Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONTROLE DE QUALIDADE NO LABORATÓRIO CLÍNICO Definição de Qualidade ? Ø Qualidade é adequação ao uso (Juran e Gryna). Ø Qualidade é o que o cliente diz que é (Feigenbaum). Ø Qualidade não é o que o fornecedor dá, mas o que o consumidor recebe e está disposto a pagar (Peter Drucker). Histórico da Qualidade Diferentes fases da qualidade: ØEmpirismo (até1920) –produção artesanal ,durabilidade. ØEra da Inspeção – produção em larga escala, administração interna, sem preocupação com o cliente ØControle esta9s:co da qualidade (1930) – ferramentas estaBsCcas, foco no processo. ØGaran:a da qualidade – percepção de mercado; custos da qualidade total x prevenção; publicações sobre gestão da qualidade; visão a curto prazo (resultados) ØAdministração estratégica da qualidade – perceber o que é “valor” para o cliente, perpetuação da organização Definições Os laboratórios clínicos devem ter a missão de diagnós4co produzir resultados de exames que sejam de real u4lidade para se fazer corretamente o prognós4co, acompanhar a terapia, evolução e prevenção de enfermidades. Qualidade em Serviços de Saúde segundo a OMS – “Proporcionar ao paciente a melhor sa4sfação com relação ao seu atendimento” ISO 9001 -“Qualidade é a totalidade de caracterís4cas de uma en4dade que lhe confere a capacidade de sa4sfazer as necessidades explicitas e implícitas.” Qualidade x Clientes QUALIDADE sa@sfação das necessidades e das expecta@vas de usuários e clientes. • Usuários e clientes das empresas que prestam serviços de Análises Clínicas : üOs clientes (pacientes) üOs médicos que solicitam os exames üAs empresas prestadoras de serviços de saúde. GARANTIA DA QUALIDADE Esforço organizado e documentado dentro de uma empresa, tem o sen4do de desenvolver, produzir, manter e assegurar as caracterís4cas do produto, de modo que cada unidade do mesmo esteja de acordo com suas especificações. OBJETIVOS DA GARANTIA DA QUALIDADE Adequação eficiente dos meios de produção (qualidade do produto em cada etapa) e melhor controle do desempenho da empresa. Controle de tempo e custos. Estabelecimento de linguagem única. Sistema de Qualidade • Infra-estrutura física e ambiental adequada; • Pessoal técnico selecionado e treinado (programa de treinamento estabelecido); • Dispositivos de medição e ensaios de boa qualidade e calibrados (plano de manutenção periódica estabelecido); • Reagentes de qualidade comprovada e aprovados em órgãos competentes; Sistema de Qualidade • Métodos de medição e ensaios atuais e padronizados; • Sistema de limpeza correta da vidraria; • Processos de coleta e conservação das amostras de acordo com metodologia implantada; • Manual da qualidade com documentação completa e atualizada. GESTÃO DA QUALIDADE Para a4ngir os obje4vos PLANEJAMENTO • A GESTÃO DA QUALIDADE deve ser implementada através : •PLANEJAMENTO DA QUALIDADE •CONTROLE DA QUALIDADE •GARANTIA DA QUALIDADE •MANUTENÇÃO DA QUALIDADE E MELHORIA DA QUALIDADE. PLANEJAMENTO DA QUALIDADE Ações de planejar e desenvolver a qualidade: • É feito através da MISSÃO DO LABORATÓRIO; • Estabelecer os meios e os recursos e determinar os padrões a serem alcançados na prestação dos serviços. CONTROLE DA QUALIDADE É o sistema que avalia o desempenho de processos ou resultados das ações tomadas pela introdução de procedimentos da qualidade assegurada. Avalia o desempenho de todo o sistema da qualidade através de medições adequadas Compreende também o registro das ações corre4vas. CONTROLE DA QUALIDADE • Parte da Gestão da Qualidade focada no atendimento dos requisitos da qualidade; • Possibilita avaliar a precisão e a exa@dão dos métodos analí4cos. GARANTIA DA QUALIDADE Obje%vo é garan%r que os requisitos da qualidade serão atendidos MANUTENÇÃO DA QUALIDADE Acompanhamento, supervisão e avaliação do sistema da qualidade para garan%r que cada setor de trabalho possa obter produtos ou serviços de boa qualidade. MELHORIA DA QUALIDADE • Aumentar a capacidade da empresa de atender os requisitos da qualidade; • Acompanhamento e supervisão do trabalho desenvolvido permi4rão a resolução con[nua de problemas surgidos na produção, resultando em uma melhoria dos processos. LABORATÓRIO CLÍNICO Finalidade e Função → FORNECER SUBSÍDIOS AOS MÉDICOS QUE PERMITAM: •Confirmar ou rejeitar um diagnós%co; • Fornecer diretrizes de conduta para o monitoramento do paciente incluindo u%lização de oportunidades para exames; •Estabelecer um prognós%co; •Detectar a doença caso a caso e/ou por meio de triagem; •Monitorar a terapia. ERROS E VARIAÇÕES Variações devido à obtenção, preparação e armazenamento da amostra: • Iden%ficação incorreta do paciente • Troca do material •Contaminação da amostra • Erro por hemólise • Estase prolongada •Homogeneização •Centrifugação •Conservação inadequada • Erro no emprego de an%coagulantes, etc. Frequências de erros esQmadas Qualidade da fase pré-analíQca • O obje&vo desta fase é garan&r que as amostras e materiais tenham a representa&vidade desejada e mantenham a integridade de sua composição e funcionalidade. • Não existem meios >sicos para garan&r a qualidade pré-analí&ca, por isso, deve-se: Investir em treinamento Padronização dos procedimentos Registro das atividades Qualidade da fase pré-analíQca Mecanismo de estudo de causa e solução de erros Pedido médico Preparo do paciente Coleta e obtenção da amostra Iden8ficação da amostra Transporte da amostra Critérios de rejeição da amostra Qualidade da fase AnalíQca • Conforme RDC/ANVISA N° 302 – 13/10/2005 • Laboratório deverá realizar o CQI e CQE, contemplando: ü Monitoramento do processo analí@co; ü Definição dos critérios de aceitabilidade; ü Registro dos dados; ü Liberação ou rejeição das análises após avaliação dos controles. CONTROLE INTERNO A avaliação da precisão é feita através da análise de uma série de resultados obtidos na mesma amostra (para as análises quantitativas). CONTROLE EXTERNO O grau de exatidão requer a comparação dos resultados obtidos pelo laboratório com o resultado “verdadeiro”obtido através de : • procedimentos de referência ou definitivos • “valor de consenso”: •Programas de Proficiência •Comparações Interlaboratoriais Nota: Em geral, a avaliação da precisão é mais acessível que a avaliação da exatidão. Qualidade da fase AnalíQca Controle Interno • Controlar o desempenho de materiais, equipamentos e métodos analí4cos e registrar as ações executadas. • Função: iden4ficar aumento da variabilidade ou introdução de desvios ou tendências na calibração. • A es4ma4va da variabilidade , também denominada imprecisão, é feita através do desvio padrão. • POP • Processamento diário em pelo menos dois níveis. • Acompanhamento dos resultados e análise de gráficos • Aplicar formas alterna4vas de controle para reações sem controle comercial. • Validação e liberação do aparelho para ro4na. Controle Externo • O laboratório deve par?cipar de ensaios de proficiência para todos os exames realizados na ro?na. • Fazer o acompanhamento do resultados e do desempenho. • Documentar a inves?gação das causas e ações tomadas para os resultados rejeitados. • Controle alterna?vo: Controle interlaboratorial. POPs • Instruir os funcionários da existência do Pop e sua localização. • Ter Pop do Pop, Pop de seções, reações, técnicas de exames, manuseio de aparelhos, limpeza, coleta, recepção e demais a&vidades desempenhadas. • Nele deve constar: nome, numeração, número total de páginas, versão, data da realização, revisão, etc. • Não pode haver diferença entre a forma escrita e a executada. Planilhas Ter planilhas padronizadas para documentar a%vidades respec%vas a todas as fases analí%cas: • Controle de temperatura (banho-maria, ambiente, geladeiras, estufas, caixas térmicas) • Controle de funcionamento de aparelhos • Manutenções dosequipamentos • Controle da água reagente Água • Ter evidência de que se faz periodicamente os controles da água reagente. • Que esta água é produzida no momento do uso. • Que esta água é usada para enxágue de vidraria,preparo de soluções,de corantes, para abastecer equipamentos. Arquivo • Todos os setores devem manter uma relação de toda a documentação que está sob a sua responsabilidade, como: POPs/Manuais, bulas de kits, manuais de equipamentos, listas mestras. • Arquivar toda a documentação gerada por no mínimo 5 anos, e saber onde e a quem procurar para recuperar esta documentação, quando necessário. • “ A informação deve ser correta, completa, ú&l, e em tempo hábil.” Lixo • RDC 306/2004 – PGRSS • Fazer o descarte adequado do lixo/resíduo, uClizando os recipientes adequados para lixo comum, resíduo biológico, material pérfuro-cortante e resíduo químico. • 1-Segregação; • 2-Acondicionamento; • 3-Iden:ficação; • 4-Transporte interno; • 5-Armazenamento temporário; • 6-Tratamento; • 7-Armazenamento externo; • 8-Coleta e transporte externo; • 9-Des:nação final; Rótulos • Todos os Kits de análise adquiridos devem ter registro na ANVISA. Água reagente Álcool Conservantes Corantes Reagentes Soluções Tampões Devem ser idenCficados com Nome Data de Preparo Data de Validade Quem preparou Concentração Risco Lote Outras A)vidades do Controle de Qualidade • Manutenções dos equipamentos de diagnós2co. • Calibração dos equipamentos de apoio diagnós2co. • Validações (equipamentos e microscopistas) • Garan2r que todos os produtos tenham registro na ANVISA. • Garan2r o uso de produtos dentro do prazo de validade. • Possuir métodos que permitam rastrear os dados do paciente referentes ao atendimento, como: quem cadastrou, quem pagou a guia, quem recebeu a amostra, quem entregou o resultado. Bibliografia • www.labtest.com.br - Controle de Qualidade nos Processos Analí?cos – Dr. José Carlos Basques; Gestão da Qualidade Pré-analí?ca. • www.control-lab.com.br • Programa de Qualidade desenvolvido pelo Padrão® Laboratório Clínico.
Compartilhar