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EMB placenta e anexos fetais

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Ketlyn L A Bueno - @ketlynbueno_ 
 
1 
 
Placenta e Anexos Fetais 
INTRODUÇÃO: 
- Estruturas externas ao embrião que irão garantir o seu 
desenvolvimento, garantindo a proteção, o suporte e as 
trocas de substâncias importantes. 
- A placenta tem início com as células do 
sinciciotrofoblasto do embrião (células do trofoblasto 
que invadiram o endométrio desde o processo de 
nidação). 
 
- Essas “árvores” ao redor da cavidade coriônica são as 
vilosidades, que é onde ocorrem essa troca de 
substâncias entre a mãe e o embrião. 
- Conforme o embrião for crescendo, a cavidade 
amniótica vai tocar a placa coriônica (da cavidade 
coriônica, que surgiu no mesoderma extraembrionário). 
Durante a invasão do sinciciotrofoblasto, as células vão 
perdendo sua membrana plasmática, fundindo as 
células. Conforme as células vão invadindo, vasos 
(artérias e veias) vão sendo rompidas, e esse sangue fica 
armazenado em espaços (lacunas) dentro do 
sinciciotrofoblasto, então as vilosidades (onde estão os 
vasos do embrião) ficam em contato com esse sangue, 
mas não há mistura entre o sangue a mãe e do bebê. 
- O lado em que há as vilosidades e está em contato 
com a decídua basal é chamado de córion frondoso, 
enquanto o outro lado, sem vilosidades e está em 
contato com a decídua capsular, é chamado de córion 
liso. 
- Decíduas: basal 
(primeiro contato 
com o embrião), 
capsular (parte 
que recobre o 
embrião 
inicialmente) e 
parietal (todo o resto do endométrio que não tem 
contato com o embrião). 
OBS.: as decíduas capsular e parietal irão se fundir 
conforme o desenvolvimento do embrião. 
• Decídua basal (mãe) e córion frondoso 
(embrião): placenta de troca. 
• Decídua capsular (mãe) e córion liso 
(embrião): placenta de proteção, sustentação, 
em formato de membrana. 
OBS.: há o encontro de várias cavidades. A cavidade 
amniótica encontrou a cavidade coriônica, que 
encontram a cavidade uterina. 
OBS2.: a parte retirada ou expulsa da placenta, é a 
parte do bebê, que é o córion frondoso e o córion liso, 
e o resto (decíduas) irá descamar posteriormente. 
 
 
face fetal / face materna 
 
• Placa coriônica: na face do córion liso, é a parte 
que estava fazendo contato com o bebê, 
chamada de face fetal. Dessa parte está saindo 
o cordão umbilical e inúmeros vasos do bebê, 
que confluem para o cordão umbilical, o âmnio 
também recobre a placa coriônica e o cordão. 
• Cotilédones: na face do córion frondoso, são 
as elevações arredondadas irregulares, que 
estavam em contato com a mãe, chamada de 
face materna. Dentro desses cotilédones está o 
solto o sangue da mãe e as inúmeras 
vilosidades do bebê. São formados porque a 
decídua basal invagina para dentro da placenta, 
formando sulcos e septo. 
• Saco gestacional: é a região da placenta de 
proteção, o bebê se localiza dentro desse saco 
durante a gestação. Esse saco é formado por 2 
Ketlyn L A Bueno - @ketlynbueno_ 
 
2 
 
folhetos, o córion liso (externo – é mais corado, 
com vasos e colágeno) e o âmnio (interno – 
membrana mais resistente e completamente 
transparente). 
 
FORMAÇÃO DAS VILOSIDADES DA PLACENTA: 
- Tem início no processo de nidação: 
• Trofoblasto (citotrofoblasto – verde claro e 
sinciciotrofoblasto – verde mais escuro): 
conforme o sincicio (primeiro contato entre 
mãe e bebê) invade o endométrio, ele vai 
rompendo os vasos da mãe, deixando esse 
sangue solto dentro do tecido, formando as 
lacunas. Então depois o cito começa a crescer 
dentro do sincicio. O sincicio envolve todas as 
lacunas, que irão aumentar de tamanho e 
quantidade, diminuindo o tanto de sincicio, 
enquanto o cito está ao redor desse sincicio e 
em contato com o mesoderma 
extraembrionário. 
OBS.: o sincicio afina tanto, que pedaços dele se 
destacam da parede desse tecido, chamado de nó 
sincicial. 
• Saco vitelino (mesoderma 
extraembrionário): ainda entre o embrião e o 
cito, surge o mesoderma extraembrionário, que 
estará em contato com os tecido de 
implantação. Esse mesoderma também irá 
invadir o cito e nesse mesênquima irão surgir 
vasos do embrião, formando as vilosidades de 
troca. Na vilosidade de troca madura, todo o 
cito irá desaparecer, já que a troca ocorre por 
difusão, quanto menor a parede tecidual 
melhor será a troca. 
- Vilosidades de ancoragem (cito): o cito 
ultrapassa todo o sincicio e se coloca em 
contato com a decídua basal, recobrindo os 
cotilédones. Ele sobe porque ele ainda possui 
células individualizadas, tendo bastante 
membrana, o que é mais vantajoso para fazer 
essa ancoragem entre a decídua basal e o 
tecido do bebê (são necessária de 
especializações de membranas). Esse cito ainda 
migra para as artérias espiraladas (artérias da 
mãe que foram rompidas) e veias, deixando-as 
abertas para manter a constante renovação do 
sangue na placenta. 
OBS.: essas células do cito desgrudam e entram na 
circulação da mãe, indo para todo o corpo e se 
instalando em diversos órgãos, geralmente no coração, 
o que colabora para recuperação de possíveis lesões, já 
essas células que entraram são células tronco 
embrionárias. A mãe torna-se um mosaico, mas o 
tempo de permanência dessas células nos órgãos da 
mãe é variado. 
- Vilosidades de trocas (sincicio): o sincicio 
ainda recobre as lacunas e faz a troca. 
 
 
 
 
 
Ketlyn L A Bueno - @ketlynbueno_ 
 
3 
 
 
 
- Desenvolvimento do trofoblasto: imunomodulação 
materna e tolerância ao concepto. Assim a mãe não 
desenvolve anticorpos contra o embrião que está 
invadindo o endométrio. 
• Citocinas imunossupressoras. 
• Expressão de molécula da classe IB (HLA_G): 
complexo de imunocompatibilidade incomum, 
bloqueia reconhecimento do concepto (o útero 
fica “cego”, não vendo esse ser estranho ao 
corpo, já que o embrião tem apenas metade do 
material igual ao da mãe, sendo o resto 
diferente e, portanto, estranho). 
- Estradiol: estabelecimento da gravidez. 
• No início da 
gestação o 
estradiol 
desempenha 
várias ações 
na interface 
materno-
fetal. 
• Fatores de 
sinalização: 
VEGF (fator de crescimento endotelial); hCG, 
(gonadotropina coriônica humana); hPL 
(lactogênio placentário humano); CRH 
(hormônio liberador da corticotrofina); MIF 
(fator inibitório da migração dos macrófagos). 
 
 
CIRCULAÇÃO E TROCA (SEMPRE POR 
DIFUSÃO): 
 
- Troca de gases. 
- Troca de nutrientes e eletrólitos. 
- Transmissão de anticorpos maternos (IgG – a partir de 
14 semanas). 
- Produção de hormônios pela própria placenta: 
gonadotrofina coriônica humana, progesterona, 
hormônios estrogênicos (estriol), somatotrofina 
coriônica humana (lactogênio placentário – induz o 
amadurecimento das glândulas mamárias). 
 
OBS.: a placenta não serve de barreira contra malefícios 
(patógenos, substâncias tóxicas etc), pelo contrário, ela 
é permissiva, já que a função dela é fazer trocas e 
manter o bebê saudável. 
 
 
PLACENTA A TERMO: 
- Discoide. 
- 15 a 25 cm de diâmetro. 
- 3 cm de espessura. 
Ketlyn L A Bueno - @ketlynbueno_ 
 
4 
 
- 500 a 600 g de peso. 
- 15 a 20 cotilédones: 80 a 100 artérias espiraladas 
abertas. 
- Espaços intervilosos: 150 ml de sangue (resposto de 
3 a 4 vezes/minuto). 
- Área de superfície das vilosidades coriônicas: 14 m². 
 
 
córion frondoso / placa coriônica (grandes vasos; fibras de 
tecido conjuntivo) 
 
 
decídua basal (possui mais células) / córion frondoso (em 
branco são as lacunas; as estruturas redondas e rosadas são 
as vilosidades) 
 
MORFOLOGIAS DA PLACENTA: 
- Placenta acessória: formação de uma placenta a mais. 
 
- Placenta em raquete: implantação do cordão mais na 
periferia. Dessa forma o risco do cordão umbilical se 
romper é maior. 
 
- Placenta circunvalada: a implantação do cordão é no 
centro, no entanto o formato do córion frondoso não é 
circular. 
 
 
ÂMNIO: 
- Células amnióticas e sangue materno formam o 
líquido amniótico. 
- 30ml (10ª semana), 450 ml (20ª semana), 800 a 1000 
ml (37ª semana). 
- Volume reposto a cada 3 horas. 
- Absorve golpes. 
- Impede a aderência do embrião. 
- Possibilita movimentos fetais. 
- 5º mês: ingestão diária de 400 ml do líquido; adição 
de urina ao líquido, que será devolvido, mas esse líquido 
não contém excretas (elas são eliminadas pela placenta). 
 
 
feto eliminando 
urina 
 
 
 
 
Ketlyn L A Bueno - @ketlynbueno_ 
 
5 
 
CORDÃO UMBILICAL: 
- Contém duas artérias (sangue desoxigenado) e uma 
veia (sangue oxigenado). 
- Por um período ainda contém uma parte do saco 
vitelínico. 
- Ele é envolto por âmnio (TER simples pavimentoso), 
preenchido por tecido mucoso (tecido conjuntivo rico 
em ácido hialurônico – geleia de Wharton). 
 
 
 
GRAVIDEZ MÚLTIPLA: 
- Placenta e membranas fetais. 
• Gêmeos idênticos: um 
embrião se divide em dois embriões. 
Quanto mais cedo esse embrião se 
dividir, mais distantes serão as 
placentas. 
 
• Gêmeos fraternos: são 
dizigóticos, houve a fecundação de 
dois óvulos, que irão se implantar 
longe um do outro. Geralmente 
possuem placenta e anexos fetais 
individualizados, mas as placentas 
podem ter se unido, mantendo dois 
córion frondoso, mas unidas, caso 
os embriões se unam muito 
próximos. 
 
 
 
 
 
 
- Placenta diamniótica e dicoriônica: 
 
Ketlyn L A Bueno - @ketlynbueno_ 
 
6 
 
- Placenta monamniótica: 
 
 
Clínica 
- Lúpus eritomatoso (autoimune): causa 
abortamentos. 
- Doenças trofoblásticas gestacionais: 
• Mola hidatiforme: placenta de constituição 
incorreta, ela é invasiva em 
excesso (ao invés do sincicio 
diminuir com o 
desenvolvimento, ele 
continua aumentando) e 
com as vilosidades cheias 
de líquido e sem vasos. 
Geralmente associada com 
a fertilização de óvulo 
anucleado, então não há a 
formação de um bebê de 
fato. Um dos indícios é o 
fato de a quantidade de 
beta hCG estar em níveis 
maiores do que o esperado para o tempo de 
gravidez. 
- Mola completa. 
- Mola parcial (possui embrião de fato, mas 
geralmente são casos de triploidia e esse bebê 
normalmente não chegam a termo). 
- Mola invasiva. 
• Coriocarcinoma: se sobrar sincicio dentro do 
útero da mãe, no caso de mola hidatiforme, elas 
continuarão invadindo (mola invasiva) e darão 
origem a tumores malignos. 
 
- Nó no cordão umbilical (falso/verdadeiro): os nós 
são provenientes dos movimentos e voltas que o bebê 
faz no útero. O nó verdadeiro pode sim prejudicar o 
desenvolvimento do bebê. 
 
- Vasa prévia: implantação do cordão umbilical fora do 
córion frondoso, aumentando as condições para um 
rompimento, não sendo indicado partos normais. 
 
- Faixas amnióticas: pelo rompimento do âmnio, que 
não é grudado ao córion liso, assim ele forma faixas que 
podem se enrolar no bebê, trazendo complicações no 
desenvolvimento. 
- Polidramnio e oligodramnio: muito ou pouco 
líquido amniótico. Indicando defeitos ou na deglutição 
ou na formação do líquido. 
- Placenta prévia: placenta implantada em locais 
diferentes dos normais. 
 
 
- Descolamento de placenta: implantada no local 
correto, mas com o tempo ela vai perdendo esse 
contato, podendo gerar hemorragias. 
Ketlyn L A Bueno - @ketlynbueno_ 
 
7 
 
 
- Placentas: também são de 
crescimento excessivo, mas 
não é uma mola, ela só 
atravessou o endométrio além 
do que deveria. A criança 
nasce, só que é necessária a 
retirada de toda o útero, já que 
ela causa hemorragias graves. 
• Acreta. 
• Increta. 
• Percreta. 
- Síndrome da transfusão 
feto-fetal: quando as placentas se fundem pode haver 
um processo de transfusão entre as trocas, havendo o 
recebimento desigual, um ficará menos desenvolvido 
por falta enquanto o outro poderá ter problemas 
cardíacos por excesso. 
- Gêmeos siameses: gêmeos que possuem alguma 
parte do corpo grudadas. Tipos: torápago (tórax), 
pigópago (cocix), craniópago (crânio), xifópagos (tórax 
e abdome). 
 
- Gêmeo parasita (fetus in feto): gêmeos siameses, 
mas em que um deles vem a óbito e ficam pedaços dele 
colado ao que está vivo.

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