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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA HAM III INSUFICIÊNCIA CARDÍACA HAM III | Fernanda Mendes INSUFICIÊNCIA CARDÍACA o = Síndrome clínica causada por distúrbio do desempenho miocárdico e por ativação do sistema neuroendócrino que atinge os órgãos; o Principal mecanismo fisiopatológico: — Remodelação cardíaca (crescimento cavitário); — Redução da FE (fração de ejeção); CLASSIFICAÇÃO o A classificação da IC é feita de acordo com a progressão da IC (ACC/AHA): o ESTÁGIO A → Paciente com alto risco de desenvolver IC, sem cardiopatia estrutural; o ESTÁGIO B → Cardiopatia estrutural presente, mas sem sintomas de IC; o ESTÁGIO C → Sintomas de IC e cardiopatia estrutural presente; o ESTÁGIO D → IC em estágio final e que necessitam de tratamento otimizado; CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA IC (NYHA) CLASSE DESCRIÇÃO I Ausência de sintomas (dispneia) durante atividades físicas habituais; A limitação aos esforços é semelhante à de indivíduos normais (grandes esforços); II Ausência de sintomas desencadeados por atividades físicas habituais (esforços moderados); III Sintomas desencadeados por atividades físicas habituais (grandes esforços); IV Sintomas em repouso; ETIOLOGIA DA IC OBS: Ás vezes a causa não é o fator desencadeante da IC. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA HAM III INSUFICIÊNCIA CARDÍACA HAM III | Fernanda Mendes FATORES DESENCADEANTES FISIOLOGIA o O lado direito do coração recebe sangue venoso sistêmico por intermédio das veias cavas – superior e inferior – que se conectam ao átrio direito; desse ponto, o sangue flui para o ventrículo direito, passando pela valva tricúspide; o O sangue impulsionado pela contração do ventrículo ultrapassa a valva pulmonar, chegando à artéria pulmonar, que o distribui pela rede vascular dos pulmões, para que seja oxigenado; retorna ao lado esquerdo do coração pelas veias pulmonares que deságuam no átrio esquerdo. Desta câmara, dirige-se ao ventrículo esquerdo passando pela valva mitral. Por fim, ultrapassa a valva aórtica, alcançando a aorta, que constitui o início da circulação sistêmica, responsável pela distribuição do sangue pelo corpo todo; FATORES DE RISCO o História familiar; o Diabetes mellitus; o Hipertensão arterial; o Etilismo; o Tabagismo; o Dislipidemia; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS o Redução do débito cardíaco → Menor fluxo sistêmico e baixa perfusão tissular; o Represamento de sangue para trás no sistema venoso → São sinais e sintomas relativos ao aumento da pressão venosa: — Congestão venosa periférica → IC direita; — Congestão venosa pulmonar → IC esquerda; INSUFICIÊNCIA CARDÍACA HAM III INSUFICIÊNCIA CARDÍACA HAM III | Fernanda Mendes ACÚMULO DE LÍQUIDO O acúmulo de líquido ou de volume é a marca registrada da insuficiência cardíaca. Os sinais típicos são os seguintes: Estertores pulmonares, decorrentes do acúmulo de líquido no interstício e nos alvéolos pulmonares devido às altas pressões atriais esquerdas, são descritos como edema pulmonar cardiogênico agudo (EPCA) Macicez nas bases dos pulmões, compatível com derrame pleural Distensão venosa jugular (DVJ) pode ser observada com uma inclinação de 25°, embora, quando muito elevada, possa ser aparente com o paciente sentado Edema, ascite e hepatomegalia. O peso corporal costuma ser útil no monitoramento destes pacientes. FISIOPATOLOGIA o Lesão ou estresse miocárdico → Disfunção cardíaca (caráter progressivo) → Mudança na geometria e estrutura das câmaras cardíacas (dilatação e/ou hipertrofia) = REMODELAMENTO; o Redução do DC e aumento das pressões de enchimento das câmaras cardíacas → Ativação de sistema neuro-humorais: 1. Aumenta a produção de renina: — Por queda de pressão hidrostática no glomérulo e na arteríola eferente; — Angiotensina II é estimulador da fibrinogênese; — Aldosterona também é indutor de fibrose; — Assim → A ativação do SRAA promove efeitos para manutenção do débito cardíaco, mas torna-se deletério a longo prazo pela estimulação do remodelamento ventricular; 2. Ativação adrenérgica generalizada e retração do parassimpático: — Vasoconstrição generalizada aumenta pós-carga para o ventrículo esquerdo, sobrecarregando um ventrículo já insuficiente; 3. Citocinas pró-inflamatórias: — TNF-alfa, IL-1 e IL-6 estão aumentados na IC → Relacionado ao processo inflamatório cardíaco, à cardiomegalia, à apoptose e, portanto, remodelamento cardíaco; CASO CLÍNICO Paciente do sexo masculino, 28 anos, natural e procedente de cidade do interior, conta história prévia de HAS, dislipidemia e tabagismo; em tratamento com inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), digitálico, betabloqueador, diuréticos e hipolipemiante, foi encaminhado para avaliação cardiológica pré-operatória de gastroplastia. EXAME FÍSICO Paciente em mau estado geral, dispneico aos mínimos esforços, com sudorese fria. PA= 90 x 60mmHg; FC= 88bpm; Peso= 125kg; H= 1,75m; INSUFICIÊNCIA CARDÍACA HAM III INSUFICIÊNCIA CARDÍACA HAM III | Fernanda Mendes IMC= 40kg/m2; Estase de jugular presente; AP= MV + com estertores crepitantes em 1/3 inferior bilateralmente; ACV= Ictus visível e palpável no 6º EIC na linha axilar anterior. RCP, presença de B3 e sopro mitral sistólico 2+/4; Hepatomegalia dolorosa a 4,5 cm do rebordo costal direito; Presença de edema mole, depressível (sinal do cacifo presente) até 1/3 superior de ambas as pernas 4+/4; FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A IC (CITE TODOS E ESPECIFIQUE OS ENCONTRADOS NO CASO CLÍNICO) o História familiar; o Diabetes mellitus; o Hipertensão arterial; o Etilismo; o Tabagismo; o Dislipidemia; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA IC E JUSTIFIQUE o Dispneia aos mínimos esforços → Congestão venosa pulmonar; o Estase de jugular → Congestão venosa periférica; o Estertores crepitantes em 1/3 inferior bilateralmente → Congestão venosa pulmonar; o B3 → Comprometimento da complacência ventricular; o Sopro sistólico mitral → Dilatação ventricular; o Hepatomegalia dolorosa → Congestão venosa periférica; o Edema mole e depressível em MMII → Congestão venosa periférica; CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA IC CLASSE DESCRIÇÃO I Ausência de sintomas (dispneia) durante atividades físicas habituais; A limitação aos esforços é semelhante à de indivíduos normais (grandes esforços); II Ausência de sintomas desencadeados por atividades físicas habituais (esforços moderados); III Sintomas desencadeados por atividades físicas habituais (grandes esforços); IV Sintomas em repouso; Resposta → CF III
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