Buscar

Aula de Direito Consumidor Dos Direitos Básicos do Consumidor(1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

1
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CAMPUS I – CURITIBA 
 ESCOLA DE DIREITO PROFESSORA MARISTELA DENISE MARQUES DE SOUZA 
Dos Direitos Básicos do Consumidor
A variedade de normas que tutelam o consumidor, pertence não somente ao direito civil e comercial, como também ao direito administrativo, penal e processual, inclusive constitucional, pois estendeu a tutela desses direitos aos interesses denominados difusos, no que erigiu os consumidores à categoria de titulares de direitos constitucionais fundamentais – art. 5º, XXXII CF/88.
Há grande dificuldade em delimitar-se o campo de atuação do designado direito do consumidor, levando a doutrina preponderante a entender que tudo atualmente está inserido como direito do consumidor: o direito à saúde e á segurança; o direito de defender-se da publicidade enganosa; o direito de exigir as qualidades e quantidades prometidas e pactuadas; o direito de informação sobre os produtos e serviços e suas características, sobre o conteúdo dos contratos e a respeito dos meios de proteção e defesa; o direito à liberdade de escolha e à igualdade na contratação; o direito de intervir no conteúdo do contrato; o direito de não submeter-se às cláusulas abusivas; o direito de reclamar judicialmente o descumprimento total ou parcial ou defeituoso dos contratos; o direito de requerer indenizações pelos danos e prejuízos causados pelos vícios dos produtos ou serviços; o direito de associar-se para defesa e proteção de seus interesses; o direito de voz e representação em todos os organismos que afetem diretamente seus interesses; o direito como usuário da prestação de serviços públicos e por fim a proteção ao meio ambiente. 
Artigo 4º CDC – Normas principiológicas ou narrativas
* Caput – princípios da transparência e boa-fé
 * reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo – princípio da vulnerabilidade, da informação.
* ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: princípio da liberdade de escolha e da intervenção estatal nas relações jurídicas privadas
       a) por iniciativa direta;
       b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;
       c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
       d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.
* harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores – princípios da igualdade (formal e material), boa-fé, informação (veracidade e transparência)
* educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo – princípio da informação (veracidade e transparência)
* incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo – princípio da confiança e da segurança.
* coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; 
* racionalização e melhoria dos serviços públicos – princípios da adequação e da continuidade
* estudo constante das modificações do mercado de consumo.
        Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros:
        I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;
        II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
        III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo;
        IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo;
        V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor.
Para a implementação dos direitos básicos do consumidor devem ser observadas as seguintes recomendações internacionais:
· Aperfeiçoamento da defesa dos consumidores, ampliando e facilitando o acesso à justiça;
· Massificação da educação do consumidor, através de uma abertura de novas frentes de divulgação no sistema educacional formal, dividindo e multiplicando experiências educativas;
· Esforços para alcançar a melhoria da qualidade de produtos de alimentação e nutrição, voltado à saúde e segurança dos consumidores, bem como à fiscalização do cumprimento dessas obrigações – segurança alimentar;
· Do consumo sustentável e do desenvolvimento sustentado: o desenvolvimento de um país deve ser analisado nos limites e possibilidades de desenvolvimento e nos hábitos de consumo da população, avaliando-se em especial os níveis de sustentação ambiental. "uma sociedade com hábitos de consumo racionais e sustentáveis estará melhor preparada para definir estratégias de desenvolvimento com os princípios ambientais". (in Revista Consumidores e Desarrollo, Santiago - Chile, 1996, p. 4) 
Direitos essenciais previstos no artigo 6º CDC:
1. Proteção da vida, saúde e segurança: em decorrência de tal direito, o Código elenca normas que exigem, informações específicas sobre os riscos de produtos e serviços que poderão colocar em risco a integridade física dos consumidores e terceiros não envolvidos na relação de consumo - ver artigos 8º a 17 do CDC. Além das informações específicas são os fornecedores obrigados a retirar de circulação e comercialização produtos que possam causar danos irreversíveis aos consumidores, informando as autoridades públicas e inclusive, ressarcindo os consumidores ou terceiros que tenham sofrido prejuízo pelo simples fato de terem colocado à disposição produtos ou serviços perigosos. Responsabilidade civil nas informações pré- consumo – pós-consumo – finalidade de garantir a segurança do consumidor – PREVENÇÃO E A PRECAUÇÃO AOS DANOS DE CONSUMO. 
Regra: Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores (art. 8º).
Exceção os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. (Art. 8º).
Fornecedor informar de forma ostensiva em padrões seguros – manuais e impressos sobre os riscos – contaminações aos consumidores de produtos industrializados – princípio da informação – transparência e veracidade. 
O fornecedor após introduzir o produto ou mesmo o serviço e estes se apresentarem com grau de periculosidade ou nocividade devem imediatamente, informar as autoridades competentes, os consumidores por meio direto e publicidade em todos os canais de comunicação. 
2. Educação do consumidor: educação formal no ensino particular ou público, levando conhecimento e noções básicas dos serviços administrativos de defesa dos direitos dos consumidores, bem como a forma de conservação dos produtos (alimentos, remédios), a reciclagem (consumo sustentável); educação informal de responsabilidade dos fornecedores, através de controle da qualidade e de seus serviços de informação ao consumidor, serviço de marketing; informação através dos órgão públicos e associações de defesa dos consumidores (entidades privadas) através de material lúdico, informativos, livretos ou cartilhas, encontros ou simpósios. Educação para o consumo sustentável;educação financeira; asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações.
3. Informação sobre produtos e serviços: detalhamento expresso das especificações corretas da qualidade, quantidade, composição, características, preço, riscos que apresentem, sendo este aspecto obrigação de fornecedores de produtos e serviços (dever de informar). Direito do consumidor a ser informado – garantia de produtos e serviços – não tem garantia expressa – vale a garantia da lei – artigo 26 CDC. 
4. Publicidade enganosa e abusiva, práticas comerciais condenáveis: proteção conferida ao consumidor (ver artigos 30 a 38 do CDC), em especial com o Código trata da oferta vinculante (artigos 30 a 35 do CDC) e da publicidade enganosa e da publicidade abusiva (artigos 36 a 38 do CDC), bem como condenando as práticas de condutas comercias (Seções IV, V, VI do Capítulo V do CDC). Artigo 6º inciso IV
5. Cláusulas contratuais abusivas: objetivo de amparar o consumidor contra os contratos, em espacial os "contratos de adesão", podendo conter cláusulas iníquas e abusivas. O conteúdo das regras e imposições aos contratos de consumo está previsto nos artigos 46 a 54 do CDC. Artigo 6º inciso IV e V – Revisão dos contratos de consumo por onerosidade excessiva por desproporcionalidade de cláusulas, por cláusulas abusivas (nulidade) ou fatos supervenientes à contratação. VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR NAS RELAÇÕES CONTRUAIS 
6. Prevenção e reparação de danos individuais e coletivos e acesso à justiça: oportunidade de os consumidores fazerem valer os seus direitos e interesses, sobretudo de natureza coletiva, mediante órgãos administrativos, instituições particulares e Ministério Público, entidade com legitimidade processual para buscar a tutela jurisdicional dos consumidores, sem prejuízo das demandas individuais de cada consumidor. O trabalho preventivo fica a cargo dos órgãos governamentais (PROCON's) e associações ou entidades privadas de defesa dos consumidores, como também pelos próprios fornecedores que têm a obrigação de informar as condições dos produtos e serviços a disposição dos consumidores. Precaução como evitar os danos individuais e coletivos dos consumidores. Facilitação do acesso à Justiça e aos órgãos de defesa do consumidor – gratuitamente – inciso VII do artigo 6º.
7. Inversão do ônus da prova: aliada à responsabilidade objetiva adotada pelo CDC, advinda da Teoria do Risco, o consumidor ao sofrer um prejuízo ou acidente de consumo, não estará obrigado a provar a culpa, estará obrigado a provar a ação, o dano e o nexo de causalidade decorrente do ato danoso praticado pelo fornecedor, havendo, portanto, uma inversão no ônus da prova, competente ao fornecedor fazer prova em contrário às alegações do consumidor. A critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente (não se confunde com vulnerabilidade), segundo as regras ordinárias de experiências. 
8. Participação dos consumidores na formulação de políticas que os afetem: tal dispositivo do CDC sofreu o veto presidencial, sendo que o seu objetivo era o de se dar a oportunidade de participação das entidades representativas dos consumidores nas discussões de projetos de lei de interesse dos consumidores. No entanto foi suprimido do texto original, situação que podemos julgar como afronta ao princípio democrático de nosso Estado.
9. Prestação de serviços públicos: o Poder Público ao prestar serviços públicos mediante o pagamento de tarifas ou preços públicos pelos consumidores, está adstrito às normas consumeristas (ver artigo 22 do CDC).
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
     Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código.
Artigo 7º CDC - Fontes dos direitos do consumidor
O Direito do Consumidor cuida-se de um microssistema jurídico, pois convive com outros institutos preexistentes dentro do próprio Código de Defesa do Consumidor, bem como cria um enforque próprio tais como os vícios redibitórios, responsabilidade civil, teoria geral dos contratos e tutela coletiva dos consumidores, portanto o que ocorre com o direito consumerista é uma sistematização dos demais ramos do Direito (penal, civil, administrativo e parte do processual) diretamente adaptados aos direitos dos consumidores.
São fontes do direito do consumidor: 
· Os tratados e convenções internacionais de que o Brasil seja signatário;
· Leis ordinárias internas;
· Regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes;
· Princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade.
Bibliografia para consulta:
Código de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto. Forense Universitária: 1999, 6ª edição.
José Geraldo Brito Filomeno. Manual de Direitos do Consumidor. Atlas: 2001, 5ª edição.
Claudia Lima Marques. Manual de Direito do Consumidor. Editora Revista dos Tribunais. 2007.
Antônio Carlos Efing. Fundamentos do Direito das Relações de Consumo. Ed. Juruá: 20004, 2ª Ed. 
1
 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CAMPUS I 
–
 
CURITIBA 
 
 
ESCOLA DE DIREITO 
 
PROFESSORA MARIST
ELA DENISE MARQUES DE SOUZA 
 
 
 
Dos Direitos Básicos do Consumidor
 
A variedade de normas que tutelam o consumidor, pertence
 
não somente ao direito civil 
e comercial, como também ao direito administrativo, penal e processual, inclusive 
constitucional, pois estendeu a tutela desses direitos aos interesses denominados 
difusos, no que erigiu os consumidores à categoria de titulare
s de direitos 
constitucionais fundamentais 
–
 
art. 5º, XXXII CF/88.
 
Há grande dificuldade em delimitar
-
se o campo de atuação do designado direito do 
consumidor, levando a doutrina preponderante a entender que tudo atualmente está 
inserido como direito do co
nsumidor: o direito à saúde e á segurança; o direito de 
defender
-
se da publicidade enganosa; o direito de exigir as qualidades e quantidades 
prometidas e pactuadas; o direito de informação sobre os produtos e serviços e suas 
características, sobre o conteú
do dos contratos e a respeito dos meios de proteção e 
defesa; o direito à liberdade de escolha e à igualdade na contratação; o direito de intervir 
no conteúdo do contrato; o direito de não submeter
-
se às cláusulas abusivas; o direito 
de reclamar judicialme
nte o descumprimento total ou parcial ou defeituoso dos 
contratos; o direito de requerer indenizações pelos danos e prejuízos causados pelos 
vícios dos produtos ou serviços; o direito de associar
-
se para defesa e proteção de seus 
interesses; o direito de v
oz e representação em todos os organismos que afetem 
diretamente seus interesses; o direito como usuário da prestação de serviços públicos 
e por fim a proteção ao meio ambiente. 
 
Artigo 4º CDC 
–
 
Normas principiológicas ou narrativas
 
* 
Caput 
–
 
princípios da
 
transparência e boa
-
fé
 
 
* 
reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo
 
–
 
princ�pio da vulnerabilidade, da informa鈬o.
 
* 
ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
 
princípio da liberdade de escolha e 
da intervenção estatal nas relações 
jurídicas privadas
 
 
a) por iniciativa direta;
 
 
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações 
representativas;
 
 
c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
 
 
d) pela garantia 
dos produtos e serviços com padrões adequados de 
qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.
 
* 
harmonização dos interessesdos participantes das relações de consumo e 
compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de 
desenvolvimento econ
ômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios 
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), 
sempre com base na boa
-
fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e 
fornecedores
 
–
 
princípios da igualdade (formal e mate
rial), boa
-
fé, 
informação (veracidade e transparência)
 
* 
educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus 
direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo
 
–
 
princípio 
da informação (veracidade e transparência)
 
1 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CAMPUS I – CURITIBA 
 ESCOLA DE DIREITO 
PROFESSORA MARISTELA DENISE MARQUES DE SOUZA 
 
 
Dos Direitos Básicos do Consumidor 
A variedade de normas que tutelam o consumidor, pertence não somente ao direito civil 
e comercial, como também ao direito administrativo, penal e processual, inclusive 
constitucional, pois estendeu a tutela desses direitos aos interesses denominados 
difusos, no que erigiu os consumidores à categoria de titulares de direitos 
constitucionais fundamentais – art. 5º, XXXII CF/88. 
Há grande dificuldade em delimitar-se o campo de atuação do designado direito do 
consumidor, levando a doutrina preponderante a entender que tudo atualmente está 
inserido como direito do consumidor: o direito à saúde e á segurança; o direito de 
defender-se da publicidade enganosa; o direito de exigir as qualidades e quantidades 
prometidas e pactuadas; o direito de informação sobre os produtos e serviços e suas 
características, sobre o conteúdo dos contratos e a respeito dos meios de proteção e 
defesa; o direito à liberdade de escolha e à igualdade na contratação; o direito de intervir 
no conteúdo do contrato; o direito de não submeter-se às cláusulas abusivas; o direito 
de reclamar judicialmente o descumprimento total ou parcial ou defeituoso dos 
contratos; o direito de requerer indenizações pelos danos e prejuízos causados pelos 
vícios dos produtos ou serviços; o direito de associar-se para defesa e proteção de seus 
interesses; o direito de voz e representação em todos os organismos que afetem 
diretamente seus interesses; o direito como usuário da prestação de serviços públicos 
e por fim a proteção ao meio ambiente. 
Artigo 4º CDC – Normas principiológicas ou narrativas 
* Caput – princípios da transparência e boa-fé 
 * reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo – 
princípio da vulnerabilidade, da informação. 
* ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: 
princípio da liberdade de escolha e da intervenção estatal nas relações 
jurídicas privadas 
 a) por iniciativa direta; 
 b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações 
representativas; 
 c) pela presença do Estado no mercado de consumo; 
 d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de 
qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. 
* harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e 
compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de 
desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios 
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), 
sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e 
fornecedores – princípios da igualdade (formal e material), boa-fé, 
informação (veracidade e transparência) 
* educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus 
direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo – princípio 
da informação (veracidade e transparência)