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Sinais e Sintomas do Aparelho Respiratório

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DISPNÉIA 
 Sensação de angustiante e morte 
eminente. Paciente pode falar que está cansado, 
sensação de que o ar não entra, falta de ar, aperto 
no peito ou etc. Dificuldade de respirar, podendo o 
paciente ter consciência ou não desse estado. 
Paciente pode não perceber que está com 
falta de ar -> comatosos, quadros neurológicos, 
lactentes, recém-nato... 
 Dispneia pode ser sinal (objetiva – 
profissional percebe e paciente não) ou sintoma 
(subjetiva – paciente percebe e profissional não). 
Percepção batimento de asa de nariz, tiragem 
intercostal, retração de fúrcula... 
 Algumas causas podem ser: 
 Atmosféricas – composição do ar pobre em 
oxigênio; 
 Obstrutivas – da faringe aos bronquíolos: 
difteria, bócio, tumor de mediastino, 
obstrução de árvore brônquica, asma, 
DPOC, reação anafilática; 
 Parenquimatosa – pneumonia; 
 Toracopulmonares – altera dinâmica 
toracopulmonar: fraturas de arcos costais, 
cifoescoliose (limita volume corrente). 
 Diafragmáticas – hérnias, paralisias; 
 Pleurais – derrame pleural, pneumotórax 
(reduzem a expansão pulmonar); 
 Cardíacas - insuficiências; 
 Alteração circulatória pulmonar – 
tromboembolismo pulmonar, reduz 
perfusão do pulmão; 
 Tecidual – aumento do consumo celular de 
oxigênio: exercícios, crise convulsiva; 
 Neuromuscular – Guillain Barré, distrofia 
muscular; 
 Psicogênica (se eliminar todas as causas 
orgânicas). 
 
 
 
 
 
 
O que pesquisar na dispneia dos pacientes? 
 Modo de instalação – súbito, progressivo 
ou crônico; 
 Duração; 
 Tolerância aos esforços (dispneias aos 
grandes, médios e pequenos esforços); 
 Exposições ambientais e ocupacionais, 
alterações climáticas, estresse; 
 Fatores que acompanham: tosse, chiado, 
edema, palpitações e etc. 
Fatores que melhoraram: tipo de 
medicamentos, repouso, posições assumidas e 
relação com o decúbito. Tipos de dispneia: 
 ORTOPNÉIA – denominação dada ao 
surgimento ou agravamento da sensação de 
dispneia com a adoção da posição horizontal. EX: 
asma, DPOC, insuficiência ventricular esquerda; 
 PLATIPNEIA – dispneia acontece quando o 
paciente fica em pé ou sentado e alivia com o 
decúbito. EX: pericardite ou na presença de shunts 
direito-esquerdos. 
 TREPOPNÉIA – dispneia que aparece 
quando o paciente adota determinado decúbito 
lateral, pode prejudicar a expansibilidade do 
pulmão são (dorme do lado do hemitórax com 
derrame pleural). EX: paciente com derrame 
pleural que se deita sobre o lado são. 
 DISPNEIA PAROXÍSTICA NOTURNA – 
situação na qual o paciente tem seu sono 
interrompido por uma dramática sensação de falta 
de ar, levando-o a sentar-se no leito, ou mesmo 
levantar-se e procurar uma área da casa mais 
ventilada. EX: insuficiência ventricular esquerda. 
 O ritmo respiratório pode ser de diferentes 
tipos: dispneia suspirosa (respiração entrecortadas 
por suspiros, associada a psicogênica), Biot 
(anárquico, imprevisível, comum em pacientes em 
processo ativo de morte), Cantani (encontrado em 
pacientes com acidose metabólica, promovem 
alcalose), Kussmaul (também é encontrado nas 
acidoses, agravamento de Cantani, inspira 
profundamente, pausa, expira profundamente) e 
Cheyne-Stokes (período de pausa, começa a 
ventilar com amplitudes pequenas mas 
progressivamente crescentes, depois começa a 
diminuir e leva a um novo período de pausa, na 
alteração da sensibilidade do centro respiratório, 
na insuficiência ventricular esquerda – lentificação 
do sangue). 
 
TOSSE 
 Sintoma respiratório mais frequente. 
Inspiração rápida e profunda, seguida de 
fechamento da glote, contração dos músculos 
expiratórios, principalmente o diafragma, 
terminando com uma expiração forçada após 
abertura súbita da glote. 
 É um mecanismo de defesa das vias aéreas, 
que reagem aos irritantes ou procuram eliminar 
secreções para se manterem permeáveis. 
 Os receptores para tosse estão em diversas 
regiões do corpo. A tosse é um reflexo, de difícil 
compreensão em algumas vezes. 
 Classificação quanto ao tempo de duração 
da tosse: 
 Aguda – até 3 semanas; 
 Subaguda – 3 a 8 semanas; 
 Crônica – mais de 8 semanas; 
 
Características que devem ser avaliadas: 
 Duração; 
 Frequência; 
 Presença de expectoração – produtiva; 
 Relação com o decúbito – refluxo 
gastresofágico; 
 Período que predomina; 
 Exposição a alérgenos; 
 Sinais e sintomas associados – gotejamento 
pós-nasal, sintomas gastrointestinais, 
emagrecimento, febre, coriza, etc. 
 Uso de medicamentos – ex: inibidores da 
enzima de conversão da angiotensina; 
 Tabagismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPECTORAÇÃO 
 É a produção de mais ou menos 100 ml de 
muco pelas células caliciformes e glândulas 
mucíparas. Deve-se avaliar: 
 Volume 
 Aspecto – seroso, mucoide, mucopurulento 
/ purulento, sanguíneo. 
 Odor 
 Vômica 
 
HEMOPTISE 
 É a eliminação de sangue pela boca 
passando através da glote. Hematêmese é a 
eliminação de sangue pela boca que tem origem no 
sistema gastrointestinal. 
 Diferença entre hematêmese e hemoptise: 
 
 
 
 
 
 
 Pode ser condição ameaçadora a vida. 
Paciente pode morrer asfixiado pelo próprio 
sangue. Deve-se relembrar o suprimento 
sanguíneo dos pulmões: 
 Sistêmico: sistema aórtico (alta pressão) – 
artérias brônquicas -> hemoptise volumosa 
(bronquectasias, cavidade tuberculosa, 
estenose mitral e fístulas AV). 
 Pulmonar: ramos da artéria pulmonar 
(baixa pressão) -> hemoptise de pequeno 
volume (neoplasia pulmonar, abscesso, 
pneumonia e infarto pulmonar). 
 
CIANOSE 
 Coloração azulada da pele e das mucosas 
devido ao aumento da hemoglobina reduzida no 
sangue capilar, chegando a 5g/100ml. Pesquisa na 
ponta do nariz, lóbulo da orelha, lábios e 
extremidades. 
 Pacientes anêmicos não apresentam 
cianose. Classificada em central (nariz, boca, ponta 
da língua e lóbulos da orelha), periférica (pontas de 
dedos mão e pé) ou mista. 
 Periférica – perda exagerada de oxigênio na 
rede capilar por estase venosa, por 
diminuição funcional ou orgânica do calibre 
dos vasos. 
o Redução do DB (insuficiência 
cardíaca, estenose mitral, etc); 
o Exposição ao frio; 
o Obstrução arterial; 
o Obstrução venosa. 
 
 Central – problema nas tocas gasosas ou na 
captação do oxigênio. Hipoxemia arterial 
ou anormalidades da hemoglobina. 
o Diminuição de tensão de oxigênio 
no ar respirado (grandes altitudes); 
o Transtornos da ventilação 
pulmonar: obstrução das vias 
aéreas (neoplasias, corpo 
estranho), aumento da resistência 
das vias aéreas (DPOC, asma), 
paralisia de músculo respiratório 
(drogas, miastenia gravis), 
depressão do centro respiratório e 
atelectasias, transtorno da difusão 
(fibrose pulmonar, pneumonia, 
edema pulmonar), transtorno da 
perfusão (cardiopatia congênita, 
insuficiência ventricular direita, 
embolia pulmonar), shunt de 
sangue direita para esquerda 
(tetralogia de Fallot, CIA, CIV) e 
alteração da fixação da 
hemoglobina (exposição a nitritos, 
anilina, corantes...) 
 
 Mista – quando os dois mecanismos estão 
associados. 
o ICC grave – a congestão pulmonar 
impede a oxigenação do sangue 
(cianose central) e há estase venosa 
periférica com grande perda de 
oxigenação (cianose periférica). 
 
A cianose é diferente do fenômeno de 
Raynaud, da acrocianose (ponta dos dedos 
arroxeada, que piora com o frio) e do livedo 
reticular. 
 
DOR TORÁCICA 
 Múltiplas origens – osteomuscular, 
cardiovascular, aparelho digestivo, neurológico, 
pleural parietal (visceral não tem inervação 
sensitiva para dor) e etc. Lembrando que O 
PULMÃO não dói, não há inervação para dor no 
parênquima pulmonar. 
 DOR PLEURÍTICA – ventilatório-
dependente, geralmente manifestada na face 
lateral do tórax. 
 
DISFONIA 
 Alteração da qualidade da voz. Pode ter 
alguns tipos de qualidade vocal: rouca, soprosa, 
astênica, tensa, áspera, trêmula, voz comtom 
grave. 
 Na ausência de infecção do trato superior, 
qualquer paciente com disfonia persistente por 
mais de duas semanas deve ser avaliado. 
 Aspectos importantes na investigação de 
disfonia: 
 Idade; 
 Etilismo e tabagismo; 
 Profissão; 
 História de doença neurológica; 
 Cirurgia / intubação orotraqueal 
prolongada; 
 Natureza da disfonia: intermitente ou 
persistente; 
 Progressão da disfonia; 
 Outros sintomas associados: dor, 
hemoptise, febre, DRGE, doenças da 
tireoide.

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