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173 Dirofilaria immitis Superfamília Filarioidea Família Filariidae Hospedeiros: cão, gato, carnívoros silvestres, eqüinos, primatas, raramente o homem. HIs: mosquitos dos gêneros Aedes sp., Anopheles sp. e Culex sp. Ctenocephalides canis (pulga do cão) o suspeita Localização: - adultos no ventrículo direito, artéria pulmonar, veia cava posterior, ocasio- nalmente nos brônquios do HD - larvas nos tubos de Malpighi dos HIs. Distribuição: zonas temperadas quentes e tropicais. Identificação: - nematóides finos e longos, de côr esbranquiçada, extremidade anterior arredondada - machos o 12 a 20 cm de compr. por 0,7 a 0,9 mm de largura, com a cau- da em espiral solta, típica dos filarídeos - fêmeas o 25 a 30 cm de compr. por 1,0 a 1,3 mm de largura, com a extre- midade posterior obtusa e vulva próxima à extremidade anterior - microfilárias o no sangue do HD, com 307 a 332 Pm de compr. por 6,8 Pm de largura Ciclo evolutivo: Adultos no coração e liberação de microfilárias (L1) HI vasos sangüíneos do cão pelas fêmeas vivíparas alimentação (mosquito) 1ªecdise(L2) circulação venosa 2ªecdise(L3) tecidos subcutâneo corrente HD peças túbulos de e subseroso sangüínea inoculação bucais Malpighi (L3oL4oL5) das L3 (por ~14 dias) PPP = 24 – 32 semanas no cão, 28 semanas no gato PP = mais de 5 anos 174 Patogenia: - infecções leves não causam lesões importantes - infecções maciças o distúrbios circulatórios (obstrução do fluxo sangüíneo), ICCD - excreção dos parasitas o endocardite nas válvulas, endarterite pulmonar pro- liferativa - embolia pulmonar o restos de vermes mortos - hipertensão pulmonar o hipertrofia ventricular direita o ICC o edema pulmonar, ascite, anasarca (edema generalizado) - síndrome da veia cava: massa de vermes alojados na v.cava caudal que leva à hemólise, hemoglobinúria, bilirrubinemia, icterícia, anorexia, colapso e morte - microfilárias podem obstruir capilares renais o glomerulonefrite (deposi- ção de imunecomplexos). Sintomatologia clínica: - surge em casos de infecção severa, 8 a 9 meses após a inoculação pelo HI - intolerância aos exercícios físicos, inquietude, cansaço anormal, taqui/dispnéia, tosse seca e hemoptise - emagrecimento, anorexia - ascite, anasarca (devido a ICCD) - infecções leves causam baixo desempenho nos exercícios físicos. Epidemiologia: Fatores relativos ao HD: - alto número de cães nas áreas onde ocorrem os vetores; - longo período patente (microfilárias circulantes); - falta de resposta imune efetiva; Fatores relativos ao HI: - vários gêneros; - rápido aumento populacional; - rápido desenvolvimento de L1 o L3. Diagnóstico: - clínico o disfunção cardiovascular (ICCD); - parasitológico = exame de esfregaços sangüíneos o pesquisa de microfilárias; - sorológico o ELISA; - por imagem o do tórax, podendo-se observar o espessamento da artéria pulmonar e a hipertrofia ventricular direita; - diferencial de Dipetalonema reconditum o microfilárias têm menos de 300 Pm, extremidade anterior obtusa e posterior em forma de gancho. 175 Tratamento: - inicialmente avaliar todas as funções orgânicas - controlar a ICCD - Tiacetarsamida o bid-3dias (remoção dos adultos) podem surgir reações tóxicas e embolia - restringir a atividade do cão por 2 a 6 semanas - Ditiazanina, levamisol o VO, por 10 a 14 semanas - Ivermectina o dose única (200 Pg/kg – podem surgir reações tóxicas ocasionais) - remoção cirúrgica dos vermes adultos - após tratamento o programa profilático. Controle: - controle populacional dos HIs - Dietilcarbamazina o VO, sid, a partir de 3 meses (evita infecções patentes e microfilaremia); pode levar a reações anafiláticas em cães portadores de microfilárias - exames para a pesquisa de microfilárias a cada 6 meses - Ivermectina o doses profiláticas mensais.
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