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SINAIS DE ALERTA PARA NEOPLASIAS O tempo passado desde o início dos sintomas até o diagnóstico de neoplasia é enorme (envolve demora geradas pelas instituições e pelo próprio paciente), fazendo com que o câncer evolua muito nesse tempo. No câncer de mama, por exemplo, poucas semanas são determinantes para o estadiamento. As etapas, dessa forma, que prolongam o tempo em relação ao diagnóstico dependem da pessoa em si (identificar os sintomas e ir buscar ajuda), a avaliação clínica, diagnóstico e estadiamento, e, por fim, a organização e operacionalização do tratamento. Além disso, os custos acabam sendo exorbitantes em decorrência desse fato, porque cânceres em estádios mais avançados custam mais para o sistema. Portanto, torna-se imprescindível uma redução desse tempo e desburocratização das instituições. O gráfico abaixo exibe a relação de custo/estadiamento para algumas das mais recorrentes neoplasias. •Sinais de alerta pra câncer: perda de peso repentina, perda de apetite, sudorese abundante, nódulos, linfonodos persistentes, mudança de cor ou tamanho dos sinais da pele, perda de sangue, melena, nódulos ou secreção no mamilo, odinofagia, disfagia, sangramento vaginal, tosse crônica ou mudança no padrão da tosse, entre outros. •Anorexia e perda de peso: é a perda de peso sem uma explicação que preocupa. Quando for acima de 10% da massa corporal, é digno de observação. Algumas causas de perda ponderal mais recorrentes, além de neoplasias, incluem: no idoso → depressão, doenças benignas do TGI e no adulto → diabete, hipertireoidismo, distúrbios psiquiátricos e depressão. •Febre tumoral: neoplasia é a segunda causa de febre de origem desconhecida. Geralmente envolve câncer de pâncreas, rim, fígado ou de sangue. É importante sempre excluir outras etiologias da febre, como infecções, doenças autoimunes ou traumas. Na tabela ao lado temos algumas características da febre tumoral. •Prevalência familiar: uma grande contribuição para a probabilidade pré-teste de ser neoplasia é a herança familiar. Alguns cânceres tem mais relação que outros na prevalência familiar, vamos aos dados: mama (5- 22%), cólon (2-9,4%), ovário (1,1-3,5%), endométrio (0,5-1,4%) e próstata (4,6-9,5%). No caso de herança familiar, devemos suspeitar sempre que paciente com neoplasia tem 10 anos a menos do que a média de idade para aquele câncer; ou quando há mais de um câncer envolvido na pessoa; quando há mais de uma geração afetada. Assim, é muito importante avaliar com clareza a história familiar (familiares de 1º e 2º grau), certificando-se da data do diagnóstico, tipo de câncer, etc. Se o câncer envolver uma síndrome específica, sempre que um familiar estiver desenvolvendo uma síndrome específica, deve ser suspeitado a ocorrência de neoplasia. Medidas de vigilância e prevenção devem ser indicadas a esses indivíduos. •Fatos preocupantes, que geram necessidade de vigilância incluem: -Câncer de mama ou ovário: neoplasia em menor de 50 anos; triplo negativo em pacientes menores que 60 anos; câncer de mama bilateral; câncer de ovário em qualquer idade; câncer de mama masculino; histórico de câncer recorrente na família. -Câncer do TGI: câncer de colorretal com menos de 50 anos; 2 ou mais gerações afetadas; mais de 10 adenomas; tumores desmoides; pólipos hamartomatosos ou serráteis. •Avaliação de massa palpável -Mama → Como o nódulo foi achado? Há secreção mamilar ou mudança no tamanho? Tem relação com o ciclo menstrual? A idade é um grande fator de risco para essa neoplasia, acometendo uma em cada 400 mulheres de 50 anos de idade. Outros fatores incluem história familiar, idade da menarca, idade da primeira gestação, idade da menopausa e uso de TRH. Para palpar a mama, usa-se o index, terceiro e quarto dedos da mão, fazendo movimentos circulares sobre linhas verticais na região do tórax. Deve se palpar desde o esterno até a região abaixo da axila. A pressão também deve ser variada, a vim de poder contemplar os possíveis nódulos superficiais e também os mais profundos. A malignidade de nódulos geralmente está atrelada com lesão única, endurecida, imóvel, com bordos irregulares e maior de 2 cm. Sempre que houver massas, avaliar os linfonodos axilares e supraclaviculares. -Próstata → Basicamente procurar por induração, assimetria ou modularidade palpável. -Testículos → Massa indolor e firme no saco escrotal, é raro e acontece dos 18 aos 40 anos. •Linfadenomegalia: é importante avaliar o tamanho (se maiores de 2,25 cm a probabilidade de ser câncer aumenta), a consistência (os endurecidos são mais preocupantes), fixação e sensibilidade. Sempre avaliar as manifestações localizadas, pra concluir se pode ser malignidade ou se é decorrente de alguma infecção. Por isso, é importante averiguar na clínica se o paciente teve exposição prévia a animais, alimentos malcozidos ou viagens. O uso de medicações também pode despertar esse problema. Alguns indicativos de preocupação em caso de linfadenomegalia são: mais de 40 anos, persistência dos linfonodos aumentados por mais de 6 semanas, sexo masculino, vários sítios acometidos, raça branca, localização supraclavicular, suores noturnos, perda ponderal e hepatoesplenomegalia. MIAMI é um mnemônico utilizado para as causas diferenciais de linfadenopatia, e pode ser conferido na tabela abaixo. As imagens abaixo são úteis, e ilustram as principais linfadenopatias que ocorrem.
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