas da cultura corporal de movimento utilizando outros espaços que extrapolem a quadra poliesportiva. Fale sobre os ambientes onde são realizadas práticas corporais e o respeito que os praticantes devem ter nesses locais, que podem ser naturais, como florestas, matas, cachoeiras e parques, ou urbanos, como ruas, praças, prédios, espaços públicos e privados. Explique que é necessário cuidar para não depredar, não jogar lixo, não destruir plantas, não mexer com animais, etc. Planejem como poderiam realizar uma prática corporal de aventura urbana num local mais apropriado para essas práticas na cidade onde moram: pista de skate, pista de patinação, um parque ou praça para realizar o parkour, parede de escalada, trilha de bike, campo de paintball, etc. Incentive os alunos a realizarem uma das práticas corporais de aventura urbana. Para você aprofundar seus conhecimentos em práticas corporais de aventura, seguem algumas sugestões. • TAHARA, Alexander Klein; DARIDO, Suraya Cristina. Práticas corporais de aventura em aulas de Educação Física na escola. Conexões Educação Física, Esporte e Saúde, Campinas, v. 14, n. 2, 2016. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/ index.php/conexoes/article/view/8646059/13357>. Acesso em: 24 set. 2018. • FRANCO, Laercio Claro Pereira; CAVASINI, Rodrigo; DARIDO, Suraya Cristina. Práticas corporais de aventura. In: GONZÁLEZ, Fernando Jaime; DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de (Org.). Lutas, capoeira e práticas corporais de aventura. Maringá: Eduem, 2014. p. 101-135. Disponível em:<http://www. esporte.gov.br/arquivos/snelis/segundoTempo/livros/lutasCapoeiraPraticasCorporais. pdf> Acesso em: 26 set. 2018. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos experimentaram e fruíram diferentes práticas corporais de aventura urbanas, valorizando a própria segurança e integridade física bem como as dos demais? • Os alunos identificaram os riscos durante a realização de práticas corporais de aventura urbanas e planejaram estratégias para sua superação? • Os alunos executaram práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e utilizando alternativas para prática segura em diversos espaços? • Os alunos identificaram as possibilidades de recriar as práticas corporais de aventura urbana, reconhecendo as características (instrumentos, equipamentos de segurança, indumentária, organização) e seus tipos de práticas? 56 PROPOSTA DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM A avaliação da aprendizagem é um processo pelo qual se obtém informações com o objetivo de se tomar uma decisão educacional. Por isso, é importante considerar todas as atividades avaliativas como forma de obtenção de dados necessários para que sejam tomadas decisões específicas adequadas. Ela deve priorizar o auxílio aos alunos na aprendizagem. Para isso, fornece informações que professores e alunos possam usar como feedback para modificar as atividades em que todos estão envolvidos. Essa avaliação se torna válida quando as evidências são realmente usadas para adequar o ensino às necessidades de aprendizagem. As avaliações devem oferecer aos alunos indicativos sobre o que conseguiram alcançar e o que precisam fazer para melhorar seu desempenho. Além disso, é preciso dizer aos estudantes o quão perto eles se aproximaram dos objetivos de aprendizagem. Uma boa avaliação é também uma boa forma de ensino. Coletar informações sobre as aprendizagens dos alunos por meio de diversas modalidades avaliativas eleva a qualidade da avaliação. Exercícios de verdadeiro ou falso ou de completar, por exemplo, enfatizam a memorização e o reconhecimento de informação factual; questões dissertativas favorecem a organização de ideias e a demonstração de habilidades de escrita; um projeto desenvolvido ao longo de um mês estimula o uso livre de recursos e de pesquisa para uma análise mais elaborada de um tópico específico; fichas com pareceres sobre o desempenho dos alunos quanto à participação nas atividades de prática corporal incentiva-os no rompimento de barreiras, medo e traumas. Certamente, quanto mais diversificados os instrumentos, melhores serão os resultados alcançados pelos alunos e mais completa será a visão do professor sobre o que aprenderam. A seguir, são apresentadas quatro propostas de avaliação, com 10 questões por bimestre, em média com 40% de questões abertas, 40% de questões de múltipla escolha e 20% de outros tipos, com grade de correção orientando sobre como interpretar as respostas e com detalhamento das habilidades avaliadas. Ao fim, é proposta uma ficha de acompanhamento das aprendizagens, a qual pode subsidiar as reuniões do conselho de classe. 57 AVALIAÇÃO 1.o BIMESTRE 1. Como é possível aliar os jogos eletrônicos à prática de atividade física? 2. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira: (1) Esportes de marca. (2) Esportes de precisão. (3) Esportes técnico-combinatório. (4) Rede/quadra dividida ou parede de rebote. (5) Campo e taco. (6) Invasão ou territorial. (7) Combate. □ Voleibol, tênis e peteca. □ Provas de atletismo. □ Judô e boxe. □ Basquetebol, futebol, futsal e handebol. □ Ginástica artística e ginástica rítmica. □ Beisebol, críquete e softbol. □ Bocha, golfe e tiro com arco. 3. São provas do atletismo: A) natação, ciclismo e corrida. B) corridas, saltos, arremessos e lançamentos. C) boliche, bocha e tiro com arco. D) corrida, nado sincronizado e salto em distância. 58 4. O futegolfe é considerado um esporte: A) de precisão. B) de marca. C) de invasão. D) técnico-combinatório. 5. Cite pelo menos um dos fatores que fazem muitos dos esportes não serem conhecidos e praticados em nosso país. 6. Os esportes podem ser praticados com algumas intenções: saúde, profissão ou lazer. Explique como tais práticas se manifestam no dia a dia, de acordo com essas finalidades. 7. Cite alguns jogos eletrônicos possíveis de serem realizados nas aulas de Educação Física. 59 8. Coloque V para verdadeiro e F para falso. □ Dodgeball é um tipo de jogo eletrônico. □ Bocha é um tipo de esporte de marca. □ Atletismo é um tipo de esporte de marca. □ Just Dance é um tipo de jogo eletrônico. □ Boliche é um esporte de precisão. 9. Sobre o atletismo, é correto afirmar que: A) as corridas são uma das provas realizadas, podendo ser de velocidade ou de resistência. B) os saltos são uma das provas realizadas, podendo ser de altura ou sobre a mesa. C) o tiro com arco é uma das provas que fazem parte do esporte. D) todas as provas são coletivas. 10. Sobre o esporte profissional, é correto afirmar que: A) é sinônimo de saúde, pois os atletas estão sempre praticando atividade física com o objetivo de lazer. B) é sinônimo de bem-estar, alívio do estresse e atividade física voltada ao lazer. C) nem sempre significa saúde, pois muitos atletas sofrem lesões ocasionadas por treinos duros de muitas horas diárias e/ou causadas durante as competições. D) significa saúde e amor ao esporte. É uma atividade diária voltada às questões estéticas. 60 GABARITO E HABILIDADES AVALIADAS 1. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu que osjogos podem ser reproduzidos nas aulas práticas, com movimentos corporais, e também podem ser usados os jogos por meio dos exergames, em que há interação dos jogadores com a tela, usando controles ou sensores – Kinect. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir, na escola e fora dela, jogos eletrônicos diversos, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais e etários. 2. Questão para relacionar. Verifique se o aluno marcou a seguinte sequência: 4, 1, 7, 6, 3, 5, 2. Habilidade avaliada: Diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. 3. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a segunda opção: corridas, saltos, arremesso e lançamentos. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir esportes de marca, valorizando o trabalho coletivo, usando habilidades técnico-táticas básicas e respeitando regras, planejando e utilizando estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos. 4. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: um esporte de precisão. Habilidade avaliada: Diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. 5. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu que a mídia mostra apenas alguns esportes, aqueles que mais interessam. Outro fator é a questão de que muitos esportes não fazem parte da cultura de nosso país, não tendo local para praticá-los ou por não serem abordados como conteúdos nas aulas de Educação Física. Habilidade avaliada: Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir a forma como as mídias os apresentam. 6. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu que: esporte enquanto saúde – a pessoa pratica regularmente para prevenir ou combater algum tipo de doença; esporte enquanto lazer – a pessoa pratica porque gosta, para passar horas agradáveis na companhia de outras pessoas; esporte enquanto profissão – as pessoas praticam para obterem bons resultados em competições, ganharem medalhas, prêmios, dinheiro de patrocinadores ou remuneração de clubes. Habilidade avaliada: Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer). 61 7. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu: Just Dance, Kinect Sports (Xbox 360), CounterStrike, Age of Empires (Era dos Impérios). Essa resposta pode ter outros exemplos citados pelo aluno, cabendo a você analisar a possibilidade ou não de trazê-los para as aulas de Educação Física. Habilidade avaliada: Identificar as transformações nas características dos jogos eletrônicos em função dos avanços das tecnologias e nas respectivas exigências corporais colocadas por esses diferentes tipos de jogos. 8. Questão de verdadeiro ou falso. Verifique se o aluno marcou: F, F, V, V, V. Habilidade avaliada: Diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. 9. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: as corridas são uma das provas realizadas, podendo ser de velocidade ou de resistência. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir esportes de marca, valorizando o trabalho coletivo, usando habilidades técnico-táticas básicas e respeitando regras, planejando e utilizando estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos. 10. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a terceira opção: nem sempre significa saúde, pois muitos atletas sofrem lesões ocasionadas por treinos duros de muitas horas diárias e/ou causadas durante as competições. Habilidade avaliada: Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer). 62 AVALIAÇÃO 2.o BIMESTRE 1. Qual é o esporte mais conhecido e praticado no Brasil? Por quê? 2. Muitas das práticas corporais que nasceram como jogos, com o tempo, passaram a ser esportes. Qual a diferença entre eles? A) Os jogos têm regras fixas, enquanto os esportes têm regras que podem ser alteradas a qualquer momento. B) Não há diferença, já que ambos têm regras que definem a forma de jogar. C) Os esportes são praticados nos momentos de lazer e têm a função de divertir, enquanto os jogos são praticados por profissionais, atletas que treinam. D) Os esportes têm regras fixas, sistematizadas pelas Federações e Confederações, enquanto os jogos têm regras possíveis de serem modificadas, conforme o grupo que pratica. 3. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira: ( 1 ) Basquetebol. ( 2 ) Voleibol. ( 3 ) Futsal. ( 4 ) Handebol. □ Saque, passe, levantamento, ataque e bloqueio. □ Passe, finta, cabeceio, chute, recepção e condução. □ Drible, passes e arremesso ao gol. □ Drible, passes e arremesso ao cesto. 63 4. Os esportes técnico-combinatórios incluem alguns tipos de ginástica, entre eles a ginástica artística. Quais são os aparelhos usados nessa modalidade? 5. Cite cinco movimentos corporais usados no aparelho solo. 6. Como são feitas as classificações dos atletas em uma competição de ginástica? 7. Assinale a alternativa correta. A) A ginástica artística é realizada somente por homens. B) A ginástica rítmica é realizada somente por homens. C) A ginástica artística é realizada somente por mulheres. D) A ginástica rítmica é realizada somente por mulheres. 64 8. Como são os treinos das ginásticas de competição? 9. A ginástica realizada na escola deve: A) ser prazerosa, trabalhada de forma lúdica, para que as crianças e jovens gostem e queiram praticá-la. B) ser abordada de forma rígida, com a cobrança da perfeição dos movimentos corporais com vistas a escolher crianças e jovens para as competições. C) abordar conteúdos somente teóricos, pois a vivência corporal é perigosa e arriscada para as crianças e jovens. D) estar voltada ao condicionamento físico com vistas a modelar os corpos, de acordo com os padrões corporais impostos pela sociedade atual. 10. Em qual das ginásticas de competição todas as provas são realizadas individualmente, apesar de as notas serem somadas para classificação em equipe? □ Ginástica artística. □ Ginástica rítmica. 65 GABARITO E HABILIDADES AVALIADAS 1. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu que é o futebol. Em nosso país, esse esporte vem sendo praticado há muitos anos. Qualquer local pode ser adaptado, desde que se tenha uma bola (pode até ser de papel), duas traves (pode ser um par de chinelos) e um pequeno espaço. É o esporte mais apresentado nas mídias do Brasil e transmitido o ano todo por existirem vários campeonatos no país. Habilidade avaliada: Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir a forma como as mídias os apresentam. 2. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a quarta opção: os esportes têm regras fixas, sistematizadas pelas Federações e Confederações, enquanto os jogos têm regras possíveis de serem modificadas de acordo com o grupo que pratica. Habilidade avaliada: Diferenciar os conceitos de jogo e esporte, identificando as características que os constituem na contemporaneidade. 3. Questão para relacionar. Verifique se o aluno marcou a seguinte sequência: 2, 3, 4, e 1. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir esportes de invasão, valorizando o trabalho coletivo, usando habilidades técnico-táticas básicas e respeitando regras, planejando e utilizando estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos. 4. Questão aberta. Os aparelhos são: solo, barra fixa, barras paralelas simétricas e assimétricas, salto, argolas, trave de equilíbrio e cavalo com alças. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir esportes técnico-combinatórios, valorizando o trabalho coletivo, usando habilidades técnico-táticasbásicas conhecendo e respeitando regras. 5. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu: rolamentos, saltos, parada de cabeça, parada de mãos, roda, rodante, ponte, mortais, saltitos e giros. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir esportes técnico-combinatórios, valorizando o trabalho coletivo, usando habilidades técnico-táticas básicas, conhecendo e respeitando regras, planejando e utilizando estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos. 6. Questão aberta. Resposta: são classificados por notas em cada aparelho, que são resultado de uma soma de pontos pelos árbitros responsáveis. A pontuação dos movimentos corporais é feita de acordo com as categorias. A classificação pode ser individual, geral ou por aparelhos. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir esportes técnico-combinatórios, valorizando o trabalho coletivo, usando habilidades técnico-táticas básicas, conhecendo e respeitando regras. 7. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a quarta opção: A ginástica rítmica é realizada somente por mulheres. Habilidade avaliada: Praticar um ou mais esportes de marca, precisão, invasão e técnico-combinatórios oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas, conhecendo e respeitando regras. 66 8. Questão aberta: Observe se o aluno respondeu que os treinos de ginástica de competição são intensos, duros, com várias horas por dia, com cobrança de técnica e perfeição de movimentos, bem como exercícios para aumentar a flexibilidade, que muitas vezes causam dor e sofrimento. Acontece desde cedo, em crianças ainda pequenas. Habilidade avaliada: Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer). 9. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: ser prazerosa, trabalhada de forma lúdica, para que as crianças e jovens gostem e queiram praticá-la. Pois a cobrança de técnica deve ficar a cargo das escolinhas de treinamento e o conteúdo deve ser teórico e vivenciado também na prática. Habilidade avaliada: Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer). 10. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: ginástica artística. Habilidade avaliada: Praticar um ou mais esportes de marca, precisão, invasão e técnico-combinatórios oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas, conhecendo e respeitando regras. 67 AVALIAÇÃO 3.o BIMESTRE 1. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira: ( 1 ) Ginásticas de competição. ( 2 ) Ginástica de condicionamento físico. ( 3 ) Ginástica de conscientização corporal. □ Ioga, biodança, tai chi chuan e antiginástica. □ Ginástica rítmica, ginástica artística, ginástica aeróbica, ginástica acrobática e trampolim acrobático. □ Step, pilates, jump, musculação, hidroginástica, aeróbica, localizada e caminhada. 2. Assinale a alternativa incorreta: A) Os exercícios de alongamento são os mais indicados para trabalhar a flexibilidade. B) Os exercícios de musculação são os mais indicados para trabalhar a força. C) Os exercícios usados nas ginásticas de conscientização corporal são os mais indicados para trabalhar a velocidade. D) Os exercícios de condicionamento físico auxiliam na resistência. 3. Cite pelo menos três benefícios da ginástica na vida das pessoas. 68 4. Segundo o gráfico do Ministério do Esporte, página 38, qual foi a atividade física mais praticada em 2013? A) Caminhada. B) Corrida. C) Musculação. D) Andar de bicicleta. 5. São exemplos de danças urbanas: A) balé, dança moderna e dança contemporânea. B) xote, bolero, valsa e samba. C) fandango, catira, frevo e maculelê. D) break, hip-hop dance e funk. 6. As danças estão ligadas a grupos sociais diversos. Os grupos que vivem em grandes centros urbanos são conhecidos como tribos urbanas. Cite pelo menos duas delas, descrevendo o tipo de dança característico. 7. Quais são os pilares (elementos) que formam a cultura ou movimento hip-hop? 69 8. Marque a alternativa que considerar correta. A) O espaço é onde o movimento da dança se processa, possui volume e densidade, ou seja, comprimento, largura e altura. B) O espaço na dança se caracteriza pela velocidade do movimento corporal (ritmo e duração), contrastes (rápido, médio, lento) e contratempo. C) Dentro do ritmo estudamos as direções (cima, baixo, lado, frente, trás e diagonais), dimensões (pequeno, médio e grande), níveis (baixo, médio e alto) e extensões (perto, médio e longe). D) É no ritmo que a dança se processa. Possui volume e densidade, largura e altura, direções, duração, tempo e contratempo. 9. São estilos de dança urbana: I. Locking, popping, breaking e hip-hop dance. II. Todos os estilos realizados nas ruas são considerados dança urbana. III. Todos os estilos de dança que são realizados nas grandes cidades. A) As alternativas I e II estão corretas. B) A alternativa I está correta. C) A alternativa III está correta. D) Todas as alternativas estão erradas. 10. Em sua opinião, existe preconceito entre os grupos sociais e os tipos de danças que os caracterizam? Por quê? 70 GABARITO E HABILIDADES AVALIADAS 1. Questão para relacionar. Verifique se o aluno marcou a seguinte sequência: 3, 1 e 2. Habilidade avaliada: Diferenciar os diferentes tipos de ginástica que existem. 2. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou como a alternativa errada a terceira opção. Cuidado com com essa atividade: os exercícios usados nas ginásticas de conscientização corporal são os mais indicados para trabalhar o equilíbrio e a coordenação, e não a velocidade. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade, resistência e flexibilidade) e as sensações corporais provocadas pela sua prática. 3. Questão aberta. Sugestões de respostas: saúde, lazer, bem-estar, alívio do estresse, prevenção e combate a doenças crônicas, socialização, emagrecimento, fortalecimento muscular, etc. Habilidade avaliada: Construir, coletivamente, procedimentos e normas de convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos, com o objetivo de promover a saúde. 4. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: caminhada. Habilidade avaliada: Diferenciar exercício físico de atividade física e propor alternativas para a prática de exercícios físicos dentro e fora do ambiente escolar. 5. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a quarta opção: break, hip- hop dance e funk. Habilidade avaliada: Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança. 6. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu: country – dança country; clubbers – dança eletrônica/tecno; hip-hop – dança breakdance; funkeiros – dança funk. Habilidade avaliada: Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a elas por diferentes grupos sociais. 7. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu: djing (disc-jockey ou DJ-operador de disco); rap (estilo de música com rimas); composta pelo MC – mestre de cerimônias/ animador de festa; breakdance (dança); grafitti (grafite – arte de pintar ou escrever com spray ou tinta em muros e paredes). Habilidade avaliada: Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das danças urbanas. 71 8. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: o espaço é onde o movimento da dança se processa, possui volume e densidade, ou seja, comprimento, largura e altura. Habilidade avaliada: Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos (ritmo, espaço e gestos). 9. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a letra (b), a alternativaI está correta. Habilidade avaliada: Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança. 10. Questão aberta e pessoal. Observe se o aluno respondeu que muitas pessoas ainda têm preconceitos por estilos de danças que se diferenciam daquelas que elas gostam, praticam ou admiram, desprezando e, muitas vezes, rotulando as outras manifestações de dança. Habilidade avaliada: Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais. 72 AVALIAÇÃO 4.o BIMESTRE 1. Uma das lutas mais populares do Brasil é a capoeira. Sobre essa luta, é correto afirma que: A) além de luta, é uma espécie de jogo, de dança, de esporte e de manifestação cultural. B) é um tipo de luta realizada somente como esporte, com regras oficializadas pela Federação de Capoeira. C) é uma manifestação da cultura corporal de movimento praticada somente em rodas, com a finalidade de lazer, e não é reconhecida enquanto esporte. D) teve suas origens com os portugueses, que usavam seu próprio corpo para se defenderem dos índios. 2. Cite alguns movimentos corporais realizados na capoeira. 3. Quais tipos de preconceitos existem ainda no mundo das lutas? 73 4. Coloque V para verdadeiro ou F para falso. □ Os instrumentos musicais usados na capoeira são: viola, pandeiro, triângulo e berimbau. □ A indumentária usada na capoeira depende muito do grupo que a esteja praticando; a mais encontrada é: calça branca, também chamada de abada, cordão com cor representando a graduação do praticante e camiseta branca ou sem camiseta. □ O principal instrumento musical da capoeira é o berimbau. □ A capoeira teve origem com os fugitivos da escravidão, os quais utilizavam frequentemente a vegetação rasteira para fugir do encalço dos capitães do mato. □ A música, por sua vez, é composta de instrumentos e canções, nos quais o ritmo varia de acordo com o “toque de capoeira”, de lento a bastante acelerado. 5. Numa competição de capoeira, o vencedor é o atleta que: A) conseguir derrubar o oponente com um dos golpes de capoeira. B) ganhar o maior número de rounds. C) somar mais pontos registrados por 5 árbitros (juízes) que avaliam o jogo, a técnica, o físico, a ética e os movimentos dos atletas. D) somar mais pontos de acordo com o número de golpes que atingirem o adversário. 6. Qual deve ser a atitude das pessoas que praticam lutas em relação a seus oponentes, principalmente os alunos que vivenciam essa prática corporal nas aulas de Educação Física? 74 7. Coloque N para as práticas corporais de aventura na natureza e U para as práticas corporais de aventura urbana. □ Orientação. □ Rapel. □ Parkour. □ Skate. □ Parede de escalada. 8. Cite alguns dos cuidados que se deve ter ao vivenciar práticas corporais de aventura. 9. Marque a alternativa correta em relação aos locais onde são realizadas as práticas corporais de aventura urbana. A) Florestas, matas e cachoeiras. B) Pistas, ruas, praças e prédios. C) Somente em quadras e ginásios cobertos. D) Praias e campos. 10. Marque a principal característica que deve ter um praticante de aventura. A) Medo. B) Força. C) Coragem. D) Flexibilidade. 75 GABARITO E HABILIDADES AVALIADAS 1. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: a capoeira, além de luta, é uma espécie de jogo, de dança, de esporte e de manifestação cultural. Habilidade avaliada: Identificar as características das lutas do Brasil – capoeira. 2. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu: rasteira, vingativa, tesoura, ginga, aú, bananeira, beija-flor, pião de mão, pião de cabeça, macaco, martelo, cabeçada e benção. Habilidade avaliada: Identificar as características (elementos técnico-táticos) das lutas do Brasil – capoeira. 3. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu preconceito em relação: a gênero masculino e feminino, no qual as mulheres são discriminadas; à idade, em que os atletas com um pouco mais de idade não podem participar de campeonatos. Habilidade avaliada: Problematizar preconceitos e estereótipos relacionados ao universo das lutas e demais práticas corporais, propondo alternativas para superá-los, com base na solidariedade, na justiça, na equidade e no respeito. 4. Questão de verdadeiro ou falso. Verifique se o aluno marcou: F, V, V, V, V. Habilidade avaliada: Identificar as características (códigos, rituais, elementos técnico-táticos, indumentária, materiais, instalações e instituições) das lutas do Brasil – capoeira. 5. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a terceira opção: aquele que somar mais pontos registrados por 5 árbitros (juízes) que avaliam o jogo, a técnica, o físico, a ética e os movimentos dos atletas. Habilidade avaliada: Identificar as características (códigos e elementos técnico-táticos) das lutas do Brasil – capoeira. 6. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu: com respeito, valorizando a própria segurança e a dos colegas. Habilidades avaliadas: Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas do Brasil, valorizando a sua própria segurança e integridade física, bem como as dos demais; Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas do Brasil – capoeira, respeitando o colega como oponente. 7. Questão de relacionar as letras N ou U. Verifique se o aluno respondeu: N, N, U, U, U. Habilidade avaliada: Identificar a origem das práticas corporais de aventura, reconhecendo as características e seus tipos de práticas. 76 8. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu: Usar equipamentos de segurança (capacete, cotoveleiras, joelheiras, etc.); respeitar os espaços públicos; não realizar práticas em ruas movimentadas; não “pegar carona” atrás de veículos como ônibus e caminhões; respeitar os pedestres; usar roupas adequadas e equipamentos seguros e bem revisados; seguir orientações de líderes e guias. Habilidades avaliadas: Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura urbanas, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais; Identificar os riscos durante a realização de práticas corporais de aventura urbanas e planejar estratégias para sua superação. 9. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a segunda opção: em pistas, ruas, praças e prédios. Habilidade avaliada: Identificar a origem das práticas corporais de aventura, reconhecendo as características e seus tipos de práticas. 10. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a terceira opção: coragem. Habilidade avaliada: Identificar os riscos durante a realização de práticas corporais de aventura urbanas e planejar estratégias para sua superação. 77 FICHA DE ACOMPANHAMENTO Observação: Nem todas as habilidades podem ser avaliadas por meio de instrumento escrito, mas sim por observação da vivência corporal do aluno nas atividades práticas. Legenda A – ATINGIU AP – ATINGIU PARCIALMENTE NA – NÃO ATINGIU AINDA NT – NÃO TRABALHADO Ficha de acompanhamento das aprendizagens do aluno Nome da escola: Nome do(a) aluno(a): Ano escolar: Dias letivos: Faltas: Habilidades 1.° bi-mestre 2.° bi- mestre 3.° bi- mestre 4.° bi- mestre (EF67EF01) Experimentar e fruir, na escola e fora dela, jogos eletrônicos diversos, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais e etários. (EF67EF02) Identificar as transformações nas caracte- rísticas dos jogos eletrônicos em função dos avanços das tecnologias e nas respectivas exigências corporais colocadas por esses diferentes tipos de jogos. (EF67EF03) Experimentar e fruir esportes de marca, precisão, invasão e técnico-combinatórios, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF67EF04) Praticar um ou mais esportes de marca, precisão, invasão e técnico-combinatórios oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas e respeitando regras. (EF67EF05) Planejar e utilizar estratégias parasolucio- nar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de marca, precisão, invasão e técnico-combinatórios como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. (EF67EF06) Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifesta- ções (profissional e comunitário/lazer). 78 Habilidades 1.° bi-mestre 2.° bi- mestre 3.° bi- mestre 4.° bi- mestre (EF67EF07) Propor e produzir alternativas para experi- mentação dos esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade e das demais práticas corporais temati- zadas na escola. (EF67EF08) Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade, resistência, flexibilidade) e as sensações corporais provocadas pela sua prática. (EF67EF09) Construir, coletivamente, procedimentos e normas de convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos, com o objetivo de promover a saúde. (EF67EF10) Diferenciar exercício físico de atividade física e propor alternativas para a prática de exercícios físicos dentro e fora do ambiente escolar. (EF67EF11) Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos (ritmo, espa- ço, gestos). (EF67EF12) Planejar e utilizar estratégias para aprender elementos constitutivos das danças urbanas. (EF67EF13) Diferenciar as danças urbanas das demais manifestações da dança, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais. (EF67EF14) Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas do Brasil, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais. (EF67EF15) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas do Brasil, respeitando o colega como oponente. (EF67EF16) Identificar as características (códigos, ri- tuais, elementos técnico-táticos, indumentária, materiais, instalações, instituições) das lutas do Brasil. (EF67EF17) Problematizar preconceitos e estereótipos relacionados ao universo das lutas e demais práticas cor- porais, propondo alternativas para superá-los, com base na solidariedade, na justiça, na equidade e no respeito. (EF67EF18) Experimentar e fruir diferentes práticas cor- porais de aventura urbanas, valorizando a própria segu- rança e integridade física, bem como as dos demais. (EF67EF19) Identificar os riscos durante a realização de práticas corporais de aventura urbanas e planejar estra- tégias para sua superação. (EF67EF20) Executar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e utilizando alternativas para a prática segura em diversos espaços. (EF67EF21) Identificar a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades de recriá-las, reconhecendo as características (instrumentos, equipamentos de segurança, indumentária, organização) e seus tipos de práticas. 79 PLANO DE DESENVOLVIMENTO BIMESTRAL 8.o E 9.o ANOS Este Plano de Desenvolvimento compreende o planejamento da aplicação do conteúdo curricular proposto pela Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Fundamental II. Embora o Manual do Professor impresso esteja organizado por unidades temáticas, este material trará os conteúdos distribuídos por bimestres de acordo com as sequências didáticas propostas. Mas nada impede que o professor organize de forma diferenciada. Oferecem-se também projetos integradores que abrangem o conteúdo curricular de dois ou mais componentes curriculares com o intuito de integrar os conhecimentos, de forma a favorecer o desenvolvimento algumas competências propostas pela BNCC. UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 8.o E 9.o ANOS Os quadros a seguir se referem ao trabalho desenvolvido nas sequências didáticas deste manual digital, apresentando as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades de cada bimestre. 1.o BIMESTRE Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Esportes Esportes de rede/parede (EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes de rede/parede, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de rede/parede, oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de rede/parede como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. (EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede. (EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as mídias os apresentam. (EF89EF06) Verificar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes e das demais práticas corporais tematizadas na escola, propondo e produzindo alternativas para utilizá-los no tempo livre. 80 Ginásticas Ginástica de condicionamento físico Ginástica de conscientização corporal (EF89EF07) Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios físicos, identificando as exigências corporais desses diferentes programas e reconhecendo a importância de uma prática individualizada, adequada às características e necessidades de cada sujeito. (EF89EF08) Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e beleza, considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, midiático etc.). (EF89EF09) Problematizar a prática excessiva de exercícios físicos e o uso de medicamentos para a ampliação do rendimento ou potencialização das transformações corporais. (EF89EF10) Experimentar e fruir um ou mais tipos de ginástica de conscientização corporal, identificando as exigências corporais dos mesmos. (EF89EF11) Identificar as diferenças e semelhanças entre a ginástica de conscientização corporal e as de condicionamento físico e discutir como a prática de cada uma dessas manifestações pode contribuir para a melhoria das condições de vida, saúde, bem-estar e cuidado consigo mesmo. 2.o BIMESTRE Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Esportes Esportes de campo e taco (EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes de campo e taco, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de campo e taco, oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de campo e taco como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. (EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: campo e taco. (EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as mídias os apresentam. (EF89EF06) Verificar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes e das demais práticas corporais tematizadas na escola, propondo e produzindo alternativas para utilizá-los no tempo livre. 81 Danças Danças de salão (EF89EF12) Experimentar e fruir danças de salão, valorizando a diversidade cultural e respeitando a tradição dessas culturas. (EF89EF13) Planejar e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão. (EF89EF14) Discutir estereótipos e preconceitos relativosàs danças de salão e demais práticas corporais e propor alternativas para sua superação. (EF89EF15) Analisar as características (ritmos, gestos, coreografias e músicas) das danças de salão, bem como suas transformações históricas e os grupos de origem. 3.o BIMESTRE Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Lutas Lutas do mundo (EF89EF16) Experimentar e fruir a execução dos movimentos pertencentes às lutas do mundo, adotando procedimentos de segurança e respeitando o oponente. (EF89EF17) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas, reconhecendo as suas características técnico-táticas. (EF89EF18) Discutir as transformações históricas, o processo de esportivização e a midiatização de uma ou mais lutas, valorizando e respeitando as culturas de origem. Esporte Esporte de invasão (EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes de invasão, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de invasão oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de invasão como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. (EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: invasão. (EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as mídias os apresentam. (EF89EF06) Verificar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes e das demais práticas corporais tematizadas na escola, propondo e produzindo alternativas para utilizá-los no tempo livre. 82 4.o BIMESTRE Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Práticas corporais de aventura Práticas corporais de aventura na natureza (EF89EF19) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura na natureza, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais, respeitando o patrimônio natural e minimizando os impactos de degradação ambiental. (EF89EF20) Identificar riscos, formular estratégias e observar normas de segurança para superar os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza. (EF89EF21) Identificar as características (equipamentos de segurança, instrumentos, indumentária, organização) das práticas corporais de aventura na natureza, bem como suas transformações históricas. Esporte Esporte de combate (EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes de combate, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de combate oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esporte de combate como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. (EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: combate. (EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as mídias os apresentam. (EF89EF06) Verificar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes e das demais práticas corporais tematizadas na escola, propondo e produzindo alternativas para utilizá-los no tempo livre. 83 PROJETO INTEGRADOR DO 8.o ANO Orientação na escola: uma proposta interdisciplinar A orientação é um esporte que consiste em percorrer um terreno desconhecido com o auxílio de um mapa, preparado para esse fim, e uma bússola. Esse esporte se mostra muito promissor, pois é uma atividade física completa, que desenvolve vários conceitos e habilidades de diversas disciplinas escolares. Neste projeto é apresentado o esporte orientação como objeto de conhecimento interdisciplinar que pode contribuir para a formação do cidadão ético e responsável. Ao trabalhar as mais variadas potencialidades dos alunos, demonstra as vantagens de sua inclusão nas aulas de Educação Física. Sugere-se a aplicação deste no 4.º bimestre, depois do trabalho com as práticas corporais de aventura na natureza. Justificativa O projeto “Orientação na escola: uma proposta interdisciplinar” conta com a participação dos professores de Geografia, Educação Física, Matemática, Ciências e Língua Portuguesa para sua execução. Na vivência do esporte orientação se utiliza a Matemática o tempo todo para seguir uma sequência, trabalhar com escala e conferir códigos. No caso da Língua Portuguesa e Geografia, é preciso ler mapas, interpretar as simbologias das escalas e entender o relevo. Na área de Ciências, os alunos entrarão em contato com a natureza, possibilitando a sensibilização em relação à necessidade de preservação, conservação e limpeza do ambiente. As noções de sustentabilidade podem ser trabalhadas de forma prática e eficiente. Em Educação Física, os alunos terão a oportunidade de aplicar as noções básicas de orientação para localizarem os pontos de controle no espaço de jogo por meio da vivência de um esporte de aventura na natureza. Objetivos • Utilizar a linguagem gráfico-simbólica, realizando a leitura e interpretação de mapas e plantas baixas. • Localizar-se por meio da rosa dos ventos. • Manipular instrumentos de localização: bússola, GPS. • Localizar pontos determinados usando mapa e bússola. • Desenvolver respeito ao meio ambiente. • Despertar o gosto pelo esporte orientação por meio da vivência prática na escola e, se possível, em outro local externo. • Fruir e praticar o esporte orientação. • Ampliar o conceito de orientação por meio do esporte orientação. 84 Competências e habilidades desenvolvidas Competências gerais 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sempreconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Competências específicas de Educação Física 8. Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde. 9. Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário. 10. Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. Competência específica de Ciências da Natureza 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. 85 Competências específicas de Geografia 1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. 2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história. 4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. 9. Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário. Competência específica de Matemática 2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espirito de investigação e a capacidade de produzir argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo. Habilidades relacionadas Educação Física (EF89EF19) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura na natureza (esporte orientação), valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais, respeitando o patrimônio natural e minimizando os impactos de degradação ambiental. (EF89EF20) Identificar riscos, formular estratégias e observar normas de segurança para superar os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza. (EF89EF21) Identificar as características (equipamentos de segurança, instrumentos, indumentária, organização) das práticas corporais de aventura na natureza, bem como suas transformações históricas. Língua Portuguesa (EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas, ensaiar a apresentação, considerando também elementos paralinguísticos e cinésicos e proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea. O que será desenvolvido O projeto tem como proposta a vivência do esporte orientação, possibilitando uma competição entre os alunos. Essa dinâmica será fotografada e, se possível, filmada. Depois será sugerida a produção de painéis e a apresentação oral das vivências dos alunos. Etapas do projeto O projeto será desenvolvido em três etapas: na primeira etapa ocorre a apresentação do projeto e o desenvolvimento teórico de cada disciplina associada à prática da corrida de orientação. É a parte teórica. Na etapa seguinte, ocorre a vivência do esporte. Na última etapa, acontece a apresentação dos resultados com uma exposição de painéis e relatos dos participantes. Cronograma: aproximadamente 12 aulas. Materiais utilizados: mapas e bússolas. 86 Etapa 1 A aula inicia-se com a apresentação do projeto “Orientação na escola: uma proposta interdisciplinar” aos alunos e das atividades que eles irão desenvolver. Exponha a eles que o projeto envolve as disciplinas de Educação Física, Geografia, Matemática, Ciências e Língua Portuguesa com a vivência da prática corporal orientação. Para explanação do esporte, ver orientações da sequência didática 1 do 4.º bimestre. Depois, com o auxílio do professor de Geografia, explique sobre o uso da bússola e leitura de mapas. Esses materiais são essenciais para a orientação. Se for o caso, relembre os alunos sobre os pontos cardeais, uso da bússola e outros conteúdos de Geografia necessários para a prática do esporte orientação. Sugere-se: • Trabalhar os pontos cardeais e colaterais com desenho da rosa dos ventos no caderno. • Na quadra ou pátio externo, organizar os alunos em pequenos grupos e solicitar que cada um deles desenhe a rosa dos ventos no chão, posicionando-a de acordo com o norte magnético. • Falar sobre a bússola, sua importância e quando foi criada. Para relembrar os pontos cardeais, com o auxílio de uma bússola, solicite que os alunos situem o norte magnético e fiquem de frente para ele, tendo assim o sul atrás, o leste à direita e o oeste à esquerda. Depois peça que andem em direção ao norte, depois às outras direções, virando-se sempre de frente à direção solicitada, ou seja, não é para andar de costas ou de lado, sempre de frente. Converse com os alunos sobre o entorno da escola, os nomes das ruas e em que direção ficam. Localize o leste e pergunte em que direção o Sol aparece de manhã e solicite que apontem para o oeste, onde o Sol se põe. Solicite que os alunos desenhem, no caderno, o trajeto que fazem da escola para a casa, com os nomes das ruas e pontos de referência. Leve os alunos ao laboratório de informática, ou peça que utilizem aparelhos eletrônicos portáteis, como celular ou tablet. Solicite que acessem o Google Earth ou Google Maps e localizem a escola no mapa e na vista aérea. Depois, peça que localizem outros pontos de referência, como: sua moradia, mercados, farmácias, posto de gasolina, etc. Converse com os alunos sobre o GPS (Global Positioning System) – Sistema de Posicionamento Global. Troquem experiências sobre como se utiliza esse aparelho. Solicite que usem o GPS do celular para caminhar pelo entorno da escola, para chegar a alguns pontos de referência da comunidade. Possibilite que os alunos leiam alguns mapas, interpretando legendas, cores, escalas, localizando o norte. Com o mapa do município em que moram, solicitem que localizem os pontos cardeais e colaterais, a escola, a moradia, os pontos turísticos, entre outros pontos importantes para o local. Entregue uma planta baixa da escola para cada aluno e solicite que colem-na no caderno para que a estudem, localizando salas de aula, a direção, a biblioteca, quadras, laboratórios, secretaria e outras dependências. Para desenvolver o trabalho com a Matemática, é necessário criar situações-problemas que envolvam medidas de tempo (adição e subtração de horas, minutos e segundos) por meio de cálculo mental e escrito. Na área de Ciências, é necessária a conscientização sobre o respeito ao meio ambiente. Fale sobre manter o ambiente limpo, não destruir nada, não arrancar plantas, etc. Se acreditar ser necessário, faça uma campanha de limpeza do espaço antes da prática de orientação. Ao realizarem a corrida, solicite que mantenham o ambiente limpo e conservado. Faça a leitura e interpretação de um mapa de orientação (cores, símbolos, percurso, etc). 87 Etapa 2 Essa é a etapa em que os alunos realizam a orientação dentro da escola, conforme o Material digital, sequência didática 1, do 4.º bimestre, “Experimentando novas possibilidadescorporais por meio das práticas de aventura da natureza”. Solicite que fotografem o evento. Se na sua cidade existir algum local que tenha pista de orientação, possibilite que os alunos realizem a prática do esporte nesse local. Se não houver, veja a viabilidade de montar uma pista de orientação em outro local fora da escola (parque, praça, bosque, etc.). Etapa 3 Em sala de aula, os grupos irão montar um painel com imagens da prática. Solicite que façam legendas explicativas de cada imagem. Os grupos irão fazer a apresentação dos painéis para outras turmas, com relatos orais das impressões da corrida. Não se esqueça de que é necessário colocar um título nos painéis. Nesse momento pode-se pedir auxílio ao professor de Língua Portuguesa. Para as apresentações, os alunos poderão utilizar recursos de multimídias. Combine com a direção pedagógica um dia para a apresentação dos painéis e dos relatos das equipes. Explique aos grupos que eles terão um tempo para as apresentações, o qual será decidido de acordo com o número de grupos e o tempo da aula. Depois das apresentações, monte uma exposição para a comunidade escolar. Proposta de avaliação A avaliação se dará durante todo o processo. Observe a participação e o interesse de cada aluno na atividade proposta. Realize rodas de conversa para saber a opinião dos alunos sobre as atividades, quanto a sua participação e a dos colegas. Realize uma roda de conversa para falarem sobre o esporte orientação: se já tinham realizado, se gostaram, quais as dificuldades encontradas, quais os sentimentos percebidos, se gostariam de realizar a prática do esporte como lazer ou prática permanente esportiva de competição: Onde? Como? Procure investigar o que os alunos acharam do projeto, o que aprenderam, quais as dificuldades, o que gostariam de rever, o que mais gostaram, etc. Referências bibliográficas complementares CARDEAL, Cíntia Mota et al. Corrida de orientação: um desporte interdisciplinar por natureza. EFDeportes, Buenos Aires, ano 15, n. 149, outubro de 2010. Disponível em: <http://www. efdeportes.com/efd149/corrida-de-orientacao-um-desporto-interdisciplinar.htm>. Acesso em: 1 out. 2010. CBO - Confederação Brasileira de Orientação. Disponível em: <https://www.cbo.org.br>. Acesso em: 1 out. 2018. RIBEIRO, Matheus. Férias no Ceará: bússola, mapa, corrida e muita aventura no Esporte de Orientação. Tribuna do Ceará, Fortaleza, 8 dezembro 2012. Disponível em: <https://tinyurl.com/ y9ow7a27>. Acesso em: 1 out. 2018. TAHARA, Alexander Klein; CAGLARI, Mayara de Sena; DARIDO, Suraya Cristina. Celular, corrida de orientação, Educação Física escolar: elaboração e avaliação de um material didático. Arquivos de Ciências do Esporte, Uberaba, v. 5, n. 1, 2017. Disponível em: <http://seer.uftm.edu.br/ revistaeletronica/index.php/aces/article/view/1983>. Acesso em: 1 out. 2018. 88 PROJETO INTEGRADOR DO 9.o ANO Festival esportivo na escola Neste projeto é apresentada a organização de um festival esportivo como ferramenta pedagógica interdisciplinar, que pode contribuir para a formação do cidadão ético, responsável e ativo. Sugere-se a aplicação deste no 3.º e 4.º bimestre. Justificativa O projeto “Festival esportivo na escola” conta com a de movimento participação dos professores de Educação Física, Língua Portuguesa e Matemática para sua execução. Trabalhar com o esporte na escola é muito mais do que aperfeiçoar gestos técnicos, é dar tratamento “esportivo” a alguns temas da cultura corporal de movimento. É privilegiar o coletivo sobre o individual, compreendendo que o jogo não se faz sozinho, mas perante o outro, que é preciso respeitar o colega, que jogar “com” o companheiro é diferente de jogar “contra” o adversário. Ressalte que no esporte existe a competição, mas que o prazer, o coletivo, a cooperação e o respeito devem estar acima da lógica individualista egoísta e exacerbada, muitas vezes presente nos jogos. Nessa perspectiva é que este projeto se enraíza, dando a oportunidade de alunos realizarem uma integração maior com outros colegas da escola, participando de um festival esportivo organizado por eles. Objetivos • Aprender a organizar um evento esportivo. • Socializar com colegas de outras turmas da escola. • Compreender as principais regras de algumas modalidades esportivas. • Participar de comissões com responsabilidade, respeitando os colegas de outras equipes. • Produzir textos: regulamento, ofícios, relatórios. • Elaborar sistemas de disputas (chaves). • Utilizar programas de computador para elaborar textos (relatórios, ofícios e regulamento, cartaz, convite, planilhas, chaves, etc.). Competências e habilidades desenvolvidas Competências gerais 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 89 Competências específicas de Educação Física 2. Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo cultural nesse campo. 5. Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes. 6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atribuídos às diferentes práticas corporais, bem como aos sujeitos que delas participam. 8. Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde. 10. Utilizar, desfrutar e apreciar diferentes, esportes, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. Competências específicas de Língua Portuguesa 3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. Competências específicas de Matemática 5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e resultados. 6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados). Habilidades relacionadas Educação Física (EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de campo e taco, rede/parede, invasão e combate como nas modalidadesesportivas escolhidas para praticar de forma específica. (EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. Língua Portuguesa (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação –, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc. 90 O que será desenvolvido Organização e vivência de um festival esportivo com a participação de todas as turmas do Ensino Fundamental: anos finais. Etapas do projeto O projeto será desenvolvido em seis etapas: na primeira etapa ocorre a apresentação do projeto. Na segunda etapa, acontece a elaboração do Regulamento do Festival Esportivo. Na terceira etapa, ocorre a escrita de ofícios para os setores responsáveis pela organização do evento e a formação de comissões que auxiliarão na composição do festival. As inscrições e elaboração das chapas ocorrem na quarta etapa. A quinta etapa é a vivência do Festival Esportivo. A última etapa é de apresentação dos resultados com relatos dos alunos e análise dos pontos positivos e negativos. Pode ocorrer também a escrita de um relatório geral para entrega à diretoria da escola para auxiliar na organização de outros festivais. Cronograma: aproximadamente 8 aulas. Materiais utilizados: multimídia, computador com impressora, espaço externo da escola, quadra polivalente, brindes, premiação (medalhas, troféus), coletes ou fitas de várias cores, bolas, apitos e outros que forem necessários conforme as modalidades esportivas escolhidas para o festival. Etapa 1 Inicia-se essa etapa com a apresentação do projeto “Festival esportivo na escola” aos alunos e das atividades que eles irão desenvolver. Deve-se explicar a eles que o projeto envolve as disciplinas de Educação Física, Língua Portuguesa e Matemática com a vivência de um festival esportivo. Comente com os alunos o que é um festival esportivo e diferencie-o de alguns tipos de competição. Você poderá ler o texto a seguir. Se acreditar ser necessário, escreva-o no quadro de giz. • Olimpíada: evento suis generis; é ao mesmo tempo gênero e espécie (tipo) de evento, dado o seu caráter singular. É uma competição que reúne várias modalidades esportivas e consome alguns dias na realização das diversas categorias. Tem periodicidade própria (na origem é das mais antigas). • Campeonato: forma de competição em que os concorrentes se enfrentam pelo menos uma vez e tem uma duração relativamente longa. Recomendável quando há disponibilidade de tempo e de recursos. • Taça ou Copa: uma variável dos torneios ou campeonatos; com exceção dos eventos mais tradicionais (como a Copa do Mundo de Futebol), normalmente é utilizada para prestar algum tipo de homenagem ou promover algum patrocinador, associando sua marca ou produto ao nome do evento. • Festival: atividade esportiva participativa e informal. Visa à integração e à promoção da modalidade, além de motivar os participantes e familiares. [...] JUNIOR, Paulo Fernando Mesquita. Organização de eventos esportivos. Disponível em: <https://tinyurl.com/ y7gj93zj>. Acesso em: 9 out. 2018. 91 Converse com a turma para ver quais modalidades esportivas farão parte do festival (futebol ou futsal, voleibol, handebol, atletismo, basquetebol, xadrez, boliche, bocha, críquete, badminton, tchoukball, futsac, etc.) de acordo com o tempo, material e local disponíveis. Façam a previsão de duração do evento (dias, uma semana, na hora do recreio, horas consecutivas, dias consecutivos ou alternados, etc.). Etapa 2 Juntamente com os alunos e outros professores de Educação Física, elaborem o Regulamento do Festival Esportivo. Segue um modelo: Nome do evento (festival): Data da realização: Local: Horário: Modalidades: escolher um número que seja viável, pois serão vários jogos para cada uma delas. Quantas e como será a formação das equipes: você pode propor a formação de equipes por cores, ou seja, misturando os alunos das várias turmas, para descaracterizar a rivalidade entre elas. Equipes masculinas e femininas para todas as modalidades. Será por idade? Por ano escolar? Inscrições: escolher o período, limitar o número de equipes inscritas, local, prever os jogadores reservas, em quantas modalidades o aluno pode participar. Sistema de disputas: Eliminatória simples? Eliminatória dupla? Rodízio simples? Rodízio duplo? Resolver qual delas será mais adequada, sendo a eliminatória simples mais rápida. Regras: definir as regras de todas as modalidades. Torcida: definir punição para as torcidas que não tiverem um bom comportamento enquanto espectadoras. Ressalte a importância de respeitar os colegas, não os expondo a ofensas, apelidos maldosos, vaias, etc. Arbitragem: podem ser os alunos, os professores, árbitros oficiais ou convidados. Local e data de cada jogo por modalidade: definir se as modalidades serão realizadas todas no mesmo dia, simultaneamente, ou se realizadas separadamente, sendo uma a cada dia, eliminatórias, semifinais e finais no mesmo dia ou em outro dia. Cerimônia de abertura e de encerramento: definir dia, horário e como será o desfile das equipes. (Outros itens serão elencados nas funções de cada comissão a seguir). Premiação: por ser um festival, seria interessante se houvesse premiação para todos os participantes, como medalhas ou brindes. Pode ser feita também a premiação convencional para primeiro, segundo e terceiro lugares com medalhas, brindes ou troféus por modalidade. Uniforme: as equipes deverão estar uniformizadas? Se forem formadas por turmas mistas e optarem por especificar a equipe por cor, veja a possibilidade de conseguir coletes com as diversas cores ou fitas coloridas para identificação. 92 Etapa 3 Com o auxílio do professor de Língua Portuguesa, peça que os alunos produzam ofícios para serem entregues à equipe pedagógica e à direção da escola solicitando autorização para a realização do evento, bem como alguns itens a serem aprovados, como datas, locais, materiais, premiação, etc. Elaborar também ofícios para conseguirem brindes, alimentação, água, premiação de patrocinadores da comunidade local, etc. Organize com os alunos comissões responsáveis pelas funções necessárias: organizadora; infraestrutura (materiais e equipamentos); cerimonial (abertura e encerramento); premiação; arbitragem; inscrição de equipes e sistema de disputa (chaves); documentação; divulgação e cobertura; patrocinadores; alimentação; outras que acharem necessárias. Explique a função de cada comissão. O texto a seguir serve de subsídio para a organização do cerimonial de abertura e encerramento. Sequência do cerimonial de abertura 1.º Concentração das delegações em ordem alfabética; 2.º Concentração das autoridades em área VIP; 3.º Entrada da banda, fanfarra ou orquestra; 4.º Entrada das delegações em ordem alfabética; 5.º Entrada da delegação anfitriã (Sede); 6.º Entrada dos árbitros; 7.º Composição e/ou apresentação da mesa ou palanque; 8.º Entrada das bandeiras; 9.º Hasteamento das bandeiras; 10.º Hino nacional;11.º Entrada e hasteamento da bandeira do evento; 12.º Entrada do fogo simbólico; 13.º Acendimento da pira; 14.º Declaração de abertura; 15.º Juramento do atleta; 16.º Juramento do árbitro; 17.º Saudações aos participantes; 18.º Saídas das delegações; 19.º Eventos artísticos e apoteóticos. 93 Observação: você pode excluir um ou mais itens da sequência do cerimonial, mas jamais deverá inverter a ordem deles. Sequência do cerimonial de encerramento 1.º Entrada dos atletas (desfile); 2.º Premiação final; 3.º Arriamento das bandeiras (hino nacional); 4.º Saudações e agradecimentos; 5.º Extinção do fogo simbólico; 6.º Demonstrações; 7.º Retirada dos atletas; 8.º Confraternização. [...] JUNIOR, Paulo Fernando Mesquita. Organização de eventos esportivos. Disponível em: <https://tinyurl.com/ y7gj93zj>. Acesso em: 9 out. 2018. A comissão de infraestrutura tem como função separar todos os materiais necessários para o evento de acordo com as modalidades escolhidas. Por exemplo: redes de vôlei; bolas de futsal, de voleibol, de basquete; jogos com as peças de xadrez; tacos, etc. Os integrantes deverão montar e desmontar os equipamentos, levar e guardar os materiais. A comissão de premiação tem como função conseguir os prêmios escolhidos pela turma e descritos no regulamento, podendo ser medalhas, troféus, brindes ou prêmios elaborados pelos próprios alunos. Os integrantes dessa comissão ficarão responsáveis pela premiação dos ganhadores no dia do evento. É necessário decidir qual será o uniforme que será usado pela comissão, em que locais estarão os prêmios, entre outros pontos. A função da comissão de arbitragem é definir as principais regras por modalidade (consultar os sites das federações ou confederações) para constar no regulamento que será entregue às equipes no dia da inscrição. Se forem os alunos a realizar a arbitragem, é necessário designar quem arbitrará cada modalidade. Solicite que os integrantes dessa comissão confeccionem os cartões amarelos e vermelhos. É necessário um apito por árbitro. No dia do evento, a arbitragem deverá preencher a planilha com a equipe vencedora no sistema de disputa e encaminhar para a comissão responsável pelas chaves. A comissão de inscrições das equipes e sistema de disputa (chaves) ficará responsável pela inscrição das equipes no dia e local determinado, entregando o regulamento impresso para cada equipe. Deverá também elaborar o sistema de disputa de acordo com a escolha. Veja alguns exemplos: 94 Eliminatórias Os processos de eliminatória podem ser simples, consolação e eliminatória dupla. Eliminatória simples: é aquela em que um dos participantes será eliminado com a derrota. A formação do emparelhamento segue ordem de sorteio. Exemplo de eliminatória simples com número par de jogadores (8 participantes) Atleta A Atleta E Atleta C Vencedor Jogo 1 Vencedor Jogo 5 Vencedor Jogo 7 Atleta G Atleta B Atleta F Atleta D Vencedor Jogo 2 Vencedor Jogo 6 Atleta H Jogo 1 Jogo 3 Jogo 2 Jogo 5 Jogo 7 Campeão Jogo 4 Vencedor Jogo 3 Vencedor Jogo 4 Jogo 6 Exemplo de eliminatória simples com número ímpar de jogadores 9 participantes 1 6 4 Vencedor Jogo 8 8 2 7 5 9 Jogo 1 Jogo 3 Jogo 2 Jogo 7 Jogo 5 Jogo 8 Campeão Jogo 4 Jogo 6 3 95 11 participantes 1.ª rodada 3.ª rodada2.ª rodada Consolação: uma variação da chave de eliminatória simples. Jogadores que perdem a partida da primeira rodada são posicionados em outra chave à esquerda. Atleta A Atleta E Atleta C Vencedor Jogo 1Perdedor Jogo 1 Vencedor Jogo 5Vencedor Jogo 8 Vencedor Jogo 7 Vencedor Jogo 10 Atleta G Atleta B Atleta F Atleta D Vencedor Jogo 2Perdedor Jogo 2 Vencedor Jogo 6Vencedor Jogo 9 Atleta H Jogo 1 Jogo 3 Jogo 2 Jogo 5Jogo 8 Jogo 7Jogo 10 CampeãoCampeão Jogo 4 Vencedor Jogo 3Perdedor Jogo 3 Vencedor Jogo 4Perdedor Jogo 4 Jogo 6Jogo 9 96 Eliminatória dupla: é aquela em que os participantes devem jogar duas vezes, ou seja, se perderem em uma partida, ainda têm a chance de jogar novamente para tentar a vitória e continuar na competição. Atleta A Atleta E Atleta C Vencedor Jogo 1 Vencedor Jogo 5 Vencedor Jogo 7 Atleta G Atleta B Atleta F Atleta D Vencedor Jogo 2 Vencedor Jogo 6 Atleta H Jogo 1 Jogo 3 Jogo 2 Jogo 5 Jogo 7 Jogo 4 Vencedor Jogo 3 Vencedor Jogo 4 Jogo 6 Perdedor Jogo 1 Perdedor Jogo 3 Vencedor Jogo 8 Vencedor Jogo 10 Vencedor Jogo 12 Vencedor Jogo 14 Vencedor Jogo 13 Perdedor Jogo 2 Perdedor Jogo 4 Perdedor Jogo 6 Vencedor Jogo 11 Jogo 8 Jogo 9 Jogo 10 Jogo 12 Jogo 13 Jogo 14 Campeão Vencedor Jogo 9 Jogo 11 Perdedor Jogo 5 Perdedor Jogo 7 97 Rodízios O rodízio pode ser feito de formas diferenciadas: simples ou turno, duplo ou turno e returno, grupo ou série. Abordaremos apenas o rodízio simples. Todos com todos: é uma forma de organização em que todos os participantes se encontram em determinado momento, seguindo uma tabela de jogos. Exemplo: 1.ª rodada 2.ª rodada 3.ª rodada 4.ª rodada 5.ª rodada 1X2 1X5 1X4 1X3 2X4 3X4 2X3 2X5 4X5 3X5 5 folga 4 folga 3 folga 2 folga 1 folga Também é importante ter um controle de resultados, feito de forma simples e objetiva: Valores: Vitória = 03 Empate = 01 Derrota = 00 Jogo Equipe 1 Equipe 2 Equipe 3 Equipe 4 Equipe 5 1X2 0 3 - - - 3X4 - - 1 1 - Total O vencedor do campeonato será aquele que somar o maior número de pontos; caso haja empate, sugere-se que seja feito um jogo extra. A função da comissão de documentação é organizar os ofícios, as planilhas dos árbitros, o regulamento, o relatório final do evento, reproduzindo a quantidade necessária de cada documento e entregando aos destinatários. A comissão de divulgação e cobertura tem como função divulgar o evento por meio de convites, que podem ser oral ou escrito, para as turmas da escola que podem participar do festival, bem como mencionar o período e local de inscrição. Elaborar e espalhar cartazes pela escola com o convite para o evento. Deverá também registrar o evento por meio de fotografias e filmagens. A função da comissão de patrocinadores é conseguir patrocínio para o evento. Empresas ou pessoas físicas que doem brindes, prêmios, alimentos e bebidas próprios para o dia do evento (água, isotônicos, barrinhas de cereal, frutas, etc.). Essa comissão deverá, juntamente com a comissão de documentação, formalizar as ações por meio de ofícios. 98 A comissão de alimentação trabalhará em conjunto com a comissão de patrocinadores para adquirir, por meio de patrocínio ou da escola, os alimentos e as bebidas que serão oferecidos no dia do Festival Esportivo. Seus integrantes deverão organizar locais para armazenar os alimentos e bebidas e definirem como será a entrega deles no dia do evento. A função da comissão organizadora é coordenar todo o festival. É responsável por todas as outras comissões, portanto deve acompanhar as ações de cada uma antes, durante e após a realização do evento. Seus integrantes deverão resolver qualquer problema que não conste no regulamento e ficarão responsáveis em atender qualquer ocorrência de acidente com os alunos durante as competições, chamando serviço de urgências médicas, se necessário. Reúna todas as comissões e organize as funções. Acompanhe o trabalho que cada uma desenvolverá, auxiliando sempre que necessário. Etapa 4 Combine um ou mais dias para a realização das inscrições de acordo com a organização da comissão de inscrição, com a participação de todos. Depois das inscrições, é necessário elaborar as chaves com o sistema de disputa escolhido em função das equipes inscritas. Etapa 5 Essa é a etapa da realização do Festival Esportivo conforme organização da turma. Procure dar o suporte necessário para os alunos. Etapa 6 Depois do festival, permita que os alunos visualizem fotografias e vídeos produzidos pela comissão de divulgação e cobertura. Conversem sobre os pontos positivos e negativos, o que poderia ser mudado, oque não deu certo, entre outros pontos. Você pode solicitar que produzam um relatório do evento para entregar à direção da escola para eventuais programações do evento. Proposta de avaliação A avaliação se dará durante todo o processo. Observe a participação e o interesse de cada aluno na atividade proposta. Realize conversas para saber a opinião dos alunos nas atividades, quanto a sua participação e a dos colegas. Verifique se: • houve socialização dos alunos com os colegas de outras turmas da escola. • os alunos compreenderam as principais regras de algumas modalidades esportivas, por meio da elaboração do regulamento e da arbitragem. • os alunos participaram das comissões com responsabilidade, respeitando os colegas de outras equipes. • houve a produção dos textos: regulamento, ofícios, relatórios, de acordo com as normas da Língua Portuguesa. • os alunos compreenderam como se elabora os sistemas de disputas (chaves). • os alunos utilizaram programas de computador para elaborar textos (relatórios, ofícios e regulamento, cartaz, convite, planilhas, chaves, etc.) com domínio. 99 Referências bibliográficas complementares JUNIOR, Paulo Fernando Mesquita. Organização de eventos esportivos. Disponível em: <https:// tinyurl.com/y7gj93zj>. Acesso em: 10 out. 2018. POINT, Davi Rodrigues. Organização de eventos esportivos. São Paulo: Phorte, 2004. SOUZA Joscilaine de. Recreio alternativo. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ portals/pde/arquivos/2057-6.pdf>. Acesso em: 10 out. 2018. SUGESTÕES PARA LEITURA E PESQUISA DEVIDE, Fabiano Pries. Educação Física, qualidade de vida e saúde: campos de intersecção e reflexões sobre a intervenção. Movimento, Porto Alegre, v. 8, n. 2, p. 77-84, maio/ago. 2002. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/2644>. Acesso em: 2 out. 2018. DICIONÁRIO da atividade física. Disponível em: <https://www.cdof.com.br/dicionario.htm>. Acesso em: 24 set. 2018. FRANCO, Laercio Claro Pereira; CAVASINI, Rodrigo; DARIDO, Suraya Cristina. Práticas corporais de aventura. In: GONZÁLEZ, Fernando Jaime; DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de (Orgs.). Lutas, capoeira e práticas corporais de aventura. Maringá: Eduem, 2014. p. 101-135. Disponível em: <http://www.esporte.gov.br/arquivos/snelis/segundoTempo/livros/ lutasCapoeiraPraticasCorporais.pdf>. Acesso em: 1 out. 2018. LOPES, Margarete Cristina de Souza Matos; MATOS, Daniel Corrêa de; SILVA, José Edmilson da. Dicionário de Educação Física, Desporto e Saúde. Rio de Janeiro: Rubio, 2005. OLIVEIRA, Maria Cláudia Santos Lopes de; CAMILO, Adriana Almeida; ASSUNÇÃO, Cristina Valadares. Tribos urbanas como contexto de desenvolvimento de adolescentes: relação com pares e negociação de diferenças. Pepsic, Ribeirão Preto, v. 11, n. 1, jun. 2003. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud. org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2003000100007>. Acesso em: 2 out. 2018. OLIVETTI, Jonas Casola; JUNIOR, Luiz Gonçalves. Qualidade de vida, vida de qualidade e educação física escolar. V Colóquio de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana: Motricidade, Educação e Experiência, São Carlos, 4, 5 e 6 out. 2012. Disponível em: <http://www.ufscar. br/~defmh/spqmh/pdf/2012/olivetti2012.pdf>. Acesso em: 2 out. 2018. TAHARA, Alexander Klein; DARIDO, Suraya Cristina. Práticas corporais de aventura em aulas de Educação Física na escola. Conexões: Educação Física, Esporte e Saúde, Campinas, v. 14, n. 2, 2016. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/ view/8646059>. Acesso em: 24 set. 2018. 100 SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS As sequências didáticas são apresentações do trabalho pedagógico organizadas com base em sugestões de atividades para um determinado período e poderão ser adaptadas, reconstruídas ou reformuladas de acordo com as necessidades de desenvolvimento das habilidades dos alunos. Para este material, foi considerado o trabalho desenvolvido no Manual do Professor impresso. O manual apresenta três sequências didáticas por bimestre, com o planejamento aula a aula, abordando a organização do espaço e do tempo, as diferentes formas de acompanhar as aprendizagens do aluno e questões que auxiliem na avaliação do desenvolvimento das habilidades relacionadas nas sequências didáticas. 1.o BIMESTRE SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1: ESPORTES DE REDE/PAREDE PARA ALÉM DO VOLEIBOL DE QUADRA Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Esportes Esportes de rede/parede (EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes de rede/parede, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de rede/ parede oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de rede/parede, como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. Tempo estimado: 7 aulas. Recursos necessários: materiais dos esportes que serão vivenciados pelos alunos. Planejamento Etapa 1 (3 aulas) Proponha aos alunos a prática dos esportes de rede/parede sugeridos no Manual do Professor impresso: voleibol, voleibol sentado, beach tennis, futsac, raquetebol/squash e tênis de mesa/pingue-pongue. Depois, solicite que escolham um desses esportes para vivenciarem novamente, agora procurando aperfeiçoar mais os gestos técnicos solicitados, bem como estudar algumas táticas para melhor desempenho da equipe. Investigue as regras de cada esporte junto com os alunos e escreva no quadro de giz uma relação das principais regras do esporte escolhido, a qual poderá ser ampliada por meio de pesquisa. Os alunos vivenciarão novamente o esporte escolhido, sendo que um colega terá a função de árbitro e outro a de técnico. Utilizando os saberes já debatidos em aula, vá realizando o revezamento dos alunos nas diferentes funções: jogadores, árbitro e técnico. Esse trabalho 101 exige muito o respeito pelos colegas, principalmente dos que estão como jogadores em relação aos que estão nas demais funções. Pare o jogo sempre que surgirem situações de conflito e estabeleça junto com eles soluções viáveis para cada momento. Em uma roda de conversa, permita que todos os alunos falem sobre os sentimentos, as dificuldades, as dúvidas e os problemas surgidos em cada função vivenciada. Etapa 2 (3 aulas) Tomando por base as experiências vividas com esportes de rede/parede pelos alunos, construa com eles uma definição para as modalidades esportivas vivenciadas. Utilize como base os critérios da lógica interna das categorias de esporte. De acordo com a BNCC: Rede/quadra dividida ou parede de rebote: reúne modalidades que se caracterizam por arremessar, lançar ou rebater a bola em direção a setores da quadra adversária nos quais o rival seja incapaz de devolvê-la da mesma forma ou que leve o adversário a cometer um erro dentro do período de tempo em que o objeto do jogo está em movimento. Alguns exemplos de esportes de rede são voleibol, vôlei de praia, tênis de campo, tênis de mesa, badminton e peteca. Já os esportes de parede podem ser pelota basca, raquetebol, squash etc. (2017, p. 214). Solicite uma pesquisa sobre ou explique aos alunos o que são os esportes de rede/parede que se encontram na BNCC e que eles desconhecem. As explicações a seguir servem de subsídio. Badminton: é um esporte que pode ser jogado individualmente ou em duplas, em uma quadra, preferencialmente coberta, dividida por uma rede. Muito parecido com o tênis, são utilizadas raquetes e uma pequena peteca, chamada de volante. A partida é dividida em três games de 21 pontos. Jogo de badmington nos Jogos Olímpicos de Londres, Inglaterra, 2012. Ia n Pa tte rs on / w iki m ed ia .c om m on s Pelota basca: nesse esporte, pode-se golpear a bola contra uma parede (frontão) com as mãos, com uma raquete, com um bastãode madeira ou com uma cesta. São 8 modalidades de pelota basca. Jogo de pelota basca em Hasparren, França, 2014. Ha va ng / w iki m ed ia .c om m on s 102 Veja a possibilidade de adaptar um local para a vivência desses esportes. Para mais informações a respeito de esportes de rede/parede, acesse: Badminton • Por dentro das Olimpíadas – Badminton. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=Kz4BKmocnYE>. Acesso em: 10 out. 2018. • CBBd – Confederação Brasileira de Badminton. Disponível em: <http://www.badminton. org.br/>. Acesso em: 10 out. 2018. Pelota basca • Saiba o que é pelota basca. Disponível em: <https://esportes.r7.com/esporte- fantastico/videos/saiba-o-que-e-a-pelota-basca-21022018>. Acesso em: 10 out. 2018. • Pelota Basca – Brasil. Disponível em: <http://www.pelotabasca.com.br/>. Acesso em: 10 out. 2018. • História e regras da pelota basca. Disponível em: <http://travinha.com.br/2010/10/07/ pelota-basca-o-esporte/>. Acesso em: 10 out. 2018. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos experimentaram diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) dos esportes de rede/parede, valorizando o respeito, o trabalho coletivo e o protagonismo? • Os alunos praticaram um ou mais esportes de rede/parede oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas? • Os alunos formularam e utilizaram estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos tanto nos esportes de rede/parede como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica? SEQUÊNCIA DIDÁTICA 2: ESPORTE ‒ CULPADO OU INOCENTE? Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidade Esportes Todas as modalidades esportivas (EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência, etc.) e a forma como as mídias os apresentam. Tempo estimado: 4 aulas. Recursos necessários: sala de aula com carteiras e cadeiras. Planejamento Etapa 1 (1 aula) Para debater o tema, será utilizada como estratégia didática um Júri Simulado. Você pode ampliar seus conhecimentos a respeito lendo o seguinte artigo: MENDES, Andréia Almeida. Aceitação do júri simulado como estratégia didática no curso de pedagogia. In: EDUCERE Congresso Nacional de Educação 8, Curitiba, 28 a 31 ago. 2017. Disponível em: <http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/25114_12448.pdf> Acesso em: 10 out. 2018. 103 Converse com os alunos sobre o tema “Esporte: culpado ou inocente?”, trazendo algumas questões que deverão ser dialogadas, pesquisadas e debatidas, por exemplo: • O esporte serve para a melhoria da qualidade de vida, para o bem-estar, para a redução do estresse, etc. É uma forma de lazer, de saúde, de inclusão social, de socialização, de fuga da criminalidade, etc. Apresente notícias, reportagens ou imagens para os alunos. • O esporte profissional, de competição ou de rendimento traz sérias consequências para a saúde, já que a sobrecarga de treinamentos provoca lesões, desgastes e violência, possibilita o uso de substâncias ilícitas (doping), causa traumas durante o jogo, etc. Apresente notícias ou imagens de casos que já ocorreram. Sugestões para subsídio ao trabalho com o tema: • ABRANTES, Talita. 10 casos de atletas punidos por doping. Exame, 13 set. 2016. Disponível em: <https://tinyurl.com/y7gu74ah>. Acesso em: 10 out. 2018. • AS 05 MAIORES fraturas (lesões) de atletas brasileiros nos últimos anos. Homefisio, 20 jul. 2015. Disponível em: <https://tinyurl.com/y9ps9fs9>. Acesso em: 10 out. 2018. • COSTA, Frederico Souza da et al. Doping no esporte: problematização ética. Revista Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE), v. 27, n. 1, 2005. Disponível em: <http:// revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/137>. Acesso em: 11 out. 2018. • COSTA, Renata. O que é doping esportivo? Nova Escola, São Paulo, 1 ago. 2009. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/407/o-que-e-doping-esportivo>. Acesso em: 11 out. 2018. • FURQUIM, Carolina Kirchner. As 5 lesões mais comuns nos esportes (e nas academias). Gazeta do Povo, Curitiba, 3 dez. 2016. Disponível em: <https://tinyurl.com/ y7e2lnk4>. Acesso em: 11 out. 2018. • SILVA, Isabella Nogueira; MARCELINO, Karen Rodrigues; GONZALEZ, Ricardo Hugo. O uso do doping no esporte: uma revisão de literatura. EFDeportes.com, Buenos Aires, ano 18, n. 180, maio 2013. Disponível em: <https://tinyurl.com/y8olqxeu>. Acesso em: 11 out. 2018. Etapa 2 (1 aula) Após conversarem sobre o tema, organize o Júri Simulado: escolha um aluno para ser o réu (no caso o esporte) e os demais da turma serão organizados em três grupos: Grupo de acusação: será representado por um aluno ou aluna (advogado/a) e por testemunhas de acusação, que serão alunos e alunas encarregados de falarem dos problemas que o esporte pode trazer para as pessoas, utilizando argumentos coerentes. Grupo de defesa: será representado por um aluno ou aluna (advogado/a) e por testemunhas de defesa, que serão alunos e alunas encarregados de falarem dos benefícios do esporte para as pessoas, enfatizando argumentos aceitáveis. Grupo de jurados: formado por um número ímpar de participantes, terá como missão condenar ou absolver o réu, de acordo com os argumentos de ambos os grupos. A votação será sigilosa e o resultado será entregue junto com um relatório dos motivos que levaram a esse resultado, e o que eles apontariam como uma possível solução. O juiz, que pode ser você ou um aluno, irá dirigir e coordenar o andamento do júri. Solicite que todos os alunos pesquisem mais informações sobre o tema proposto. A pesquisa poderá ser realizada na escola ou fora dela. Cada grupo vai debater os argumentos que irão utilizar no dia do júri, distribuindo funções para cada participante. 104 Etapa 3 (1 aula) Realização do Júri Simulado de acordo com a organização feita anteriormente. Etapa 4 (1 aula) Reúna os alunos em uma roda para conversarem sobre o resultado do júri, a proposta didática apresentada e o envolvimento da turma durante o processo. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das habilidades • Os alunos ampliaram a visão sobre o esporte enquanto uma atividade de lazer, de bem-estar, de saúde em contraposição ao esporte profissional e de rendimento, que visa à competição e resultados? • Os alunos identificaram as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutiram alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência, etc.)? SEQUÊNCIA DIDÁTICA 3: A GINÁSTICA A SERVIÇO DOS PADRÕES DE BELEZA Unidade temática Objetos de conhecimento Habilidades Ginásticas Ginástica de condicionamento físico Ginástica de conscientização corporal (EF89EF07) Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios físicos, identificando as exigências corporais desses diferentes programas e reconhecendo a importância de uma prática individualizada, adequada às características e necessidades de cada sujeito. (EF89EF08) Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e beleza, considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, midiático, etc.). (EF89EF09) Problematizar a prática excessiva de exercícios físicos e o uso de medicamentos para a ampliação do rendimento ou potencialização das transformações corporais. (EF89EF10) Experimentar e fruir um ou mais tipos de ginástica de condicionamento físico e de conscientização corporal, identificando as exigências corporais dos mesmos. (EF89EF11) Identificar as diferenças e semelhanças entre a ginástica de conscientização corporal e as de condicionamento físico e discutir como a prática de cada uma dessas manifestações pode contribuir para a melhoria das condições de vida, saúde, bem-estar e cuidado consigo mesmo. Tempo estimado: 9 aulas. Recursos necessários: multimídia, materiais específicos para ginástica, materiais adaptados para exercícios de força (halteres,elástico, etc.). 105 Planejamento Etapa 1 (2 aulas) Em uma roda de conversa, faça os questionamentos sugeridos e outros que achar necessário, para iniciar o tema da ginástica a serviço dos padrões de beleza. • Por que as pessoas fazem ginástica atualmente? • Quem da turma pratica algum tipo de ginástica? Qual? Onde? Por quê? • Em sua opinião, quem pratica ginástica tem maior qualidade de vida? Por quê? • Em sua opinião, o que torna uma pessoa bonita? • Qual é o padrão de beleza designado pela sociedade atual? • Quais os artifícios usados atualmente para a busca do padrão de beleza designado pela sociedade? Pergunte também sobre as funções da ginástica nos dias atuais e, partindo das respostas dos alunos, amplie o conteúdo com as informações a seguir. Funções da ginástica: saúde; condicionamento físico; consciência corporal; modelar o corpo; padrões estéticos; reabilitação; competição (ginástica artística, ginástica rítmica, trampolim acrobático, ginástica acrobática e ginástica aeróbica); demonstração (ginástica geral ou ginástica para todos); etc. Benefícios da ginástica para saúde: melhora a força e o tônus muscular; fortalece ossos e articulações; maior fluxo de sangue para o cérebro; melhora o sono; aumenta a capacidade cardiovascular; reduz a gordura corporal; libera endorfina, causando uma sensação de bem-estar; aumenta a resistência física; previne e diminui doenças crônicas (diabetes, pressão alta, colesterol, etc.); entre outros benefícios. Há também as ginásticas de condicionamento físico e de consciência corporal. De acordo com a BNCC: As ginásticas de condicionamento físico se caracterizam pela exercitação corporal orientada à melhoria do rendimento, aquisição e manutenção da condição física individual ou modificação da composição corporal. Geralmente, são organizadas em sessões planejadas de movimentos repetidos com frequência e intensidade definidas. Podem ser orientadas de acordo com uma população específica, como a ginástica para gestantes, ou atrelada a situações ambientais determinadas, como a ginástica laboral. As ginásticas de conscientização corporal reúnem práticas que empregam movimentos suaves e lentos, tal como a recorrência a posturas ou à conscientização de exercícios respiratórios, voltados para a obtenção de uma melhor percepção sobre o próprio corpo. Algumas dessas práticas que constituem esse grupo têm origem em práticas corporais milenares da cultura oriental. [...] (2017, p. 215-216). Explique aos alunos, usando textos e imagens, que a ginástica de condicionamento físico, muitas vezes, é praticada tendo em vista as questões estéticas. Converse com eles sobre os padrões de beleza que mudam de acordo com o tempo, a sociedade e a cultura. O modelo de beleza é imposto socialmente e a mídia tem um papel fundamental nesse processo, ao padronizar corpos em novelas, revistas, programas de televisão, outdoor, propagandas, etc. Essa influência leva as pessoas a um exacerbado culto ao corpo, muitas vezes agredindo-o com diversos artifícios. Veja alguns deles: Excesso de atividade física: a sobrecarga e má orientação para exercícios físicos podem causar sérios riscos à saúde: problemas musculares, ósseos e cardiovasculares. Os exercícios compulsivos podem causar irritabilidade, cansaço, mau humor, insônia, queda da imunidade e dores musculares. Decorrente desse processo surge uma doença chamada vigorexia. O texto a seguir serve de subsídio para a explicação sobre essa doença. 106 Vigorexia e suas correlações nutricionais A Vigorexia (VG) ou Síndrome de Adonis é um transtorno dismórfico corporal caracterizado pela insatisfação constante com o próprio corpo. Esse transtorno pode atingir qualquer pessoa independente da classe social ou etnia (SOLER et al., 2013, RAVELLI, 2012; BRAGANÇA; SILVA, 2016). Além disso, a VG pode estar presente em indivíduos com desenvolvimento muscular adequado ou, muitas vezes, acima do esperado, visto que os mesmos se consideram fracos e franzinos (SOLER et al., 2013). O grupo mais afetado são indivíduos do gênero masculino, de 18 a 25 anos (ARRIAGA et al., 2017) que, além de praticarem exercício físico, utilizam frequentemente anabolizantes e outras estratégias para o alcance dos resultados (SOLER et al., 2013). A prática obsessiva de exercício físico leva a mudanças funcionais e metabólicas que promovem implicações clínicas nutricionais desfavoráveis para o portador de VG. [...] KOTONA, Eduardo Albers et al. Vigorexia e suas correlações nutricionais. Research, Society and Development, v. 7, n. 1, 2018. Disponível em: <https://rsd.unifei.edu.br/index.php/rsd/article/view/239/232>. Acesso em: 11 out. 2018. A pessoa com vigorexia enxerga-se mais magra e fraca. Lu is M uñ oz / Fl ick r Suplementos alimentares e anabolizantes: servem para complementar a alimentação e não substituí-la. A composição são fontes concentradas de substâncias como vitaminas, proteínas, fibras, minerais, etc. É preciso cuidar para não usá-los indiscriminadamente, pois podem oferecer riscos à saúde, por exemplo, o uso de vitamina C em excesso pode causar cálculos renais (pedras nos rins). Os esteroides anabolizantes, conhecidos também como “bomba” ou “bola”, são drogas relacionadas à testosterona (hormônio masculino) indicadas para indivíduos com deficiência do hormônio. Como fazem aumentar os músculos, são muito usados por atletas e pessoas que querem modificar a aparência física. Podem causar: acnes, tremores, tumores no fígado e nos rins, aumento da agressividade, tonturas, dores de cabeça; nas mulheres causa crescimento do clitóris, aparecimento de pelos por todo o corpo e a voz fica mais grossa; nos homens causa diminuição da produção de espermatozoides, atrofiamento dos testículos, aumento das mamas, infertilidade, impotência sexual, entre outras consequências. Se você achar necessário, apresente aos alunos imagens de pessoas que usam ou usaram anabolizantes. Dietas, produtos inibidores de apetite e fórmulas para emagrecimento: no que se refere à dieta, o problema não está naquelas indicadas por nutricionistas diante de patologias como: obesidade, diabetes, colesterol total muito alto, pressão alta, entre outras, e sim, naquelas “milagrosas” para diminuir o peso, podendo causar anemias, tonturas e déficit de substâncias essenciais ao organismo. As fórmulas para emagrecimento consistem em uma mistura de substâncias como: anfetaminas, diuréticos, laxativos, ansiolíticos e hormônios da tireoide, podendo causar desidratação, irritabilidade, entre outros sintomas. Os inibidores de apetite são medicamentos à base de anfetamina que estimulam o Sistema Nervoso Central a enviar uma mensagem ao cérebro de que o organismo está saciado. Também aumenta a liberação da dopamina e da noradrenalina, causando agitação, falta de sono e depressão. Já os termogênicos, usados para acelerar o metabolismo, podem causar: insônia, dores de cabeça, enjoo, arritmia cardíaca, aumento da pressão arterial, agitação, ansiedade e falta de concentração. 107 Desse desejo exagerado de emagrecer surgem duas doenças: a bulimia e a anorexia. Aspectos psicológicos na anorexia nervosa [...] É característica da anorexia nervosa a perda de peso significativa, pois embora sinta fome, a anoréxica se nega a comer. Esta conduta pode levar à inanição e até a morte, o que faz com que, seguidamente, as anoréxicas seja hospitalizadas (NUNES et al.,1998). Dentre os sintomas, está a perda do apetite que é uma consequência e não uma causa da anorexia nervosa. [...] FÁVERO, Eveline; MACHADO, Andresa Petter; SCHAURICH, Aline Praetzel. Transtornos alimentares: Anorexia e Bulimia nervosa. Disciplinarum Scientia, Santa Maria, v. 3, n. 1, 2002. Disponível em: <https://www.periodicos. unifra.br/index.php/disciplinarumS/article/view/856/800>. Acesso em: 11 out. 2018. Bulimia nervosa e seus sintomas A bulimia nervosa é um transtorno da alimentação que possui como características fundamentais:episódios recorrentes de compulsões periódicas de ingestão de uma grande quantidade de alimentos, em um espaço curto de tempo, que dura em torno de duas horas e um sentimento de falta de controle sobre o comportamento alimentar durante o episódio; comportamento compensatório inadequado recorrente, com o fim de prevenir o aumento de peso, como a autoindução de vômito, uso indevido de laxantes, diuréticos, ou outros medicamentos, jejuns ou exercícios excessivos; ocorrência de compulsões, no mínimo, duas vezes por semana, no espaço de três meses; autoavaliação indevidamente influenciada pela forma e peso do corpo (ROMARO; ITOKAZU, 2002). [...] DINIZ, Neyanne Otaviano; LIMA, Deyseane Maria de Araújo. A atuação do psicólogo no atendimento a pacientes com transtorno alimentar de bulimia nervosa. Revista Humanidades, Fortaleza, v. 32, n. 2, jul./dez. 2017. Disponível em: <http://periodicos.unifor.br/rh/article/view/7478/5549>. Acesso em: 11 out. 2018. Cirurgias plásticas, lipoaspiração, implante de silicone: apresentam riscos de choques anafiláticos; o excesso de retirada de gordura de uma só vez pode causar complicações; os implantes de silicone na versão líquida ou industrial (proibidos) podem causar deslocamento de prótese e problemas graves de saúde. Muitos casos de mortes vêm ocorrendo em cirurgias plásticas, realizadas, muitas vezes, por médicos não especializados e em locais inapropriados. As reportagens e textos a seguir servem como subsídio ao trabalho com o tema. • CIRURGIÃ plástica tem registro profissional suspenso após morte de paciente. R7, Balanço Geral, São Paulo, 18 set. 2018. Disponível em: <https://tinyurl.com/yczmj9jo>. Acesso em: 11 out. 2018. • POLÍCIA investiga se terceira mulher morreu após passar por procedimento estético no RJ. G1, Rio de Janeiro, 24 jul. 2018. Disponível em: <https://tinyurl.com/ycxjho2h>. Acesso em: 11 out. 2018. • CASO Dr. Bumbum: médicos citam tendência perigosa após morte em cirurgia. Saúde, Rio de Janeiro, 23 jul. 2018. Disponível em: <https://saude.abril.com.br/medicina/ caso-dr-bumbum-medicos-citam-tendencia-perigosa-apos-morte-em-cirurgia/>. Acesso em: 11 out. 2018. • VESPA, Talyta. Cirurgias plásticas: quando a vaidade das mulheres se torna risco de morte. Bol Notícias, 26 jul. 2018. Disponível em: <https://tinyurl.com/ydasa35m>. Acesso em: 11 out. 2018. • CIRURGIA plástica: assumindo o risco de morte. Biomedicina Estética, 1 mar. 2018. Disponível em: <https://tinyurl.com/y889cgpd>. Acesso em: 11 out. 2018. 108 Etapa 2 (4 aulas) Esta é a etapa da vivência pelos alunos de alguns tipos de ginástica de condicionamento. Escolha algumas delas, conforme o material e os espaços existentes na escola: ginástica aeróbica (step, jump, etc.); ginástica laboral; ginástica localizada (pernas, braços, glúteos, abdômen, etc.); hidroginástica; musculação. Não se esqueça de identificar para os alunos as exigências corporais de cada exercício físico executado. Em outro momento, experimente com os alunos as ginásticas de conscientização corporal. Escolha algumas delas, conforme o material e os espaços que você tem na escola: alongamento; biodança; bioenergética; antiginástica; tai chi chuan; ioga. Não se esqueça de identificar para os alunos as exigências corporais de cada exercício físico executado. Em uma roda de conversa, solicite que os alunos comentem sobre as práticas realizadas com os diferentes tipos de ginásticas, quais gostaram mais de realizar, quais não gostaram, as sensações surgidas durante as vivências e outras questões que achar importante. Etapa 3 (3 aulas) Para ampliar o trabalho com o tema, possibilite que os alunos assistam ao filme Amor plus size (faixa etária 12 anos) ou outro de sua preferência que remeta à temática estudada neste momento. Amor Plus Size, França, 2012. Nina se considera feliz em seu casamento. Quando o marido lhe oferece uma viagem a um spa de emagrecimento, ela fará amizades com duas mulheres também acima do peso. Juntas, descobrirão que a felicidade verdadeira vem em quilos. Di vu lg aç ão / M 6 Fi lm s Depois de assistirem ao filme, reúna os alunos em uma roda e conversem sobre ele. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos experimentaram os exercícios físicos sugeridos pelos diferentes tipos de ginásticas identificando as exigências corporais desses diferentes programas? • Os alunos discutiram as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e beleza, considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, midiático, etc.)? • Os alunos debateram a prática excessiva de exercícios físicos e o uso de medicamentos para a ampliação do rendimento ou potencialização das transformações corporais? • Os alunos experimentaram um ou mais tipos de ginástica de condicionamento físico e de conscientização corporal, identificando as exigências corporais de cada tipo? • Os alunos identificaram as diferenças e semelhanças entre a ginástica de conscientização corporal e as de condicionamento físico e discutiram como a prática de cada uma dessas manifestações pode contribuir para a melhoria das condições de vida, saúde, bem-estar e cuidado consigo mesmo? 109 2.o BIMESTRE SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1: ESPORTES DE CAMPO E TACO ‒ CONHECER PARA PRATICAR Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Esportes Esportes de campo e taco (EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de campo e taco, oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, nos esportes de campo e taco. (EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas. Tempo estimado: 6 aulas. Recursos necessários: multimídia, materiais necessários para os jogos: tacos, bolinhas de tênis, cones para as bases, etc. Planejamento Etapa 1 (1 aula) Em uma roda de conversa, questione os alunos sobre os esportes de campo e taco que conhecem. Partindo das respostas, traga subsídios para completar e enriquecer os saberes deles. Apresente o trecho da BNCC que explica sobre essa categoria. Campo e taco: categoria que reúne as modalidades que se caracterizam por rebater a bola lançada pelo adversário o mais longe possível, para tentar percorrer o maior número de vezes as bases ou a maior distância possível entre as bases, enquanto os defensores não recuperam o controle da bola, e, assim, somar pontos (beisebol, críquete, softbol, etc.). [...] BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, 2017, p. 214. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase>. Acesso em: 16 out. 2018. Investigue se os alunos conhecem algum dos esportes citados no texto e explique a eles que há outros como: brännboll, lapta, pesapallo e rounders. Apresente a diferença entre cada um deles usando os textos a seguir ou solicite uma pesquisa, na qual cada grupo fica responsável por um dos esportes. Beisebol (basebol ou baseball) Esse esporte surgiu na Inglaterra no século XVIII. É muito popular nos Estados Unidos, Japão, Cuba e Venezuela. Pode ser praticado em quadras abertas ou fechadas. As equipes são formadas por 9 jogadores cada e vão se alternando entre ataque e defesa. Cada vez que ocorre a alternância, chama-se de entrada. Os jogos profissionais possuem 9 entradas. O objetivo do jogo é rebater a bola lançada e percorrer as quatro bases que existem no campo de beisebol. O esporte é regulamentado pela IBAF (Federação Internacional de Beisebol). 110 Equipamento para o jogo de beisebol, 2015. Pi xa ba y / P ex el s Posições dos jogadores • Arremessador ou pitcher: jogador que arremessa a bola com a intenção de que ela não seja rebatida pelo adversário. • Receptor (apanhador) ou catcher: jogador que pega as bolas arremessadaspelos lançadores caso ela não seja rebatida. • Rebatedor (batedor) ou hitter: jogador que rebate a bola lançada pelo arremessador. • Primeira base ou firstbaseman: defesa da primeira base. • Segunda base ou secondbaseman: ocupar a segunda base e executar junto com a primeira base a jogada chamada double play. • Terceira base ou thirdbaseman: ocupar e defender a terceira base. • Interbases ou shortstop: ocupar os espaços entre a segunda e a terceira base e cobrir a região da segunda base em caso de double play. • Campista esquerdo (jardineiro) ou left fielder: jogador responsável pela defesa do campo esquerdo. • Campista central (jardineiro) ou center fielder: jogador responsável pela defesa do campo central. • Campista direito (jardineiro) ou right fielder: jogador responsável pela defesa do campo direito. Posições no campo de beisebol. S. I / R eg ra se sp or te 111 A partida não tem limite de tempo, sendo decidida após nove entradas. A equipe que defende inicia com os 9 jogadores em campo, enquanto o ataque inicia com apenas um jogador. Os jogadores da equipe de ataque assumem, primeiramente, o posto de rebatedor (batedor) seguindo uma sequência preestabelecida. A função do batedor é rebater a bola lançada pelo arremessador e percorrer as quatro bases até que um jogador da defesa devolva a bola para um dos jogadores que guardam as bases. Para melhor compreensão dos alunos, você pode exibir o vídeo a seguir: • Para aprender beisebol (baseball). Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=R8_vY5mVOIY>. Acesso em: 15 out. 2018. Para outras informações, acesse o site da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol <http://www.cbbs.com.br/>. Brännboll Esse esporte é pouco conhecido no Brasil. É praticado na Suécia, Noruega e Alemanha. O nome deriva de “queima” (Branná), ou seja, quando um jogador é pego entre duas bases no final de uma rodada de rebatidas. O objetivo é rebater a bola lançada pelo próprio jogador o mais distante possível para que ele possa percorrer as quatro bases sem ser interrompido. Jogo de brännboll em Umea, Suíça, 2015. Pe tte r K ar ke a / w iki m ed ia .c om m on s Possibilite que os alunos assistam ao vídeo a seguir para conhecerem o esporte brännboll. • Brännboll. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=kc5rHGHXUuQ>. Acesso em: 15 out. 2018. Lapta É um esporte russo, parecido com o beisebol e o brännboll. O objetivo é acertar a bola com um taco ou morcego (tipo de taco), servida por um jogador da equipe adversária, o mais distante possível, e correr até uma linha, chamada de kone, se possível correr de volta para o campo gorod, sem ser atingido pela bola que foi pega pela equipe adversária e lançada na sua direção. O jogo é disputado por um tempo determinado. Jogo de lapta em Iaroslavl, Rússia, 2014. Se re ga pa vlo v / w iki m ed ia .c om m on s 112 Para mais informações, acesse: • ZUBTSOV, Vitáli. Lapta, o beisebol russo de meio milênio. Russia Beyond, Moscou, 13 jun. 2016. Disponível em: <https://br.rbth.com/esporte/2016/06/13/lapta-o-beisebol- russo-de-meio-milenio_602053>. Acesso em: 15 out. 2018. O vídeo a seguir poderá subsidiá-lo no trabalho com o esporte. • Lapta @ IAFA.EU. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Gmyql7WCXmg>. Acesso em: 15 out. 2018. Pesäpallo Também conhecido como beisebol finlandês. Jogado na Alemanha, Austrália, Canadá, Estônia, Finlândia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, Suécia e Suíça. As regras são similares às do beisebol: as equipes são formadas por 9 jogadores que se alternam na defesa e no ataque (rebatedor). A equipe que está rebatendo marca um ponto quando avança um jogador pelas quatro bases. As bases são dispostas em ziguezague. M ys id / w iki m ed ia .c om m on s Ao contrário do beisebol no qual a bola pode ser rebatida para além das linhas demarcatórias do campo, no pesäpallo isso é considerado falta ou stike. É obrigatório que a bola quique dentro da linha de falta para permanecer em jogo. Os vídeos a seguir servem de subsídio para o trabalho com pesäpallo. • Pesäpallo (beisebol finlandês). Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=xSxslIEcXho>. Acesso em: 15 out. 2018. • Pesäpallo – Finnish Baseball. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=BFJMZnEmxrk>. Acesso em: 15 out. 2018. Rounders Esse esporte surgiu na Inglaterra no século XVI. É muito popular no Reino Unido, na Irlanda e no Canadá. Cada equipe tem de 6 a 15 jogadores, que se alternam entre bastão e defesa. Os pontos são chamados de rounders. O rounder é marcado quando o rebatedor bater na bola e correr sem parar em volta dos quatro postes antes que a bola possa ser devolvida ao lançador. Caso o rebatedor só consiga chegar à segunda ou terceira base, a jogada valerá meio rounder. A diferença do jogo de beisebol é que o lançador joga a bola em movimento de pêndulo das axilas para a massa. O tamanho do taco no rounders é mais curto que no beisebol. Para visualizar o jogo, você pode assistir ao vídeo: • Rounders at Croke Park. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=y1gQCVVF10w>. Acesso em: 15 out. 2018. 113 Softbol É um esporte que tem regras semelhantes às do beisebol. Surgiu em 1887, nos Estados Unidos, na intenção de se praticar beisebol em ambiente fechado. Atualmente é realizado em campos abertos e praticado, principalmente, por mulheres. Por ser um esporte olímpico, é muito mais conhecido e praticado no Brasil, tendo representatividade com a equipe brasileira. É jogado em campo menor e com uma bola maior e mais macia. O taco também é mais leve e a duração da partida foi reduzida (de 9 entradas para 7). Jogo de softbol em Vernon, Canadá, 2017. S. I. / P xH er e Para mais informações, consulte: • ORIUNDO do beisebol, softbol tem bola mais leve, campo menor e duração reduzida; saiba as diferenças. ESPN, 12 set. 2011. Disponível em: <https://tinyurl.com/ yc4qkcyg>. Acesso em: 16 out. 2018. • CBBS – Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol. Disponível em: <http://www. cbbs.com.br/>. Acesso em: 16 out. 2018. • VÍDEO. Como funciona o softbol. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=0e57Z0oDIBU>. Acesso em: 16 out. 2018. Críquete Esse esporte surgiu na Inglaterra por volta de 1566. É parecido com a brincadeira de taco ou bete, praticada por crianças brasileiras. O objetivo do jogo é que a defesa busque eliminar os 10 wickets adversários e o ataque busque conquistar o maior número de corridas (runs). As equipes são compostas por 11 jogadores cada. A bola é lançada pelo arremessador contra o alvo adversário (wicket), o qual é defendido pelo rebatedor. Jogo de críquete em Mumbai, Maharashtra, Índia. 2014. PD Pi cs / Px he re O Brasil também tem representação com equipe brasileira e a Associação Brasileira de Cricket (http://www.cricketbrasil.org/). 114 Para mais informações, acesse: • JOKURA, Tiago. Como se joga críquete? SuperInteressante, 4 jul. 2018. Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-se-joga-criquete/>. Acesso em: 16 out. 2018. • APRENDENDO o Críquete. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ fichaTecnicaAula.html?aula=25628>. Acesso em: 16 out. 2018. • CRÍQUETE. Disponível em: <http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/ conteudo/conteudo.php?conteudo=213>. Acesso em: 16 out. 2018. Vídeos: • Conquista – Críquete. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=4Zy2nkEccKI>. Acesso em: 16 out. 2018. • Cricket feminino no esporte record DF. Disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v=L_8PZ0KxFmE>. Acesso em: 16 out. 2018. • Cricket Brasil – Entrevista Record em 2007. Cricket na Universidade de Brasília. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=kYr6yk4BiV8&feature=related>. Acesso em: 16 out. 2018. Etapa 2 (5 aulas) Agora é o momento de vivenciar alguns dos esportes de campo e taco. Escolha junto com os alunos qual deles é viável de realizaçãona escola, adaptando espaço e regras. Depois da vivência dos esportes, reúna os alunos e conversem sobre os esportes de campo e taco. Questione-os: Vocês gostaram dos esportes praticados? Acharam difícil de jogar? Por quê? Quais seriam os motivos para que muitos não conheçam esses esportes? Entre outras questões que forem surgindo. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos vivenciaram um ou mais esportes de campo e taco, oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas? • Os alunos formularam e utilizaram estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, nos esportes de campo e taco? • Os alunos identificaram os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas vivenciadas? • Os alunos conseguiram diferenciar os vários jogos/esportes de campo e taco, percebendo a diferença na forma de jogar? SEQUÊNCIA DIDÁTICA 2: VEM DANÇAR COMIGO? Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Danças Danças de salão (EF89EF12) Experimentar e fruir danças de salão, valorizando a diversidade cultural e respeitando a tradição dessas culturas. (EF89EF13) Planejar e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão. (EF89EF14) Discutir estereótipos e preconceitos relativos às danças de salão e demais práticas corporais e propor alternativas para sua superação. (EF89EF15) Analisar as características (ritmos, gestos, coreografias e músicas) das danças de salão, bem como suas transformações históricas e os grupos de origem. 115 Tempo estimado: 8 aulas. Recursos necessários: multimídia (aparelho de som, CD ou pen drive com músicas, retroprojetor e computador). Planejamento Etapa 1 (3 aulas) Partindo do conhecimento que os alunos detêm, pergunte quais tipos de danças eles já experimentaram ou conhecem, por exemplo: cantigas de roda, danças folclóricas, urbanas, teatrais (balé clássico, dança moderna, dança contemporânea), criativas, danças de salão, etc. Investigue também se eles já assistiram a algum programa de televisão em que aparece a dança e, se sim, quais os tipos de danças foram apresentados. Depois dessa conversa inicial, informe os alunos que irão assistir ao filme Dança comigo? (faixa etária livre). Mostre a capa e questione-os sobre o que está representado nela. Depois passe o filme. Dança comigo?, Estados Unidos, 2004. John Clark (Richard Gere) vive uma vida normal e rotineira até um belo dia avistar Paulina (Jennifer Lopez) dançando na janela de um estúdio. Interessado nela, ele decide se matricular e acaba se surpreendendo quando percebe que sua paixão na verdade é pela dança. Di vu lg aç ão / Im ag em F ilm es Após a exposição do filme, em uma roda de conversa, questione os alunos: • O que levou John Clark procurar uma escola de dança? • Qual o tipo de dança que aparece no filme? • Quais os ritmos de dança de salão que são executados no concurso de dança? • Gostaram do final do filme? Por quê? Etapa 2 (3 aulas) Converse com os alunos sobre as danças de salão: são aquelas executadas por um par de dançarinos. Possuem passos próprios para cada ritmo. Provavelmente se originaram das danças folclóricas que foram levadas aos salões da nobreza, na Idade Média. Ganharam requinte e passos sistematizados. Com o tempo, a dança foi deixando de representar a expressão espontânea de sentimentos e passou a constituir um conjunto de técnicas muito bem aprendidas e repetidas. Quadrilha, gavota, minueto e valsa são algumas das danças de salão da Europa que percorreram o mundo. Dança de salão em Camaçari, BA, 2016. Jo ice S an to s / A sc om C DS 116 Competição de dança de salão. Aukland, Nova Zelândia, 2012. Lo ui se P al an ke r / F lic kr As danças de salão foram levadas pelos colonizadores para as diversas regiões das Américas, dando origem a muitas variedades. No Brasil, é possível observar danças de salão típicas de algumas regiões, por exemplo: Região Sul: xote, vaneira, bugio, rancheira, marchinha, etc. Região Nordeste: forró, baião, etc. Região Centro-Oeste: sertanejo universitário, etc. Organize a turma em grupos e solicite uma pesquisa sobre os tipos de danças de salão do Brasil: estado, origem, passos, vestimentas, músicas, etc. Cada grupo fica responsável por um tipo de dança de salão. Se possível, peça que façam uma breve performance. Solicite que todos os alunos experimentem os diversos ritmos de danças. Etapa 4 (2 aulas) Apresente o texto a seguir e dialogue sobre a importância da dança na vida das pessoas de todas as idades. [...] Como visto em nossa revisão de literatura, apesar de vários trabalhos defenderem os inúmeros benefícios da prática da dança de salão, muitas variáveis ainda podem ser analisadas e estudadas. É importante olhar a dança como uma expressão dos sentimentos por meio do corpo ao embalo da música. O dançarino deve sentir-se livre para expressar a fluidez na sua dança sem se enclausurar em passos e sequências predeterminadas. Uma vez que o corpo é percebido no processo do movimento, a partir da criatividade do casal, tudo pode se interligar, sem sequências lógicas preestabelecidas e coreografadas. A expressão dos sentimentos por meio do corpo na musicalidade será muito mais natural, uma vez que tudo poderá acontecer nessa única linguagem, construída através do contato criado entre um cavalheiro e uma dama no salão. Quando estudamos com profundidade essa prática, percebemos que “dançar a dois” é muito mais que realizar “passos” coreografados. 117 Por termos a necessidade de dançar com o outro, não podemos pensar em um corpo individualizado, mas sim o resultado da relação entre um “eu” e um “tu”. De acordo com Zaniboni e Carvalho (2007) essa convivência entre “eu” e “tu” favorece ao aluno o processo de (re)construção da imagem de si. Como resultado da pesquisa dos mesmos autores, após ministrarem aulas de dança de salão para crianças num período de três meses, foi observado que a amostra passou a lidar de modo diferente com a autoimagem e, também, estabeleceram uma nova forma de convivência entre os membros participantes das aulas. Aprender a técnica da dança é necessário, no entanto, o mais importante é saber utilizar esses recursos como uma ferramenta e não como uma “prisão” que estabelece um padrão a ser seguido e em nenhum momento explorado de forma diferente. A dança de salão como possibilidade de expressão leva o corpo dos praticantes a demonstrarem-se ativos na música. Essa autonomia aprendida a partir da percepção do próprio corpo de quem a executa faz com que os sujeitos flutuem no salão. A leveza e beleza da dança de salão são resultado do equilíbrio entre a técnica e a medida dos passos com as emoções e naturalidade do dançarino. FONSECA, Cristiane Costa; VECCHI, Rodrigo Luiz; GAMA, Eliane Florencio. A influência da dança de salão na percepção corporal. Motriz, Rio Claro, v. 18 n. 1, jan./mar. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/motriz/ v18n1/v18n1a20.pdf>. Acesso em: 16 out. 2018. Converse também sobre os preconceitos existentes no mundo da dança quanto aos estilos, gênero, classe social, portadores de deficiência, etc. Assim como em muitos segmentos sociais, na dança não se faz diferente, existem preconceitos. Muito presente, está a questão de gênero, dividindo as danças para meninos e outras para meninas, ou que dança foi feita para mulheres. Mas a realidade nos mostra o contrário, que o universo é amplo e todos podem se expressar por meio da dança, que em todos os estilos podemos observar a presença de ambos os gêneros. Outra questão a pensar diz respeito aos estilos. Os grupos de dança urbana que não aceitam os adeptos das danças de salão porque são considerados “os riquinhos” que pagam para dançar fazendo aulas, ou participando de bailes elegantíssimos. Sem contar que muitos ritmos de dançade salão são encontrados em festas tradicionais como bailes de formatura, aniversário de 15 anos, casamentos e, talvez por ter se originado nos salões na nobreza, ainda nos dias atuais mantenha o patamar de dança sofisticada. Já o grupo que pratica as danças de salão discrimina, muitas vezes, os adeptos das danças urbanas rotulando-os de pessoas que vivem nas ruas causando transtorno. E as pessoas com deficiência? Devem ser banidas da dança? São incapazes? Muitos grupos de dança vêm provando que não existem limites para a dança, que cadeirantes, amputados, pessoas com deficiência auditiva ou visual podem sim dançar, podem sim se expressar e que seus corpos podem transmitir ao público e a eles mesmos emoções e sentimentos nunca antes vividos. O que se sabe é que a dança sempre fez parte da vida da humanidade, desde os seus primórdios quando se dançava para pedir boa caça, boa colheita, chuva, etc. e que todas as pessoas podem dançar independente da classe social, etnia, gênero, idade, pois dançar é arte, é vida, é sentimento, é leitura de realidade. Basta escolher o estilo que você mais gosta e respeitar aquele escolhido pelo outro. 118 As sugestões a seguir servem de subsídio para o trabalho com o tema. • FONSECA, Cristiane Costa; VECCHI, Rodrigo Luiz; GAMA, Eliane Florencio. A influência da dança de salão na percepção corporal. Motriz, Rio Claro, v. 18, n. 1, jan./mar. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1980-65742012000100020>. Acesso em: 16 out. 2018. • LOPES, Maria Dolores; TEIXEIRA, Dourivaldo. A dança de salão na Educação Física: uma implementação prática na perspectiva da pedagogia histórico-crítica. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2149-8. pdf?PHPSESSID=2010012011065028>. Acesso em: 16 out. 2018. • MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. Motriz, Rio Claro, v. 3, n. 1, jun. 1997. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/03n1/artigo3.pdf>. Acesso em: 16 out. 2018. • QUADROS, Roberta Bevilaqua; PALMA, Lucina Erina. Pessoas com deficiência física: a dança em cadeiras de roda e representações corporais. Disponível em: <https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/95/ARTIGO2_Quadros_Roberta_%20 Bevilaqua_%20de.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 16 out. 2018. • VÍDEO. Projeto Dançarte – ANDEF. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=AUJlaXE_fZY&feature=related>. Acesso em: 16 out. 2018. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das habilidades • Os alunos experimentaram as danças de salão, valorizando a diversidade cultural e respeitando a tradição dessa cultura? • Os alunos planejaram e utilizaram estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão? • Os alunos discutiram estereótipos e preconceitos relativos às danças de salão e demais estilos de dança, propondo alternativas para sua superação? • Os alunos analisaram as características (ritmos, gestos, coreografias e músicas) das danças de salão, bem como suas transformações históricas e os grupos de origem? SEQUÊNCIA DIDÁTICA 3: DANÇA DE SALÃO EM CENA Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Danças Danças de salão (EF89EF12) Experimentar e fruir danças de salão, valorizando a diversidade cultural e respeitando a tradição dessas culturas. (EF89EF13) Planejar e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão. (EF89EF15) Analisar as características (ritmos, gestos, coreografias e músicas) das danças de salão. 119 Tempo estimado: 4 aulas. Recursos necessários: multimídia, aparelho de som e músicas. Planejamento Etapa 1 (1 aula) Para aprofundar o tema, segue sugestão. • BAENA, Suanne Souza. Dança de salão: uma estética transcrita para a cena. Ensaio Geral, Belém, v. 1, n. 1, 2010. Disponível em: <http://www.revistaeletronica.ufpa.br/ index.php/ensaio_geral/article/viewFile/151/76> Acesso em: 16 out. 2018. Escolha um ou mais vídeos dos sugeridos a seguir e transmita aos alunos. • Mimulus Cia de Dança – BH (Brasil) “Por um fio”. Disponível em: <https://www.youtube. com/watch?v=S3K-iBImbYs>. Acesso em: 16 out. 2018. • Jomar Mesquita e Juliana Macedo 9.º Dançando a bordo. Disponível em: <https:// www.youtube.com/watch?v=l1sHMqxTpkg>. Acesso em: 16 out. 2018. • Tango Journey conquista os jurados. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=rC0sWAPKaP8>. Acesso em: 16 out. 2016. • Stanford Viennese Ball 2013 – Opening Committee Waltz. Disponível em: <https:// www.youtube.com/watch?v=tRTVoN95miM>. Acesso em: 16 out. 2018. Depois, converse sobre as impressões e observações que eles tiveram sobre os vídeos. Instigue-os a algumas reflexões: • Quais dos vídeos mais gostaram? Por quê? • Conseguiram identificar qual o ritmo apresentado em cada vídeo? Como? • Quais os elementos (música, vestimenta, passos da dança, etc.) presentes na dança podem caracterizá-la? • Existe uma dança certa e outra errada? Por quê? • As danças apresentadas nos vídeos são coreografadas? Por quê? Etapa 2 (2 aulas) Organize a turma em grupos, procurando deixar números pares de alunos. O objetivo é que cada grupo forme pares para fazer uma apresentação de dança de salão. Solicite que cada grupo escolha um dos ritmos de dança de salão já vivenciados na sequência didática “Vem Dançar comigo?” para elaborarem uma coreografia. Marque, juntamente com os alunos, uma data para a apresentação, sendo que o grupo deverá se preocupar com o ritmo escolhido, a música que será tocada, a vestimenta que irão usar e, principalmente, os movimentos corporais que deverão conter os elementos constitutivos (ritmo, espaço e gestos). Incentive-os a serem livres, criativos, mas sem descaracterizar a dança de salão. Como sugestão para a preparação das apresentações, transmita o vídeo a seguir com dicas importantes da dança de salão, como: postura do casal, passos básicos, entre outros elementos. • Por Você – Aprenda os primeiros passos da dança de salão 29/10/16. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=coI4gQ7nKZg>. Acesso em: 16 out. 2018. 120 Na data marcada para a apresentação, providencie junto com os alunos alguns itens, como: aparelhagem de som, músicas, espaço adequado para o grupo que vai se apresentar e para os que vão assistir, iluminação, entre outros. Reforce a questão do comportamento da plateia quando aprecia uma apresentação, permanecendo em silêncio durante o espetáculo, aplaudindo no final e nunca vaiar o trabalho alheio. Etapa 3 (1 aula) Depois das apresentações, solicite um relatório individual sobre todo o processo vivenciado e autoavaliação do aluno com relação à participação nas apresentações. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos perceberam a importância da criação nas danças, compreendendo-as como acervo cultural que vai se transformando ao longo dos tempos? • Os alunos perceberam que para dançar não há limites? • Os alunos planejaram e utilizaram estratégias para se apropriarem dos elementos constitutivos (ritmo, espaço e gestos) das danças de salão? • Os alunos analisaram as características (ritmos, gestos, coreografias e músicas) das danças de salão? 121 3.o BIMESTRE SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1: FUTEBOL ‒ PAIXÃO NACIONAL Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Esporte Esporte de invasão - Futebol (EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de invasão oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos, nos esportes de invasão. (EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência etc.) e a forma como as mídias os apresentam. Tempo estimado: 5 aulas. Recursos necessários: multimídia, quadra ou campo de futebol e bola de futebol. PlanejamentoInicie uma conversa sobre o futebol. As sugestões a seguir poderão auxiliá-lo a instrumentalizar melhor o conhecimento para os alunos. • DAOLIO, Jocimar (Org.). Futebol, cultura e sociedade. Campinas: Autores Associados, 2005. Resenha de: FERNANDES, Simone Cecília. Conexões, Campinas, v. 3, n. 2, 2005. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/ article/view/8637957/5648>. Acesso em: 16 out. 2018. • ______. A violência no futebol brasileiro. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 6, n. 1, 1992. Disponível em: <https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/ view/204>. Acesso em: 17 out. 2018. • ______. As contradições do futebol brasileiro. EFDeportes.com, Buenos Aires, ano 3, n. 10, maio 1998. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd10/daolio.htm>. Acesso em: 17 out. 2018. • ______. (Org.). Futebol, cultura e sociedade. Campinas: Autores Associados, 2005. • GUTERMAN, Marcos. O futebol explica o Brasil: uma história da maior expressão popular do país. São Paulo: Contexto, 2009. • SANTOS, Fabiano Antonio dos; WIELEWSKI, Rita de Cássia. O Futebol para além das quatro linhas. In: FUGIKAWA, Claudia Sueli Litz. Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2006. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_ didatico/edfisica.pdf>. Acesso em: 16 out. 2018. 122 Converse com os alunos sobre o futebol ser paixão nacional: é o esporte mais conhecido e praticado no Brasil; os brasileiros são incentivados a praticá-lo desde a infância; é o esporte mais presente na mídia. Converse também sobre a facilidade de se chutar uma bola, mesmo que feita de papel, de se fazer traves com pedras, chinelo, tênis ou outro objeto, de se poder praticar em qualquer espaço grande ou pequeno. O gosto pelo futebol é incentivado pela família: ensina-se a torcer pelo time que a família “ama de paixão”, a vestir a camisa (ou pelo menos as cores) do time, reconhecer o emblema, “tirar uma” com o amigo quando o time dele perde. Explique que os símbolos e cores que representam a nossa pátria são mais usados em época de Copa do Mundo do que no dia da Independência do Brasil. Em relação ao futebol profissional, muitas questões surgem voltadas ao rendimento financeiro que envolve o esporte, aos salários altíssimos e contratos milionários de alguns jogadores; publicidade em torno de patrocinadores; exportação de jogadores para outros países; baixos salários de profissionais do futebol em times menores brasileiros. Quanto ao futebol lazer, pode-se falar daquele vivido todo fim de semana na quadra, cancha ou campo para “bater aquela bolinha” com os amigos ou amigas. Aquele futebol tão esperado para a “hora do recreio” na escola ou no “campinho” com os colegas. Há também o futebol espetáculo, aquele dos estádios com grandes times, onde as pessoas podem torcer, gritar, cantar, extravasar suas angústias, estresse, raivas. Nesse momento, aborde outra questão: as brigas de torcidas, a rivalidade de “torcidas organizadas”, a violência dentro e fora dos estádios de futebol. O futebol é muito apreciado e praticado em outros lugares do mundo. São muitos os campeonatos internacionais: Libertadores da América; Campeonato Espanhol de Futebol; Campeonato Italiano de Futebol; Copa Mundial de Futebol; Copa das Confederações. Sobre os campeonatos brasileiros de futebol, você pode questionar quais eles conhecem: Campeonato Brasileiro de Futebol; Copa do Brasil e campeonatos estaduais nas séries A-B-C-D. Aborde também os benefícios da prática desse esporte para a saúde: estimula a circulação sanguínea, melhora a flexibilidade e a coordenação, aumenta a densidade óssea, diminui o estresse e a ansiedade, melhora a resistência cardiovascular, auxilia a perda de gordura e o aumento da força muscular. Etapa 2 (2 aulas) Proponha aos alunos a vivência corporal do futebol, adaptando as regras de acordo com o grupo e o espaço físico. Não se esqueça de estimular as meninas a praticarem o esporte. Veja no Manual do Professor impresso mais informações e a indicação para trabalhar o futebol na escola. Etapa 3 (1 aula) Organize um torneio de futebol da turma, formando equipes masculinas e femininas com número igual de alunos. Use algum critério para a formação das equipes: sorteio; idade; tamanho e outros que não seja a escolha, para não haver discriminação entre os colegas. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos discutiram alguns dos problemas que envolvem o futebol e a forma como a mídia o apresenta? • Os alunos conversaram sobre a realidade do futebol? • Os alunos vivenciaram o futebol utilizando habilidades técnico-táticas básicas? 123 SEQUÊNCIA DIDÁTICA 2: ESPORTES PARALÍMPICOS Unidade temática Objetos de conhecimento Habilidades Esporte Esportes de rede/parede Esportes de campo e taco Esportes de invasão Esportes de combate (EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. Tempo estimado: aproximadamente 6 aulas. Recursos necessários: multimídia, vendas para os olhos, colchões, colchonetes, cordas pequenas ou barbante e bola com guizo. Planejamento Etapa 1 (1 aula) Inicie uma conversa em relação aos esportes paralímpicos, quais seriam as modalidades desses jogos. Registre-as no quadro de giz: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, parabadminton, paratae kwon do, remo, rugby em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela e vôlei sentado. Esclareça que essas modalidades fazem parte das Paralimpíadas ou Jogos Paralímpicos que acontecem juntamente ou logo após as Olímpiadas na mesma cidade sede. O Brasil chamava o evento de Paraolimpíada até o Comitê Paralímpico Internacional (CPI) determinar que os países de língua portuguesa padronizassem o termo como Paralimpíada ou Jogos Paralímpicos. É considerado o maior evento esportivo mundial que envolve pessoas com deficiências físicas (de mobilidade, amputações, cegueira ou paralisia cerebral) e mentais. Para saber mais sobre cada uma das modalidades, leve os alunos ao laboratório de informática, se houver na escola, ou remeta a uma pesquisa. Solicite que os alunos acessem o site do Comitê Paralímpico Brasileiro, disponível em: <http://www.cpb.org.br/>. Peça que naveguem pelo site para conhecer mais sobre os jogos paralímpicos: as modalidades, as competições, a história, etc. Etapa 2 (4 aulas) Para vivenciar algumas das modalidades paralímpicas, alguns esportes serão adaptados. Os alunos já tiveram a possibilidade de experimentar o voleibol sentado, abordado no Manual do Professor impresso. Agora poderão experimentar outros. Explique algumas particularidades da modalidade, projete vídeos e depois proponha a vivência corporal. 124 Atletismo O atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. Para a vivência do atletismo, marque na quadra algumas raias para a corrida, usando giz ou cordas. Organize os alunos em duplas, amarre-os pelas mãos com corda ou barbante e um deles deverá vendar os olhos com tiras de tecido ou óculos de natação pintados de preto. Solicite que se posicionem na saída e mostre até onde deverão correr. Ao seu sinal, os alunos que estão com a venda irão correr auxiliados pelos seus colegas de dupla, que não poderão correr na frente, nem puxá-los, mas direcioná-losnas raias. Depois, os alunos trocam de função. Futebol O futebol de 5 é exclusivo para cegos ou deficientes visuais e o futebol de 7 é praticado por atletas com paralisia cerebral. Para a vivência prática, todos os alunos serão convidados, meninos e meninas. Divida a turma em equipes de 7 alunos e solicite que se organizem em 4 jogadores, 1 técnico, 1 goleiro e 1 chamador. Sorteie a ordem de entrada das equipes. Adapte o tempo do jogo para cada 2 equipes de acordo com o tempo que você tem de aula, para que todos possam vivenciar. Utilize quantas aulas achar necessárias para que todos possam experimentar todas as funções. Na quadra oficial existem barreiras nas laterais, adapte a quadra da escola com colchões, colchonetes ou posicione colegas que não estejam jogando no momento, para não permitir que os participantes saiam do limite da quadra, evitando acidentes. Os alunos que serão os jogadores da equipe deverão estar com os olhos vendados. O goleiro com visão total ficará na sua posição no gol ajudando a orientar o seu time, o “chamador” ficará atrás do gol adversário auxiliando os atletas do seu time e o técnico, que também tem essa função. Se possível use uma bola com guizos. Determine o tempo de jogo e, após o término, substitua as duas equipes por mais duas, de acordo com o sorteio. Não se esqueça de solicitar que os alunos revezem as funções cada vez que voltarem a jogar. Para subsídio nesse momento, acesse: • FUTEBOL de cegos: transformando a deficiência em eficiência. Disponível em: <http:// portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18981>. Acesso em: 17 de out. de 2018. Além das duas modalidades indicadas, solicite que os alunos escolham mais algumas modalidades paralímpicas para serem vivenciadas em aula. Vejam a possibilidade de adaptar espaços e materiais. Etapa 3 (1 aula) Em uma roda de conversa, troque ideias com os alunos sobre as sensações dessa nova experiência, os limites e as possibilidades corporais, a superação dos atletas paralímpicos e a inclusão de colegas nas aulas de Educação Física. Fale também sobre a importância de incluir pessoas com deficiência no mundo dos esportes bem como na sociedade como um todo. Se você quiser aprofundar mais sobre o tema, pode visualizar algumas reportagens presentes na Revista Brasil Paralímpico, n. 42, nov./dez. 2012. 125 Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das habilidades • Os alunos experimentaram diferentes papéis (jogador e técnico) e fruíram alguns dos esportes paralímpicos, valorizando o trabalho coletivo, o respeito e a superação? • Os alunos perceberam a importância da inclusão das pessoas com deficiência no mundo dos esportes, bem como na sociedade, de forma geral? SEQUÊNCIA DIDÁTICA 3: ARTES MARCIAIS MISTAS (MMA) ‒ O OCTÓGONO DA VIOLÊNCIA Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Lutas Lutas do mundo (EF89EF16) Experimentar e fruir a execução dos movimentos pertencentes às lutas do mundo, adotando procedimentos de segurança e respeitando o oponente. (EF89EF17) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas, reconhecendo as suas características técnico-táticas. (EF89EF18) Discutir as transformações históricas, o processo de esportivização e a midiatização de uma ou mais lutas, valorizando e respeitando as culturas de origem. Tempo estimado: 6 aulas. Recursos necessários: multimídia, colchões, colchonetes ou tatame. Planejamento Etapa 1 (1 aula) Inicie a aula questionando os alunos ou propondo uma pesquisa sobre as seguintes siglas: MMA, UFC e WWE. MMA – Mixed Martial Art – Artes Marciais Mistas. É uma mistura de lutas como jiu-jítsu, boxe, muay thai, caratê, capoeira, entre outras. Os lutadores têm de dominar várias técnicas de combate, provenientes de diferentes lutas e artes marciais. UFC – Ultimate Fighting Championship – Campeonato Final de Lutas. É uma organização de lutas de MMA. WWE – World Wrestling Entertainment, Inc. – É uma empresa americana privada de entretenimento que lida, principalmente, com luta profissional. Os programas da WWE são competições legítimas, mas puramente baseadas em entretenimento, com lutas previamente ensaiadas. Converse com os alunos sobre o MMA, sua origem e como está o campeonato na atualidade. Para auxiliá-lo nesse trabalho, sugere-se a leitura do texto a seguir. 126 [...] O fato é que o MMA se popularizou nos últimos anos e passou a atingir o grande público, para além dos praticantes de artes marciais – que há aproximadamente 20 anos constitui um mercado consumidor de eventos dessa natureza, com proporções consideravelmente menores do que as atuais. Com o crescimento do público consumidor, principalmente nos [Estados Unidos, Canadá, Brasil, Japão e Inglaterra], a modalidade tem apelo midiático semelhante ao dos esportes mais populares. Em alguns veículos de comunicação brasileiros, especialmente em seus grandes portais jornalísticos da internet, o MMA aparece como a segunda modalidade esportiva mais noticiada, atrás apenas do futebol. [...] Pela forma com que tem se desenvolvido, a potencialidade de crescimento do MMA parece ser ainda maior do que a proporção já atingida. Sob essa perspectiva, o Brasil, que tem promovido a imagem de país do futebol, também pode vir a ser o país do MMA. Note que, mesmo que esteja muito distante da popularidade do futebol, e de seu potencial mercadológico, haveria pertinência numa afirmação identitária de nacionalidade, uma vez que a gênese do MMA, ou parte dela, pode ser localizada no valetudo desenvolvido no Brasil ao longo do século XX e, na atualidade, atletas brasileiros e americanos rivalizam pela supremacia no MMA. No que se refere à participação feminina, uma primeira análise nos leva à compreensão de que, assim como no futebol, a construção da representação social do MMA tem um viés de gênero consideravelmente demarcado. O próprio UFC só passou a incluir mulheres em suas competições a partir de sua 157.ª edição, em fevereiro de 2013. Apesar do crescimento da população de mulheres ligadas ao MMA, tanto entre as que o praticam quanto as que o consomem, e do atual destaque da lutadora Ronda Rousey, cujas lutas estão entre as mais consumidas pelos espectadores do UFC, a participação de mulheres em lutas de MMA ainda é pequena se comparada com a dos homens. Essa característica pode estar ligada a uma questão de (não) aceitação social, pois a imagem dos lutadores de MMA está fortemente associada a uma noção de masculinidade. Nesse espectro, para conseguir se inserir e permanecer nas grandes empresas de MMA, uma lutadora profissional precisa conviver com a ambivalência de ser forte, agressiva e competitiva sem se distanciar de uma representação conservadora e, em alguma medida, erotizada do que é ser mulher. [...] NETO, Álvaro Rego Millen; GARCIA, Roberto Alves; VOTRE, Sebastião Josué. Artes marciais mistas: luta por afirmação e mercado da luta. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Brasília, v. 38, n. 4, out./dez. 2016, p. 313-422. Disponível em: <https://tinyurl.com/yb3gd3rz>. Acesso em: 17 out. 2018. Etapa 2 (1 aula) Explique à turma sobre algumas das lutas presentes no MMA, por meio de textos, pesquisas ou vídeos. Jiu-jítsu: luta de mãos livres, cujo objetivo é a imobilização do adversário e a autodefesa. O termo tem origem japonesa: ju significa suavidade e jitsu, técnica ou arte. Sugestão de vídeo: • Veja como foi o Mundial de Jiu-jítsu 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=mxeoVeBF13U>. Acesso em: 17 out. 2018. Muay thai: arte marcial tailandesa, também conhecida como boxe tailandês. Não utiliza armas e os movimentos de mãos, cotovelos, pernas e pés são conhecidos como “arte dos oito membros”. 127 Sugestão de vídeo: • Benefícios do muay thai. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=6su9mdpTdpw>. Acesso em: 17 out. 2018. Boxe: uma modalidade de luta em que os atletas usam luvas para golpear. O termo significa “bater comos punhos”, não sendo permitidos golpes abaixo da linha da cintura. Sugestão de texto e vídeo: • FILOMENO, Leonardo. 7 motivos para você praticar boxe. MHM Manual do Homem Moderno. Disponível em: <https://manualdohomemmoderno.com.br/video/fitness/7- motivos-para-voce-praticar-boxe>. Acesso em: 17 out. 2018. • VÍDEO. Como é o treino de boxe (e entrevista com Esquiva Falcão). MHM. Disponível em: <https://manualdohomemmoderno.com.br/video/fitness/7-motivos-para-voce- praticar-boxe>. Acesso em: 24 out. 2018. Caratê: arte marcial que surgiu no Japão. O praticante utiliza golpes, socos, pontapés e joelhadas. O termo significa “mãos vazias”, ou seja, não há armas. Sugestão de vídeo: • Karate – Técnicas de defesa pessoal. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=8d-JKW9Gs_I>. Acesso em: 17 out. 2018. Etapa 3 (1 aula) São inegáveis os imensos benefícios que as lutas trazem aos praticantes. Porém, quando se fala em lutas profissionais, campeonatos, MMA, UFC, aí a situação é bem diferente. Esclareça para os alunos o que pode ocorrer com um praticante de MMA: morte por algum golpe sofrido durante a luta, por pesados treinamentos e antes da luta, por desnutrição, com o objetivo de perder peso para o momento da pesagem; lesões graves, levando muitos praticante a ficarem paraplégicos. Em 2014, o American Journal of Sports Medicine publicou uma pesquisa que mostrou que 31,9% das lutas do UFC entre os eventos de números 66 e 146 terminaram com pelo menos um dos lutadores sofrendo uma lesão traumática cerebral. Para motivar os espectadores a assistirem essas competições, muitos apelos midiáticos são usados, aumentando ainda mais a rivalidade entre os participantes. Leia um trecho de um texto que aborda esse tema. [...] Notem que no MMA os desafios e desavenças entre lutadores ainda se fazem presentes. Há lutadores famosos pelas suas provocações, veiculadas em entrevistas e em sites de relacionamento da internet. Nos eventos organizados pelo UFC, a pesagem dos atletas, feita no dia anterior ao das lutas, usualmente é palco de provocações e tensões. No entanto, essas desavenças, em grande parte, se tratam de estratégias para a promoção das lutas e algumas vezes para a promoção pessoal. Os lutadores são orientados para representar e adotar determinado discurso que vise a promoção da luta. Atualmente, os lutadores profissionais parecem adotar um código de conduta para essa nova modalidade, no qual não há lugar para embates públicos e lutas desencadeadas por diferenças pessoais. O que está em jogo são suas carreiras profissionais. Consideramos, portanto, que as características assumidas pelo MMA, anunciadas por meio de suas marcas de ruptura com o vale-tudo, especialmente o processo de profissionalização e a maior exposição midiática, serviram para, de certo modo, acirrar o controle do corpo e o código de moralidade dos lutadores. [...] NETO, Álvaro Rego Millen; GARCIA, Roberto Alves; VOTRE, Sebastião Josué. Artes marciais mistas: luta por afirmação e mercado da luta. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Brasília, v. 38, n. 4, out./dez. 2016, p. 313-422. Disponível em: <https://tinyurl.com/yb3gd3rz>. Acesso em: 17 out. 2018. 128 Uma das características dos campeonatos de UFC é um ringue de oito lados (o octógono), fechado por uma grade. Mais parecendo uma jaula de leões enfurecidos lutando por um cinturão que lhe dá fama e dinheiro. Mostre para os alunos a imagem e/ou vídeo da lesão do Anderson Silva, que o tirou dos ringues por muito tempo, depois de ter uma fratura na perna causada por um golpe do adversário numa luta de MMA. Sugestão de vídeo: • UFC 168 – Anderson Silva vs Chris Weidman – Anderson Silva sofre fratura exposta e é derrotado. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VUlzabxZx98>. Acesso em: 17 out. 2018. Você pode mostrar também a reportagem “UFC 229 termina em confusão”, exibida em 8 de outubro de 2018. Disponível em: <https://globoplay.globo.com/v/7072894/>. Acesso em: 17 out. 2018. Etapa 4 (3 aulas) Para a vivência prática de algumas dessas lutas, investigue entre os alunos da escola se algum deles pratica ou conhece alguém que o faça para convidá-lo a palestrar, demonstrar e ensinar alguns movimentos da luta. Você ainda pode utilizar vídeos com alguns movimentos básicos das lutas para que os alunos possam experimentar. Não se esqueça de relembrá-los da questão da segurança e do respeito com os colegas durante a prática corporal, para que não hajam lesões, bem como não fazerem brincadeiras impróprias com a vivência das lutas para não se machucarem. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos experimentaram e fruíram a execução dos movimentos pertencentes às lutas do mundo, adotando procedimentos de segurança e respeitando o oponente? • Os alunos utilizaram estratégias básicas das lutas experimentadas, reconhecendo as suas características técnico-táticas? • Os alunos discutiram as transformações históricas, o processo de esportivização e a midiatização de uma ou mais lutas, valorizando e respeitando as culturas de origem? 129 4.o BIMESTRE SEQUÊNCIA DIDÁTICA 1: EXPERIMENTANDO NOVAS POSSIBILIDADES CORPORAIS POR MEIO DAS PRÁTICAS DE AVENTURA DA NATUREZA Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Práticas corporais de aventura Práticas corporais de aventura na natureza (EF89EF19) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura na natureza, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais, respeitando o patrimônio natural e minimizando os impactos de degradação ambiental. (EF89EF20) Identificar riscos, formular estratégias e observar normas de segurança para superar os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza. (EF89EF21) Identificar as características (equipamentos de segurança, instrumentos, indumentária, organização) das práticas corporais de aventura na natureza, bem como suas transformações históricas. Tempo estimado: 7 aulas. Recursos necessários: multimídia, mapas (planta baixa da escola), cartões de controle e bússolas. Planejamento Etapa 1 (1 aula) Para iniciar o trabalho, converse com os alunos sobre as práticas corporais de aventura na natureza. Separe algumas imagens como exemplos dessas práticas e apresente a eles. Seguem algumas sugestões: Prática da trilha em Trilha do Ouro, São José do Barreiro, São Paulo, 2014. Montanhismo no Parque Nacional do Itatiaia, Serra da Mantiqueira, MG/RJ, 2014. qu an tz / Fl ick r Fr ed S ch in ke / Fl ick r 130 Crianças praticando corrida de aventura, Amsterdã, Holanda, 2017. Prática de arvorismo em Vila do Gres, Terras de Bouro, Portugal, 2014. S. I / P xh er e or xe ira / w iki m ed ia .c om m on s Corrida de bicicleta de montanha em Pine, Arizona, Estados Unidos, 2017. Prática do rapel em Corralitos, Honduras, 2017. S. I / P xh er e Ya m il Go nz al es / Fl ick r Prática da tirolesa no Parque Nacional da Chapada das Mesas, Pedra Caída, Maranhão, 2014. Alunos participando da Copa Nordeste de Orientação (COPANE) e II Copa de Inclusão Social do Programa Segundo Tempo ‒ Forças no Esporte (PROFESP) em Salvador, BA, 2015. Na nd o cu nh a / w iki m ed ia .c om m on s PH F re ita s / M in ist ér io d a De fe sa Questione os alunos se eles já praticaram em algum momento essas atividades. Depois explique cada prática para que vivenciem-nas mais tarde. Etapa 2 (2 aulas) Para a vivência das práticas corporais de aventura na natureza, você poderá adaptar o espaço da escola. Por exemplo, para a caminhada e corrida de aventura é possível distribuir pelo terreno da escola alguns obstáculos como bancos, escadas, pneus, tábuas, troncos, latas, 131 usar degraus, rampas, muretas, etc. e formar, assim, uma trilha de aventura. Para a atividade de arvorismo ou arborismo, você pode separar duas cordas grandes e grossas (bemresistentes) e amarrá-las em dois postes (pode ser os de voleibol), ou em duas árvores, sendo que uma fica em cima e a outra embaixo, numa distância que corresponda a, mais ou menos, à altura dos adolescentes da turma. Pode colocar colchonetes embaixo, para protegê-los, se as cordas estiverem muito longe do chão. Etapa 3 (3 aulas) Para realizar a orientação, é necessário explicar um pouco mais sobre essa prática de aventura, que é na verdade um esporte. Explique, usando textos e imagens, o que é e como se realiza. De acordo com a CBO: A Orientação é um desporto no qual os competidores navegam de forma independente através do terreno. Os competidores devem visitar uma série de pontos de controle marcados no terreno, no menor tempo possível, auxiliados apenas por um mapa e uma bússola. O percurso, definido pela localização dos controles, não é revelado aos competidores antes de sua partida. (CBO, 2018, p. 3). Muitas pessoas chamam de corrida de orientação, mas o nome correto é orientação já que o esporte se apresenta nas seguintes modalidades: orientação pedestre – deslocamento realizado a pé; orientação em bicicleta; orientação em esqui – na neve; TrailOrienteering – para pessoas com deficiência. A Confederação Brasileira de Orientação (CBO), com sede em Santa Maria (RS), é a instituição brasileira responsável pela direção nacional do desporto em todas as suas modalidades. Para que ocorra o esporte, o atleta deve escolher o melhor caminho para realizar o percurso no menor tempo possível. Para tal precisa fazer a leitura do mapa com precisão, usar a bússola, ter resistência física e tomada de decisão rápida, entre outras qualidades. É um esporte que usa a natureza como campo de jogo, portanto o atleta, bem como a equipe que organiza o evento, deve ter o maior respeito e cuidado com o ambiente onde é realizada a prática. As principais regras são: passar por todos os pontos de controle seguindo a sequência determinada no mapa, marcar corretamente o cartão de controle e preservar a natureza. O mapa de orientação é uma planta baixa do local de realização da prova, com um percurso definido e a marcação dos Pontes de Controle (prismas) por onde o participante deverá passar e marcar o cartão para provar que passou naquele local. Apresente aos alunos modelos de mapa de orientação. O vídeo a seguir serve de subsídio para o trabalho com o tema: • O que é corrida de orientação? – Orientista em foco. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=E1F0hYFHhCQ>. Acesso em: 17 out. 2018. Sugestões de leitura para o trabalho com o tema: • ESPORTE orientação: os benefícios de uma modalidade inovadora e interdisciplinar na escola. Impulsiona, 22 ago. 2018. Disponível em: <https://impulsiona.org.br/ esporte-orientacao-beneficios-na-escola/>. Acesso em: 17 out. 2018. • DE PAULA, Sodré Alexandre; TRINDADE, Tarso Pires; ANDRADE, João Cleber Theodoro de. A interdisciplinaridade do esporte de orientação. In: Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, 2011. Resumo de anais... Disponível em: <http://seer. unipampa.edu.br/index.php/siepe/article/view/2302>. Acesso em: 17 out. 2018. • CARDOSO, Elaine de Cássia. Esporte orientação: ferramenta interdisciplinar inserida numa prática ambiental e desportiva. Disponível em: <https://tinyurl.com/ybwf68or>. Acesso em: 17 out. 2018. 132 • BLAIA, Celestino Celso Medeiros. Corrida de orientação. Disponível em: <http:// www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2326-6.pdf>. Acesso em: 17 out. 2018. Antes da vivência do esporte, com o auxílio do professor de Geografia, oriente os alunos no uso da bússola. Veja algumas orientações no Projeto Integrador: “Orientação na escola: uma proposta interdisciplinar”. Previamente à realização da atividade, confeccione um mapa usando a planta baixa da escola, com a identificação de alguns locais, como quadra, cantina, sala dos professores, diretoria, entre outros. Em seguida, trace o percurso com os pontos de controle, sendo que os pontos de saída e de chegada devem estar no mesmo local para facilitar. S. I./ Ac er vo d a Ed ito ra 133 Faça e reproduza um cartão de controle de acordo com o número de alunos (poderá ser individual, duplas, trios, etc.). Veja um exemplo: NOME (S): ______________________________________________________ HORÁRIO DE SAÍDA: ___________ HORÁRIO DE CHEGADA: ____________ TEMPO DA CORRIDA: ______________ PONTOS CÓDIGOS (LETRAS) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 PALAVRA: _______________________________ Antes da atividade, sem que os alunos vejam, monte a pista de orientação, colocando um prisma e um cartaz com uma letra do alfabeto confeccionado em papel sulfite, de acordo com o número de pontos e local estabelecido no mapa. (Você poderá escolher 10 pontos com as letras que formam a palavra ORIENTAÇÃO, ou seja, R-N-Ç-O-A-E-O-I-T-Ã). Converse com os alunos sobre algumas questões para as quais eles precisam atentar-se antes da realização da prática de orientação: • Escolher o melhor percurso usando portões abertos e passagens opcionais. • Não entrar nas salas, pois não há pontos de controle dentro delas. • Não retirar os cartazes para não prejudicar os colegas que ainda realizarão a corrida. • Seguir a ordem dos pontos de controle de acordo com o mapa. • Ler o mapa com atenção e usar a bússola localizando o norte magnético. • Posicionar o mapa corretamente. • Se a corrida for em dupla ou em trio, respeitar o ritmo dos colegas; só será registrado o horário de chegada quando todos do grupo chegarem. • Registrar corretamente as letras com cedilha e acentos, quando houver. Não se esquecer de levar lápis ou caneta. 134 Solicite que os alunos formem duplas, trios ou realizem a atividade individualmente. Entregue os cartões de controle e peça que os identifiquem, colocando seus nomes. Vá chamando cada um e entregue o mapa e a bússola e deixe-o estudar o mapa por 30 segundos. Marque o horário de saída no cartão de controle e o mesmo deverá sair em direção ao primeiro ponto de controle e realizar todo o percurso na sequência que está no mapa, marcando no cartão a letra que se encontra em cada um deles. Depois de percorrer todos os pontos, o aluno deverá retornar ao ponto de saída, onde será marcada a hora novamente (horário de chegada). Solicite que descubra qual é a palavra que se forma com as letras encontradas e que também calcule o tempo que levou para realizar o percurso. Após a realização da atividade por todos os alunos, você pode colocar a ordem de classificação de acordo com o tempo, sendo o vencedor aquele que realizou a corrida em menor tempo. Etapa 4 (1 aula) Investigue na comunidade/cidade se há alguma pista de orientação (veja nos quartéis militares) para que os alunos possam vivenciar o esporte fora da escola. Todas as práticas de aventura na natureza requerem cuidados com o local onde estão sendo realizadas. Conscientize seus alunos quanto ao respeito pelo meio ambiente. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos experimentaram e fruíram as diferentes práticas corporais de aventura na natureza adaptadas no espaço escolar, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais colegas, respeitando os elementos que compõem o cenário natural? • Os alunos identificaram riscos, formularam estratégias, enfrentaram os medos e observaram normas de segurança para superarem os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza? • Os alunos identificaram as características de cada uma das práticas corporais de aventura na natureza (indumentária, equipamentos, instrumentos, etc.)? SEQUÊNCIA DIDÁTICA 2: ESPORTE DE COMBATE ‒ LUTAS REALIZADAS NOS JOGOS OLÍMPICOS Unidade temática Objeto de conhecimento Habilidades Esporte Esportes de combate (EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de combate oferecidos pela escola, usando habilidades técnico- táticas básicas. (EF89EF03) Formular e utilizar estratégiaspara solucionar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de combate como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. (EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. 135 Tempo estimado: 6 aulas. Recursos necessários: multimídia, colchonetes e tatames. Antes de iniciar o planejamento, vamos analisar as definições encontradas na BNCC quanto aos esportes de combate e às lutas: Combate: reúne modalidades caracterizadas como disputas nas quais o oponente deve ser subjugado, com técnicas, táticas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço, por meio de combinações de ações de ataque e defesa (judô, boxe, esgrima, tae kwon do etc.). [...] A unidade temática Lutas focaliza as disputas corporais, nas quais os participantes empregam técnicas, táticas e estratégias específicas para imobilizar, desequilibrar, atingir ou excluir o oponente de um determinado espaço, combinando ações de ataque e defesa dirigidas ao corpo do adversário. Dessa forma, além das lutas presentes no contexto comunitário e regional, podem ser tratadas lutas brasileiras (capoeira, huka-huka, luta marajoara etc.), bem como lutas de diversos países do mundo (judô, aikido, jiu-jítsu, muay thai, boxe, chinese boxing, esgrima, kendo etc.). (BNCC, 2017, p. 215-216). Pode-se observar que ambos são muito parecidos e os exemplos são praticamente os mesmos. Portanto, vamos nos ater nesta sequência didática às lutas que são contempladas nas Olimpíadas, já que estas reúnem as práticas esportivas. Planejamento Etapa 1 (1 aula) Proponha aos alunos uma pesquisa no site do Comitê Olímpico Brasileiro (COB): <https:// www.cob.org.br/pt/Esportes> ou no do Comitê Olímpico Internacional (COI): <https://www. olympic.org/sports> para saber quais são os esportes de combate que são realizados nos Jogos Olímpicos. Diante das informações pesquisadas, explique por meio de textos e imagens como é cada um deles. Boxe: o termo vem do inglês e significa “bater com os punhos”. Trata-se de uma modalidade de luta em que os atletas usam luvas para golpear. Para a proteção contra os golpes são usados protetores para os dentes e para a cabeça (somente para o boxe olímpico). Vence a luta quem nocautear o adversário com um golpe que o leve ao chão (caso este não consiga levantar-se em 10 segundos), ou por nocaute técnico, momento em que o árbitro interrompe a luta por ver um dos atletas sem condições de continuar lutando, ou pelo número de pontos ao final dos rounds. Boxeadoras Iakushina Iaroslava (Rússia) e Nien-Chin (China) nos Jogos Olímpicos. Rio de Janeiro, RJ, 2016. Jo na s de C ar va lh o / F lic kr 136 Para mais informações, consulte o site da Confederação Brasileira de Boxe: <http:// cbboxe.org.br/>. Esgrima: arte de jogar ou lutar com armas brancas (espada, florete e sabre). O florete mede 90 cm e pesa 500 g. Vale tocar com a ponta da arma apenas no tronco (frente e costas) e na região ventral do adversário. A espada mede 110 cm e pesa 770 g. Vale tocar com a ponta da arma em qualquer parte do corpo. O sabre mede 88 cm e pesa 500 g. Vale tocar com a ponta e com o corte da lâmina da arma da cintura para cima, incluindo braços, mas excluindo as mãos. Com o florete há apenas competições individuais, com o sabre e com a espada há também disputas por equipes, com 3 atletas cada. Separados por 3 tempos de 3 minutos, as provas são vencidas quando o atleta alcançar 15 pontos, ou o mais próximo disso. No caso de empate, inicia-se a prorrogação de 1 minuto até que alguém marque um ponto. Os esgrimistas usam roupas brancas, cuja indumentária deve conter: jaqueta, luvas, fios elétricos, arma, calça, máscara e plastrom (uma espécie de avental). As mulheres usam protetores especiais para os seios. Antes do surgimento dos sensores eletrônicos, as armas eram mergulhadas em tinta para facilitar o trabalho dos juízes ou utilizava-se giz na ponta para indicar o golpe. Atualmente são usados sensores elétricos que acusam cada vez que há o toque. Equipe brasileira de esgrima nos Jogos Olímpicos. Rio de Janeiro, RJ, 2016. Fe rn an do F ra zã o/ Ag ên cia B ra sil Para mais informações, acesse o site da Confederação Brasileira de Esgrima: <http:// cbesgrima.org.br/>. Judô: arte marcial em que a evolução técnica do praticante é sempre acompanhada de um avanço espiritual. Luta conhecida como caminho suave ou caminho da suavidade, na qual o atleta tem o objetivo de marcar pontos para vencer, levando o adversário ao chão e imobilizando-o. Segundo a Confederação Brasileira de Judô, o yuko (um terço de um ponto), ocorre quando o oponente cai de lado ou o judoca consegue imobilizá-lo por 10 a 14 segundos. Wazari (meio ponto) é um ippon que não foi realizado com perfeição. Dois wazari valem um ippon. O combate termina logo após o segundo wazari. Também ganha wazari quem conseguir imobilizar o oponente por 15 a 19 segundos. Ippon: ponto completo que finaliza o combate. Realiza-se quando o oponente cai com as costas no chão, ao término de um movimento perfeito; quando é finalizado por um estrangulamento ou chave de articulação; quando é imobilizado por 20 segundos. A roupa do judoca é o judogi, composto pelo casaco (wagi) e pela calça (shitabak), podendo ser branco ou azul e a faixa com as cores correspondentes à graduação. Os praticantes de judô se classificam em dois grandes grupos: kyu (iniciantes) e dan (peritos), identificados por faixas coloridas (obi) que usam na cintura. Observe as graduações da luta no trecho a seguir do Regulamento para exame e outorga de faixas e graus. 137 Regulamento para exame e outorga de faixas e graus [...] CAPÍTULO II – GENERALIDADES Art. 3º De acordo com os níveis de aquisição dos conhecimentos históricos, filosóficos, os princípios do espírito do Judô, domínio e habilidades na execução das técnicas, e ainda a contribuição na divulgação e progresso do Judô, aos praticantes será autorizado usar as faixas nas cores conforme sequência abaixo: § 1º Para as promoções abaixo, será necessário atender aos critérios de idade e carência em conjunto. BÁSICO FAIXA GRADUAÇÃO IDADE MÍNIMA CARÊNCIA MÍNIMA BRANCA INICIANTE --------------- --------------- BRANCA / CINZA 11.º KYÛ 4 ANOS 3 MESES* CINZA 10.º KYÛ 5 ANOS 3 MESES* CINZA / AZUL 9.º KYÛ 6 ANOS 6 MESES* AZUL 8.º KYÛ 7 ANOS 6 MESES* AZUL / AMARELA 7.º KYÛ 8 ANOS 6 MESES* AMARELA 6.º KYÛ 9 ANOS 6 MESES* AMARELA / LARANJA 5.º KYÛ 10 ANOS 12 MESES* * Carência recomendada pela CBJ, na graduação anterior. § 2º Nas faixas em duas cores (citadas acima), deverá ser colocada em suas extremidades a cor da faixa seguinte, obedecendo ao limite de 20 cm a 25 cm em cada uma das extremidades. INTERMEDIÁRIO FAIXA GRADUAÇÃO IDADE MÍNIMA CARÊNCIA MÍNIMA LARANJA 4.º KYÛ 11 ANOS 12 MESES** VERDE 3.º KYÛ 12 ANOS 12 MESES** ROXA 2.º KYÛ 13 ANOS 12 MESES** MARROM 1.º KYÛ 14 ANOS 12 MESES** ** Carência mínima exigida pela CBJ, na graduação anterior. [...] 138 § 5º Recomenda-se o registro dos praticantes junto a sua federação de origem a partir da faixa branca ou quando realizar sua primeira graduação, respeitando os critérios de idade e carência mínimas contemplados nas tabelas acima. GRADUADO FAIXA GRADUAÇÃO IDADE MÍNIMA CARÊNCIA MÍNIMA PRETA 1.º DAN 16 ANOS 2 ANOS** PRETA 2.º DAN 20 ANOS 4 ANOS** PRETA 3.º DAN 25 ANOS 5 ANOS** PRETA 4.º DAN 31 ANOS 6 ANOS** PRETA 5.º DAN 37 ANOS 6 ANOS** ** Carência mínima exigida pela CBJ, na graduação anterior. GRADUAÇÃO SUPERIOR FAIXA GRADUAÇÃO IDADE MÍNIMA CARÊNCIA MÍNIMA VERMELHA E BRANCA 6.º DAN 44 ANOS 7 ANOS** VERMELHA E BRANCA 7.º DAN 52 ANOS 8 ANOS** VERMELHA E BRANCA 8.º DAN 60 ANOS 8 ANOS** VERMELHA9.º DAN 69 ANOS 9 ANOS** VERMELHA 10.º DAN 78 ANOS 9 ANOS** ** Carência mínima obrigatória na graduação anterior. § 6º Para atletas MEDALHISTAS no âmbito de Campeonato Mundial Sênior e/ou Jogos Olímpicos, bem como árbitros e/ou técnicos que tenham participado ativamente desses eventos, a carência e idade mínimas seguem a tabela abaixo. GRADUAÇÃO SUPERIOR (CATEGORIA ESPECIAL) FAIXA GRADUAÇÃO IDADE MÍNIMA CARÊNCIA MÍNIMA PRETA 1.º DAN 15 ANOS 1 ANO ** PRETA 2.º DAN 17 ANOS 2 ANOS ** PRETA 3.º DAN 20 ANOS 3 ANOS ** PRETA 4.º DAN 24 ANOS 4 ANOS ** PRETA 5.º DAN 29 ANOS 5 ANOS ** VERMELHA E BRANCA 6.º DAN 30 ANOS 6 ANOS ** VERMELHA E BRANCA 7.º DAN 38 ANOS 8 ANOS ** VERMELHA E BRANCA 8.º DAN 50 ANOS 10 ANOS ** VERMELHA 9.º DAN 60 ANOS 10 ANOS ** VERMELHA 10.º DAN 70 ANOS 10 ANOS ** ** Carência mínima exigida pela CBJ, na graduação anterior. CBJ BRASIL. Regulamento para exame e outorga de faixas e graus: Conselho Nacional de Graus 2018. Disponível em: <https://tinyurl.com/y72ep9w2>. Acesso em: 25 out. 2018. 139 Judoca brasileira Mariana Silva nos Jogos Olímpicos. Rio de Janeiro, RJ, 2016. Fe rn an do F ra zã o / A gê nc ia B ra sil Para mais informações, acesse o site da Confederação Brasileira de Judô: <http://www. cbj.com.br/>. Tae kwon do: arte marcial originária da Coreia. O termo se origina de três palavras: tae (grande), kwon (escola/colégio) e do (espírito/caminho). Em sentido global, indica a técnica de combate sem armas para defesa pessoal, envolvendo destreza no emprego das mãos e punhos, de pontapés voadores e de esquivas e intercepções de golpes com as mãos, braços ou pés para a rápida vitória sobre o oponente. A graduação do praticante de tae kwon do é dividida inicialmente em gubs e em seguida em dans. Cada gub corresponde a uma faixa colorida que o taekwondista amarra na cintura, sobre o dobok, a vestimenta característica dessa arte marcial. Cada cor tem um significado: a branca – iniciante; a amarela – o alicerce está sendo construído; a verde – as habilidades estão se desenvolvendo; a azul – o treinamento progride; a vermelha – exercitar o controle e alertar o adversário para ficar longe; a preta – maturidade e habilidade, também indica a imunidade à obscuridade e ao medo. A disputa se dá por um sistema eletrônico de pontos, que detecta o pontapé por contato e pressão nas áreas pontuáveis: colete e capacete. Os combates oficiais realizam-se em áreas de 8 m x 8 m, em três rounds de dois minutos com um minuto de pausa entre eles. Em caso de empate no final do 3.º round, realiza-se um 4.º round com morte súbita. O sistema de pontos é: por nocaute (KO); o árbitro para o combate (RSC); resultado final (PTF); margem de pontos (PTG): no final do segundo round ou a qualquer altura no round final; morte súbita (SDP); superioridade (SUP); desistência (WDR); desqualificação (DSQ); decisão punitiva do árbitro central (PUN). Luta de tae kwon do entre Coreia do Sul e Espanha nos Jogos Olímpicos de Londres, Inglaterra, 2012. Ko re an O lym pi c Co m m itt ee / w iki m ed ia .c om m on s 140 Para mais informações, acesse o site da Confederação Brasileira de Tae kwon do (CBTKD): <http://cbtkd.org.br/>. Wrestling Freestyle (Luta livre e greco-romana): nessas lutas, o atleta tem o objetivo de controlar os movimentos do seu adversário, forçando-o a encostar as costas no chão. Wrestiling quer dizer o princípio da luta: segurar, prender, imobilizar. Existem diferenças básicas entre o estilo livre e o greco-romano. No primeiro, é permitido utilizar e atacar as pernas, enquanto no segundo só é permitido usar o tronco, não podendo atacar ou utilizar as pernas para derrubar o adversário. Atletas na disputa da luta greco-romana nos Jogos Olímpicos. Rio de Janeiro, RJ, 2016. Mulheres no wrestling das Forças Armadas do Estados Unidos. Jacksonville, Carolina do Norte, 2015. Jo rg e m el lo e j / w iki m ed ia .c om m on s Ti m H ip ps / IM CO M P ub lic A ffa irs Para mais informações, acesse o site da Confederação Brasileira de Wrestling (CBW): <http://cbw.org.br/>. Etapa 2 (4 aulas) Em espaço adequado ou adaptado com tatames e/ou colchonetes, proponha a vivência corporal de algumas modalidades de luta. Algumas se encontram no Manual do Professor impresso. Outras podem partir da troca de experiência de algum aluno que realiza a prática de uma dessas lutas ou mesmo por meio de convites para mestres e professores que possam mostrar e ensinar alguns movimentos básicos das lutas. Caso não tenha essas opções, procure mostrar vídeos com as lutas para que os alunos possam realizá-los. Etapa 3 (1 aula) Após a realização das práticas corporais, proponha uma roda de conversa para que os alunos falem sobre o que sentiram ao realizar os movimentos de lutas, se alguém se machucou e por que, quais os sentimentos surgidos ao atingir ou ser atingido, ao ser imobilizado ou imobilizar. Fale também sobre a diferença entre lutas e brigas e outras questões que surgirem sobre o tema. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das habilidades • Os alunos praticaram um ou mais esportes de combate oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas? • Os alunos utilizaram estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos nos esporte de combate? • Os alunos identificaram os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciaram as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/ parede, campo e taco, invasão e combate? 141 SEQUÊNCIA DIDÁTICA 3: AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO Unidade temática Objetos de conhecimento Competências Manifestações da cultura corporal de movimento Ginásticas, danças, jogos, esportes, lutas e práticas corporais de aventura 2. Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo cultural nesse campo. 3. Refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das práticas corporais e os processos de saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais. 4. Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal, analisando, criticamente, os modelos disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e preconceituosas. 5. Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes. 7. Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos povos e grupos. 8. Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde. 9. Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário. 10. Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. Tempo estimado: 5 aulas. Recursos necessários: multimídia, cartazes, colchonetes, bolas, rede de vôlei, taco e bolinha, músicas diversas, aparelho de som e brinquedos (peteca, pernas de pau, etc.). Esta sequência didática é um pouco diferente das demais, pois vai fazer um apanhado geral da Educação Física durante os 9 anos de vida escolar dos alunos. Repare que no quadro anterior foram colocadas como objeto de conhecimento todas as Unidades Temáticas, ou seja, as mais diversas formas de manifestações da Cultura Corporal de Movimento, e no lugar das Habilidades foram inseridas as Competências Específicas de Educação Física citadas na BNCC. Muitas escolas promovem eventos para aproximaras famílias do trabalho que está sendo feito com seus filhos: Feira de Ciências, Exposições, Oficinas, Dia da Família na escola, Olimpíada da Matemática, Gincanas, entre outros. Esta sequência vai desafiar você, professor, juntamente com os seus alunos, outros professores e demais turmas de 9.º ano a elaborarem 142 um grande evento de Educação Física, envolvendo vários conteúdos, unidades temáticas, saberes acumulados, experiências corporais vividas durante as aulas no decorrer do Ensino Fundamental. Planejamento Etapa 1 (1 aula) Converse com os alunos sobre a proposta de se fazer um grande evento na escola com a participação de todos. Solicite que deem um nome para o evento que estará concorrendo juntamente com a ideia de outras turmas. Explique que o evento será no formato de oficinas, com a participação dos alunos, familiares e toda a comunidade escolar. Cada turma ficará responsável por uma ou mais oficinas, dependendo do número de turmas que a escola tenha. As oficinas serão: Oficina das brincadeiras: com jogos e brincadeiras tradicionais para realizarem com crianças que venham participar do evento (caçador, pega-pega, amarelinha, matacuzana, gavião, galinha, etc.). Oficina das brincadeiras cantadas: com cantigas infantis e gestos de dança para serem vivenciados com crianças que venham participar. Oficina de ginástica infantil: movimentos corporais com o uso de materiais (arco, corda, colchões, fitas de ginástica, bolas de borracha). Oficina de ginástica para adultos: com aeróbica, localizada, step, jump, pilates, zumba, etc. Oficina dos jogos eletrônicos: jogos de computador, plays, Xbox com Kinect, Nintendo, jogos para adultos e crianças. Oficina de dança: com danças de salão para adultos (valsa, bolero, xote, forró, sertanejo universitário, vaneira, etc.), danças urbanas, danças folclóricas, entre outras. Oficina de esportes: com diversos esportes para adultos (voleibol, futebol, basquetebol, críquete, xadrez, atletismo, etc.). Oficina de lutas: roda de capoeira, judô, luta-grega, MMA, etc. Oficina de práticas de aventura: skate, corrida de orientação, tirolesa, arvorismo, etc. Além destas, podem ser realizadas outras oficinas que acharem interessantes. As oficinas podem ser por escolha das turmas ou por sorteio. Etapa 2 (3 aulas) Nessa etapa, decida com a direção da escola a data ou datas para o evento, como serão produzidos os convites, os materiais publicitários, entre outras questões. Auxilie os alunos na organização de cada oficina, com as atividades que serão oferecidas, os materiais necessários, local, organização dos alunos com funções definidas, entre outras questões. Além da vivência corporal, a oficina deve oferecer informações por meio de cartazes, oralidade, imagens, etc. sobre o conteúdo que está sendo oferecido. Etapa 3 (1 ou 2 dias) Inicie os preparativos pré-evento com a participação de todos: organização das salas, explicação de como serão as oficinas, cartazes indicativos dos locais das oficinas, etc. Explique que a realização das oficinas deve ser com empenho e responsabilidade: receber as pessoas com carinho, conversar sobre o conteúdo, incentivar a vivência corporal, organizar filas e trocas de oficinas com calma. 143 Ao término das oficinas, é necessário guardar os materiais, retirar os cartazes, enfim, organizar as salas e os espaços da escola. Etapa 4 (1 aula) Essa é a etapa de avaliação do evento com os alunos. Converse sobre o desempenho e envolvimento de cada um, os pontos positivos e negativos, o que não deu certo, o que poderia mudar, entre outras questões. Questione os alunos a respeito dos conteúdos desenvolvidos nas diversas oficinas, no sentido de saber se o evento ajudou a relembrar alguns conceitos ainda não internalizados. Observe se os alunos perceberam que a Educação Física é muito mais do que um momento fora da sala de aula. É uma área de conhecimento, assim como as demais. Ela trata das manifestações da Cultura Corporal de Movimento com o objetivo de que os alunos possam se apropriar desses saberes, utilizando-os em várias situações de suas vidas. Possibilita, ainda, que eles participem da sociedade de maneira consciente e confiante. Questões auxiliares na avaliação do desenvolvimento das atividades • Os alunos participaram das atividades antes, durante e depois do evento com responsabilidade, empenho e compromisso? • Os alunos aumentaram as possibilidades de aprendizagens das práticas corporais, ampliando o acervo cultural? • Os alunos consideraram as práticas corporais como forma de expressão dos sentidos, das emoções e das experiências do ser humano na vida social? • Os alunos conseguiram refletir sobre as questões sociais relevantes como: saúde/ doença, padrões de desempenho, beleza, estética corporal e modelos impostos pela mídia? • Os alunos combatem posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes? • Os alunos reconhecem as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos povos e grupos, com base na análise dos marcadores sociais de gênero, geração, padrões corporais, etnia, religião, etc.? • Os alunos usufruem das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde, reconhecendo-as como direito do cidadão, propondo alternativas para a sua realização na comunidade? • Os alunos desfrutam e apreciam diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo? 144 PROPOSTA DE ACOMPANHAMENTO DA APRENDIZAGEM A avaliação da aprendizagem é um processo pelo qual se obtém informações com o objetivo de se tomar uma decisão educacional. Por isso, é importante considerar todas as atividades avaliativas como forma de obtenção de dados necessários para que sejam tomadas decisões específicas adequadas. Ela deve priorizar o auxílio aos alunos na aprendizagem. Para isso, fornece informações que professores e alunos possam usar como feedback para modificar as atividades de ensino e aprendizagem em que todos estão envolvidos. Essa avaliação se torna válida quando as evidências são realmente usadas para adequar o ensino às necessidades de aprendizagem. Quando os instrumentos de avaliação estão apropriados, servem como referência para os alunos sobre o que se espera que façam com o conhecimento aprendido. Nesse sentido, as avaliações devem oferecer a eles indicativos sobre o que conseguiram alcançar e o que precisam fazer para melhorar seu desempenho. Além disso, é preciso dizer aos estudantes o quão perto eles se aproximaram dos objetivos de aprendizagem. Uma boa avaliação é também uma boa forma de ensino. Coletar informações sobre as aprendizagens dos alunos por meio de diversas modalidades avaliativas eleva a qualidade da avaliação. Exercícios de verdadeiro ou falso ou de completar, por exemplo, enfatizam a memorização e o reconhecimento de informação factual; questões dissertativas enfatizam a organização de ideias e a demonstração de habilidades de escrita; um projeto desenvolvido ao longo de um mês enfatiza o uso livre de recursos e pesquisa para uma análise mais elaborada de um tópico específico; fichas com pareceres sobre o desempenho dos alunos quanto a participação nas atividades de prática corporal com vistas a incentivá-los no rompimento de barreiras, medo e traumas. Certamente, quanto mais diversificados os instrumentos, melhores serão os resultados alcançados pelos alunos e mais completa a visão do professor sobre o que aprenderam. A seguir, são apresentadas quatro propostas de avaliação, com 10 questões por bimestre, em média com 40% de questões abertas, 40% de questões de múltipla escolha e 20% de outros tipos, com grade de correção orientando sobre como interpretar as respostas e detalhamento das habilidades avaliadas. Ao fim, é proposta uma ficha de acompanhamentodas aprendizagens, a qual pode subsidiar as reuniões do conselho de classe. 145 AVALIAÇÃO 1.o BIMESTRE 1. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira. ( 1 ) Badminton. ( 2 ) Raquetebol. ( 3 ) Squash. ( 4 ) Pelota basca. □ Pode-se jogar com a mão, uma raquete, um bastão de madeira ou uma cesta. □ O objetivo é bater uma bolinha de borracha contra a parede e o teto usando uma raquete. □ Pode-se jogar com raquetes e uma peteca pequena, chamada de volante. □ O objetivo é bater uma bolinha de borracha contra a parede usando uma raquete. 2. Defina o que são esportes de rede/quadra ou parede de rebote. 3. O esporte enquanto lazer: A) serve para melhoria da qualidade de vida, reduzindo o estresse e aumentando a inclusão social. B) traz sérias consequências à saúde devido as lesões e os treinamentos. C) leva muitos atletas ao uso de substâncias ilícitas (doping). D) sobrecarrega os participantes com competições, campeonatos e torneios. 146 4. Cite um dos fatores negativos do esporte profissional. 5. Quanto às funções da ginástica nos dias de hoje, é correto afirmar que elas podem ser: A) somente de academia para condicionamento físico. B) de competição e de defesa pessoal. C) de competição, de demonstração, de reabilitação, de saúde, de estética, de condicionamento físico e de consciência corporal. D) apenas de saúde, pois esta tem sido a grande exigência do mundo moderno. 6. Coloque V para verdadeiro e F para falso. □ Ginásticas de condicionamento físico se caracterizam pela exercitação corporal orientada para a melhoria do rendimento. □ Ginásticas de consciência corporal reúnem práticas que empregam movimentos suaves e lentos. □ São exemplos de ginástica de competição: ginástica artística e ginástica olímpica. □ Ginástica de demonstração são aquelas presente nos Jogos Olímpicos, por exemplo: trampolim acrobático e ginástica aeróbica. 147 7. Sobre os padrões de beleza é correto afirma que: A) mudam de acordo com o tempo, a sociedade e a cultura na qual estão inseridos. B) não mudam no decorrer dos anos, permanecendo o padrão magro, alto, pele clara, cabelos claros e olhos azuis. C) mudam conforme a vontade de cada um, não sendo influenciados pela mídia. D) não existem e nunca existiram. 8. Explique o que são vigorexia, anorexia e bulimia, esclarecendo a diferença entre elas. 9. Cite alguns artifícios que são usados para perda de peso em prol do “corpo belo”. 148 10. Assinale a alternativa correta: A) Os suplementos alimentares podem causar: nas mulheres – crescimento do clitóris, aparecimento de pelos por todo o corpo e a voz fica mais grossa; nos homens – diminuição da produção de espermatozoides, atrofiamento dos testículos, aumento das mamas, infertilidade e impotência sexual. B) Os suplementos alimentares conhecidos também como “bomba” ou “bola” são drogas relacionadas à testosterona (hormônio masculino). C) Os suplementos alimentares servem como alimentação para pessoas que tem a vida agitada e não tem tempo para comer. D) Os suplementos alimentares servem para complementar a alimentação e não substituí-la. A composição são fontes concentradas de substâncias como vitaminas, proteínas, fibras, minerais, etc. 149 GABARITO E HABILIDADES AVALIADAS 1. Questão para relacionar. Verifique se o aluno marcou a seguinte sequência: 4, 2, 1, 3 Habilidade avaliada: Praticar um ou mais esportes de rede/parede oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. 2. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu de acordo com a definição dada na BNCC: “Rede/quadra dividida ou parede de rebote: reúne modalidades que se caracterizam por arremessar, lançar ou rebater a bola em direção a setores da quadra adversária nos quais o rival seja incapaz de devolvê-la da mesma forma ou que leve o adversário a cometer um erro dentro do período de tempo em que o objeto do jogo está em movimento. Alguns exemplos de esportes de rede são voleibol, vôlei de praia, tênis de campo, tênis de mesa, badminton e peteca. Já os esportes de parede podem ser pelota basca, raquetebol, squash etc.).” Habilidade avaliada: Diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. 3. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: Serve para melhoria da qualidade de vida, reduzindo o estresse e aumentando a inclusão social. Habilidade avaliada: Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer). 4. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu que o esporte profissional, de competição e de rendimento, traz sérias consequências para a saúde, já que a sobrecarga de treinamentos provoca lesões, desgastes, violência, uso de substâncias ilícitas (doping), traumas durante o jogo, etc. Habilidade avaliada: Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência, etc.) e a forma como as mídias os apresentam. 5. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a terceira opção: Elas podem ser de competição, demonstração, reabilitação, saúde, estética, condicionamento físico e consciência corporal. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios físicos, identificando as exigências corporais desses diferentes programas e reconhecendo a importância de uma prática individualizada, adequada às características e necessidades de cada sujeito. 6. Questão de verdadeiro ou falso. Verifique se o aluno marcou: V, V, V, F. Habilidade avaliada: Identificar as diferenças e semelhanças entre a ginástica de conscientização corporal e as de condicionamento físico e discutir como a prática de cada uma dessas manifestações pode contribuir para a melhoria das condições de vida, saúde, bem-estar e cuidado consigo mesmo. 150 7. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: mudam de acordo com o tempo, a sociedade e a cultura na qual estão inseridos. Habilidade avaliada: Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e beleza, considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, midiático, etc.). 8. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu que: são transtornos alimentares causados por distúrbios psicológicos em prol dos padrões de beleza atuais, sendo a vigorexia o excesso de atividade física para ficar com o corpo malhado, pois a pessoa se vê sempre magra; anorexia a falta de alimentação, excesso de atividade física para emagrecer, pois a pessoa se vê sempre gorda; e a bulimia também para emagrecer, só que a pessoa se alimenta e usa alguns métodos para se livrar do alimento: provoca vômito, toma laxantes e diuréticos. Habilidade avaliada: Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e beleza, considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, midiático, etc.). 9. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu: dietas, produtos inibidores de apetite, fórmulas para emagrecimento, termogênicos, cirurgias plásticas, lipoaspiração, etc. Habilidade avaliada: Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e beleza, considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, midiático, etc.). 10. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a quarta opção: os suplementos alimentares servem para complementar a alimentação e não substituí-la. A composição são fontes concentradas de substâncias como vitaminas, proteínas, fibras, minerais, etc. Habilidade avaliada: Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e beleza, considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, midiático, etc.). 151 AVALIAÇÃO 2.o BIMESTRE 1. A respeito do jogo de beisebol, é correto afirmar queele é um esporte de: A) parede de rebote, cujo objetivo é rebater a bola que bateu na parede após ser rebatida pelo adversário. B) campo e taco, cujo objetivo é rebater a bola lançada e percorrer as quatro bases que existem no campo. C) campo e taco, cujo objetivo é rebater uma bola lançada contra um objeto (casinha) e percorrer uma distância até o objeto do adversário, batendo os tacos no centro com o colega de dupla. D) invasão, cujo objetivo é rebater uma bola lançada e invadir a quadra adversária para capturar um objeto (casinha) e voltar à sua quadra sem ser acertado pela bola. 2. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira: ( 1 ) Críquete. ( 2 ) Beisebol. ( 3 ) Softbol. □ É um desporto muito parecido com o beisebol, sendo as regras praticamente as mesmas. As principais diferenças são as dimensões da bola (maior), as dimensões do campo (menor) e o tempo de jogo (que é de sete entradas). □ A função do batedor é rebater a bola lançada pelo arremessador e percorrer as quatro bases até que um jogador da defesa devolva a bola para um dos jogadores que guardam as bases. □ O objetivo do jogo é que a defesa busque eliminar os 10 wickets adversários e o ataque busque conquistar o maior número de corridas (runs). 152 3. Cite 3 danças de salão da Europa que percorreram o mundo. 4. São exemplos de dança de salão: A) valsa, bolero, xote, vaneira e marchinha. B) break, pau de fitas, valsa e tango. C) valsa, bolero, maculelê e tarantela. D) valsa, bolero, xote, tango, funk e ciranda. 5. Qual a importância da dança de salão para quem a pratica? 6. Em relação à dança, podemos afirmar que ela: A) é uma das manifestações da cultura corporal de movimento mais recente que surgiu na humanidade como forma de expressão corporal, para atender às necessidades da sociedade atual. B) sempre fez parte da vida da humanidade, desde os seus primórdios quando se dançava para pedir boa caça, boa colheita e chuva. Todas as pessoas podem dançar independente da classe social, etnia, gênero ou idade. C) surgiu no séc. XX, na Europa, com o objetivo de protestar contra os problemas da sociedade da época. D) surgiu nas cortes da Europa, portanto, ainda permanece com status e não pode ser dançada por qualquer pessoa, mas sim por professores e bailarinos. 153 7. A dança de salão de apresentação ou competição difere-se da dança para entretenimento? Explique sua resposta. 8. São regras da dança de salão: I. Os casais, ao rodarem o salão, devem ir no sentido anti-horário. II. Os casais não podem bater em outros casais que estão dançando. III. O cavalheiro não pode abandonar a dama no meio do salão. IV. O cavalheiro conduz a dama. A) As alternativas II, III e IV estão incorretas. B) As alternativas I e IV estão incorretas. C) Todas as alternativas estão incorretas. D) Todas as alternativas estão corretas. 9. Exemplifique uma situação de preconceito presente no mundo da dança. 10. Qual dança você mais gostou de vivenciar nas aulas? Por quê? 154 GABARITO E HABILIDADES AVALIADAS 1. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a segunda opção: É um esporte de campo e taco, cujo objetivo é rebater a bola lançada e percorrer as quatro bases que existem no campo. Habilidade avaliada: Praticar um ou mais esportes de campo e taco, oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. 2. Questão para relacionar. Verifique se o aluno marcou a seguinte sequência: 3, 2 e 1. Habilidade avaliada: Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas. 3. Questão aberta. Observe se os alunos citaram: quadrilha, gavota, minueto ou valsa. Habilidade avaliada: Analisar as características (ritmos, gestos, coreografias e músicas) das danças de salão, bem como suas transformações históricas e os grupos de origem. 4. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: valsa, bolero, xote, vaneira e marchinha. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir danças de salão, valorizando a diversidade cultural e respeitando a tradição dessas culturas. 5. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu que a importância da dança de salão é: poder expressar sentimentos por meio do corpo; se sentir livre sem preocupação com passos e sequências predeterminadas; reconstrução da imagem de si ao dançar com o outro numa perfeita harmonia; convivência social; leveza. Habilidade avaliada: Planejar e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão. 6. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a segunda opção: a dança sempre fez parte da vida da humanidade, desde os seus primórdios quando se dançava para pedir boa caça, boa colheita e chuva. Todas as pessoas podem dançar independente da classe social, etnia, gênero ou idade. Habilidade avaliada: Analisar as características das danças de salão, bem como suas transformações históricas e os grupos de origem. 7. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu que a coreografia para apresentação se difere da dança de salão para entretenimento, já que nesta basta executar os passos básicos e na outra além dos passos básicos devem apresentar gestos e movimentos diferenciados, explorando o espaço nas mais diversas direções e sentidos. Quanto maior for a criatividade na dança, na vestimenta, na música, maior será a aceitação pelo público e, se for de competição, maior será a pontuação. Habilidade avaliada: Planejar e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão. 8. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a quarta opção: todas as 155 alternativas estão corretas Habilidade avaliada: Planejar e utilizar estratégias para se apropriar dos elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão. 9. Questão aberta. O aluno pode responder preconceito em relação: à gênero, quando se fala que dança é coisa para mulher; ao estilo da dança quando se julga os dançarinos pela vestimenta ou ritmo da música; às pessoas com deficiência não acreditando nas potencialidades das mesmas e que são capazes de dançar e emocionar plateias. Habilidade avaliada: Discutir estereótipos e preconceitos relativos às danças de salão e demais práticas corporais e propor alternativas para sua superação. 10. Questão aberta e pessoal na qual cada aluno vai escrever a dança que ele conseguiu realizar, que lhe trouxe prazer, alegria e sentimentos positivos. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir danças de salão, valorizando a diversidade cultural e respeitando a tradição dessas culturas. 156 AVALIAÇÃO 3.o BIMESTRE 1. Assinale a alternativa incorreta. A) O Brasil pode ser considerado o país do futebol. B) O futebol é a paixão nacional dos brasileiros. C) O futebol se originou no Brasil e depois se espalhou pelo mundo. D) O esporte mais conhecido e praticado no Brasil é o futebol. 2. Complete as frases com as expressões: futebol profissão, futebol lazer ou futebol paixão nacional. O _______________________ é aquele realizado por pessoas comuns para se divertirem com os colegas jogando bola e também como espetáculo. Já o _________________________ ________ é aquele realizado por atletas que visam rendimento financeiro, patrocínio, vitórias e grandes clubes. O ___________ __________________________ é aquele voltado ao amor pela camisa verde e amarela e pelo esporte mais praticado no país. 3. Quais os benefícios da prática do futebol na vida das pessoas? 157 4. Em relação ao futebol, é correto afirmar que é um esporte: A) de invasão, exclusivamente masculino. B) de combate, cujo objetivo é fazer gol com os pés, cabeça, peito ou mãos. C) de invasão, também conhecido como futebol de campo, jogado entre dois times com 11 jogadores cada. D) de combate, cujo objetivo é fazer gol. 5. São exemplos de esportes paralímpicos:A) atletismo, basquete em cadeira de rodas, voleibol sentado e futebol de 5. B) basquete em cadeira de rodas, voleibol em cadeira de rodas e futebol em cadeira de rodas. C) badminton, atletismo, tiro com arco, natação e basquete para cegos. D) atletismo, basquete em cadeira de rodas e tênis para cegos. 6. Qual é a função do atleta-guia nas corridas de atletismo? 158 7. Marque a alternativa que considerar correta. A) O atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência visual ou intelectual. Há somente provas de corrida. B) O atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino. C) O atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. Há somente provas de corrida, tanto no feminino quanto no masculino. D) O atletismo paralímpico é praticado por atletas que tenham apenas deficiência física. Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino. 8. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira: ( 1 ) WWE. ( 2 ) UFC. ( 3 ) MMA. □ Artes Marciais Mistas. □ É uma organização de lutas de MMA. □ É uma empresa que lida com lutas previamente ensaiadas. 9. Cite pelo menos dois tipos de lutas que fazem parte do MMA. 159 10. É correto afirmar que: A) as lutas promovidas pelos campeonatos da UFC são as realizadas num ringue com cordas. B) a luta promovida pelos campeonatos da UFC é o boxe realizado num ringue com cordas. C) uma das características dos campeonatos da UFC é uma arena aberta. D) uma das características dos campeonatos da UFC é um ringue de oito lados (o octógono), fechado por uma grade. 160 GABARITO E HABILIDADES AVALIADAS 1. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a terceira opção, lembrando que a alternativa a ser marcada deve ser a incorreta: O futebol se originou no Brasil e depois se espalhou pelo mundo. Habilidade avaliada: Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo futebol. 2. Questão para completar. Observe se o aluno respondeu: O futebol lazer é aquele realizado por pessoas comuns para se divertirem com os colegas jogando bola e também como espetáculo. Já o futebol profissão é aquele realizado por atletas que visam rendimento financeiro, patrocínio, vitórias e grandes clubes. O futebol paixão nacional é aquele voltado ao amor pela camisa verde e amarela e pelo esporte mais praticado no país. Habilidade avaliada: Analisar as transformações na organização e na prática dos esportes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer). 3. Questão aberta. Verifique se o aluno respondeu: estimula a circulação sanguínea, melhora a flexibilidade e a coordenação, aumenta a densidade óssea, diminui o estresse e a ansiedade, melhora a resistência cardiovascular, auxilia a perda de gordura e o aumento da força muscular. Habilidade avaliada: Compreender a importância da prática de esportes e das demais práticas corporais tematizadas na escola, para a saúde, socialização e lazer, propondo e produzindo alternativas para utilizá-los no tempo livre. 4. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a terceira opção: é um esporte de invasão, também conhecido como futebol de campo, jogado entre dois times com 11 jogadores cada. Habilidade avaliada: Praticar um ou mais esportes de invasão oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. 5. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: atletismo, basquete em cadeira de rodas, voleibol sentado e futebol de 5. Habilidade avaliada: Praticar um ou mais esportes paralímpicos oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. 6. Questão aberta. Verifique se o aluno respondeu: o atleta-guia corre ao lado do atleta com deficiência visual para direcioná-lo em relação às raias da pista de corrida, não podendo puxar e nem correr na frente. Habilidade avaliada: Praticar um ou mais esportes paralímpicos oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. 161 7. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a segunda opção: O atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino. Habilidade avaliada: Praticar um ou mais esportes paralímpicos oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. 8. Questão para relacionar. Verifique se o aluno marcou a seguinte sequência: 3, 2, 1. Habilidade avaliada: Discutir as transformações históricas, o processo de esportivização e a midiatização de uma ou mais lutas, valorizando e respeitando as culturas de origem. 9. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu: jiu-jítsu, boxe, muay thai, caratê ou capoeira. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir a execução dos movimentos pertencentes às lutas do mundo, adotando procedimentos de segurança e respeitando o oponente. 10. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a quarta opção: Uma das características dos campeonatos da UFC é um ringue de oito lados (o octógono), fechado por uma grade. Habilidade avaliada: Reconhecer as características e regras das lutas. 162 AVALIAÇÃO 4.o BIMESTRE 1. São exemplos de práticas corporais de aventura na natureza: A) caminhada de aventura ou trilha, montanhismo, corrida de aventura, arborismo, tirolesa, rapel, mountain bike e orientação. B) caminhada de aventura ou trilha, montanhismo, corrida de aventura, arborismo, skate e parede de escalada. C) parkour, paitball, corrida de aventura, arborismo, tirolesa, rapel, mountain bike e orientação. D) caminhada de aventura ou trilha, skate, corrida de aventura, ciclismo, tirolesa, rapel, patins e parkour. 2. Complete a definição do esporte orientação. “A orientação é um desporto no qual os competidores navegam de forma independente através do terreno. Os competidores devem visitar uma série de _____________ de controle marcados no terreno, no menor tempo possível, auxiliados apenas por um ____________ e uma _______________. O percurso, definido pela localização dos controles, não é revelado aos competidores antes de sua partida.” (CBO – Confederação Brasileira de Orientação) 3. Coloque V para verdadeiro e F para falso. As principais regras do esporte orientação são: □ passar por todos os pontos de controle seguindo a sequência determinada no mapa. □ marcar corretamente o cartão de controle. □ obedecer a marcação das raias, não saindo das mesmas. □ preservar a natureza. 163 4. Para realizar o esporte orientação são necessários alguns conceitos de Geografia. Assinale a alternativa que corresponde a alguns deles. A) Sistema de numeração, operações matemáticas e equações. B) Meio ambiente, Sistema Solar e produtos industrializados. C) Rosa dos ventos, corrida e trilha de aventura. D) Pontos cardeais e colaterais, norte magnético, instrumentos de navegação e interpretação de mapas. 5. O que são os esportes de combate? 6. Marque a alternativa correta. A) As manifestações da cultura corporal de movimento são as ginásticas, os jogos e brincadeiras, as danças, os esportes, as lutas e as práticas corporais de aventura. B) As manifestações da cultura corporal de movimento são todas as movimentações corporais realizadas pela humanidade. C) As práticas corporais de aventura não fazem parte das manifestações da cultura corporal de movimento. D) As manifestações da cultura corporal de movimento são todas as práticas humanas culturalmente elaboradas como: danças, músicas, teatros e artes plásticas. 164 7. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira. ( 1 ) Boxe. ( 2 ) Esgrima. ( 3 ) Judô. ( 4 ) Tae kwon do. ( 5 ) Wrestling Freestyle. □ Indica a técnica de combate sem armas para defesa pessoal, envolvendodestreza no emprego das mãos e punhos, de pontapés voadores e de esquivas e intercepções de golpes com as mãos, braços ou pés para a rápida vitória sobre o oponente. □ Luta conhecida como caminho suave ou caminho da suavidade, na qual o atleta tem o objetivo de marcar pontos em cima do adversário para vencer. □ Nos Jogos Olímpicos, é dividido em: luta livre e greco-romana □ O termo deriva do inglês pugilismo e significa bater com os punhos. □ Arte de jogar ou lutar com armas brancas: espada, florete e sabre. 8. Cite pelo menos 2 exemplos de dança que você já vivenciou durante sua vida escolar. 165 9. Explique qual é a relação das manifestações da cultura corporal de movimento com as questões sociais relevantes, como: padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal. 10. Dos conteúdos de Educação Física (ginásticas, danças, jogos e brincadeiras, esporte, lutas e práticas de aventura) trabalhados em aulas, escreva sobre aquele que você mais gostou de vivenciar ao longo desses 9 anos de Ensino Fundamental e por quê. 166 GABARITO E HABILIDADES AVALIADAS 1. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: caminhada de aventura ou trilha, montanhismo, corrida de aventura, arborismo, tirolesa, rapel, mountain bike e orientação. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura na natureza, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais, respeitando o patrimônio natural e minimizando os impactos de degradação ambiental. 2. Questão para completar: “A Orientação é um desporto no qual os competidores navegam de forma independente através do terreno. Os competidores devem visitar uma série de pontos de controle marcados no terreno, no menor tempo possível, auxiliados apenas por um mapa e uma bússola. O percurso, definido pela localização dos controles, não é revelado aos competidores antes de sua partida.” (CBO – Confederação Brasileira de Orientação). Habilidade avaliada: Identificar riscos, formular estratégias e observar normas de segurança para superar os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza. 3. Questão de verdadeiro ou falso. Verifique se o aluno marcou: V, V, F, V. Habilidade avaliada: Identificar as características (equipamentos de segurança, instrumentos, indumentária, organização) das práticas corporais de aventura na natureza. 4. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a quarta opção: Pontos cardeais e colaterais, norte magnético, instrumentos de navegação e interpretação de mapas. Habilidade avaliada: Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura na natureza, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais, respeitando o patrimônio natural e minimizando os impactos de degradação ambiental. 5. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu que são modalidades caracterizadas como disputas, nas quais o oponente deve ser subjugado com técnicas, táticas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço, por meio de combinações de ações de ataque e defesa e que tem como exemplo diversos tipos de lutas. Habilidade avaliada: Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. 6. Questão de múltipla escolha. Observe se o aluno marcou a primeira opção: São as ginásticas, os jogos e brincadeiras, as danças, os esportes, as lutas e as práticas corporais de aventura. Habilidade avaliada: Conhecer, utilizar, desfrutar e apreciar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. 167 7. Questão para relacionar. Verifique se o aluno marcou a seguinte sequência: 4, 3, 5, 1, 2. Habilidade avaliada: Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas e regras das modalidades esportivas praticadas. 8. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu: Exemplos de dança podem ser brincadeiras cantadas, danças de salão, danças folclóricas, nacionais, internacionais e urbanas, danças de matriz indígena e africana, entre outras. Habilidade avaliada: Aumentar as possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo cultural nesse campo. 9. Questão aberta. Observe se o aluno respondeu: Os padrões são determinados e podem mudar de acordo com a sociedade e época. Nos dias atuais, o que determina muito destes padrões é a influência da mídia que padroniza o ideal de beleza, com corpos sarados, atléticos, definidos para atender uma sociedade de consumo que vende cirurgias plásticas, produtos de beleza, atividade física, suplementos alimentares, etc. Habilidade avaliada: Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal, analisando, criticamente, os modelos disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e preconceituosas. 10. Questão aberta e pessoal. Observe se o aluno respondeu qual e se ele explicou o porquê, o que foi tão significativo na aula para fazer essa opção. Habilidade avaliada: Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário. 168 FICHA DE ACOMPANHAMENTO Observação: Nem todas as habilidades podem ser avaliadas por meio de instrumento escrito, mas sim por observação da vivência corporal do aluno nas atividades práticas. Legenda A – ATINGIU AP – ATINGIU PARCIALMENTE NA – NÃO ATINGIU AINDA NT – NÃO TRABALHADO Ficha de acompanhamento das aprendizagens do aluno Nome da escola: Nome do(a) aluno(a): Ano escolar: Dias letivos: Faltas: Habilidades 1.° bi-mestre 2.° bi- mestre 3.° bi- mestre 4.° bi- mestre (EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. (EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de rede/pa- rede, campo e taco, invasão e combate oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-táticas básicas. (EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucio- nar os desafios técnicos e táticos, tanto nos esportes de campo e taco, rede/parede, invasão e combate como nas modalidades esportivas escolhidas para praticar de forma específica. (EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técni- co-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/parede, campo e taco, invasão e combate. (EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo e discutir alguns de seus problemas (doping, corrupção, violência, etc.) e a forma como as mídias os apresentam. (EF89EF06) Verificar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes e das demais práticas cor- porais tematizadas na escola, propondo e produzindo alternativas para utilizá-los no tempo livre. 169 Habilidades 1.° bi-mestre 2.° bi- mestre 3.° bi- mestre 4.° bi- mestre (EF89EF07) Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios físicos, identificando as exigências cor- porais desses diferentes programas e reconhecendo a importância de uma prática individualizada, adequada às características e necessidades de cada sujeito. (EF89EF08) Discutir as transformações históricas dos padrões de desempenho, saúde e beleza, considerando a forma como são apresentados nos diferentes meios (científico, midiático, etc.) (EF89EF09) Problematizar a prática excessiva de exercí- cios físicos e o uso de medicamentos paraa ampliação do rendimento ou potencialização das transformações corporais. (EF89EF10) Experimentar e fruir um ou mais tipos de ginástica de conscientização corporal e de condiciona- mento físico, identificando as exigências corporais dos mesmos. (EF89EF11) Identificar as diferenças e semelhanças entre a ginástica de conscientização corporal e as de condicionamento físico e discutir como a prática de cada uma dessas manifestações pode contribuir para a melho- ria das condições de vida, saúde, bem-estar e cuidado consigo mesmo. (EF89EF12) Experimentar, fruir e recriar danças de salão, valorizando a diversidade cultural e respeitando a tradi- ção dessas culturas. (EF89EF13) Planejar e utilizar estratégias para se apro- priar dos elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão. (EF89EF14) Discutir estereótipos e preconceitos relativos às danças de salão e demais práticas corporais e propor alternativas para sua superação. (EF89EF15) Analisar as características (ritmos, gestos, coreografias e músicas) das danças de salão, bem como suas transformações históricas e os grupos de origem. (EF89EF16) Experimentar e fruir a execução dos mo- vimentos pertencentes às lutas do mundo, adotando procedimentos de segurança e respeitando o oponente. (EF89EF17) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimentadas, reconhecendo as suas característi- cas técnico-táticas. (EF89EF18) Discutir as transformações históricas, o pro- cesso de esportivização e a midiatização de uma ou mais lutas, valorizando e respeitando as culturas de origem. (EF89EF19) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura na natureza, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais, respeitando o patrimônio natural e minimizando os im- pactos de degradação ambiental. 170 Habilidades 1.° bi-mestre 2.° bi- mestre 3.° bi- mestre 4.° bi- mestre (EF89EF20) Identificar riscos, formular estratégias e ob- servar normas de segurança para superar os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza. (EF89EF21) Identificar as características (equipamentos de segurança, instrumentos, indumentária, organização) das práticas corporais de aventura na natureza, bem como suas transformações históricas. 171 REFERÊNCIAS ABESO – Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Disponível em: <http://www.abeso.org.br/>. Acesso em: 20 set. 2018. ALMEIDA, Nádia Ferreira de Araújo; BARBOSA, Sérgio Servulo Ribeiro. A Educação Física no melhoramento da qualidade de vida e consciência ambiental. EFDeportes, Buenos Aires, ano 14, n. 131, abr. 2009. Disponível em: <https://tinyurl.com/y8ye7a4f>. Acesso em: 20 out. 2018. ARAUJO, Marcus Paulo; ALVARENGA, Raphaela. Lutas e questões de gênero: construções histórico-socioculturais. III Congresso Sudeste de Ciências do Esporte – Mega Eventos esportivos no Brasil: seus impactos e a participação popular, Niterói, 2010. Disponível em: <http://congressos.cbce.org.br/index.php/cbcesudeste/iiicbcesudeste/paper/ viewFile/2372/1905>. Acesso em: 20 set. 2018. AREIAS, Almir das. O que é capoeira. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. Coleção Primeiros Passos. ASSIS, Talita da Silva de; SHOLL-FRANCO, Alfred. Exergames: jogos eletrônicos e exercícios? Ciências & Cognição, Rio de Janeiro, jul. 2011. Disponível em: <http://www. cienciasecognicao.org/portal/wp-content/uploads/2011/09/2011_noticias_07_exergame.pdf>. Acesso em: 3 out. 2018. BAENA, Suanne Souza. Dança de salão: uma estética transcrita para a cena. Ensaio Geral, Belém, v. 1, n. 1, 2010. Disponível em: <http://www.revistaeletronica.ufpa.br/index.php/ ensaio_geral/article/viewFile/151/76>. Acesso em: 1 out. 2018. BARACHO, Ana Flávia de Oliveira; GRIPP, Fernando Joaquim; LIMA, Márcio Roberto de. Os exergames e a Educação Física escolar na cultura digital. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 34, n. 1, p. 111-126, jan./mar. 2012. Disponível em: <http:// revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/1017/725>. Acesso em: 1 set. 2018. BRACHT, Valter; GONZÁLEZ, Fernando J. Metodologia do Ensino dos Esportes Coletivos. Vitória: UFES, Núcleo de Educação Aberta e a Distância, 2012. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Secretaria de Educação Básica, Brasília, 2017. Ministério da Educação. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase>. Acesso em: 1 set. 2018. ______. Conheça os passos básicos das danças urbanas. Ministério da Saúde, Brasília, 17 fev. 2018. Disponível em: <https://saudebrasilportal.com.br/eu-quero-me-exercitar-mais/ videos/1259-conheca-os-passos-basicos-das-dancas-urbanas>. Acesso em: 10 out. 2018. ______. Pesquisa sobre a prática de esporte no Brasil. Ministério do Esporte, Brasília. Disponível em: <http://www.esporte.gov.br/diesporte/2.html>. Acesso em: 1 out. 2018. BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos Cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar. Santos: Projeto Cooperação, 1997. CAETANO, Gilson José. Saúde é o que interessa! O resto não tem pressa! In: FUGIKAWA, Claudia Sueli Litz. et al. Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 127. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/edfisica.pdf>. Acesso em: 10 out. 2018. 172 CAMUCI, Guilherme Correa; MATTHIESEN, Sara Quenzer; GINCIENE, Guy. O jogo de video game relacionado ao atletismo e suas possibilidades pedagógicas. Motrivivência, Florianópolis, v. 29, n. 50, p. 62-76, maio 2017. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/ index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2017v29n50p62/33996>. Acesso em: 1 out. 2018. CARDEAL, Cíntia Mota. et al. Corrida de orientação: um desporto interdisciplinar por natureza. EFDeportes, Buenos Aires, ano 15, n. 149, out. 2010. Disponível em: <http://www. efdeportes.com/efd149/corrida-de-orientacao-um-desporto-interdisciplinar.htm>. Acesso em: 1 out. 2010. CBB – Confederação Brasileira de Basquetebol. Regras oficiais de basquetebol 2017. Out. 2017. Disponível em: <http://sge.esumula.com.br/Arquivos/LIVRO_DE_REGRAS.pdf>. Acesso em: 17 set. 2018. CBBoxe – Confederação Brasileira de Boxe. Disponível em: <http://cbboxe.org.br/>. Acesso em: 10 out. 2018. CBBS – Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol. Disponível em: <http://www.cbbs.com. br/>. Acesso em: 10 out. 2018. CBE – Confederação Brasileira de Esgrima. Disponível em <http://cbesgrima.org.br/>. Acesso em: 10 out. 2018. CBF – Confederação Brasileira de Futebol. Regras de futebol 2017/2018. Disponível em: <https://conteudo.cbf.com.br/cdn/201712/20171221124545_0.pdf>. Acesso em: 17 set. 2018. CBFS – Confederação Brasileira de Futsal de Salão. Livro Nacional de Regras 2018. Disponível em: <http://www.cbfs.com.br/2015/futsal/regras/livro_nacional_de_regras_2018. pdf>. Acesso em: 17 set. 2018. CBG – Confederação Brasileira de Ginástica. Disponível em: <http://www.cbginastica.com. br/>. Acesso em: 19 de set. 2018. ______. Regulamento técnico 2018. Disponível em: <https://www.dropbox.com/ sh/11335omx2i5092e/AAAZylGxLnIw-7fq2Br5wwVLa?dl=0>. Acesso em: 19 set. 2018. CBHb – Confederação Brasileira de Handebol. Regras de jogo. Edição jul. 2016. Disponível em: <http://www.brasilhandebol.com.br/Admin/Anexos/002336_Regras%20Oficiais%20-%20 Handebol%20-%20CBHb%20-%20julho%20-%202016.pdf>. Acesso em: 17 set. 2018. CBJ – Confederação Brasileira de Judô. Disponível em: <http://www.cbj.com.br/>. Acesso em: 10 out. 2018. CBO – Confederação Brasileira de Orientação. Disponível em: <https://www.cbo.org.br/>. Acesso em: 1 out. 2018. ______. Regras para competidores de orientação pedestre. Edição jan. 2018. Disponível em: <https://www.cbo.org.br/assets/gerenciador/CBO/Regras/1%20-%20 Regras/01.%20Regras%20IOF%202018_%20%20Portugu%C3%AAs.pdf> Acesso em: 17 out. 2018. CBTKD – Confederação Brasileira de Tae kwon do. Disponível em: <http://www.cbtkd.org. br/>. Acesso em: 10 out. 2018. CBW – Confederação Brasileira de Wrestling. Disponível em: <http://cbw.org.br/>. Acessoem: 10 out. 2018. 173 COB – Comitê Olímpico Brasileiro. Disponível em: <https://www.cob.org.br/pt/Esportes>. Acesso em: 10 out. 2018. COLOMBERO, Rose Mary Marques Papolo. Danças urbanas: uma história a ser narrada. 2011. Disponível em: <http://www.gpef.fe.usp.br/teses/agenda_2011_09.pdf>. Acesso em: 2 out. 2018. CONFEDERAÇÃO Brasileira de Capoeira. Disponível em: <http://www.capoeiradobrasil.com. br/confederacao.htm>. Acesso em: 19 set. 2018. COSTA, Mauricio Priess da. Entre bases e “oitos” manifestações corporais do hip-hop em Curitiba. 2011. 165f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, 2011. Disponível em: <https://www.acervodigital.ufpr.br/bitstream/ handle/1884/32517/R%20-%20D%20-%20MAURICIO%20PRIESS%20DA%20COSTA. pdf?sequence=1>. Acesso em: 30 set. 2018. CPB – Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível em: <http://www.cpb.org.br>. Acesso em: 8 out. 2018. CRICKET BRASIL. Disponível em: <http://www.cricketbrasil.org/>. Acesso em: 18 out. 2018. DARIDO, Suraya Cristina; SOUZA, Osmar Moreira de. Para ensinar educação física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2015. DAOLIO, Jocimar. As contradições do futebol brasileiro. EFDesportes, Buenos Aires, ano 3, n. 10, maio 1998. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd10/daolio.htm>. Acesso em: 8 out. 2018. ______. A violência no futebol brasileiro. Ciência & Movimento, Brasília, v. 6, n. 1, 1992. Disponível em: <https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/view/204>. Acesso em: 8 out. 2018. ______ (Org.). Futebol, cultura e sociedade. Campinas: Autores Associados, 2005. ______. Educação Física e o conceito de cultura. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2010. ______. (Org.). Futebol, cultura e sociedade. Campinas: Autores Associados, 2005. Resenha de: FERNANDES, Simone Cecília. Conexões, Campinas, v. 3, n. 2, 2005. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/conexoes/article/view/8637957/5648>. Acesso em: 16 out. 2018. DELGADO, Leonardo. Educação Física. Disponível em: <http://aquabarra.com.br/educacao_ fisica/9_Ano_Unidade_I.pdf>. Acesso em 1 out. 2018. DEVIDE, Fabiano Pries. Educação Física, qualidade de vida e saúde: campos de intersecção e reflexões sobre a intervenção. Movimento, Porto Alegre, v. 8, n. 2, p. 77-84, maio/ago. 2002. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/2644>. Acesso em: 2 out. 2018. DICIONÁRIO da atividade física. Disponível em: <https://www.cdof.com.br/dicionario.htm>. Acesso em: 24 set. 2018. DICIONÁRIO OLÍMPICO. Ginástica artística Disponível: em: <http://www. dicionarioolimpico.com.br/ginastica-artistica>. Acesso em: 19 set. 2018. DICIONÁRIO OLÍMPICO. Ginástica rítmica. Disponível em: <http://www.dicionarioolimpico. com.br/ginastica-ritmica>. Acesso em: 19 set. 2018. 174 FARIAS, Edson dos Santos. et al. Efeito da atividade física programada sobre a aptidão física em escolares adolescentes. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, Santa Catarina, v. 12, n. 2, p. 98-105, 2010. Disponível em: <http://www.scielo. br/pdf/rbcdh/v12n2/a03v12n2.pdf>. Acesso em: 5 out. 2018. FERRETTI, Marco Antonio de Carvalho; KNIJNIK, Jorge Dorfman. Mulheres podem praticar lutas? Um estudo sobre as representações sociais de lutadoras universitárias. Movimento, Porto Alegre, v. 13, n. 1, p. 57-80, jan./abr. 2007. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/ Movimento/article/viewFile/2925/1559>. Acesso em: 20 set. 2018. FONSECA, Cristiane Costa; VECCHI, Rodrigo Luiz; GAMA, Eliane Florencio. A influência da dança de salão na percepção corporal. Motriz, Rio Claro, v.18, n.1, jan./mar. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-65742012000100020>. Acesso em: 16 out. 2018 FRANCO, Laercio Claro Pereira; CAVASINI, Rodrigo; DARIDO, Suraya Cristina. Práticas corporais de aventura. In: GONZÁLEZ, Fernando Jaime; DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de (Org.). Lutas, capoeira e práticas corporais de aventura. Maringá: Eduem, 2014. Disponível em: <http://www.esporte.gov.br/arquivos/snelis/ segundoTempo/livros/lutasCapoeiraPraticasCorporais.pdf>. Acesso em: 1 out. 2018. FREHSE, Fraya. As realidades que as “tribos urbanas” criam. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 21, n. 60, fev. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092006000100012>. Acesso em: 2 out. 2018. FREIRE, João Batista; SCAGLIA, Alcides José. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2003. FUGIKAWA, Claudia Sueli Litz. et al. Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2006. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/edfisica.pdf>. Acesso em: 1 out 2018. FURTADO, Tatiana. De nerds a ciberatletas: o crescimento exponencial do e-sports. O Globo, São Paulo, 23 abr. 2017. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/esportes/de-nerds- ciberatletas-crescimento-exponencial-do-sports-21233721>. Acesso em: 3 set. 2018. GRUNEWALD, José Lino. Carlos Gardel, lunfardo e tango. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. GUTERMAN, Marcos. O futebol explica o Brasil. São Paulo: Contexto, 2010. HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Versão monousuário 1.0. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. 1 CD-Rom. IOC – International Olympic Committee. Disponível em: <https://www.olympic.org/sports>. Acesso em: 10 out. 2018. JUNIOR, Paulo Fernando Mesquita. Organização de eventos esportivos. Disponível em: <http://profpaulojunior.santarosa.ifc.edu.br/wp-content/uploads/sites/20/2016/04/ Apresenta%C3%A7%C3%A3o-Organiza%C3%A7%C3%A3o_eventos_esportivos.pdf>. Acesso em: 3 out. 2018. KASEONE; MC WHO. Hip-hop: cultura de rua. São Paulo: Literarua, 2011. KOTONA, Eduardo Albers. et al. Vigorexia e suas correlações nutricionais. Research, Society and Development, v. 7, n. 1, 2018. Disponível em: <https://rsd.unifei.edu.br/index.php/ rsd/article/view/239/232>. Acesso em: 11 out. 2018. KRULIKOWSKI, Robert. Capoeira: meu guia. Brasília: Robert Krulikowski, 2013. 175 LOPES, Maria Dolores; TEIXEIRA, Dourivaldo. A dança de salão na Educação Física: uma implementação prática na perspectiva da pedagogia histórico-crítica. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2149-8. pdf?PHPSESSID=2010012011065028>. Acesso em: 16 out. 2018. LOURENÇO, Mariane Lemos. Arte, cultura e política: o movimento hip-hop e a constituição dos narradores urbanos. Pepsic, México, n. 19, 2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud. org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-350X2010000100014>. Acesso em: 2 out. 2018. MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. Motriz, v. 3, n. 1, jun. 1997. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/03n1/artigo3.pdf>. Acesso em: 8 out. 2018. MASSOLA, Ricardo. O que é qualidade de vida? Podemos medi-la. Disponível em: <http://www.ricardomassola.com.br/o-que-e-qualidade-de-vida-podemos-medi-la>. Acesso em: 2 out. 2018. MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto. 2007. MENDES, Andréia Almeida. Aceitação do júri simulado como estratégia didática no curso de pedagogia. In: EDUCERE Congresso Nacional de Educação 8, Curitiba, 28 a 31 ago. 2017. Disponível em: <http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/25114_12448.pdf> Acesso em: 10 out. 2018. MESQUITA, Chuno. Judô... da reflexão à competição: o caminho suave. São Paulo: Galenus, 2014. MILLEN NETO, Alvaro Rego; GARCIA, Roberto Alves; VOTRE, Sebastião Josué. Artes marciais mistas: luta por afirmação e mercado da luta. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 38, n. 4, p. 313-422, out./dez. 2016. Disponível em: <https://tinyurl.com/yb3gd3rz>. Acesso em: 6 out. 2018. NOVAES, Jefferson; GIL, Ana; RODRIGUES, Gabriel. Condicionamento Físico e treino funcional: revisando alguns conceitos e posicionamentos. Revista Uniandrade, v. 15, n. 2, 2014. Disponível em: <https://www.uniandrade.br/revistauniandrade/index.php/revistauniandrade/article/view/136>. Acesso em: 5 out. 2018. NOVAIS, Iara Tedeschi. Adaptação de Jogos Eletrônicos para aulas de Educação Física. 2012. 39f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Educação Física)– Instituto de Biociências, Universidade Estatual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, 2012. Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/120212/novais_ it_tcc_rcla.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 1 out. 2018. NUNOMURA, Myrian; PIRES, Fernanda Regina; CARRARA, Paulo. Análise do treinamento na ginástica artística brasileira. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 31, n. 1, set. 2009. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/277756638_ Analise_do_treinamento_na_Ginastica_Artistica_brasileira>. Acesso em: 1 out. 2018. OLIVEIRA, Maria Cláudia Santos Lopes de; CAMILO, Adriana Almeida; ASSUNÇÃO, Cristina Valadares. Tribos urbanas como contexto de desenvolvimento de adolescentes: relação com pares e negociação de diferenças. Pepsic, Ribeirão Preto, v. 11, n. 1, jun. 2003. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 389X2003000100007>. Acesso em: 2 out. 2018. OLIVETTI, Jonas Casola; JUNIOR, Luiz Gonçalves. Qualidade de vida, vida de qualidade e educação física escolar. Colóquio de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana: Motricidade, Educação e Experiência, São Carlos, 4, 5 e 6 out. 2012. Disponível em: <http:// www.ufscar.br/~defmh/spqmh/pdf/2012/olivetti2012.pdf>. Acesso em: 2 out. 2018. 176 PAIS, José Machado; BLASS, Leila Maria da Silva. Tribos urbanas: produção artística e identidades. São Paulo: Annablume, 2004. PARANÁ. Secretaria Municipal da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para a Educação municipal de Curitiba. Curitiba: SME, 2006. ______. Secretaria Municipal da Educação. Caderno Pedagógico: educação física. Curitiba: SME, 2006. ______. Prefeitura Municipal de Curitiba. Secretaria Municipal de Curitiba. Práticas de Judô na Educação Integral. Disponível em: <http://multimidia.educacao.curitiba.pr.gov. br/2016/12/pdf/00125323.pdf>. Acesso em: 10 out. 2018. PELLEGRINI, Marcelo. Modalidades de luta carregam estigma de gênero e preconceito. Agência USP de Notícias, São Paulo, 22 jun. 2011. Disponível em: <http://www.usp.br/ agen/?p=62795>. Acesso em: 20 set. 2018. POINT, Davi Rodrigues. Organização de eventos esportivos. São Paulo: Phorte, 2004. POMERLAU, J. et al. Physical inactivity in the Baltic Countries. Preventive Medicine, Filadélfia, v. 31, n. 6, p. 665-672, dez. 2000. QUADROS, Roberta Bevilaqua; PALMA, Lucina Erina. Pessoas com deficiência física: a dança em cadeiras de roda e representações corporais. Disponível em: <https://repositorio. ufsm.br/bitstream/handle/1/95/ARTIGO2_Quadros_Roberta_%20Bevilaqua_%20de. pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 8 out. 2018. SANTOS, Ana Lúcia dos; SIMÕES, Antonio Carlos. Educação Física e qualidade de vida: reflexões e perspectivas. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 21, n. 1, jan./mar. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0104-12902012000100018>. Acesso em: 2 out. 2018. SILVEIRA, Guilherme Carvalho Franco da; TORRES, Livia Maria Zahra Barud. Educação Física Escolar: um olhar sobre os jogos eletrônicos. Disponível em: <http://www.cbce.org. br/docs/cd/resumos/157.pdf>. Acesso em: 3 set. 2018. SOARES, Carmen Lúcia. et al. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992. UNITED World Wrestling. Disponível em: <https://unitedworldwrestling.org/>. Acesso em: 10 out. 2018. VAZ, Alexandre Fernandez. Corpo, educação e indústria cultural na sociedade contemporânea: notas para reflexão. Pro-posições, Campinas, v. 14, n. 2, maio/ago. 2003. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643886/11356>. Acesso em: 10 out. 2018. VILARTA, Roberto. A Educação Física e a promoção da qualidade de vida na escola: desafios na saúde de comunidades escolares. Disponível em: <https://www.fef.unicamp.br/ fef/sites/uploads/deafa/qvaf/livro_afqv_cap1.pdf>. Acesso em: 2 out. 2018.