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30/05/2019 1 Tríade felina e Lipidose hepática Icterícia • Alteração clínica por excesso de bilirrubina na circulação e tecidos hemólise e/ou doença hepatobiliar. • Valores séricos normais 0,1-0,6 mg/dl. • Icterícia clínica (mucosas, esclera, pele) > 2,0-3,0 mg/dl. • Gato palato mole (mucosa da orofaringe), interior das pinas. Palato mole 1 2 3 4 5 6 30/05/2019 2 Fotossensível [ ] em 50%/hora Necrose tubular aguda • Metabolismo da bilirrubina. Icterícia Icterícia Icterícia 7 8 9 10 11 12 30/05/2019 3 Icterícia Icterícia Direta ou conjugada Indireta ou não conjugada • Hemólise intra ou extra vascular. • Infecciosas Mycoplasma haemofelis, FeLV Cytauxzoon felis, Babesia felis. • Reação transfusional, imunomediada. • Metabólica hipofosfatemia, uremia. • Tóxicas azul de metileno, benzocaína, fenazopiridina, paracetamol, dipirona, cebola. Icterícia pré-hepática • Achados laboratoriais: • Anemia regenerativa macrocítica, hipocrômica. • Reticulocitose, esferocitose, policromasia, eritroblastos. • Aumento de bilirrubina indireta (não conjugada). • Albumina normal. Icterícia pré-hepática • Reticulócitos pedir sempre contagem diferenciada. • Agregados maturação em 12 horas***. • Ponteados maturação em 10 dias. Icterícia pré-hepática 13 14 15 16 17 18 30/05/2019 4 • Minimizar coletas de sangue - tubos de microcoleta. • Coleta inadequada pode gerar erro pré-analítico - hemodiluição. • Anemia = hematócrito < 30%. Icterícia pré-hepática • Micoplasmose. • Anemia infecciosa felina, hemoplasmose, antiga hemobartonelose. • Bactéria gram negativa. • Mycoplasma haemofelis (maior importância clínica e rotineira). • Candidatus Mycoplasma haemominutum. Icterícia pré-hepática • Parasita a superfície da hemácia. • Plaquetopenia agregados plaquetários. • Não parasita plaquetas !!!!!! Icterícia pré-hepática • Oportunista sinais clínicos em situações de estresse e imunossupressão. • Anemia especialmente quando há comorbidade como a FeLV e/ou a FIV. • Lesão direta das hemácias ação de anticorpos cascata de complemento eritrofagocitose sequestro de hemácias formação de esferócitos. Icterícia pré-hepática • Sinais clínicos palidez (anemia), prostração, picos febris, icterícia, esplenomegalia, anemia regenerativa macrocítica hipocrômica ou arregenerativa (FeLV). • Sinais de anemia perda de apetite, letargia, fraqueza, PICA (areia, rejunte de azulejo, esquadria de alumínio, tinta de parede, granulado sanitário). Icterícia pré-hepática 19 20 21 22 23 24 30/05/2019 5 • Transmissão pulga, transfusão, vertical. Infecção por toda a vida. • Tratamento: • Transfusão de sangue (se necessário), complexo B (1 comprimido/gato/SID/VO). • Doxiciclina (5mg/kg/BID/VO ou 10mg/kg/SID/VO - 28 dias). • Prednisolona 1-2mg/kg/SID/BID/5-20 dias), controle de pulgas. Icterícia pré-hepática • Grupos sanguíneosA (comum), B, AB (raro). • Anticorpos na superfície das hemácias sempre tipar. • A B. Reação aguda e severa, hemólise em 1,3 horas, MORTE. • B A. Reação tardia, hemólise em 2,1 dias. • Hemácia 70 dias, transfundida 29 a 39 dias. Icterícia pré-hepática • Gato doador tipar e mensurar HT (>35%). • 10-13 ml/kg (volume máximo a ser retirado - 80 ml/gato). • Livre de FIV/FeLV (recente) e micoplasmose. • Temperamento dócil, hígido, acima de 4 kg, adulto (entre 1-7 anos) intervalo trimestral (1 x mês - máximo). • 0,1 ml quetamina + 0,1 ml diazepam IV. • Fluidoterapia IV - 200 ml NaCl 0,9% - infusão rápida. Icterícia pré-hepática • Material necessário: • CPDA (bolsa de transfusão), bolsa satélite de transfusão, equipo de transfusão, scalp 21, seringa 10 ml, bolsa de NaCl 0,9%, equipo macrogotas, angiocath 24. Ideal - bomba de infusão (Fresenius). • 0,5 ml de CPDA para 4,5 ml de sangue ou 1,0 ml de CPDA para 9,0 ml de sangue. Icterícia pré-hepática Peso receptor (kg) x 70 (Ht desejado – Ht receptor) Ht doador 25 26 27 28 29 30 30/05/2019 6 Gato doador • Gato receptor com anemia hemolítica para evitar hemolisar o sangue transfundido: • Corticoide é essencial. • Prednisolona (1-2mg/kg). Icterícia pré-hepática • Anormalidades nos mecanismos hepatocelulares de absorção, conjugação ou secreção da bilirrubina: • Colangite, colangiohepatite, pancreatite, DII. • Retroviroses, PIF, neoplasias, hipertireoidismo, intoxicação (antifúngico). Icterícia hepática • Lipidose hepática. • Doenças hepatobiliares: • Colangite neutrofílica. • Colangite linfocítica. • Colangite parasitária. Icterícia hepática • Acúmulo massivo de triglicerídeos em mais de 50% dos hepatócitos. • Primária (idiopática) ou secundária. • Anorexia e obesidade (perda de 25-30% do peso). Lipidose hepática 31 32 33 34 35 36 30/05/2019 7 • Histórico: • Anorexia (> 3 dias). • Obesidade. • Situações estressantes introdução de novo animal, novo membro na família (criança), novos empregados, móvel que mudou de posição, mudança da dieta ou de habitat, viagem, mudança na rotina. Lipidose hepática • Fisiopatogenia: • Anorexia prolongada restrição grave de energia e proteína secreção insulina e secreção glucagon lipólise acúmulo hepático de triglicerídeos!!! • mobilização da gordura periférica para o fígado proteínas e oxidação dos ácidos graxos nas mitocôndrias reesterificação e acúmulo. Lipidose hepática • Sinais clínicos: • Anemia. X Lembrar que as mucosas dos gatos são naturalmente mais claras que as dos cães !!! Lipidose hepática • Sinais clínicos: • Perda de peso, desidratação, prostração. Lipidose hepática • Sialorreia, náusea, vômito. Lipidose hepática 37 38 39 40 41 42 30/05/2019 8 • Melena. Lipidose hepática • Icterícia (hiperbilirrubinemia, bilirrubinúria). Lipidose hepática • Exames laboratoriais: • FA. Lipidose hepática • Hepatomegalia. • ecogenicidade. Lipidose hepática 43 44 45 46 47 48 30/05/2019 9 • Encefalopatia (olhar fixo, demência, convulsões, coma). Lipidose hepática • Bruxismo. Lipidose hepática • Hipotermia, hipovolemia, hipotensão (tríade da morte): • Hipovolemia diminuicão súbita do volume sanguíneo circulante (hemorragia ou hemoconcentração). • Hipotensão PAS < 100 mmHg ou PAM < 70 mmHg. • Prova de carga (10 ml NaCl 0,9%/kg/6 min), fluidoterapia, transfusão de sangue. Lipidose hepática • Vitamina K1. • 0,5-1,5mg/kg/SC/SID/7 dias e 1 x semana até a completa recuperação (distúrbio de coagulação). 1,5 mg/ml Lipidose hepática • Vitamina B1. • 50-100 mg/gato/VO/SC/SID (ventroflexão cervical com K normal). • Vitamina B12. • 250 μg/gato/IM 1 x semana por 6 semanas (inapetência, anemia, DII). 100 mg/ml 1000 μg/ml Lipidose hepática 49 50 51 52 53 54 30/05/2019 10 • Reposição de aminoácidos: • Taurina 250-500 mg/gato/dia/VO. • Arginina 300-1000 mg/gato/dia/VO. • L-carnitina 250 a 500 mg/gato/SID/VO. • Manipulação. Lipidose hepática • Manejo de vômito e náusea: • Ondansetrona IV lento, SC ou VO (1 mg/kg/SID/BID/TID/QUID). • Citrato de maropitant 1 mg/kg/IV lento/SC/SID ou 1 mg/kg/VO/BID. • Metoclopramida SC 0,2-0,4 mg/kg/BID. • Remanipulação. Lipidose hepática • Protetor gástrico: • Famotidina 1 mg/kg/VO/SID/BID. • Omeprazol 1 mg/kg/IV lento/VO/SID/BID. • Ranitidina 2,5 mg/kg/SC/VO/BID. • Sucralfato (250 g/gato/VO/BID). – 1,25 ml ou ¼ comprimido de 1 g. Lipidose hepática • Manejo da dor: • Metadona (0,1-0,3 mg/kg/VO/SC/BID/TID). • Gabapentina (3-5 mg/kg/BID/VO). • Tramadol (1 mg/kg/BID/SC/VO). • Dipirona (25 mg/kg/SC/VO SID). Lipidose hepática • Antibioticoterapia (30-90 dias): • Amoxicilina/clavulanato (20-30 mg/kg/VO/SC/BID). • Enrofloxacino (2,5 mg/kg/VO/SC/SID). • Ampicilina (20 mg/kg/VO/SC/IV/BID/TID). • Metronidazol (5-15 mg/kg/VO/IV lento/SID/BID). Albumina !!!! • Clindamicina (10-12,5 mg/kg/VO/SC/IV/BID). • Cefadroxila (20 mg/kg/VO/SID). Lipidose hepática • Protetor hepático: • SAME. • Precursor na síntese de glutationa, doador de metil paraDNA e proteínas, antioxidante e estabilizador de membranas. • 20 mg/kg/SID/VO ou 90 mg/gato/SID/VO. • Cápsula com revestimento entérico (não manipular suspensão, pasta ou cápsula sem revestimento - biodisponibilidade). Lipidose hepática 55 56 57 58 59 60 30/05/2019 11 • Protetor hepático: • Ácido ursodeoxicólico (ácido biliar terciário). • Substitui ácidos biliares hidrofóbicos hepatotóxicos, fluxo biliar. • 10 -15 mg/kg/dia/VO. • Ursacol 50 mg. Lipidose hepática • Protetor hepático: • Silimarina (cardo mariano - componente ativo). • Eliminador de radicais livres, agente anti-inflamatório e anitifibrótico. • 20-50 mg/kg/dia, dose diária dividida de 8/8 hs/VO. • Legalon. Lipidose hepática • Protetor hepático: • Vitamina E. • Antioxidante e anti-inflamatória. • 10 -15 UI/kg/dia/VO. • Manipulação. Lipidose hepática • Protetor hepático: • N-acetilcisteína. • Precursora na síntese de glutationa, antioxidante e melhora aporte de oxigênio tecidual. • 140 mg/gato/dose única/IV/VO seguida de 70 mg/Kg/IV/VO/QUID. Lipidose hepática • Reposição de potássio (K < 4,0 mEq/L): PRODUTOS COMERCIAIS DISPONÍVEIS - CLORETO DE POTÁSSIO (KCl) KCl 10% (1,34 mEq/ml) KCl 19,1% (2,56 mEq/ml) KCl 20% (2,68 mEq/ml) CONCENTRAÇÃO SÉRICA (mEq/L) mEq de KCl 3,6 a 5,0 3,1 a 3,5 2,6 a 3,0 2,1 a 2,5 < 2,0 mEq de KCl para repor em cada 500 ml de NaCl 0,9% 10 14 20 30 40 mEq de KCl para repor em cada 250 ml de NaCl 0,9% 5 7 10 15 20 mEq de KCl para repor em cada 100 ml de NaCl 0,9% 2 3 4 6 8 Velocidade máxima de infusão (ml/kg/hora) 25 18 12 8 6 Exemplo: Gato com 3,0 mEq/L de [K] sérica Necessidade em 250 ml de fluido: 10 mEq KCl disponível na clínica: 19,1% (2,56 mEq/ml) 2,56 mEq – 1 ml 10 mEq – X X = 3,90 ml de KCl em 250 ml de NaCl 0,9% • Reposição de potássio: • Gluconato de potássio 1 a 4 mEq/gato/SID/BID. • ≈ 1 a 2 comp./gato/SID/BID. Gluconato de Potássio 1 comprimido = 99 mg mEq = mg x valência(K) peso atômico (K) mEq = 99 x 1 = 2,788 35.5 2,788 mEq = 99 mg Lipidose hepática 61 62 63 64 65 66 30/05/2019 12 • Reposição de potássio: • Citrato de potássio. • 40 a 75 mg/kg/VO/BID. • Manipulação: • Cápsula pediátrica de 75 ou 150 mg. Lipidose hepática • Nutrição: • Glicose apenas hipoglicemia ou hipercalemia !!!! • NADA DE SUPLEMENTOS COM GLICOSE!!!!! • Sem proteína e gordura na dieta catabolismo muscular/ tecidual LIPIDOSE HEPÁTICA !!!! • Respeitar quantidade mínima de Kcal diárias necessárias. Lipidose hepática Lipidose hepática REQUERIMENTO ENERGÉTICO BASAL (REB) FELINO (KCAL) DIÁRIO Felino < 2 kg 70 x Peso (kg) + 70 Felino > 2 kg 30 x Peso (kg) + 70 Para ganho de peso REB x 1.2 • a/d (1,15 kcal/ml). • Recovery (1,18 kcal/ml). • Nutralife Intensiv (1,22 kcal/ml). • Salute (1 kcal/ml). • “Gato internado emagrece mesmo”… NÃO!!!!!!!!!!!!!!! • Gato bem manejado mantém ou ganha peso. • “Vou dar alta pra ver se ele come em casa, internado está muito estressado”.... NÃO!!!!!!!!!!!!!!! • Está internado justamente porque não se alimenta em casa. • Está comendo alguns grãozinhos ...... NÃO!!!!!!!!!!!!!!! • Tem que comer REB. Lipidose hepática • Durante a hospitalização não oferecer dieta terapêutica náusea e estresse associação negativa e aversão ao alimento (exceção em caso de uremia e encefalopatia). • Sob estresse recusam alimento. • Qualquer dieta respeitar quantidade mínima de Kcal diárias necessárias (REB). Lipidose hepática Gato com 3 kg REB (30 x 3) + 70 = 160 kcal/dia • Kcal diária 160/1,15 (a/d) = 139,13 ml. • Fracionar o total em várias refeições dia 1 (25%), dia 2 (50%), dia 3 (75%), dia 4 (100%). Alimento morno!!! • Capacidade gástrica (45 - 90 ml), esvaziamento (3 - 4 hs). • Cuidado com a síndrome de realimentação. 67 68 69 70 71 72 30/05/2019 13 Sonda Nasoesofágica Sonda Esofágica < 7 dias > 7 dias (semanas a meses) Pouca tolerância Boa tolerância Cuidado com pacientes dispneicos Não interfere com ingestão voluntária Até 7º ao 9º EIC não pode tocar no cárdia dor, náusea e vômito • Sonda nasoesofágica < 7 dias. • Pouca caloria por alimentação. • Microenteral. • Gatos não toleram muito. • Contra-indicado em pacientes dispneicos. Lipidose hepática • Mensuração da sonda desde a ponta da narina até 7o ao 9o espaço intercostal. • Anestesia local (1 a 2 gotas de lidocaína 2% sem vasoconstritor ) na narina selecionada. Lipidose hepática 73 74 75 76 77 78 30/05/2019 14 • Lubrificação da sonda e inserção em posição ventromedial na narina ( cabeça perpendicular ao corpo). • Introduzir 2 ml solução salina (reflexo deglutição). Fixar sonda à pele e colocar colar elizabetano. Lipidose hepática • Sonda esofágica > 7 dias (semanas a meses). • Até 7º ao 9º EIC não pode tocar no cárdia dor, náusea e vômito. • Não interfere com ingestão voluntária. • Bem tolerada pelos gatos. Lipidose hepática 7o 9o 79 80 81 82 83 84 30/05/2019 15 Gato sondado pode e come voluntariamente sim ! Ducto Pancreático Duodeno Canino Ducto PancreáticoY 1 papila duodenal Vômito duodenal 2 papilas duodenais ------------------------------------------------------------------ Ducto Biliar Comum Ducto Biliar Comum Ocorrência concomitante de: Doença hepática (colangiohepatite e/ou lipidose hepática). Doença pancreática (pancreatite). Doença intestinal (doença inflamatória intestinal - DII). Sinais de desordem GI primária. Colangite inflamação das vias biliares (intra e extra- hepa ́ticas, ductos biliares e vesi ́cula biliar). Colangiohepatite inflamação dos hepatócitos peribiliares, além do trato biliar (canalículos biliares, ductos coletores, ducto biliar e vesícula biliar). 85 86 87 88 89 90 30/05/2019 16 Supurativa ou aguda. Inflamação das vias biliares caracterizada por infiltração de neutrófilos. Essencialmente uma doença inflamatória séptica infecção bacteriana (Escherichia coli) ascendente do trato gastrointestinal, e/ou via hematógena. Gatos de qualquer idade podem ser acometidos mais comum em gatos jovens e de meia idade. Machos parecem ser mais acometidos que as fêmeas e não há predisposição racial. Achados característicos em quase todos os animais não tratados. Manifestações agudas de caráter súbito e associadas à natureza séptica da doença. Sinais inespecíficos: Letargia, prostração. Anorexia/disorexia, vo ̂mito, salivação, náusea. Febre. Icterícia. Margens do fígado palpáveis e sensibilidade à palpação do abdome cranial. Achados laboratoriais: Leucocitose, desvio à esquerda. significativo das enzimas de extravasamento (ALT e AST), com discreto das enzimas indicadoras de colestase (FA e GGT). Hiperbilirrubinemia e bilirrubinúria. Alterações nos tempos de coagulação também são frequentes. US abdominal: Hepatomegalia. Ecogenicidade reduzida. Parênquima com aspecto heterogêneo. Evidenciação dos ductos biliares, espessados, distendidos e/ou tortuosos. Outros achados associados ao US: Colelitíase, obstrução de vias biliares. Alterações em parênquima pancreático. Linfoadenomegalia mesentérica. Espessamento de parede intestinal. 91 92 93 94 95 96 30/05/2019 17 Biopsia (AAF guiada por US ou excisão cirúrgica por laparotomia). Predomínio de neutrófilos no interior dos ductos biliares acometidos, entre as células epiteliais biliares e nas proximidades dos ductos biliares. Não realizar por instrumental automático com mola (tru-cut de disparo) reação de choque letal inervação autônoma importante biliar que resulta em bradicardia e choque. Aspirado por agulha fina (AAF) padrão supurativo estéril ou bacteriano. Bactérias e neutrófilos (degenerados e/ou fagocitando microorganismos). Cultura de bile Escherichia coli. Tratamento: Sintomático. Antibioticoterapia (30-90 dias). Não supurativa ou crônica. Acomete gatos de qualquer, mais comum em gatos de meia idade a idosos. Não existe predisposição sexual, persas parecem mais predispostos.Caráter insidioso e de progressão lenta tende a ser discreta e intermitente. Às vezes, manifestação aguda (inflamações graves ou quadros avançados). Inflamação das vias biliares caracterizada por infiltração de pequenos linfócitos ao redor dos ductos biliares, podendo ou não penetrar o lúmen dos ductos acometidos ou invadir o epitélio biliar. Etiopatogenia incerta. Provável origem imunomediada ou progressão da colangite neutrofílica não tratada adequadamente. Sinais clínicos: Náusea, vômitos intermitentes, episódios de diarreia, perda de peso, apetite varia ́vel (hiporexia, anorexia ou até mesmo polifagia). 50 a 60% podem apresentar icterícia, às vezes de resolução espontânea. Podem apresentar hepatomegalia, linfoadenomegalia mesesntérica, torácica e periférica (pelo quadro inflamatório crônico). 97 98 99 100 101 102 30/05/2019 18 Achados laboratoriais: significativo de ALT, AST e GGT. Hipoalbuminemia. Hiperproteinemia (achado frequente e consistente). Hiperbilirrubinemia. Alterações nos tempos de coagulação. US abdominal: Hepatomegalia. Parênquima com aspecto heterogêneo. Ecogenicidade reduzida. Dilatação, espessamento e tortuosidade dos ductos biliares, intra e extra hepáticos. Dilatação do ducto cístico. Obstrução de vias biliares. Linfoadenomegalia mesentérica. Alterações em intestinos e pâncreas. Pode ainda haver sintomatologia clínica, sem alteração ultrassonográfica. Diferentemente da colangite neutrofílica, o diagnóstico da colangite linfocítica não pode ser realizado por exame citológico. Diagnóstico por análise histopatológica de fragmento de biopsia hepática. Tratamento: De longo prazo. Sintomático / comorbidades associadas. Prednisolona 1 a 4 mg/kg/SID. Após resolucão das manifestações clínicas a dose deve serreduzida a cada 6 a 12 semanas, até alcançar a mínima dose terapêutica efetiva. Demais fármacos citados anteriormente. 103 104 105 106 107 108 30/05/2019 19 Obstrução biliar (fluxo da bile obstruído desde os canalículos biliares até o duodeno): Colelitíase. Pseudocisto biliar ou pancrea ́tico. Lama biliar. Neoplasias (intestinal, pancreática ou biliar). Parasita: Trematódeo Platynosomun concinnum. Parasita hepático mais importante do gato doméstico. Habita ductos biliares e a vesícula biliar e ocasionalmente o intestino delgado e pâncreas. Ciclo de vida: Necessita de 3 hospedeiros intermediários para completar o seu ciclo de vida e um hospedeiro definitivo (gato). Caramujo terrestre (caracol). Isópodes terrestres (besouro ou percevejo). Réptil (lagartixa, lagarto ou camaleão) ou um anfíbio (sapo). Muitos gatos são assintomáticos. Sinais não específicos vômito, diarreia, inapetência, perda de peso, icterícia, distensão abdominal, hepatomegalia. Alterações laboratoriais eosinofilia periférica, aumento de enzimas hepáticas, hipoalbuminemia, hiperbilirrubinemia. 109 110 111 112 113 114 30/05/2019 20 US tortuosidade e dilatação de ductos intra e extra biliar, vesi ́cula biliar dilatada, parede espessada e obstruc ̧a ̃o de ducto biliar comum. Exame coproparasitológico na ̃o é muito sensi ́vel produça ̃o de ovos é limitada e liberaça ̃o intermitente. Método de centrifugaça ̃o pela formalina-éter mais indicado e efetivo no diagno ́stico. Nem sempre o parasita e ́ encontrado no exame. Marcelo Zanutto, 2012) 115 116 117 118 119 120 30/05/2019 21 Tratamento Praziquantel (Cestodan, Cestox): 20 a 30 mg/kg SC/VO SID 3-5 dias. Febendazol (Panacur, fenzol Pet): 50 mg/kg/VO/SID 6 dias consecutivos. Sinais clínicos persistentes e inespecíficos de doença gastrointestinal. Sinal clínico mais consistente vômito Evidência histológica de inflamação idiopática da mucosa intestinal. Infiltrado de células inflamatórias e danos à mucosa. Etiopatogenia não elucidada vários antígenos podem desencadear reações inflamatórias infecções bacterianas, parasitas, neoplasias, quadros alérgicos ou de intolerância/hipersensibilidade alimentar. 105 a108 UFC/ml (Johnston K, Lamport A, Batt RM. An unexpected bacterial flora in the proximal small intestine of normal cats. Vet Rec 1993;132:362–363). Diagnóstico: Exame físico poucas informações. Palpação abdominal dor, massa. Intestinos espessados. Medidas ultrassonográficas - ID e IG felino Duodeno 0,22 cm (0,20-0,24 cm) Jejuno 0,23 cm (0,21-0,25 cm) Íleo (0,25-0,32 cm) Cólon ascendente 0,13 cm (0,10-0,16 cm) Cólon transverso 1,3 cm (1,1-1,5 cm) Cólon descendente 1,1 cm (1,0-1,3 cm) Junção íleo cólica 0,32 cm Ceco (proximal / distal) 2,4 cm (2,0-2,7 cm) / 3,0 cm (2,8-3,5 cm) Journal of Feline Medicine and Surgery, 16(4), p.333-339, 2014 (Di Donato et al.) Journal of Feline Medicine and Surgery, 19(2), p.85-93, 2017 (Hahn et al.) > 0,28 cm + vômito crônico e/ou perda de peso = 95% neoplasia 121 122 123 124 125 126 30/05/2019 22 X EndoscopiaLaparotomia Essencial: Biopsia de vários segmentos do intestino. Laparotomia todas as camadas. Endoscopia mucosa. Diagnóstico de exclusão sempre considerar a possibilidade de linfoma !!! Linfoma de células pequenas (linfocítico). Linfoma de células grandes (linfoblástico). FeLV. Tratamento: Suporte. Dieta hipoalergênica. Prednisolona / Budesonida / Clorambucil. Metronidazol. Ácido ursodeóxicólico. Vitamina B12. 127 128 129 130 131 132
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