Buscar

Preveção ao Sucídio

Prévia do material em texto

Prevenção do Suicídio
Noções básicas de Psiquiatria e Saúde Mental para as Equipes da RASde Acaraú - CE
Jairo Amparo
Psiquiatra – CAPS II ACARAÚ-CE
 
 
Fatores Sociodemográficos e Ambientais
Desemprego;
Perda de status sócio-econômico;
Profissão;
Migração;
Sexo;
Idade;
Estado civil.
Fatores Familiares
Problemas interpessoais (discussão com esposa, namorado, filhos);
Rejeição (separação);
Perdas (luto, status);
Problemas com o trabalho (demissão, aposentadoria; dificuldades financeiras);
Mudanças na sociedade (políticas e econômicas);
Vergonha (falência, vícios).
EPIDEMIOLOGIA (Dados Antigos)
1 milhão de pessoas cometeram suicídio no ano de 2000;
A cada 40 segundos uma pessoa pratica o ato;
A cada 3 segundos, uma atenta contra a própria vida;
Está entre as 10 causas de morte mais freqüente em todas as idades;
É a 3ª causa de morte entre 15 e 35 anos;
Existem 10 tentativas para cada ato consumado;
4 tentativas NÃO conhecidas para cada 1 registrada.
CONSEQUÊNCIAS
Vem ocorrendo um aumento na faixa etária de 15-35 anos;
Para cada suicídio, há em média, 5 ou 6 pessoas próximas que sofrem conseqüências emocionais, sociais e econômicas;
1,4% do ônus global ocasionado por doenças em 2002 foi devido à tentativas de suicídio.
 
97% DAS PESSOAS QUE COMETEM SUICÍDIO TÊM UM TRANSTORNO MENTAL
		 ALCOOLISMO 
 O álcool diminui a crítica e aumenta a impulsividade
 Cerca de um terço dos casos de suicídio estão ligados à dependência do álcool
 5 a 10% das pessoas dependentes de álcool 
 terminam sua vida pelo suicídio
 No momento do ato suicida muitos se encontravam alcoolizados
	ESQUIZOFRENIA
PERÍODOS DE MAIOR RISCO 
 Entre as crises, quando paciente percebe
 e não elabora limitações acarretadas pela doença 
 Durante a crise, ao responder a vozes de comando (alucinações) que o levam a se matar
 No período logo após a alta hospitalar
O QUE FAZER?
 
 
MITOS
Quem fala não faz;
Quem quer se matar, se mata;
Suicídios ocorrem sem avisos;
A melhora após a crise significa que o risco passou;
Nem todos os suicídios podem ser evitados;
Uma vez suicida, sempre suicida.
AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO
1	Ouvir atentamente
2	Conhecer fatores de risco
3	Fazer algumas perguntas
GERAIS
ESPECÍFICAS
 Se eu perguntar 
sobre suicídio...
Posso induzir um
suicídio?
Vou ter que carregar
o problema da pessoa?
Não ! Peça ajuda!
AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO
AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO
AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO
AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO
AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO
Se você esgotou todas as tentativas de convencimento do paciente para uma internação voluntária e percebe um risco de suicídio iminente, peça ajuda da família, pois uma internação involuntária poderá ser necessária.
CONDUTA NO CASO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO
 		Um dos melhores indicadores para a avaliação do risco de suicídio será a consciência do avaliador de sua própria ansiedade diante do paciente. 
		 A incapacidade para experimentar ansiedade OU a ansiedade exagerada nessas ocasiões, em decorrência de um contato empático pobre, da falta de tempo, ou de defesas excessivamente fortes, impedirá a avaliação.
AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO DE SUICÍDIO
RESUMINDO: O QUE FAZER ☺
Ouvir, mostrar empatia, e ficar calmo;
Ser afetuoso e dar apoio;
Leve a situação a sério e verifique o grau de risco;
Pergunte sobre tentativas anteriores;
Explore as outras saídas, além do suicídio;
Pergunte sobre o plano de suicídio;
Ganhe tempo – faça um contrato;
Identifique outras formas de dar apoio emocional;
Remova os meios, pelos quais a pessoa possa se matar; 
Tome atitudes, consiga ajuda;
Se o risco é grande, fique com a pessoa.
RESUMINDO: O QUE FAZER ☺
O QUE NÃO FAZER ☹
Ignorar a situação;
Ficar chocado ou envergonhado e em pânico;
Tentar se livrar do problema acionando outro serviço e considerar-se livre de qualquer ação;
Falar que tudo vai ficar bem, sem agir para que isso aconteça;
Desafiar a pessoa a continuar em frente;
Fazer o problema parecer trivial;
Dar falsas garantias;
Jurar segredo;
Deixar a pessoa sozinha.
O QUE NÃO FAZER ☹
PORTARIA 1.876 - 14/08/06
Institui as Diretrizes Nacionais para a Prevenção do Suicídio, a serem implantadas em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão.
Bibliografia Consultada
Cartilha – Comportamento suicida – ABP http://www.proec.ufpr.br/download/extensao/2017/abr/suicidio/manual_cpto_suicida_conhecer_prevenir.pdf
. KAPLAN, HI. & SADOCK, B. Compêndio de Psiquiatria. 9ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.
 SALVADOR, LUIZ Compêndio de Psicopatologia e Semiologia Psiquiátrica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. 
. DALGALARRONDO, PAULO. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 2ª. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008. 
 CHENIAUX JR, ELIE, Manual de Psicopatologia. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
 BRASIL MA, BOTEGA NJ. PEC – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Título de Especialista em Psiquiatria. Provas 2000-2003. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
 KAPCZINSKI F; QUEVEDO J; SCHMITT R; CHACHAMOVICH E. Emergências Psiquiátricas. 2ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 REIS DE OLIVEIRA I, SENA EP. Manual de Psicofarmacologia Clínica. 2° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2006. 
 SCHATZBERG AF; COLE JO; De BATTISTA C. Manual de Psicofarmacologia Clínica. 6ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
CLASSIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO DA CID- 10. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. 
Obrigado!
 Agora eu fiquei doce,
 Igual caramelo,
 Estou fazendo LIVE
 No Setembro Amarelo...”
41

Continue navegando