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Monoartrites e Poliartrites 20/09/2021 · Introdução: -Uma em cada seis consultas ambulatoriais de clínica médica é motivada por um problema músculo-esquelético -A incidência de doenças reumáticas aumenta com a idade, sendo que 60% dos pacientes com > 65 anos apresentam queixas articulares -Os problemas músculo-esqueléticos na maioria das vezes são condições autolimitadas, não oferecendo nenhum risco à saúde do paciente, devendo ser tratados com medidas simples, como repouso, fisioterapia, analgésicos, sendo que a maioria dos processos se resolverá sem sequelas graves. -O período usual de resolução de problemas músculoesqueléticos simples são de 2 a 6 semanas -Uma minoria de pacientes apresentará problemas reumatológicos mais complexos e graves · Artralgias x Artrite: -O termo artralgia (arthon: articulação, algia: dor) significa dor articular, estando ausente qualquer outro componente de inflamação -Se Além da dor, o paciente apresentar um ou mais desses sinais: calor, rubor e aumento de volume articular, denominamos artrite (ite: inflamação), que significa inflamação da articulação · Classificação das Artrites: -Monoartrite: uma articulação -Oligoartrite: 2 a 4 articulações -Poliartrites : mais de 4 articulações · Monoartrite: -A monoartrite aguda (MA) é uma das principais emergências reumatológicas -Os três principais diagnósticos a se considerar frente a um quadro de monoartrite aguda são: - Infecção - Doença por deposição de cristais (DDC), principalmente gota/Pseudogota - Trauma -O diagnóstico e tratamento precoces protege a articulação de lesão estrutural permanente, pois a artrite séptica é, na maioria dos casos, resultante de disseminação hematogênica de uma área infecciosa distante -O seu reconhecimento permite o diagnóstico e tratamento oportuno da infecção primária. · Monoartrite-Faixa Etária: · Diagnóstico Diferencial das Monoartrites Agudas -A anamnese é fundamental para o diagnóstico diferencial das MA -A história detalhada das características da dor incluindo a qualidade da dor - Fatores de exacerbação e remissão -Apresentação inicial e duração -A dor intra-articular, deve ser diferenciada da dor proveniente da região periarticular, como por exemplo, quadros de bursite e tendinite ou erisipela que afete a área articular • Dor Periarticular: -A movimentação articular encontra-se preservada -Dor à palpação das regiões periarticulares como as bursas e os tendões Diagnóstico Diferencial das Monoartrites Agudas • A mobilidade articular é de extrema importância, pois a limitação passiva e ativa da articulação representa um quadro de sinovite articular (inflamação ou infecção) ou alteração estrutural importante • Lesões Periarticulares: a mobilidade ativa pode apresentar comprometida, porém com mobilidade passiva preservada Diagnóstico Diferencial das Monoartrites Agudas O início súbito de artralgia faz pensar em um quadro de trauma Um quadro com evolução gradual e insidiosa (de horas a um ou dois dias) deve levantar a suspeita de infecção ou doença por deposição de cristais (DDC). Diagnóstico Diferencial das Monoartrites Agudas • Em casos com evolução de dias a semanas os principais diagnósticos são: infecção por micobactérias, fungos, osteoartrose e tumor • Pacientes com histórico de uso de drogas, por via venosa ou infecção recente devem ser investigados exaustivamente para uma artrite infecciosa -Aqueles que têm um histórico prévio de dor aguda e edema (artrite) com remissão espontânea provavelmente são portadores de doença por depósito de cristais -Outros fatores importantes são: sobrecarga articular (trauma), uso prolongado de corticóide (infecção, osteonecrose), presença de diátese hemorrágica ou uso de anticoagulantes orais (hemartrose). -Pacientes em pós-operatório imediatos ou internados por intercorrências clínicas, são mais susceptíveis a DDC e a quadros infecciosos -Os sintomas característicos da artrite séptica e DDC são: dor intensa, edema, eritema e restrição de mobilidade na articulação acometida -Os sintomas gerais podem ser descritos por febre e mal estar. A febre está frequentemente presente na artrite séptica, podendo estar ausente em alguns casos. Pode também estar associada a uma crise de agudo de gota ou pseudogota, artrite reumatóide, sarcoidose e artrite reativa. · Manuseio Inicial -Artrocentese Diagnóstica (Punção Articular): -Realizar sempre que houver a presença de derrame articular -A análise do líquido sinovial engloba: celularidade total e diferencial, Gram, cultura e a pesquisa de cristais com microscopia de luz polarizada -Deve-se lembrar sempre que a presença de cristais no líquido sinovial não deve afastar a possibilidade de artrite séptica, pois pode haver concomitância entre artrite infecciosa e DDC · Punção Articular: · Manuseio Inicial - Raio X: -A radiografia, embora frequentemente normal, pode revelar informações importantes: fratura suspeita, osteonecrose (radiografia normal nos estágios iniciais), sinais de osteoartrose, tumor ósseo justa-articular, erosões por tofos e condrocalcinose (depósito intrarticular de pirofosfato de cálcio) -Fratura de Joelho -Condrocalcinose de Joelho -Tumor de Células Gigantes no Joelho · Manuseio Inicial –Ultrassom (US)+ Punção: -Adjuvante na Punção -A acurácia na detecção de derrames articulares através da US, é superior ao exame clínico e pode ser utilizado para obter a via de punção mais adequada -Os principais locais de punção articular dentro de um serviço de emergência são: joelho, ombro, tornozelo, cotovelo e em alguns casos selecionados o quadril. · Doença por depósito de cristais (DDC): -Além da gota, ocasionada pelo depósito de cristais de monourato de sódio, a pseudogota, causada pelo depósito de cristais de pirofosfato de cálcio é uma causa comum de monoartrite em pacientes idosos -A pesquisa de cristais no líquido sinovial, é de extrema importância para o diagnóstico dessas doenças -Os cristais de hidroxiapatita também podem causar DDC, porém com menor frequência · Gota: -É uma doença causada pelo depósito de cristais de urato monossódico, sendo caracterizada pela supersaturação extracelular de urato -Os pacientes em algum momento da doença irão apresentar hiperuricemia, embora isso possa não ocorrer durante a crise aguda, podendo estar normal ou até mesmo diminuído em 12-43% dos pacientes -Porém, a maioria dos indivíduos hiperuricêmicos nunca irá desenvolver um quadro de gota -Quadro: deposição tecidual de cristais de urato e processo inflamatório concomitante e suas possíveis consequências degenerativas -Algumas causas relacionadas com a crise aguda de gota são: trauma, cirurgia, uso de alguns fármacos que afetam as concentrações de urato como o alopurinol, agentes uricosúricos, os tiazídicos e o ácido acetilsalicílico. Além disso, alguns hábitos dietéticos como o consumo de álcool, carnes e peixes -A crise aguda é caracterizada clinicamente por dor intensa, vermelhidão, edema e incapacidade funcional. -A intensidade é gradual atingindo seu ápice em algumas horas -A resolução completa em alguns dias á semanas, mesmo quando não tratada. -Envolve tipicamente uma única articulação em mais de 80% dos casos, sendo a primeira articulação metatarsofalangeana a mais comumente acometida (podagra) e posteriormente o joelho -O acometimento de outras articulações como o cotovelo, punho ou dedos podem ocorrer, de forma menos frequente · Diagnóstico: -Hiperuricemia, porém nem sempre -A gota aguda monoarticular pode apresentar-se de forma indistinguível da artrite séptica, podendo inclusive se apresentar com febre e leucocitose, além de elevação das proteínas de fase aguda -Em raras ocasiões a gota aguda pode coexistir com quadro de artrite séptica -A aspiração do líquido sinovial, assim como na artrite séptica, é de vital importância para o diagnóstico adequado, o qual é confirmado através da análise do líquido sinovial, da realização de Gram e culturas para descartar um processoséptico -Achados de cristais birrefringentes dentro de neutrófilos em pacientes com crise aguda de gota é de pelo menos 85%, com especificidade para gota de 100%. -A resolução do quadro pode ser muitas vezes, acompanhada, por descamação da pele que recobre a articulação afetada. · Gota-Critérios p/ o Diagnóstico Clínico: -Caso não se possa realizar a análise do líquido sinovial, o critério será clínico e pela história do paciente: -História clássica de um ou mais episódios de artrite monoarticular, seguido de um período intercrítico completamente livre de sintomas; - Pico da inflamação em 24 horas; - Resolução rápida da sinovite após início da terapia -Crise acometendo unilateralmente a primeira articulação metatarsofalangeana; -Hiperuricemia; -Cistos ósseos subcorticais aparentes à radiografia; -Líquido sinovial estéril obtido de uma articulação durante a crise aguda · Gota-Tratamento: -O principal objetivo do tratamento da crise aguda é o alívio imediato da dor com retorno da funcionalidade articular -Medicações que diminuam o processo inflamatório: Colchicina, os AINES e o corticoide (sistêmico ou intra-articular) -A terapia com hipouricemiante não deve ser iniciada durante a crise aguda -Porém, se o paciente já se encontre em uso de tal medicação (hipouricemiante) esta não deve ser retirada nem a dose modificada · Pseudogota: -As articulações mais comumente envolvidas em pacientes com doença provocada pela deposição de cristais de pirofosfato de cálcio são os joelhos e punhos -O diagnóstico baseia-se no exame do líquido sinovial e identificação dos cristais de pirofosfato de cálcio -A base do tratamento é o mesmo usado para gota. · Artrite Séptica: -Trata-se de um quadro de grande morbidade quando não diagnosticado e tratado rapidamente, colocando a vida do paciente em risco -Apresenta-se geralmente de forma insidiosa, com sinais inflamatórios intensos, sendo que na grande maioria dos casos é monoarticular (> 80%) podendo levar a um quadro avançado de sepse -As articulações mais acometidas são os joelhos (44%), quadril (17%), ombro (10%), tornozelo (8%), cotovelo (7%), punho (6%) e mão (4%) · Artrite Séptica-Fatores de Risco: -Idade > 80 anos -Artrite reumatoide -Lúpus eritematoso sistêmico -Diabetes mellitus -Nefropatia -Pacientes imunossuprimidos -Infecções cutâneas -Uso de fármacos por via venosa Qualquer alteração articular estrutural como: - Artrite reumatóide - Osteoartrose - Procedimentos articulares prévios · Artrite Séptica-Agentes etiológicos: -O agente etiológico mais comum é o Staphylococcus (64%), sendo o Staphylococcus aureus o mais comum da espécie, seguido do estreptococo (20%) e pelo pneumococo (12%) e outros agentes nos demais casos. -Não esquecer que em pacientes com mais de 60 anos, os agentes Gram- negativos podem ser os responsáveis em até 15% dos casos . -A infecção gonocócica disseminada (IGD) é a mais comum causa de monoartrite aguda não traumática em adultos jovens -O paciente apresenta intensa poliartralgia assimétrica, a qual pode ser aditiva ou migratória, com pico dentro de poucos dias e pode resolver espontaneamente na apresentação clinica usual -Febre de moderada intensidade e calafrios são comuns -Lesões cutâneas ocorrem em 2/3 ou 3/4 dos casos e são não pruriginosas, pápulas, pústulas ou vesículas com base eritematosa, envolvendo o tronco e os membros, poupando face e couro cabeludo. -infecção gonocócica disseminada (IGD) -Tenossinovite ocorre em 1/2 ou 2/3 dos casos, mais comumente sobre o dorso das mãos, dedos, punhos, tornozelos e pés, sugerindo o diagnóstico presuntivo. -A artrite é observada em menos de 50% dos casos. -A monoartrite é mais frequente do que a poliartrite. Qualquer articulação pode ser afetada. -As mais comumente afetadas são: o joelho, seguida de punhos, tornozelos e dedos -Infecção gonocócica disseminada (IGD) -O diagnóstico é baseado na anamnese, exame físico, cultura do líquido sinovial, hemocultura e cultura de qualquer lesão cutâneo- mucosa da faringe, uretra, cervix ou reto -Entretanto, a artrite bacteriana não gonocócica é considerada a mais potencialmente perigosa e destrutiva forma de monoartrite aguda. · Artrite Séptica-Diagnóstico: -O diagnóstico é sugerido pelo quadro clínico de monoartrite abrupta associado a calor, edema, febre e considerável dor a mobilidade passiva e ativa em 80% a 90% dos casos A anamnese direcionada à infecções prévias em pele, pulmão ou bexiga será positivo em 50% dos casos Os exames laboratoriais geralmente são inespecíficos. Artrite Séptica-Diagnóstico A análise do líquido sinovial e a cultura devem ser sempre realizados, sendo que o líquido deve ser levado para análise imediatamente A antibioticoterapia, por via venosa, deve ser iniciada de forma precoce A cultura do líquido sinovial é positiva em 90% dos casos, porém o Gram é positivo em somente 50% dos casos Artrite Séptica-Diagnóstico As hemoculturas são positivas em 50% a 70% dos caso Se o Gram e a cultura forem negativos o diagnóstico é improvável O hemograma e as provas de atividade inflamatória (VHS e PCR) são importantes para uma avaliação inicial, além auxiliarem no monitoramento da resposta clinica ao tratamento O exame radiológico demonstra aumento de partes moles, sendo importante como parâmetro da evolução clinica na suspeita posterior de complicação por osteomielite Artrite Séptica-Tratamento A escolha da antibióticoterapia deve levar em conta a gravidade do quadro clinico, idade, comorbidades, grupo de risco e o Gram Após o atendimento no serviço de emergência o paciente deve ser encaminhado para a Reumatologia ou Ortopedia O prognóstico está diretamente relacionado com os fatores de riscos e a virulência do agente causador, mas principalmente com a rapidez e precisão com que é feito o diagnóstico e iniciada a terapia Artrite Séptica-Tratamento Lesão articular permanente ocorre em até 50% dos casos e dependerá diretamente do tratamento inicial instituído Os fatores de pior prognóstico são: -Idade maior que 65 anos, -Envolvimento poliarticular (pode ocorrer em até 13% dos casos) -Imunossupressão Conclusão As monoartrites agudas são comuns nos serviços de emergência sendo necessária de adequada avaliação das possíveis etiologias A forma mais grave é a artrite bacteriana não gonocócica, pois pode levar a destruição permanente da articulação acometida além do óbito do paciente O manuseio rápido e correto influencia de forma significativa o desfecho clinico Monoartrite aguda Caso Clínico Paciente do sexo masculino, 42 anos, branco, católico, natural e procedente de Minas Paciente procurou o PS por dor aguda no ombro esquerdo há 7 dias após queda da própria altura, com piora nos últimos 3 dias, com quadro de calafrios, sudorese e sensação de febre ( não medida) Nega antecedentes pessoais relevantes ou comorbidades ou doenças prévias Caso Clínico-Exame Físico Sudoreico, febril 38,5C Diminuição da amplitudo do ombro E Articulação ruborizada e edemaciada Dor intensa ao toque da articulação Caso Clínico-Exames Laboratoriais Hemograma: -Leucócitos= 14.200/mm3 ( até 10.000) Proteína C Reativa( PCR)=168 mg/l ( até 3) Hemoculturas=Negativas RX ombro E=Não se observou fraturas ou luxações Us Ombro E=Sugestivo de inflamação+ processo infeccioso, Pequena coleção líquida ao nível articular Punção + Biópsia guiada por US=Realizada sem sucesso RNM=Aumento do espaço articular, erosão óssea Caso Clínico Devido a exuberância do caso, paciente foi internado, sendo prescrito antibióticoterapia empírica Paciente evoluindo bem na internação, afebril , recebendo alta no Décimo dia de internação, para terminar tratamento em casa Exames do Décimo dia pós tratamento -Leucócitos: 7700/mm3 PCR= 90 mg/l Caso Clínico Após 2 meses da internação, paciente retorna ao ambulatório de clínica médica -Leuco= 5.000/mm3 PCR= 1,3 mg/l -RNM=Resoluçãodo processo inflamatório Caso Clínico Qual o Diagnóstico? Agentes etológicos mais comuns para esse caso? Poliartrites Acometimento articular de mais de 4 articulações Padrão de acometimento articular, associado a diversas doenças não reumáticas Agudas se o tempo de manifestação é menor que 6 semanas A cronicidade (mais de 6 semanas) é um aspecto primordial para se estabelecer o diagnóstico de afecção reumáticas, com tratamento prolongado POLIARTRITE-CAUSAS AGUDAS POLIARTRITE-CAUSAS CRÔNICAS Poliartrites-Manifestações Cutâneas Eritema Marginado (Febre Reumática aguda) Lesões eritemato-descamativas (Psoríase) Perda da elasticidade da pele(Esclerodermia) Nódulos subcutâneos(AR, Gota, poliarterite nodosa) Eritema malar( Lúpus ) Alopécia Fenômeno de Reynaud Heliótropo : manchas violáceas nas pálpebras superiores( polimiosite) Pápulas de Gottron: formações escamoso-violáceas em dedos, cotovelos e joelhos(polimiosite) Eritema Marginado (Febre Reumática aguda) Psoríase Heliótropo (Polimiosite) Pápulas de Gottron-Polimiosite) Eritema malar( Lúpus ) POLIARTRITE CRÔNICA Artrite Reumatóide Doença auto-imune Poliartrite periférica simétrica Deformidade e destruição articular por erosão dos ossos e cartilagens Afeta pequenas e grandes articulações Mulheres são 2x mais afetadas que homens Aumento da incidência com a idade POLIARTRITE CRÔNICA Artrite Reumatóide Critérios clínicos e laboratoriais: 4 dos 7 critérios 1-Rigidez matinal de pelo menos 1 hora 2-Artrite de 3 ou mais articulações 3-Artrite de articulações das maõs ( punho, interfalangeanas proximais e metacarpofalangeanas) 4-Artrite simétrica 5-Nódulos reumáticos 6-Fator reumatoide sérico 7-Alteraçãoes radiológicas: Erosão ou descalcificação localizadas em RX de mão e punhos POLIARTRITE CRÔNICA Artrite Reumatóide POLIARTRITE CRÔNICA Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) Doença auto-imune Afeta articulações, pele, rins, cérebro, coração, pulmão e sistema hematológico Lúpus Cutâneo: manchas avermelhadas na pele, principalmente nas áreas expostas á luz solar ( face, orelhas, colo) Lúpus Sistêmico: Vários órgão acometidos Maior acometimento de mulheres na idade dos 20-45 anos POLIARTRITE CRÔNICA Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) Sintomas: Febre baixa, emagrecimento, inapetência, fraqueza e desânimo Poliartrite simétrica episódica, de caráter migratório ou aditivo, quase sempre não deformante Artralgias e/ou edema em mão, punho, joelhos e pés, dolorosas e intermitentes , com períodos de melhora e piora O acometimento articular ocorre em 90% das pessoas com LES POLIARTRITE CRÔNICA Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) Critérios Diagnósticos ( Pelo menos 4 dos critérios) 1-Rash malar 2-Lesão discóide 3-Fotossensibilidade 4-úlceras orais 5-Artrite de 2 ou mais articulações 6-Serosite ( pleura e/ou pericárdio) 7-Renal( proteinúria e/ou cilindros) 8-neurológico: convulsão e/ou psicose POLIARTRITE CRÔNICA Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) 9-Hematológico: -anemia hemolítica e/ou -Leucopenia( <4000/mm3) e/ou -Linfopenia( <1500/mm3) e/ou -Plaquetopenia( <100.000/mm3) 10-Alterações imunológicas Anticorpos: Anti-DNA e/ou, anti-SM e/ou, antifosfolípides e/ou, anti- nuclear( FAN) POLIARTRITE CRÔNICA Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) POLIARTRITE CRÔNICA Artrite Psoriática Psoríase: Lesões avermelhadas, escamosas que acomete principalmente joelhos, cotovelos e couro cabeludo Artrite Psoriática: -5-40% dos indivíduos com psoríase podem ter artrite -Articulações acometidas: Quadril, joelhos e extremidades das mãos e pés -Se assemelha muito com a AR, sem a presença de anticorpos Acometimento de homens e mulheres ( igualmente) Mais prevalente na raça branca Associado com o HLA-B27 Espondilite Anquilosante-Oligoartrite ( 2-4 articulações) Doença auto-imune Maior acometimento de homens jovens< 40 anos Artropatia soronegativa Artralgia progressiva de grandes articulações, principalmente da coluna, articulações sacro-ilíacas, oligoartrite assimétrica de grandes articulações periféricas, entesopatias ( inflamação dos tendões, nas cápsulas articulares) Espondilite Anquilosante (“coluna em Bambu”) Espondilite Anquilosante Limitação gradativa dos movimentos da coluna, por fusão vertebral denominada Anquilose A evolução da doença pode haver acometimento das costelas, restringindo o movimento do tórax, dificultando a respiração Pode haver fratura vertebral Pode haver uveíte, colite e psoríase associada 90% dos acometidos apresentam o HLA-B27 positivo
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