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Caso 1 Vigilância emSaúde e Imunização revisado c gabarito

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DISCIPLINA : M2/ AISF II
 CASO 1. Vigilância em Saúde/Imunização
 DATA : Agosto/2011
	
CURSO DE MEDICINA
	
	 Professoras : Carla, Cristina, Patricia
 
 Clara, 3 anos, residente no Morro da Coroa (Santa Teresa/RJ), tinha febre quando acordou pela manhã e não quis se alimentar. Lídia, sua mãe trabalha em casa de família em São Conrado e já estava atrasada, deu para ela dipirona e como faz todo dia a levou para a creche comunitária. Após o almoço, Lídia recebeu um telefonema no local de trabalho da responsável pela creche, que Clara permanecia com febre alta, chorosa e havia vomitado algumas vezes. A mãe teve que terminar parte do serviço iniciado e comunicou à sua patroa que teria que sair mais cedo. 
No retorno para Santa Teresa, o transito estava engarrafado e Lídia só conseguiu chegar na creche após às 16 horas. Em casa, percebeu que sua filha não estava bem, com febre alta e choro forte. Tentou acalmá-la com um banho morno, porém durante este, Clara apresentou convulsão. A mãe muito assustada, correu com a filha para a rua e pediu ajuda aos vizinhos, que conseguiram que um taxi que as levou para a Emergência do Hospital Souza Aguiar. Ao chegarem lá, Clara parecia desmaiada e apresentava pontos avermelhados escuros na pele. Apesar da fila de espera para o atendimento, ela foi passada para frente. A pediatra que a atendeu, pediu para que o pessoal de enfermagem puncionasse a veia e iniciassem imediatamente o antibiótico.
A pediatra disse à Lídia que Clara apresentava um quadro de meningite e que teria que ser feita uma punção lombar para confirmação e identificação da bactéria. 
Diante da situação descrita acima, problematize o trajeto terapêutico de até então, relacionando-o às condições / contexto de vida de Clara e Lídia e proponha um projeto terapêutico que inclua as ações programáticas elencadas pelo Ministério da Saúde para assistência frente a um caso suspeito de Meningite. 
As condições de vida influenciam muito na presteza do atendimento diante de situações emergenciais, como no caso da meningite meningocóccica (forte indicativo de suspeita devido ao quadro clínico rápido e o sinal de vasculite – ptéquias e microsufusões hemorrágicas na pele). O medo de perder o emprego provavelmente deve ter contribuído para que Lídia não buscasse imediatamente o atendimento na unidade primária próxima a sua casa, logo quando ao acordar percebeu a sua filha febril e com queda do estado geral.A fragilidade de grande parte das relações de trabalho dos/as empregados/as domésticos, a distância da moradia ao emprego, o trânsito dificultado na cidade (muitas vezes sem uma política adequada de transporte público), a falta de outra pessoa em casa para apoiar no cuidado de Clara (não foi mencionado presença paterna ou de outra referência familiar – grande parte das famílias brasileiras são mantidas pela mãe ou avós), todos estes fatores influenciaram de forma negativa no itinerário terapêutico de Clara, tendo em vista que a presteza no atendimento em casos de meningococcemia é muito importante.Ao levar Clara para a creche, houve a exposição das demais crianças e cuidadores/as que em geral permanecem m longo período no mesmo ambiente fechado (mais de 6 horas). Por outro lado, grande parte das creches comunitária não dispõe de profissional de saúde no seu quadro permanente. Portanto a notificação do caso ou da suspeita de meningite deve ser imediatamente feita para à unidade de vigilância da área (Serviço de Vigilância Epidemiológica do Centro de Saúde da área), pois deve ser realizada a investigação epidemiológica de meningite e medidas devem ser tomadas em relação aos comunicantes íntimos (quimioprofilaxia com rifampicina e acompanhamento). Além, de atividades educativas e de esclarecimento na creche, na comunidade, dentre outros locais, nas quais Clara costuma transitar.A partir da confirmação bacteriológica, Clara permanecerá hospitalizada, monitorada, recebendo antibiótico venoso, evitando complicações hemodinâmicas. Poderá receber alta hospitalar após alguns dia de medicação venosa, no caso de melhora clínica e afastado risco de vida, para continuar o antibiótico em regime ambulatorial até completar 10 a 14 dias de tratamento. Tem direito a acompanhamento full time de sua mãe, enquanto estiver hospitalizada. A equipe interdisciplinar hospitalar (Serviço Social, Psicologia, Nutricionista, Enfermagem, Farmacêutico, etc...) deve atuar visando garantir o direito ao cuidado e a qualidade deste.Com a alta, deverá ser orientada para acompanhamento ambulatorial mais seguido no início, tendo em vista o risco de complicação neurológica. No caso que esta ocorra, deverá contar com uma rede de reabilitação (neurologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, etc...) e equipamentos respectivos, para que o dano a seu crescimento e desenvolvimento seja o menor possível.A unidade primária deve acolher também a gestão do cuidado pós alta hospitalar de Clara, acionando redes de apoio, nos casos necessários.
 Ao pedir à Lídia a caderneta da criança” de Clara, durante anamnese mais detalhada depois da internação, quais vacinas a pediatra esperava que estivessem registradas como realizadas segundo o calendário do Ministério da Saúde.
Quantas às vacina que já deveriam ter sido administradas aos 3 anos de vida são: Ao nascer: primeira dose de hepatite B e BCG 1 mês: segunda dose de hepatite B 2 meses: primeira dose de Sabin, Tetravalente (HBC e DPT), rotavirus humano oral e primeira dose da vacina pneumocócica 10 conjugada 3 meses: primeira dose de vacina meningococcica C conjugada
4 meses: segunda dose de Sabin, Tetravalente (HBC e DPT), rotavirus humano oral e segunda dose da vacina pneumocócica 10 conjugada 5 meses: : segunda dose de vacina meningococcica C conjugada 6 meses: terceira dose de Sabin, Tetravalente (HBC e DPT) e hepatite B e terceira dose da vacina pneumocócica 10 conjugada 1 ano: primeira dose de tríplice viral e reforço da vacina pneumocócica 10 conjugada 1 ano e 3 meses: reforço da Sabin, Tetravalente e da vacina meningococcica C conjugada

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