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1º estágio, Ed Infantil docx (1)

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Estágio Curricular em Pedagogia I: Educação Infantil
SEARA 2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
LEITURAS OBRIGATÓRIAS	4
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)	6
ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC	8
ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA	10
METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS	12
PLANOS DE AULA	14
CONSIDERAÇÕES FINAIS	19
REFERÊNCIAS	20
INTRODUÇÃO
É comum nas escolas, principalmente nas séries iniciais, ouvir música na entrada e na saída do turno escolar, no recreio, e ainda, de forma bastante acentuada, nos momentos de festividades que obedecem ao calendário que reserva as datas a serem comemoradas durante o ano letivo. A música tem sido muito utilizada para alfabetizar, resgatar a cultura e ajudar na construção de crianças carentes, principalmente nos projetos de integração nas comunidades desprovidas de maior assistência realizadas pelo governo.
Dentre outras justificativas para a implantação do ensino regular de música no currículo escolar, está a sua importância na formação da cidadania mediante as observações da globalização que tende a igualar, rompendo tradições e derrubando fronteiras.
Segundo Loureiro (2003), desde que o ensino de música deixou de ser obrigatória nas escolas essa área de conhecimento vem sendo desprestigiada, excluída do currículo escolar. A mesma autora revela que poucas escolas incluem a música no currículo e que há um uso excessivo da prática do cantar, cantar de modo mecânico e inconsciente, sem levar em consideração a realidade do aluno, levando-o cada vez mais, a distanciar-se do prazer do fazer musical. Para inverter nessa situação seria necessário, trabalhar o conteúdo musical dentro de uma visão de currículo mais humanista, para que possibilita envolver e desenvolver musicalmente o aluno, levando em consideração sua vivência e sua experiência, valorizando suas habilidades e seu potencial criativo, o conteúdo musical aos demais conteúdos desenvolvidos por outras áreas artísticas e às demais disciplinas do currículo (LOUREIRO, 2003).
Veremos ao longo deste estudo possibilidades e perspectivas de obter essa valorização do aprendizado pela música. Mediante ao quadro de pouquíssimos professores com formação em música ou aptos a lecionar essa disciplina nas escolas do ensino fundamental, é possível refletir sobre a complexidade do cotidiano escolar, reunir teoria e prática, visto que ambas caminham juntas.
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1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS
O papel do professor e do ensino na Educação Infantil: A perspectiva de Vigotski, Leontiev e Elkonin
O presente texto resulta de uma pesquisa de mestrado, um estudo de natureza teórico-conceitual que teve como objetivo investigar e analisar as relações entre desenvolvimento infantil e ensino na faixa etária de 0 a 6 anos em obras selecionadas de autores da psicologia histórico-cultural. Vigotski inaugura uma nova abordagem do processo de desenvolvimento infantil, desvelando o papel da cultura e das relações sociais no desenvolvimento do psiquismo da criança e afastando-se, assim, do maturacionismo, do ambientalismo e do interacionismo.
Embora Vigotski compreenda o desenvolvimento infantil como uma unidade entre as linhas de desenvolvimento biológico e cultural, a diferenciação entre os planos natural e cultural do desenvolvimento se faz necessária, em sua análise, para que não se incorra em uma interpretação biológica dos processos psicológicos superiores humanos.
A análise dos autores acerca do desenvolvimento psicológico traz implicações diretas para o trabalho pedagógico, pois evidencia a dependência do desenvolvimento das funções psíquicas da criança em relação aos processos educativos.
Como vimos, Vigotski destaca a mediação do adulto no processo de desenvolvimento das funções psicológicas superiores da criança e postula que o ensino deve promover o desenvolvimento. As sensações, por exemplo, incrementam-se em conexão com o desenvolvimento dos processos de percepção dirigidos por um alvo. O desenvolvimento psíquico das crianças tem lugar no processo de educação e ensino realizado pelos adultos, que organizam a vida da criança, criam condições determinadas para seu desenvolvimento e lhe transmitem a experiência social acumulada pela humanidade no período precedente de sua história.
Ao meu entendimento, de forma breve, algumas de nossas principais constatações.
Um primeiro importante aspecto da periodização do desenvolvimento em uma
perspectiva histórico-cultural refere-se à sua concepção como processo que combina processos evolutivos e revolucionários, consubstanciada na noção de crise, introduzida por Vigotski.
Conforme Elkonin, o adulto constitui o elemento mais importante da situação objetal, mas pode-se dizer que permanece oculto pelo objeto e por suas propriedades, na medida em que a criança se ocupa fundamentalmente com o objeto e sua ação com ele.
Com a transição à idade escolar, a atividade principal da criança passa a ser a atividade de estudo.
Elkonin tem como hipótese que a idade pré-escolar e a idade escolar compõem uma mesma época do desenvolvimento infantil. A idade pré-escolar, nesse sentido, promoveria o desenvolvimento de novos motivos e necessidades na criança, preparando o terreno para as habilidades cognitivas a serem amplamente desenvolvidas na idade escolar.
À guisa de conclusão e resgatando os questionamentos apresentados no início do texto, acredito ter compreendido que a defesa do ensino decorre da própria concepção de desenvolvimento infantil da psicologia histórico-cultural, na medida em que se refuta a compreensão do desenvolvimento como processo espontâneo e natural, compreende-se o ensino como fonte de desenvolvimento e evidencia-se a importância das condições de vida e educação e da intervenção do adulto.
Na perspectiva da psicologia histórico-cultural, o educador não pode ser entendido como alguém que apenas estimula e acompanha a criança em seu desenvolvimento.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)
O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento normativo de grande relevância para a escola, segundo a legislação educacional brasileira, ele deve ser elaborado em uma perspectiva democrática, a qual reconhece a necessidade de envolvimento de todos os membros do contexto escolar.
Projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.
Político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.
Pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia - aquele que indica a direção a seguir não apenas para gestores e professores, mas também funcionários, alunos e famílias.
Apesar de o PPP ser um documento burocrático, caracteriza-se também por ser democrático, por definir a identidade da escola e indicar caminhos para ensinar com qualidade.
Sua importância está no desenvolvimento de uma instituição que almeja uma educação eficiente e de qualidade. Ele é completo o suficiente, tornando-se uma rota flexível o bastante para se adaptar às necessidades dos alunos. Assim, a sua construção deve conter os temas como: missão, público-alvo, dados sobre a aprendizagem, relação com as famílias, recursos, diretrizes pedagógicas e plano de ação.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) se relaciona aos pressupostos básicos para a atuação didática, estando alinhado com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
As aprendizagens essenciais da Base Nacional Comum Curricular -BNCC estão expressas em dez competências gerais. De acordo com o Ministério da Educação-MEC, as competências gerais são mobilizações de conhecimentos de acordo com os princípios éticos, estéticos e políticos, que visam à formação humana em suas múltiplas dimensões.
O objetivo é perpetuarno ensino uma comunicação integral, a mobilização de conhecimentos, atitudes, valores e habilidades para suprir as demandas do cotidiano, a fim de garantir o crescimento do aluno como cidadão e qualificá-lo para o mercado de trabalho.
O modelo avaliativo tem se mostrado de forma diferenciada, em relação aos das últimas décadas, pelo fato de que visa cada vez mais o desenvolvimento de práticas que estejam propensas a promover um feedback a ambas as partes.
Este feedback será essencial para o entendimento das necessidades pedagógicas dos alunos ao entendimento dos educadores, assim como o reconhecimento dos erros e pontos fracos pelos próprios alunos.
A avaliação será desenvolvida e contínua, ou seja, o aluno é acompanhado constantemente, orientado, mediante registros e comunicação quanto ao desenvolvimento do processo educativo destaca-se que é importante considerar na avaliação do processo de desenvolvimento das competências do estudante, o território e o contexto em que está inserido, pois a avaliação do aprendizado e desenvolvimento dos estudantes não deve ser apenas somativa, mas também formativa é realizada de maneira contínua. Dessa maneira, a avaliação está de acordo com a política educacional vigente, os compromissos assumidos no Plano do Desenvolvimento Individual - PDI e no Projeto Político Pedagógico - PPP.
2 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC
A Transversalidade é uma forma de organizar o trabalho didático na qual alguns temas são integrados nas áreas convencionais de forma a estarem presentes em todas elas.
A transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer, na prática educativa, uma relação entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real e de sua transformação (aprender na realidade e da realidade).
Os estudos transversais são utilizados para orientar ou corrigir as determinadas características de um estudo em algum grupo, estudo este que é dinâmico pois oscila ao decorrer do tempo em diferentes espaço, sendo utilizada também para determinar as características do desenvolvimento para a aprendizagem.
Os TCTs estão ligados a BNCC a partir da transversalidade. Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) é uma busca pela melhoria da aprendizagem. Dentre os vários pesquisadores que investigam e discorrem sobre a relevância e responsabilidade da educação, parece ser consenso que, para atingir seus objetivos e finalidades há que se adotar uma postura que considere o contexto escolar, o contexto social, a diversidade e o diálogo. Os TCTs na BNCC também visam cumprir a legislação que versa sobre a Educação Básica, garantindo aos estudantes os direitos de aprendizagem, pelo acesso a conhecimentos que possibilitem a formação para o trabalho, para a cidadania e para a democracia e que sejam respeitadas as características regionais e locais, da cultura, da economia e da população que frequentam a escola.
Os Temas Contemporâneos Transversais (BNCC) que podem ser trabalhados na Educação Infantil envolvem campos como: Meio Ambiente (Educação Ambiental, Educação para o consumo, os ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e conservação ambiental); Saúde (Educação Alimentar e nutricional autocuidado, vida coletiva); Multiculturalismo (Diversidade cultural, Educação para valorização do culturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras); Ciência e Tecnologia (Ciência e suas tecnologias); Cidadania e Civismo
(Vida familiar e social, Educação para o trânsito, Educação em Direitos Humanos, Direitos da criança e do adolescente, Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso); Economia (Trabalho, Educação financeira, Educação fiscal).
Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) da BNCC, serão apresentadas sugestões metodológicas para guiar a abordagem nos currículos e nas práticas pedagógicas das escolas. A metodologia de trabalho com os TCTs estará baseada em quatro pilares: Problematização da realidade e das situações de aprendizagem; Superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão sistêmica; Integração das habilidade e competências curriculares à resolução de problemas; Promoção de um processo educativo contínuo e do conhecimento como uma construção coletiva.
Está metodologia tem como objetivo favorecer e estimular a criação de estratégias que relacionem os diferentes componentes curriculares e os TCTs, de forma que os estudantes reflitam a informação procedente dos diferentes saberes disciplinares e transversais, integrando-os a um contexto social amplo, identificando-os como conhecimentos próprios.
3 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Considerando os conhecimentos abordados sobre a docência na educação infantil, as três atividades seguintes fazem parte da rotina de trabalho do professor da educação infantil.
Acolhida: Esse é o primeiro momento do dia que a criança terá contato com a sala de aula, o professor e os colegas e, por isso, é importante que ela se sinta animada para toda a rotina. Uma sugestão é criar na sala um ambiente com jogos e brinquedos que possam ser utilizados pelas crianças enquanto a professora recebe a cada um. Elas também podem ser recebidas com música, com cumprimentos especiais e serem convidadas a ocupar um espaço específico.
Hora da roda: Aqui cabe ao educador organizar o espaço, para que todos os que desejam possam falar, para que todos estejam sentados de forma que possam ver-se uns aos outros, além de fomentar as conversas, estimulando as crianças a falarem, e promovendo o respeito pela fala de cada um. Através das falas, o professor pode conhecer cada um de seus alunos, e observar quais são os temas e assuntos de interesse destas. Na roda, o educador pode desenvolver atividades que estimulam a construção do conhecimento acerca de diversos códigos e linguagens, como, por exemplo, marcação do dia no calendário, brincadeiras com crachás contendo os nomes das crianças, jogos dos mais diversos tipos.
Hora da brincadeira: Brincar é a linguagem natural da criança, e mais importante delas. Acredita-se que a brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança pode expressar suas ideias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia. A brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo característico; de solucionar os conflitos que surgem, tornando-se autônoma; de experimentar papéis, desenvolvendo as bases da sua personalidade.
Compreende-se que o professor deve se encontrar em articulação com toda a equipe pedagógica para alcançar os objetivos de aprendizagem do aluno. Utiliza-se
a proposta curricular para estabelecer como se ensina e quais a maneira de avaliação, bem como a organização do tempo e espaço na sala de aula. A equipe pedagógica deve propor formação continuada aos professores para compreender a maneira de como irá se organizar visando o cumprimento das intenções da escola. Nesse sentido, a gestão deve estar presente para viabilizar o que for necessário para o funcionamento da instituição escolar.
É fundamental que ambas as partes estejam em conformidade, no sentido de gerar melhores experiências aos próprios alunos, através de atividades pedagógicas mais significativas, levando a melhores desempenhos.
A figura do diretor não é só no âmbito administrativo como muitas pessoas pensam, o seu papel também está atrelado ao pedagógico. O diretor trabalha de forma coletiva com os outros atores do processo escolar.
O diretor precisa se inteirar sobre as questões pedagógicas, o coração da equipe pedagógica dentro da escola são os professores e a própria equipe pedagógica, que vão direcionando dentro do currículo, dentro dos conteúdos a serem ministrados, dentro das metodologias que esse professor utiliza.O diretor precisa acompanhar, não só a questão das notas, das avaliações, mas principalmente a questão da evasão, aprovação e reprovação por conselho de classe.
A equipe pedagógica e os professores trazem essas informações para o diretor e nesse sentido estabelecem-se estratégias para resgatar esse aluno da evasão, e dificuldade de aprendizagem.
O diretor estabelece estratégias junto com a equipe pedagógica e junto com os professores auxiliando nessa implementação, pois não adianta somente a equipe pedagógica e os professores tentarem realizar essas ações, o diretor é o condutor de todas essas ações pedagógicas também e ele deve dar além de todo o suporte administrativo da estrutura pedagógica, materiais didáticos, valorização da biblioteca, a possibilidade de organizar essa escola dentro das metodologias da tecnologia da informação e da comunicação para que dentro da sua função enquanto diretor do escopo pedagógico possa direcionar os recursos e os encaminhamentos pedagógicos junto com a equipe pedagógica e com os professores.
4 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS
As Metodologias ativas, ao se apresentarem como estratégias de potencializar as ações de ensino e aprendizagem por meio do envolvimento dos estudantes como atores do processo e não apenas como espectadores, têm se configurado como formas de convergência de diferentes modelos de aprendizagem, incluindo, dessa forma, as tecnologias digitais para promover as ações de ensino e de aprendizagem, envolvendo um conjunto muito mais rico de estratégias ou dimensões de aprendizagem.
A aprendizagem baseada em projetos é um exemplo de metodologia ativa e envolve a resolução de problemas que façam sentido para os estudantes e nesse percurso, eles devem lidar com questões interdisciplinares, tomar decisões e trabalhar em equipe. A aula invertida, que é um dos modelos de rotação, também é uma metodologia ativa em que os espaços de ensino-aprendizagem podem envolver pequenos grupos de discussões, atividades escritas e leituras, possibilitando ao aluno a busca de novas fontes de conhecimento fora do seu contexto escolar. O ensino considerado tradicional muitas vezes torna todo o grupo homogêneo e supõe que o tempo, o ritmo e a forma de aprender são iguais para todos.
Ao utilizar diferentes estratégias de condução da aula, aliadas com propostas on-line, as metas de aprendizagem dos alunos podem ser mais facilmente atingidas e momentos de personalização do ensino podem ser identificados. O papel desempenhado pelo professor e pelos alunos sofre alterações em relação à proposta de ensino tradicional e as configurações das aulas favorecem momentos de interação, colaboração e envolvimento com as tecnologias digitais.
Com um mundo cada vez mais tecnológico, é interessante o uso de aplicativos e sites para a metodologia ativa, uma vez que são mais atrativos, principalmente para o público mais jovem, que convive com a tecnologia diariamente. As metodologias ativas potencializam a aprendizagem através do pensamento crítico, usando as tecnologias digitais, podem ajudar na construção do conhecimento.
O atual contexto sociocultural exige o desenvolvimento da competência digital de ensino, em um ambiente em que o professor deve contribuir para gerar uma atmosfera de colaboração sustentável para a implementação urgente de metodologias ativas emergentes com o uso de tecnologias digitais adaptadas ao
contexto do centro educacional.
Uma forma sustentada de atuação envolve ações como incentivar a utilização de metodologias ativas em diferentes momentos, de forma equilibrada, contextualizada e, principalmente, bem planejada. Algumas ações estão sob controle do professor que inicia a mudança em sua sala de aula. Gradativamente, desperta o interesse de outros professores da escola, que podem se envolver com a proposta e, nesse caso, é essencial o envolvimento da equipe de gestão da escola, aprovando essas modificações e avaliando o impacto dessas mudanças nas ações de ensino-aprendizagem e na instituição como um todo. Segundo Clot, a tarefa apresentada aos sujeitos consiste em elucidar para o outro e para si mesmo as questões que surgem durante o desenvolvimento das atividades com as imagens, o que, ainda segundo o autor, opera uma modificação na percepção da atividade realizada, possibilitando que ações do plano interpsicológico, por meio do diálogo com o outro, manifestem-se no plano intrapsicológico, no momento em que o sujeito, ao analisar suas ações e verbalizar sobre as condutas observadas, identifica condições de realizá-las da mesma forma ou, na maioria dos casos, de uma forma aprimorada na próxima vez.
As metodologias ativas do conhecimento são capazes de promover uma visão mais transdisciplinar e empreendedora do conhecimento, no sentido de possibilitar a atuação ativa dos alunos.
De maneira geral, o fato de o professor modificar as estratégias de condução da aula pode funcionar como disparador de reflexões sobre as relações de ensino e aprendizagem que se estabelecem em sala de aula e, consequentemente, como instrumento de análise e replanejamento de sua prática.
Toda a aprendizagem é ativa, uma vez que, para aprender é necessário algum tipo de mobilização cognitiva para que o novo conhecimento seja inserido em uma rede, modificando ou complementando aquilo que já se sabe sobre um determinado tema. Entretanto, precisamos pensar na integração das tecnologias digitais de forma criativa, crítica e que possam ser usadas em todo o seu potencial, oportunizando aos alunos um ensino mais personalizado, significativo e colaborativo.
5 PLANOS DE AULA
Plano de aula 1 Identificação
Disciplina: Pedagogia Turma: Jardim I (4 anos) Período: Matutino
Conteúdo
Musicalidade, ludicidade
Objetivo geral
Desenvolver as habilidades cognitivas, de linguagens, psicomotoras e sócio afetivas do indivíduo através da música.
Objetivos específicos
· Reconhecer o animal (o sapinho) e um dos seus ambientes preferidos;
· Incentivar e enfatizar a higiene;
· Estimular a imitação, criatividade, alegria.
· Confeccionar um brinquedo sapo babão.
· Ampliar o conhecimento das crianças sobre as cores, ressaltando as do sapo e do ambiente em que ele vive.
Metodologia
· Iniciar com os alunos assistindo um assistir o vídeo da música e cantar O sapo não lava o pé.
O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer Ele mora lá na lagoa
Não lava o pé porque não quer
· Cantar com as crianças sempre com gestos e visual, usando máscara do sapo, um fantoche para melhor memorização e entendimento,
· Pedir aos alunos que se sentem em roda para uma conversa sobre a música (interpretação).
Perguntar:
· Como se chama o animalzinho que não gosta de lavar o pé?
· Quais as cores dos sapos?
· Você gosta de lavar seu pezinho?
· Onde mora o sapo?
· Como é esse lugar, seco ou molhado?
· Quais as cores na lagoa? e ao redor da lagoa?
· Tem outro lugar em que ele também gosta de viver?
· Porque será que o sapo não lava o pé, se ele mora na lagoa onde tem água?
· Conversar e incentivar sobre a higiene.
· Estimular a imitação do som do sapo, como ele pula.
· Realizar uma atividade prática, com o auxílio da professora, a confecção de um brinquedo.
Sapo babão (brinquedo)
Como fazer: Cortar a garrafa ao meio. Desenhar o sapo no E.V.A, recortar e fazer um buraco no meio dele com a garrafa. Depois com o retalho de algodão forrar a parte de baixo do pet tapando o burraco. Encaixar no desenho do sapo de E.V.A e colar bem com fita. Molhar o tecido e colocar um pouco de detergente na parte da boca do pet. Agora é só soprar e fazer muitas bolhas.
Recursos
TV;
Máscara do sapo;
Garrafa pet 600 ml;
Desenho de sapo no E.V.A;
1 pedaço de tecido de algodão; Cola;
Água;
Detergente.
Avaliação
A avaliação se dará por observação, pela participação e envolvimento do aluno na roda de conversa e no interesse em desenvolver a atividade prática.
Referência
https://www.youtube.com/watch?v=0JkSpPZJDkE
Plano de aula 2 Identificação
Disciplina: Pedagogia Turma: Jardim II (5/6 anos) Período: Matutino
Conteúdo
Musicalidade,ludicidade
Objetivo geral
Compreender, interpretar, estimular a criatividade e imaginação, a fim de ampliar o sistema de escrita alfabética a partir das letras de músicas.
Objetivos específicos
· Ouvir com atenção e concentração para haver maior compreensão da música.
· 	Compreender a letra da música, explorando os recursos imaginários utilizados pelo autor.
· Ampliar a coordenação motora fina e ampla.
· Analisar a música através da audição, leitura e visualização.
· Ampliar o conhecimento das vogais e os sons.
· Apresentar as vogais, a partir da letra da música.
· Desenvolver a visuoespacialidade.
· Trabalhar as habilidades de localização do corpo e espaço.
· Estimular a curiosidade de conhecimento.
Metodologia
· Iniciar ouvindo com os alunos, a música Borboletinha, utilizando de suporte, o site de vídeos Youtube, mas sem que as crianças vejam o vídeo neste momento, estimulando sua imaginação no que ouvir. Após ouvir, tentaram cantar coletivamente.
Borboletinha tá na cozinha
fazendo chocolate para a madrinha Poti, poti
perna de pau olho de vidro
e nariz de pica-pau pau pau
· Analisar a música, assistir ao vídeo da Borboletinha - Galinha Pintadinha.
· Conversar para compreender a letra, fazendo perguntas:
· onde a borboletinha está?
· o que ela está fazendo?
· pra quem?
· Perna era de que?
· O olho era de que?
· E o nariz?
· Trabalhar as vogais, colorindo as mesmas na letra da música que receberam uma folha impressa.
· Realizar uma atividade com lenços coloridos; Cada criança terá um lenço;
· vamos brincar, vamos fazer como a profe faz;
· vamos pôr o lenço lá em cima, olha as cores;
· agora embaixo, vamos dançar a música borboletinha;
· vamos nos enrolar;
· vamos fazer movimentos de voar com os braços, agora com as mãos;
· põe do lado, do outro;
· vamos sacudir, mais rápido, mais devagar.
· Encaminhar a receita de brigadeiro aos pais para fazer em casa com seus filhos.
BRIGADEIRO DE PANELA
Ingredientes:
1 lata de leite condensado 4 colheres de nescau
2 colheres de manteiga ou margarina
Como fazer: Juntar esses ingredientes numa panela. Adicione o achocolatado e a manteiga, e mexer até criar consistência, ou seja, até começar a engrossar. Despeje tudo numa vasilha de vidro e leve à geladeira. Espere esfriar para servir.
Recursos Rádio; TV;
Leite condensado;
Nescau;
Manteiga.
Avaliação
A	avaliação	se	dará	por	observação,	pelo	interesse,	participação, envolvimento do aluno na roda de conversa.
Referência
https://www.youtube.com/watch?v=28iW_O5qWfU
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Realizar o estágio na educação infantil em tempos de pandemia, foi um grande desafio. Mas foi de grande valia também, pois o estágio proporcionou uma melhor compreensão sobre a profissão.
O presente estágio teve como objetivo entender o conceito, a dimensão das atividades de docência e regência. Possibilitou reconhecer a atuação do Professor que é essencial no processo de desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, ou seja, é ele o elemento fundamental para que seus alunos desenvolvam suas habilidades possam ser criados e vivenciados nas ações pedagógicas.
O professor precisa ter responsabilidade e comprometimento com a educação, sempre buscando novos meios para aplicar a metodologia de trabalho, buscando aperfeiçoamento através de leituras e capacitações.
A educação infantil é visto hoje como uma instituição que integra as funções de educar e cuidar, onde as crianças são inseridas em contextos sociais, ambientais, culturais, práticas sociais com diversas linguagens e contato com os mais variados conhecimentos para a construção de uma identidade autônoma, para que isso aconteça é preciso que o professor tenha plena consciência de qual é o seu papel na formação do aluno, pois o trabalho pedagógicos nessa idade requerem saberes e fazeres necessários para a atuação docente, considerando que essa é fase de desenvolvimento e a livre expressão das crianças que através das possibilidades e experiências vividas ampliam e desenvolvam todas as dimensões: imaginativa, lúdica, estética, afetiva, motora, cognitiva, social, criativa, expressiva e linguísticas que são desenvolvidas através da escrita e da oralidade.
REFERÊNCIAS
Lavelberg, Rosa. O Ensino da Arte na Pré-Escola: O Desenho como Construção. SP, 1988.
Vygotsky, L. S. Pensamento e Linguagens. Lisboa: Antídoto, 1979.

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