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Métodos de Análise Bromatológicas

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Métodos de Análise Bromatológicas 
São usados para determinar os constituintes dos alimentos. 
- A análise bromatológica tem como finalidade quantificar as substâncias nutritivas 
presentes nos alimentos, fornecendo informações importantes aos produtores e técnicos 
na tomada de decisões para o planejamento alimentar do rebanho. 
- Uma amostragem adequada garante representatividade à análise bromatológica, gerando 
resultados confiáveis sobre a composição do alimento de interesse, possibilita também 
correto balanceamento da dieta, atendendo às exigências nutricionais dos animais; deve se 
ter muito cuidado e atenção com a amostra. 
Amostra é primordial, precisa ser analisada de forma correta e é quem definirá a 
alimentação em análise. 
Erros cometidos durante a amostragem não serão corrigidos e nem compensados, 
por mais correto e criterioso que seja a análise no laboratório, o resultado do valor 
nutricional do alimento não será correto. Se a amostragem é incorreta, os 
resultados são inconfiáveis. 
- Amostragem: na amostragem é feita uma avaliação macroscópica do alimento, através 
de observações no aspecto e se há presença de contaminantes; visualiza-se cor, odor, 
bolor, granulometria, grumos, pelotas, umidade, textura, dentre outros; ao avaliar a 
presença de contaminantes que podem ser insetos, carunchos, larvas, terra, pedras e 
outros materiais estranhos, que deverão ser descartados. 
A amostragem deve ser devidamente identificada com: nome do alimento; nome do 
produtor; localidade; telefone para contato; nome do amostrador; data da ensilagem, 
silo, se contém aditivos ou inoculantes; lote; outras informações relevantes. 
- Seguir as recomendações de amostragem descritas é indispensável para assegurar que 
os resultados obtidos pelas análises laboratoriais sejam representativos do alimento que o 
animal consome; desta maneira, a padronização das coletas de amostras possibilitará 
comparação futura entre os resultados. 
- No geral, para padronizar as análises: coletar de diversos pontos, homogeneizar, retirar 
uma porção, enviar ao laboratório e as sobas, volta à alimentação. 
 
• Métodos de análises laboratoriais – principais análises consideradas padrão 
→Determinação da matéria seca – primeiro passo. 
A partir da primeira análise, segue-se todas as outras avaliações, é comum expressar a 
composição dos alimentos isentos de água, a qual denomina-se em 100% de teor de matéria 
seca ou composição na matéria seca. 
Toda dieta é em teor de matéria seca, o cálculo base de dieta, é em matéria seca, 
depois para matéria verde. 
Secagem prévia ou pré-secagem: as amostras 
com levado teor de umidade deve ser levadas à 
estuda de circulação de ar forçado, à 55°C, de 
16-24-72 horas ou peso constate; a amostra deve 
ser pesada antes e depois para determinar o teor 
de matéria seca, então é feito um cálculo básico: 
 
→Moagem (para grãos e volumosos): segundo processo de preparação 
Moe-se todos os alimentos para ficar em uma granulometria de 1 a 2mm, após secados; 
moídos em moinhos, sempre limpos, com peneiras utilizadas de 1 ou 2mm, geralmente utiliza-
se a de 1mm; após moído, está pronto para iniciar as análises laboratoriais. 
 
Métodos 
➢ Métodos de Weende (1864): 
Usado para determinar os valores dos alimentos, aproximados da composição química dos 
ingredientes usados na alimentação do animal. Não são exatos pois podem sofrer alterações 
do meio externo, com a probabilidade de erro humano (até 2%). 
Determinam: 
Matéria seca, 
Extrato etéreo (gorduras), 
Cinzas ou material mineral, 
Fibra bruta, 
Extrativo não-nitrogenado. 
O esquema de Weende consiste 
num conjunto de determinações 
que caracteriza os grandes 
grupos de nutrientes, 
determinando umidade, proteína 
bruta, extrato etéreo, fibra 
bruta, material mineral e extrato 
não nitrogenado (açúcares 
solúveis); 
- A determinação química das frações pode ser direta ou indireta; 
- Matéria seca laboratorial da amostra: 
A secagem é feita em uma estufa de secagem definitiva, à 105°C durante 16 horas; 
após estufa, resfria, em seguida é pesado novamente; o valor (cerca de 90% de 
MS) é usado nos cálculos das outras avaliações. 
 
- Matéria mineral: 
Mufla: Indica a riqueza da amostra em elementos minerais; o produto obtido após o 
aquecimento de uma amostra a temperatura de 600°C (aquecimento do rubro), 
durante 4 horas ou até combustão total da matéria orgânica; a amostra é pesada, 
e determina o teor de matéria mineral da amostra. 
 
- Extrato etéreo: 
Análise obtida pela extração contínua da amostra de alimentos com éter etílico, é 
antiga e pouco usada; gorduras e lipídeos são insolúveis em água e solúveis no éter, 
clorofórmio, benzeno, p determinar quantidade de lipídio; extração se dá após 4 a 
6h da amostra no extrator “Soxhlet”, o resíduo que escorre da amostra é a gordura, 
chamada de extrato etéreo, e novamente, é feito um cálculo para determinação. 
 
- Proteína bruta: 
Determinada pelo método de Kjeldahl, método padrão, para determinação do nitrigênio 
(N); quantifica o teor de nitrogênio e estima o de proteína por meio de cálculos; esse 
método de determinação consiste em três passos básicos: Digestão, Destilação e 
Titulação. 
Digestão Ácida: presença do ácido sulfúrico, produção de sulfato de amônio; 
Destilação: sulfato de amônio resultante, na presença da solução concentrada 
de hidróxido de sódio, libera NH3 que é recebido na solução de ácido bórico; 
Titulação: A amônia, na solução de ácido bórico, é titulada com ácido sulfúrico 
ou clorídrico e, assim, determina-se o teor de nitrogênio da amostra; 
PB obtém-se através da dosagem do N pelo método de Kjeldahl, e 
multiplicando-se o teor de N por 6,25; 
- Fibra bruta: 
Frações da celulose e lignina insolúveis; nutricionalmente não muito relevante; falha 
na mensuração da fibra insolúvel; hemicelulose, celulose e lignina extraída em níveis 
variáveis; não mensura fibra solúvel; 
 
➢ Métodos de Van Soest (1967): 
Ele aprimorou o método de Weende, aprimorando a avaliação da fibra bruta, separando 
os componentes de uma amostra vegetal em conteúdo celular (proteína bruta, mineral, 
açúcar) e parede celular, analisando-os. 
Análises que separam o conteúdo celular em: 
Frações solúveis em detergente neutro (FDN), retirando os lipídeos, compostos 
nitrogenados, amido e pectina (insolúveis em FDN). Separa tudo o que é degradado 
rápido no animal, - frações solúveis: amido, açúcares solúveis, extrato etéreo, 
proteína bruta e pectina. 
Frações Solúveis/insolúveis em detergente ácido (FDA): determina o que é menos 
aproveitado pelo animal, ou seja, de forma mais lenta (em 24 ou 48H) 
Lignina: determina o quanto de celulose tem nesse alimento, a celulose é um 
constituinte da fibra, degradada mais lentamente, em 72 ou 100H após ingestão. O 
que sobra (restos/compostos do alimento) nessa amostra é a lignina, parte mais 
externa e resistente da parede do alimento, logo, é a parte não aproveitada pelos 
animais, passando inteiro pelo trato digestório e é eliminada. 
 
 
 
 
 
 
- FDN: separa o conteúdo celular da parede celular; 
Conteúdo celular: é a parte solúvel em detergente neutro; formado principalmente 
por proteínas, gorduras, carboidratos solúveis, pectina e outros constituintes solúveis 
em água; 
Parede celular: é a parte insolúvel em detergente neutro; constituída basicamente 
de celulose, hemicelulose, lignina, proteína danificada pelo calor, proteína da parede 
celular e minerais; 
- FDA: detergente ácido 
Detergente ácido: solubilização do conteúdo celular, hemicelulose, minerais solúveis e 
parte da proteína insolúvel; o resíduo insolúvel em detergente ácido (fibra em 
detergente ácido): celulose, lignina, proteína danificada pelo calor, parte da proteína 
da parede celular e minerais insolúveis; 
 
➢ NIRS: 
É um equipamento que faz análises anteriores, de alta precisão, não há variação e 
interferência, oferecendo um resultado exato. Difícil acessodevido ao alto custo. 
Resultado sai em forma de gráficos e curvas no monitor, por isso precisa de treinamento 
e conhecimento p/ expressar resultados em porcentagem. Método: usa interação entre 
luz na região infravermelho próximo (NIR) do espectro eletromagnético com a matéria 
(amostra). 
Método físico NIRS 
A técnica NIRS se fundamenta no desenvolvimento de modelos de regressão 
multivariada, onde se estuda correlações entre os espectros e o alimento 
selecionado, a qual irá gerar os valores de referência; 
A técnica NIRS é vantajosa por ser rápida e não requerer trabalho intensivo no 
processamento das amostras, permitindo a grande escala de amostragem, além de 
não demandar reagentes e não destruir as amostras. 
 
➢ Reações de Maillard: 
Submete o ingrediente a um processamento de alta temperatura (depende do ingrediente), 
condensando e agrupando as moléculas e nutrientes, dificultando o aproveitamento pelo 
animal. 
 
Análises bromatológicas 
→ Forragem 
 Existem vários métodos para amostragem de pastagens, mas quando se pretende 
avaliar o valor nutritivo do pasto, as amostras coletadas devem representar, o que o 
animal consome (coleta-se geralmente na altura que o animal comeria). A amostragem pode 
ser feita por cortes em vários pontos aleatórios do pasto; a coleta nunca deve ser em 
linha reta, sempre em ziguezague para que se tenha uma representação total da amostra. 
 Recomenda-se um total de 5 a 50 pontos por hectare; a altura do corte dependerá 
da espécie forrageira e do comportamento de pastejo dos animais; na amostragem em 
pontos aleatórios o local para corte pode ser feito com auxílio de uma moldura de ferro 
ou madeira de 50cm por 50cm que deve ser lançado em vários pontos, para que o 
trabalho seja mais eficiente, auxiliando em uma coleta homogênea; é “lançada” 
aleatoriamente, para não ter favorecimento de resultados; não deve-se coletar em 
alimentos que se desenvolveram sobre fezes, raízes, com plantas invasoras, bolores, terra. 
 Após a coleta, o técnico deve reunir todas as amostras parciais sobre uma lona 
limpa, misturar bem e formar uma amostra homogênea composta pelas várias amostras 
parciais; tomar cuidado para que as amostras não estejam contaminadas. 
 Para envio, se demorar mais que 4 ou 5 dias, recomenda-se congelar a amostra, 
mas se mandar no mesmo dia, enviar em temperatura ambiente. 
 
→Silagem 
 Alimento padrão e mais utilizado, portanto, é muito visto e analisado em laboratórios; 
A abertura da silagem para coleta de amostra só deve ser feita pós processo de 
fermentação (30-40 dias pós ensilagem), garantindo a sua conservação; deve-se coletar 
de 8 a 10 amostras parciais em vários pontos da frente de corte desprezando a primeira 
fatia; evitar coletar em pontos que tiverem aspecto estranho (mofo, podridão, coloração 
escura, contaminação por terra); coleta vários pontos, homogeneizar tudo e coletar uma 
ou duas amostras parciais da amostra total homogeneizada, identificá-la e mandar para o 
laboratório, em temperatura ambiente (se mandada no mesmo dia) ou congelada (se após 
2 ou 3 dias) em caixa térmica, para evitar fermentação. 
 
→Feno 
 A amostragem deve ser retirada do meio de cada fardo, colocar em uma superfície 
limpa, misturar todas as amostras parciais, picar, dividir e reduzir a amostra da mesma 
forma recomendada para forragem (em temperatura ambiente – mesmo dia, ou congelada 
– após 3 dias); a cada 10, coletar 3 amostras. 
 O feno é muito utilizado, mas sua análise não é muito habitual, devido ao seu uso ser 
mais como fibra, como enchimento e aumentar a ruminação; 
 
→Grãos, concentrados e farelos 
 Devem ser retiradas várias amostras parciais, colhidas em diversos pontos do silo 
ou dos diversos sacos ou em diversas posições para que a amostra represente a realidade; 
após homogeneizar as amostras parciais, fazer quarteamento para retirar uma amostra 
para envio ao laboratório. Coleta-se 50 ou 100g de cada ponto, homogeneizar e em seguida 
retirar 200 ou 300g para enviar ao laboratório. 
 
→Líquidos e semilíquidos (óleo, melaço, resíduos industriais) 
 Coletar de 5 a 10 amostras parciais de em média 1 litro, homogeneizar e retirar uma 
amostra de 0,5 a 1 litro para laboratório; resto volta à alimentação normal, sem descarte. 
Digestibilidade dos nutrientes 
É a proporção do alimento que não é excretado com as fezes, e que se supõem, 
portanto, que tenha sido absorvida; é medido pela taxa de recuperação do nutriente nas 
fezes; 
- Método “In vivo”: fornecer o alimento para o animal, com um marcador e depois coleta 
as fezes do animal, passa pelo processo de decagem, analisa a quantidade de marcador 
que entrou e saiu, e então tem a % de digestibilidade dos nutrientes; é um método principal 
usado para monogástricos, mas é pouco usado. 
- Método “In vitro”: Consiste em deixar amostras de forrageiras em contato com o 
conteúdo líquido do rúmen (ou enzimas digestivas), no interior de um tubo de ensaio, onde 
se tenta reproduzir as condições predominantes do rúmen-retículo (presença de 
microorganismos, anaerobiose, temperatura de 39ºC, poder tampão e pH de 6,9), durante 
24 a 48h de fermentação; válido para ruminantes; 
- Método “In situ”: O substrato (geralmente forragem) é colocado em sacos de náilon, que 
são amarrados no rúmen através de fístula ruminal e removidos (~24, 48, 72hs) para se 
determinar a degradabilidade do conteúdo em função do tempo de incubação;

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