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Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo

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Farmacologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
_______________________________________________________________________________________ 
 
FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
 
 
Divide-se em simpático, parassimpático, entérico (alguns autores consideram) 
Sistema Nervoso Entérico: rede altamente organizada na parede do TGI, que medeia reflexos digestivos de 
forma semiautônoma e responde a comandos simpáticos e parassimpáticos. 
▪ Plexo mioentérico (Auerbach): contratibilidade da parede intestinal 
▪ Plexo submucoso (Meissner): secreção, absorção e fluxo sanguíneo na mucosa intestinal 
A maioria das vísceras recebe inervação simpática e parassimpática, a influência desses sistemas pode ser 
antagônica, independente ou complementar (ex.: ereção e ejaculação). Simpático e Parassimpático não 
podem ser estimulados fortemente ao mesmo tempo. 
Sistema Nervoso Simpático (tóraco-lombar) 
▪ Corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares na porção tóraco-lombar da medula (T1 a L3). Esses 
neurônios são mais curtos. 
▪ Neurotransmissão 
o A sinapse no gânglio é mediada por acetilcolina e receptores nicotínicos, ativando os 
neurônios pós-ganglionares. 
o Neurônios pós ganglionares liberam catecolaminas, principalmente noradrenalina (atua em 
receptores alfa e beta adrenérgicos, além de muscarínicos M de glândulas sudoríparas) 
Sistema Nervoso Parassimpático (crânio-sacral) 
▪ Corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares no tronco encefálico e medula sacral. Esses 
neurônios são longos, a sinapse do pré com o pós neurônio está próxima do órgão alvo ou no interior 
das paredes das vísceras. 
▪ Neurotransmissão 
o A sinapse ganglionar é mediada por acetilcolina e receptores nicotínicos. 
o Neurônios pós ganglionares liberam acetilcolina, em receptores muscarínicos M. 
Farmacologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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Farmacologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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Liberação de neurotransmissores 
▪ Vesículas ficam ancoradas na membrana do terminal pré-sináptico: proteínas da vesícula (v-SNARE) 
e proteínas do terminal pré-sináptico (t-SNARE) interagem. Toxinas como a botulínica (inibe ACh) e 
tetânica (inibe GABA) clivam sítios de interação, impedindo a ancoragem e a sinalização. 
▪ Liberação de neurotransmissores: entrada de Ca2+ no terminal pré-sináptico (canais voltagem-
dependente) e ligação à sinaptotagmina, que muda sua conformação e permite fusão da vesícula 
com a membrana. 
▪ Ciclo de vida de uma vesícula sináptica: existe uma reciclagem, ela se funde e depois é endocitada 
 
Neurotransmissão colinérgica: mediada por acetilcolina. Neurônios colinérgicos são encontrados na junção 
neuromuscular, no SN autônomo (gânglios simpáticos/parassimpáticos e sinapses efetoras do 
parassimpático), SNC 
▪ Síntese de acetilcolina: no terminal pré sináptico 
o Colina acetiltransferase (ChAT) sintetiza ACh a partir de Acetil-CoA e Colina 
o ACh transportada para vesículas pelo transportador vesicular VAChT/SLC18A3 
▪ Alvos da acetilcolina: receptores colinérgicos 
o Receptores nicotínicos: ionotrópicos/canais iônicos regulados por ACh e permeáveis a Na+ e 
K+. Pentâmeros. 
▪ Neuronal (Nn): apenas subunidades alfa e beta; presentes no SNP, SNC e tecidos não 
neuronais. 
▪ Muscular (Nm): quando maduro, apresenta subunidades alfa, beta, gama e delta; 
presentes no músculo esquelético 
o Receptores muscarínicos: acoplados à proteína G, ativados por ACh. 
▪ Subtipos M1, M3 e M5 (acoplados a Gq), e M2 e M4 (acoplados a Gi) 
▪ Ativação de receptores muscarínicos (M2) no miocárdio: acoplados à proteína Gi 
promovem diminuição de AMPc e abertura de canais de K+. Maior condutância ao K+ 
causa hiperpolarização. 
▪ Término da sinalização: ACh é hidrolisada na fenda sináptica, pela acetilcolinesterase, liberando 
Colina e Ácido acético (na maioria dos neurotransmissores não ocorre isso, são recaptados). 
o Anticolinesterásicos inibem a anticolinesterase, como carbamatos (chumbinho), 
organofosforados (inseticidas, gás Sarin) 
 
Farmacologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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Neurotransmissão adrenérgica: mediada por catecolaminas. Encontrada no SN autônomo (efeitos 
simpáticos) e no SNC (sono e vigília, atenção, comportamento alimentar). 
▪ Síntese das catecolaminas: é uma via comum 
o Hidroxilação pela tirosina hidroxilase do aminoácido tirosina → dopa 
o Conversão pela dopa descarboxilase da dopa → dopamina 
o Dopamina β-hidroxilase transforma dopamina → norepinefrina 
o Fentolamina N-metiltransferase transforma norepinefrina → epinefrina 
o Norepinefrina é armazenada em vesículas por meio de transporte ativo secundário 
(antiporte com H+), pelo transportador de monoamina vesicular (VMAT2/SLC18A) 
▪ Ligação com receptores: todos os receptores adrenérgicos são acoplados à proteína G. α1 (acoplado 
a Gq), α2 (acoplado a Gi) e β1, β2 e β3 (acoplados a Gs) 
o α1: vasoconstrição em muitos leitos capilares (artéria mamária, mesentérica, esplênica, 
hepática, renal, pulmonar) 
o α2: autorreceptor em terminações simpáticas (regulam a liberação de norepinefrina) e 
abundante no SNC 
o β1: cronotropismo e inotropismo do coração 
o β2: relaxamento do músculo liso, broncodilatação, vasodilatação de vasos do m. esquelético 
o β3: efeitos metabólicos no tecido adiposo, TGI e coração 
▪ Término da sinalização: recaptada para dentro do terminal pré-sináptico, pelos transportadores 
NET/SLC6A2 (recapta 87% da NE) e ENT/SLC22A3 (recapta EPI e NE, 5% da recaptação total), por 
transporte ativo secundário. 
o Na serotonina também ocorre recaptação, e antidepressivos inibem esse processo, 
aumentando a quantidade de neurotransmissor na fenda sináptica e a ligação com o receptor. 
▪ Metabolismo das catecolaminas: 
o Catecol O-metil-transferase (COMT): importante no metabolismo de catecolaminas 
circulantes 
o Monoamina oxidase (MAO): metabolismo principalmente de catecolaminas em neurônios 
 
Apenas ACh e NE medeiam as 
ações do SN autônomo? 
Vesículas sinápticas armazenam 
neurotransmissores pequenos 
Grânulos secretores armazenam 
neurotransmissores peptídeos 
 
 
 
 
 
Farmacologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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Cotransmissão: um neurônio pode liberar dois neurotransmissores ao mesmo tempo. 
▪ Efeito da estimulação de um nervo que secreta NE e ATP ao mesmo tempo. Na ausência de 
antagonistas, observa-se uma resposta com 2 picos. 
 
 
Modulação/regulação: células podem ajustar alguns parâmetros, como a quantidade de 
neurotransmissores liberados, a quantidade de receptores expressos na membrana 
▪ Regulação pré-sináptica 
o Autorreceptores: podem ser ativados pelo neurotransmissor liberado na fenda sináptica e 
regular a liberação do mesmo. Ex.: α2 adrenérgicos regulam negativamente. 
o Heterorreceptores: podem ser ativados por substâncias liberadas de outros terminais 
nervosos (fazem sinapse com a terminação do nervo), regulando a liberação do 
neurotransmissor. 
 
▪ Regulação pós-sináptica: regulação da quantidade de neurotransmissores, vias de sinalização etc. 
o Modulação por atividade prévia do receptor primário. Ex.: No processo de denervação, há 
aumento do número de receptores. 
o Modulação por outros eventos simultâneos. Ex.: estimulação simultânea por Neuropeptídeo 
Y e NE aumentam o efeito vasoconstritor. 
 
 
Farmacologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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SISTEMA COLINÉRGICO 
Agonistas muscarínicos: efeito parassimpatomimético (mimetizam efeito do parassimpático, como se fosse 
a ACh endógena) 
▪ Contração da pupila, ↑secreção salivar, broncoconstrição,bradicardia, ↑peristaltismo gástrico e 
intestinal, ↑secreção gástrica e biliar, vasodilatação intestinal, defecação e micção, ereção genital. 
▪ Propriedades farmacocinéticas: hidrolisados no TGI e pouco ativos por via oral; hidrólise por 
colinesterases, eliminação renal. 
▪ Ésteres de colina: hidrofílicos (pouco absorvidos no SNC e baixa capacidade de atravessar barreira 
hematoencefálica). 
o Acetilcolina: papel limitado na clínica (metabolizada muito rápido e se liga a receptores 
muscarínicos e nicotínicos, ou seja, há efeitos além do desejado). Utilizada por via tópica para 
indução de miose em cirurgia oftálmica. 
o Metacolina: mais estável que ACh. Utilizada na pneumologia, em testes de espirometria com 
broncoprovocação (pacientes com sintomas respiratórios e quadro mal definido, sem asma 
clínica aparente). Contraindicada em caso de limitação grave do fluxo aéreo, IAM recente, 
hipertensão não controlada ou gestação. 
o Betanecol: administrado via oral ou subcutânea, com efeito principal no trato urinário e TGI. 
Indicado no tratamento de retenção urinária (pós-cirúrgica e neuropatia autonômica 
diabética) e esvaziamento inadequado da bexiga. 
o Carbacol: uso em oftalmologia (limitado), no tratamento de glaucoma e indução de miose 
durante cirurgia ocular. Também pode ser usado na broncoprovocação. 
▪ Alcaloides naturais: são bem absorvidos. 
o Pilocarpina: indicada no tratamento de xerostomia pós-radioterapia de cabeça e pescoço ou 
associada a síndrome de Sjögren (via oral) e para glaucoma (tópico). Sudorese é efeito 
colateral frequente 
o Cevimelina: seletividade maior (receptores M1 e M3 das glândulas lacrimais e salivares). 
Mesmas indicações da pilocarpina no tratamento da xerostomia, mas tem menos efeitos 
adversos por ser mais seletiva. Ação sialogógica de longa duração. 
▪ Agonistas muscarínicos e glaucoma: 
o Humor aquoso é secretado pelo corpo ciliar, flui para 
o espaço na frente da íris, pela rede trabecular, e é 
drenado pelo canal de Schlemm. 
o Glaucoma resulta da redução da drenagem do humor 
aquoso, aumentando a pressão intraocular. 
o A atividade parassimpática medeia a contração do 
músculo constritor pupilar circular (miose) e do 
músculo ciliar (acomodação do cristalino/foco de 
visão para perto; tensão sobre a rede trabecular, 
abrindo poros e facilitando a drenagem para o canal 
de Schlemm) 
o Glaucoma de ângulo aberto é controlado com agonistas muscarínicos, enquanto o de ângulo 
fechado é controlado inicialmente com agonistas, mas é necessário tratamento cirúrgico. 
▪ Efeitos adversos: diarreia, cólicas intestinais, náusea, bradicardia, hipotensão, sensação de aperto 
na bexiga, dificuldade de acomodação visual, diaforese. 
▪ Contraindicações/precauções: asma, DPOC, obstrução urinária/TGI, doença péptica, doença 
cardiovascular acompanhada de bradicardia, hipotensão, hipertireoidismo. 
Farmacologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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▪ Toxicologia: intoxicação por pilocarpina, arecolina, muscarina (cogumelo). Tratamento com 
antagonista colinérgico. 
Antagonistas muscarínicos: têm afinidade pelos receptores, mas não os ativam; competem com o agonista 
endógeno. Efeito parassimpatolítico (quebra do efeito parassimpático) 
▪ Taquicardia, pouco efeito na PA, broncodilatação e ↓secreções, midríase e cicloplegia (paralisia da 
acomodação do cristalino), ↓motilidade do TGI, inibição das secreções TGI/sudoríparas, 
↑temperatura, excitabilidade/irritabilidade (doses tóxicas), sonolência, fadiga. 
▪ Alcaloides naturais: atropina, escopolamina (hioscina) 
▪ Derivados semissintéticos dos alcaloides: homatropina, ipratrópio, tiotrópio 
▪ Derivados sintéticos: pirenzepina (M1), darifenacina (M3) 
o Ipratrópio e Tiotrópio: administrados por inalação, ipratrópio bloqueia todos os subtipos de 
M, tiotrópio tem seletividade para M1 e M3. Indicados no tratamento de DPOC. 
o Oxibutinina, Tolterodina e Darifenacina (M3): age na bexiga, no controle da micção. 
Tolterodina e Darifenacina são mais seletivas (menos efeitos adversos). Tratamento de 
hiperatividade vesical. 
o Pirenzepina (M1): redução da produção de HCl. Tem efeitos adversos, por isso é substituída 
por antagonistas H2 (receptores de histamina) e IBPs. Tratamento de úlcera péptica 
o Escopolamina (hioscina): promove redução de tônus e motilidade do TGI. Alívio de cólicas 
abdominais; prevenção da cinetose (enjoo de movimento) pela ação no SNC. Buscopan 
o Tropicamida: uso tópico, provoca midríase. Uso oftalmológico. 
o Benztropina, Triexifenidil e Biperideno: aminas terciárias que atravessam a barreira 
hematoencefálica. Promovem um equilíbrio entre sinalização dopaminérgica e colinérgica 
nos núcleos da base. Indicada na doença de Parkinson (redução de tremores). 
o Atropina: indicada para bradicardia após IAM, intoxicação por inibidor de colinesterase, 
profilaxia de aspiração (pré-anestésico). Contraindicada em hiperplasia prostática benigna, 
obstrução do TGI e glaucoma de ângulo fechado. 
▪ Intoxicação por atropina: ingestão acidental ou intencional de Beladona. “seco como 
um osso, cego como um morcego, vermelho como uma beterraba e louco como um 
chapeleiro”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Farmacologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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Agonistas e antagonistas nicotínicos: apresentam seletividade para Nm ou Nn, exceto ACh e nicotina. 
Bloqueadores ganglionares: agem em receptores Nn (receptores neuronais). 
▪ Antagonistas nicotínicos ganglionares: estão nos gânglios simpáticos e parassimpáticos (resposta 
pouco específica, de acordo com a predominância do órgão), é difícil predizer o efeito, não são 
usados na prática (existem fármacos mais específicos e com menos efeitos adversos) 
o Hexametônio, trimetafano, mecamilamina etc. 
▪ Agonistas nicotínicos ganglionares: usados principalmente para a redução de tabagismo 
o Nicotina: agonista parcial de receptores Nn, disponível em goma de mascar, pastilha, 
adesivos cutâneos. Indicada para a cessação do tabagismo na terapia de reposição de 
nicotina. 
o Vareniclina: agonista parcial de Nn do subtipo α4β2. Indicada para cessação do tabagismo na 
terapia de reposição de nicotina. Pode promover alterações de humor, comportamento e 
aumento do risco cardiovascular. 
Bloqueadores neuromusculares: agem em receptores Nm (receptores musculares). 
▪ Agonistas nicotínicos: fármacos despolarizantes, usados principalmente na anestesia 
o Suxametônio (succinilcolina): agonista Nm que atua na junção neuromuscular. Induz 
despolarização rápida da placa motora terminal, induzindo fasciculação seguida de paralisia 
flácida. Indução do bloqueio neuromuscular em cirurgias e durante a intubação. Bloqueador 
despolararizante rapidamente hidrolisado (ação mais rápida, como intubação). 
▪ Reações indesejadas: induz dor pós-operatória, bradicardia, ↑K+ plasmático, 
hipertermia maligna em pacientes predispostos. 
▪ Contraindicações: história pessoal ou familiar de hipertermia maligna, miopatia, 
queimaduras graves. 
▪ Antagonistas nicotínicos ganglionares: fármacos não despolarizantes, usados para facilitar 
intubação e relaxar músculo esquelético durante cirurgia. 
o Fármacos de ação curta, intermediária e longa. 
o Atracúrio, rocurônio, vecurônio etc. 
▪ Reversão do bloqueio neuromuscular: 
o Administração de anticolinesterásicos (Neostigmina), que aumentam a ACh endógena, que 
compete pelos receptores. 
o Ciclodextrina sintética (nome comercial: Sugamadex) se liga ao bloqueador neuromuscular 
(principalmente roncurônio), formando um complexo que facilita a eliminação renal. 
Inibidores de acetilcolinesterase (anticolinesterásicos): aumentam a ACh 
▪ Classificados em ação curta (edrofônio), ação intermediária (neostigmina, piridostigmina, 
fisostigmina etc.) e irreversíveis (organofosforados)▪ Carbamatos: neostigmina, carbarila, fisostigmina 
▪ Organofosforados: ecotiofato, gás sarin (arma biológica), 
pesticidas etc. 
▪ Edrofônio: é um álcool. Ação rápida (devido à rápida 
eliminação renal) e efeito restrito ao SNP. Usado em 
diagnóstico complementar de miastenia gravis (inibe 
acetilcolinesterase, ↑ACh na fenda sináptica, o que melhora 
o quadro por um momento). 
Farmacologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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▪ Neostigmina: carbamato (inibidor reversível), duração intermediária. Pouco absorvida após 
administração oral (geralmente parenteral). Indicado no tratamento de miastenia gravis 
(piridostigmina também é indicada), no tratamento de íleo paralítico e atonia da bexiga, reversão do 
bloqueio neuromuscular e na intoxicação por atropina. 
▪ Fisostigmina e ecotiofato: indicados para o tratamento de glaucoma quando os pacientes se tornam 
refratários aos fármacos de primeira escolha. 
▪ Doença de Alzheimer: pacientes têm perda de neurônios colinérgicos nos núcleos da base. Inibidores 
de acetilcolinesterase (donezepila, rivastigmina, galantamina) são usados em conjunto com 
memantina. 
▪ Intoxicação: inseticidas, gás sarin, chumbinho. 
o Sintomas agudos: muscarínicos e nicotínicos, predominância parassimpática. Miose 
acentuada, dor ocular, prejuízo da visão, espasmo ciliar, broncoconstrição e aumento de 
secreção, náusea, vômitos, dores abdominais, diarreia, sudorese, salivação extrema, 
confusão mental, ataxia, cansaço, fraqueza intensa, paralisia, paralisia dos músculos 
respiratórios. 
o Tratamento: Atropina para antagonizar efeitos muscarínicos, medidas de suporte geral 
(interrupção da exposição [troca de roupa por exemplo], lavagem gástrica, desobstrução das 
vias aéreas, assistência ventilatória), Pralidoxima (2-PAM) para organofosforados (depois de 
certo tempo, a pralidoxima pode não ter efeito). 
SISTEMA ADRENÉRGICO 
Agonistas adrenérgicos: simpaticomiméticos. 
▪ Ação direta: ativa diretamente o receptor. Catecolaminas endógenas, agonistas β, agonistas α 
o Epinefrina: catecolamina endógena produzida na adrenal. Ativa receptores α e β-
adrenérgicos (não é seletiva). 
▪ β1: ↑inotropismo e cronotropismo 
▪ β2: broncodilatação, vasodilatação (músculo esquelético e fígado), hiperglicemia 
(↑glicogenólise e liberação de glucagon) 
▪ α1: vasoconstrição periférica 
▪ Ação na PAM: ↑FC e ↓Resistência periférica, ou seja, pressão sistólica aumenta e 
diastólica diminui, não alterando tanto a PAM. Em doses baixas pode até reduzir 
(maior sensibilidade dos β2) 
▪ Reações alérgicas graves/choque anafilático (também reduz degranulação dos 
mastócitos), PCR, prolongamento da ação de anestésicos locais 
▪ Efeitos adversos: tremores, cefaleia, arritmias, hiperglicemia, hemorragia cerebral. 
o Norepinefrina: principal neurotransmissor dos neurônios adrenérgicos. Ativa α e β1-
adrenérgicos (não é seletiva), fraca ativação dos β2. 
▪ β1: ↑inotropismo e cronotropismo. 
▪ α1: vasoconstrição periférica 
▪ Ativação do reflexo vagal (abole os efeitos cronotrópicos, mas mantém os inotrópicos). 
Epinefrina não gera esse reflexo pois o β2 se opõe. 
▪ Ação na PAM: ↑Resistência vascular. Aumenta pressão diastólica e sistólica, mas 
pode reduzir a frequência de pulso (bradicardia reflexa vagal) 
▪ Choque (vasoconstritor para manter/aumentar PA) 
▪ Efeitos adversos: similares aos da epinefrina, hipertensão grave, necrose e 
descamação no local da injeção (caso haja extravasamento). 
Farmacologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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o Dopamina: neurotransmissor do SNC sintetizada nas células epiteliais do túbulo proximal. 
Age em receptores dopaminérgicos (D1) e α e β adrenérgicos (dose dependente) 
▪ D1: em concentrações baixas, vasodilatação em leitos renais, mesentéricos e 
coronarianos. 
▪ β1: em concentrações intermediárias, ↑inotropismo e cronotropismo 
▪ α1: em concentrações mais altas, vasoconstrição periférica 
▪ Insuficiência cardíaca, em especial no choque (vem sendo substituída pela NE) 
▪ Efeitos adversos: atividade simpática excessiva com superdosagem, náusea, êmese, 
taquicardia, cefaleia, hipertensão (durante infusão). 
o Isoproterenol: catecolamina sintética, agonista β-adrenérgico (não é seletivo) 
▪ β1: ↑inotropismo e cronotropismo 
▪ β2: potente broncodilatação e vasodilatação periférica (músculo esquelético) 
▪ Asma e choque (vem sendo substituído por outros seletivos e mais eficientes). 
▪ Efeitos adversos: cefaleia, arritmias, rubor. 
o Dobutamina: catecolamina sintética, agonista β1-adrenérgico (é seletiva) 
▪ β1: inotropismo e cronotropismo, em menor grau 
▪ Tratamento de curta duração da insuficiência cardíaca (quadro agudo, pós-cirúrgica 
ou pós-infarto) 
Agonistas seletivos β2 induzem broncodilatação (tratamento de asma e DPOC), mas seus efeitos 
adversos consistem de tremores (ativação β2 no músculo esquelético). Administração por 
inalação (aerossol), para redução dos efeitos adversos. 
o Salbutamol (aerolin): agonista β2 de ação curta (3-4h) 
▪ Alívio sintomático do broncoespasmo (crise aguda asmática). 
▪ Administração oral ou inalatória. 
▪ Ação off label: ação para qual o medicamento não foi desenvolvido. Ação tocolítica 
(inibe as contrações do músculo liso uterino e o trabalho de parto prematuro) 
▪ Levossalbutamol, Terbutalina são fármacos semelhantes. 
o Fenoterol (berotec): agonista β2 de ação curta (3-4h) 
▪ Alívio sintomático do broncoespasmo (crise aguda asmática) 
▪ Efeitos adversos: disritmia e efeitos cardíacos (β1) 
▪ Não é comercializado nos EUA por associação a mortes por asma. 
o Salmeterol e Formoterol: agonistas β2 de ação longa (> 12h) 
▪ Fármaco de escolha para asma noturna em pacientes sintomáticos 
▪ Não podem ser usados mais de 2 vezes por dia. 
▪ Efeitos adversos: ↑FC, ↑Glicose, tremores ↓K+ plasmático 
o Olodaterol e Indacaterol: agonistas β2 de ação muito longa 
▪ DPOC 
▪ Podem ser associados a outros broncodilatadores (tiotrópio, por exemplo) 
o Mirabegrona: agonista seletivo β3 
▪ Promove relaxamento do músculo detrusor da bexiga, prevenindo esvaziamento 
▪ Tratamento de bexiga hiperativa e incontinência urinária 
o Fenilefrina (resfenol, benegrip, cimegripe): agonista seletivo α1 
▪ Vasoconstrição periférica → aumento da PA 
▪ Descongestionante nasal, indicação limitada para hipotensão ortostática 
▪ Uso crônico pode levar a hiperemia e congestão de rebote 
Farmacologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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o Clonidina (atensina): agonista seletivo α2 
▪ ↓liberação de NE na periferia e efeito central de ↓efluxo simpático, ação inversa 
▪ Efeito anti-hipertensivo 
▪ Ação off label: ↓diarreia em pacientes com neuropatia diabética, preparação para 
cessão de álcool e fumo, ↓ondas de calor pós-menopausa 
▪ Ação indireta: ↑agonista endógeno (NE) por bloqueio da recaptação, estímulo da liberação ou 
redução da degradação 
o Anfetamina: age nos transportadores de recaptação de NE e DA, promovendo aumento da 
liberação na fenda sináptica, além de competir com o transportador vesicular. 
▪ ↑PA (α1 e β1), estimulação do SNC (↑vigília, alerta, concentração, humor, euforia, 
↓apetite) 
▪ Potencial de abuso 
▪ TDAH, narcolepsia, supressão do apetite 
▪ Efeitos adversos: anorexia, náuseas, cefaleia, palpitações, insônia, irritabilidade 
psicose. 
o Metilfenidato (ritalina): 
▪ Estimulação leve do SNC (↑atenção, foco), efeito semelhante à anfetamina, potencial 
de abuso semelhante à anfetamina. 
▪ TDAH, narcolepsia 
▪ Efeitos adversos: ↓apetite, nervosismo, dificuldade em adormecer, náusea, boca 
seca. 
o Metanfetamina e Cocaína: drogas de abuso estimulantes do SNC; metanfetamina entra e 
desloca da vesícula, enquanto cocaína bloqueia o transportador e mantém na fendasináptica 
▪ ↑disponibilidade de DA e NE na fenda sináptica. 
▪ Ação mista 
o Efedrina e Pseudoefedrina: ativam receptores α e β adrenérgicos, além de promover 
liberação de NE. 
▪ Efeitos semelhantes aos da epinefrina (menos potentes), de longa ação. 
▪ Efedrina tem seu uso clínico em declínio e pseudoefedrina é usada como 
descongestionante nasal. 
▪ Pseudoefedrina pode ser usada como precursor para a síntese de metanfetamina. 
Antagonistas adrenérgicos: simpatolíticos 
Antagonistas dos receptores α 
α1 medeiam contração dos músculos lisos arterial, venoso e visceral (esfíncteres). α1A e α1D 
predominantes na próstata e bexiga, α1B predominante nos vasos. 
α2 centrais inibem efluxo simpático e facilitam a agregação plaquetária 
▪ α não seletivos 
o Fenoxibenzamina: irreversível não seletivo de receptores α-adrenérgicos 
▪ Feocromocitoma: tumor da adrenal que secreta grande quantidade de catecolaminas, 
apresentando hipertensão episódica e grave, aumento dos metabólitos da epinefrina 
e norepinefrina, exames de imagem, avaliação clínica. Há indicação cirúrgica (remoção 
do tumor) 
▪ Efeitos adversos: hipotensão postural, arritmias, congestão nasal, inibição da 
ejaculação, náuseas e vômitos. 
 
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▪ α1 seletivos 
o Prazosina: reversível seletivo α1 adrenérgicos (não distingue α1A, α1B ou α1D) 
▪ Efeito principal de vasodilatação em arteríolas e veias. 
▪ ↓PA e tratamento de HPB 
▪ Efeitos adversos: hipotensão postural 
▪ Farmacocinética: biodisponibilidade oral de 50-70%, meia vida de ~3h, duração da 
resposta de 7-10h. 
o Terazosina: análogo estrutural da prazosina, reversível seletivo α1 adrenérgicos (não 
distingue α1A, α1B ou α1D) 
▪ ↓PA e tratamento de HPB 
▪ Farmacocinética: biodisponibilidade oral acima de 90%, meia vida de ~12h, duração 
da resposta de até 18h. 
o Tansulosina: reversível seletivo α1 adrenérgicos (maior seletividade para α1A) 
▪ Tratamento de HPB, pouco efeito na PA 
▪ Farmacocinética: boa absorção oral, meia vida de ~5-10h, duração da resposta de até 
36h. 
▪ Mais específica para efeito na próstata que prazosina. 
Antagonistas α1 e HPB: Próstata aumentada comprime porção inicial da (polaciúria, 
noctúria, jato fraco), além de pressão mecânica e ↑tônus do músculo liso por receptores α1 
na próstata e bexiga. Antagonistas α1 relaxam músculo liso no colo da bexiga, cápsula da 
próstata e uretra, melhorando o fluxo urinário. 
Efeitos adversos dos antagonistas α1: hipotensão ortostática, tontura, falta de energia, 
congestão nasal, cefaleia, sonolência. Tansulosina pode causar inibição da ejaculação e 
ejaculação retrógrada (pela manutenção do esfíncter da uretra relaxado). 
▪ α2 seletivos 
o Ioimbina: antagonista α2 seletivo. 
▪ ↑efluxo simpático, potencializa respostas simpáticas (↑PA e ↑FC), intensifica 
atividade motora e causa tremores. 
▪ Foi usada no tratamento da disfunção sexual masculina, mas caiu em desuso pois há 
fármacos mais eficientes. 
Antagonistas dos receptores β 
β bloqueadores são antagonistas competitivos (reversíveis). 
Efeitos cardiovasculares: ↓inotropismo e cronotropismo, ↓velocidade de condução nos átrios e nó 
AV, ↓renina, controle de NE, efeitos adicionais (NO, Ca2+, K+, ativação β2, inibição α1) 
Efeitos pulmonares: broncoconstrição (não seletivos inibem β2) 
Efeitos metabólicos: bloqueio glicogenólise e lipólise, ↓sintomas de hipoglicemia em DM, 
↑LDL/triglicerídeos e ↓HDL 
Indicações: 
▪ HAS, IAM (diminui a demanda), IAM (redução do remodelamento), arritmias (aumenta 
período refratário do nó AV), dissecção aórtica 
▪ Glaucoma de ângulo aberto (↓produção do humor aquoso) 
▪ Hipertireoidismo (reduzem a descarga simpática) 
▪ Prevenção da enxaqueca (ação central, por mecanismos incertos, controlando vascularização) 
▪ Ansiedade de performance (↓manifestação somática de ansiedade), off label 
▪ Hemangioma infantil 
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Efeitos adversos: 
▪ Bradiarritmias, extremidades frias, fenômeno de Raynaud 
▪ Piora na função pulmonar em asmáticos e DPOC 
▪ Aumento da sensibilidade quando o medicamento é suspenso abruptamente 
▪ Distúrbios do sono e depressão 
▪ Alterações metabólicas (mascara sintomas de hipoglicemia) 
▪ Primeira geração (β não seletivos) 
o Propranolol: antagonista competitivo, afinidade β1 = β2 (não seletivo) 
▪ ↓PA em hipertensos (↓DC e renina), angina (↓demanda de O2), IAM (profilaxia), 
profilaxia de enxaqueca, tratamento hipertireoidismo 
▪ Farmacocinética: lipofílico com ↑absorção via oral, ↑metabolismo de primeira 
passagem (F= ~25%), meia vida curta (4h), atenção em pacientes com insuficiência 
hepática. 
o Nadolol: antagonista competitivo, afinidade β1 e β2 (não seletivo) 
▪ Semelhante ao propranolol, exceto enxaqueca 
▪ Farmacocinética: hidrossolúvel e sem ser absorvido completamente no instestino, 
biodisponibilidade de ~35%, meia vida grande (20h) com ações prolongadas, 
excretado em grande parte inalterado na urina, atenção em pacientes com 
insuficiência renal (ajuste de dose). 
o Timolol: antagonista competitivo, afinidade β1 e β2 (não seletivo) 
▪ Glaucoma de ângulo aberto (↓produção humor aquoso por bloqueio β1 no corpo 
ciliar) 
▪ Formulação ocular pode ser absorvida: provocando efeitos sistêmicos em indivíduos 
susceptíveis (asmáticos ou insuficiência cardíaca) 
o Pindolol: antagonista competitivo, afinidade β1 e β2 (não seletivo), pequena atividade 
simpaticomimética intrínseca (agonista parcial com eficácia baixa) 
▪ Anti-hipertensivo (reserva cardíaca diminuída ou propensão à bradicardia) 
▪ Farmacocinética: quase completamente absorvido via oral, meia vida de ~4h, 
metabolismo 50% no fígado e 50% excretado inalterado na urina. 
▪ Segunda geração (β1 seletivos) 
o Metoprolol: antagonista β1 seletivo (afinidade por β1 50 a 100x maior que pelo β2) 
▪ Menos efeitos adversos de broncoconstrição 
▪ Uso semelhante ao propranolol 
▪ Farmacocinética: quase completamente absorvido via oral, biodisponibilidade baixa 
(~40%) por metabolismo de primeira passagem, metabolismo hepático por CYP2D6 
(em maus metabolizadores há risco 5x maior de desenvolver efeitos adversos) 
o Atenolol: antagonista β1 seletivo 
▪ Menos efeitos adversos de broncoconstrição, eficaz na hipertensão em associação a 
diurético. 
▪ Uso semelhante ao propranolol 
▪ Farmacocinética: absorção incompleta (~50%), excretado em grande parte inalterado 
na urina, atenção em pacientes com insuficiência renal (ajuste de dose) 
o Esmolol: antagonista β1 seletivo de ação muito curta 
▪ Prevenção/bloqueio da taquicardia de curta duração em pacientes durante 
cirurgias. 
▪ Farmacocinética: meia vida de ~8 min (metabolizado por esterases das hemácias. 
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o Bisoprolol: antagonista β1 seletivo (maior seletividade que atenolol e metoprolol) 
▪ Administrado com IECA e diuréticos para pacientes com insuficiência cardíaca 
crônica moderada a grava (e estável), hipertensão 
▪ Farmacocinética: biodisponibilidade oral de ~90%, metabolismo 50% fígado e 50% 
excretado inalterado na urina, meia vida de 11-17h 
▪ Terceira geração (β não seletivos e β1 seletivos): + ação vasodilatadora 
Bloqueio α1 adrenérgico, ↑NO, β2 agonista, bloqueio da entrada de Ca2+, abertura de canais 
de K+, ação antioxidante 
o Labetalol: antagonista β e α1 (10:1) 
▪ 2 pares de isômeros quirais, cada um tem mais afinidade por um receptor 
▪ Hipertensão e emergências hipertensivas 
▪ Farmacocinética: administração oral ou intravenosa, meia vida de ~8h. 
o Carvedilol: antagonista β e α1 
▪ Efeitosantioxidantes e antiinflamatórios, inibe o remodelamento do músculo vascular 
▪ Insuficiênciacardíaca crônica 
▪ Farmacocinética: meia vida de 6-8h, metabolizado no fígado. 
o Nebivolol: antagonista β1 seletivo 
▪ Longa ação vasodilatadora via NO 
▪ Hipertensão e insuficiência cardíaca 
▪ Farmacocinética: meia vida até 12h, excreção biliar e renal.

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