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LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

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1 
REUMATOLOGIA Luísa Lavall Dill – UCPEL, ATM 23 
Lúpus eritematoso sistêmico 
EPIDEMIOLOGIA 
• Prevalência de 20-150 por 100.000 pessoas 
• Incidência de 1-25 por 100.000 pessoas 
• Maior frequência em asiáticos, afro-americanos, 
caribenhos e hispânicos do que caucasianos 
• Maior em mulheres: em decorrência do estrogênio 
- Crianças 3 : 1 (mínima proporção hormonal) 
- Adultos 7-15 : 1 (mulheres em idade fértil) 
- Idosos 8 : 1 (pós-menopausa) 
• Início da doença: 
- 20%: < 16 anos 
- 65%: 16 a 55 anos 
- 15% > 55 anos 
• Nas crianças, o lúpus tende a ser mais grave, pois tem 
mais lesões mucocutâneas, renais... 
• Nos idosos, a doença é mais branda 
ETIOLOGIA 
• Desconhecida 
• Doença autoimune, onde os autoanticorpos atacam o 
próprio corpo realizando a deposição de 
imunocomplexos nos órgãos e dano tecidual 
• Multifatorial 
- Genéticos 
- Hormonais 
- Imunológicos 
- Ambientais 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Doença heterogênea com comprometimento variável 
• Sem característica ou testes patognomônicos 
• Pode afetar praticamente qualquer órgão: 
- Comprometimento leve: cutâneas e articulares 
- Comprometimento grave: renais, hematológicas 
ou SNC 
• Características do LES podem se assemelhar a outras 
doenças 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINTOMAS CONSTITUCIONAIS 
• Fadiga (80-100% dos pacientes, podendo ser 
incapacitante) 
• Febre (doença ativa) 
• Mialgia 
• Emagrecimento ou ganho de peso (perda de 
proteínas ou associado ao uso de corticoides no 
tratamento) 
ENVOLVIMENTO ARTICULAR (90% DOS CASOS) 
• Artrite 
- Migratória, poliarticular e simétrica 
- Moderadamente dolorosa 
- Não erosiva 
- Raramente deformante à inclusive são passíveis 
de resolução 
 
 
2 
REUMATOLOGIA Luísa Lavall Dill – UCPEL, ATM 23 
 
ENVOLVIMENTO MUCOCUTÂNEO 
• Eritema (rash) malar à em asa de borboleta 
• Fotossensibilidade 
• Lesões discoides (inflamatórias) 
• Alopecia 
• Úlceras orais e/ou nasais 
 
 Rash malar lesões discoides 
ENVOLVIMENTO CARDÍACO 
• Pericardite com ou sem derrame 
• Endocardite de Libman-Sacks 
• Doença arterial coronariana 
• Bloqueio cardíaco (lúpus neonatal) 
ENVOLVIMENTO VASCULAR 
• Fenômeno de Reynaud 
• Vasculite: principalmente cutâneo 
• Doença tromboembólica 
ENVOLVIMENTO RENAL 
• Nefrite lúpica 
• Glomerulonefrite 
 
 
MESANGIAL: depósitos de IgG no mesângio (ativam 
complemento e inflamação) 
 
PROLIFERATIVA: depósito intenso e difuso de IgG no 
mesângio e nas alças capilares periféricas, o que é 
consistente com a distribuição subendotelial 
 
MEMBRANOSA: depósitos imunes subepiteliais (não se 
caracterizam tanto por reação inflamatória, portanto os 
achados na urina são mais normais) 
ENVOLVIMENTO GASTROINTESTINAL 
• Esofagite 
• Pseudo-obstrução intestinal 
• Enteropatia perdedora de proteínas 
• Hepatite lúpica 
• Pancreatite aguda 
• Vasculite mesentérica 
• Isquemia mesentérica 
• Peritonite 
• Reações adversas a medicamentos e infecções 
ENVOLVIMENTO PULMONAR 
• Pleurite com ou sem derrame pleural 
• Pneumonite 
3 
REUMATOLOGIA Luísa Lavall Dill – UCPEL, ATM 23 
 
• Doença pulmonar intersticial 
• Hipertensão pulmonar 
• Síndrome do pulmão encolhido 
• Hemorragia alveolar 
• Infecções precisam ser diferenciadas e descartadas 
ENVOLVIMENTO PSIQUIÁTRICO 
• Disfunção cognitiva 
• Síndromes cerebrais orgânicas 
• Psicose 
• Convulsões 
• Cefaleia 
• Neuropatias periféricas / cranianas 
• Distúrbios do movimento 
• Mielite 
• Meningite 
• Depressão / ansiedade 
• Psicose pelos glicocorticoides pode ser tanto uma 
manifestação da própria doença, como também em 
decorrência do tratamento* 
ANORMALIDADES HEMATOLÓGICAS 
• Anemia 
- Anemia por doença crônica é mais comum 
- Anemia hemolítica é mais raro porém mais grave 
• Leucopenia (50% dos pacientes) – se correlaciona 
com a doença ativa 
- Linfopenia e/ou neutropenia 
• Plaquetopenia (rara porém grave) 
• Linfonodomegalias (cervical, axilar e inguinal) 
• Esplenomegalias – doença ativa 
ENVOLVIMENTO OFTALMOLÓGICO 
• Ceratoconjuntivite sicca (síndrome do olho seco 
associada a outra doença que se associa ao lúpus) 
• Vasculite retiniana (mais comum) 
• Neuropatia óptica 
• Episclerite 
• Esclerite 
• Uveíte anterior 
• Toxicidade ocular secundária a medicamentos * 
(glaucoma e catarata) à corticoides e cloroquina 
HISTÓRIA E EXAME FÍSICO 
• História médica completa com atenção aos sinais e 
sintomas (fadiga, febre, alopecia...) 
• Exame físico completo (eritema de pele, articulações 
com sinais flogísticos, alterações dos sons 
respiratórios, edema...) 
EXAMES LABORATORIAIS 
MAIS GERAIS (PODEM OCORRER EM DOENÇAS) 
• Hemograma completo: podem revelar anemia, 
leucopenia e/ou plaquetopenia 
• Creatinina: aumentada demonstra disfunção renal 
• EQU: hematúria, proteinúria e/ou cilindrúria 
• PCR e VHS: aumentados 
• EFP séricas: hipergamaglobulinemia à processo 
inflamatório sistêmico 
MAIS ESPECÍFICOS DO LÚPUS 
• FAN 
- Reagente em praticamente todos os pacientes 
com LES 
- Atentar para possíveis resultados falsos-positivos 
- Padrão e titulação são importantes 
- Baixa especificidade!!! 
- Além do lúpus, outras doenças cursam com FAN 
positivo 
- Muito útil para diagnóstico inicial (alta 
sensibilidade) 
 
FAN positivo à partir para exames que detectam 
autoanticorpos 
4 
REUMATOLOGIA Luísa Lavall Dill – UCPEL, ATM 23 
 
ANTICORPOS ESPECÍFICOS 
• Anti DNA dupla hélice 
• Anti Sm 
- Altamente específicos para LES 
- Sensibilidade de 70% à anti DNA dupla hélice 
- Sensibilidade de 30% à anti Sm 
• Anti Ro/SSA e anti La/SSB à mais associados a 
síndrome de Scheie (associada ao lúpus) 
• Anti RNPà presente nos pacientes com doença mista 
do tecido conjuntivo 
• Anti P (alta especificidade porém baixa sensibilidade), 
não é muito utilizado 
• Anticorpos antifosfolípides (anticoagulante lúpico, 
anticardiolipina IgG e IgM, anti B2 glicoproteína IgG e 
IgM) 
• C3 e C4 
• Relação proteinúria/creatinúria em amostra de urina 
OUTROS EXAMES 
• Fator reumatoide / anti CPP à descartar doença 
reumatológica (30% dos pacientes com lúpus tem o 
fator reumatoide positivo!) 
• Hepatite B, hepatite C, parvovírus B19, EBV 
• CPK (revela miosite e lesão muscular) 
• Proteinúria e creatinúria de 24 horas 
• Biópsia de órgão (pele e rim principalmente) 
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO 
• Não são para fins de diagnóstico, e sim de pesquisa! 
• Critérios de ACR 1997 (4 dos critérios, não importa 
qual) 
- S 82,8% 
- E 93,4% 
• Critérios de SLICC 2012 
- S 96,7% 
- E 83,7% 
• Critérios EULAR / ACR 2019 
- S 96,1% 
- E 93,4% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
REUMATOLOGIA Luísa Lavall Dill – UCPEL, ATM 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACR 1997 – CLASSIFICADO COM LES SE PELO MENOS 4 CRITÉRIOS 
 
 
 
6 
REUMATOLOGIA Luísa Lavall Dill – UCPEL, ATM 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SLICC 2012 – CLASSIFICADO COM LES SE: PELO MENOS 4 CRITÉRIOS (INCLUINDO UM CLÍNICO E UM 
IMUNOLÓGICO) OU BIÓPSIA RENAL COM NEFRITE LÚPICA E FAN E/OU ANTI DNA REAGENTES 
 
 
 
7 
REUMATOLOGIA Luísa Lavall Dill – UCPEL, ATM 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EULAR / ACR 2019 – CLASSIFICAÇÃO COM LES SE PONTUAÇÃO MAIOR OU IGUAL A 10 à CRITÉRIO 
OBRIGATÓRIO DE ENTRADA É TER FAN REAGENTE 
 
 
 
 
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REUMATOLOGIA Luísa Lavall Dill – UCPEL, ATM 23 
 
DIAGNÓSTICO 
• Achados clínicos 
• Achados laboratoriais 
• Exclusão de diagnósticos alternativos 
• Critérios de classificação auxiliam 
NA AUSÊNCIA DE “CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO” 
• LES definitivo: paciente que atende a critérios ACR 
1997 ou SLICC 2012 
• Provável/possível LES: paciente que não atende aos 
critérios ACR 1997 ou SLICC 2012 mastem outras 
manifestações não incluídas nos critérios 
• Doença indiferenciada do tecido conjuntivo * 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Artrite reumatóide (AR) 
• Rhupus (artrite reumatoide sobreposta ao lúpus) 
• Doença mista do tecido conjuntivo (DMTC) 
• Doença indiferenciada do tecido conjuntivo 
• Esclerose sistêmica (ES) 
• Síndrome de Sjogren (SS) 
• Vasculite 
• Doença de Behçet 
• Dermatomiosite/polimiosite 
• Doença de Still do adulto 
• Doença de Kikuchi 
• Doença do soro 
• Fibromialgia 
• Infecções à EBV, CMG 
• Esclerose múltipla 
• Malignidades 
• Púrpura trombocitopênica trombótica 
CONDIÇÕES ASSOCIADAS 
• Síndrome antifosfolípide 
• Síndrome de Sjogren secundária 
• Fibromialgia 
• Osteonecrose 
• Infecções 
• Outras doenças auto-imunes 
TRATAMENTO 
• Abordagem individualizada e guiada pelas 
manifestações predominantes da doença 
• Avaliar: 
1. Atividade da doença 
2. Gravidade da doença 
• Histórico de medicamentos 
• Exame clínico 
• Exames laboratoriais para monitoração (relacionados 
a doença ativa) 
- Hemograma completo 
- PCR e VHS 
- Creatinina 
- IPC 
- Anti DNA dupla hélice 
- C3 e C4 
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
• Proteção solar 
• Dieta balanceada 
• Exercício 
• Cessação do tabagismo 
• Imunizações apropriadas 
• Tratamento de comorbidades 
• Aconselhamento sobre gravidez/contracepção 
MEDICAMENTO 
• Hidroxicloroquina ou Cloroquina 
 
9 
REUMATOLOGIA Luísa Lavall Dill – UCPEL, ATM 23 
 
 
TERAPIA ADICIONAL 
• Manifestações leves (exemplo: mucocutânea ou 
articular) 
- AINE se necessário 
- Corticoide em baixa dose (até 7,5mg de 
prednisona por dia) se necessário 
• Manifestações moderadas (exemplo constitucional, 
cutânea, articular ou hematológicos) 
- Corticoide em dose moderada (15mg de 
prednisona por dia) 
- Metotrexate / azatioprina – poupador de 
corticoide se necessário 
• Manifestações graves (renal – NL III, IV e V, e SNC) 
- Indução de remissão: corticoide em alta dose (1-
2mg/ Kg de prenisona / dia / pulsoterapia) + 
ciclofosfamida / micofenolato / rituximabe se 
necessário 
- Manutenção: azatioprina / micofenolato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÚPUS INDUZIDO POR DROGAS 
• Antiarrítmicos: Procainamida (15-20%), quinidina, propafenona, disopiramida. 
 
• Antihipertensivos: Hidralazina (5-8%), metildopa, captopril, clonidina, labetalol, minoxidil, pindolol, HCTZ, 
clortalidona, diltiazen, verapamil, nifedipina, reserpina. 
 
• Antipsicóticos: clorpromazina, lítio, bupropiona. 
 
• Antibióticos: isoniazida, minociclina, nitrofurantoína, sulfonamidas, penicilinas, terbinafina, griseofulvina. 
 
• Anticonvulsivantes: carbamazepina, fenitoína, primidona, Antitireoidianos: propiltiouracil. 
 
• AINES/ DMARDs: D-penicilamina, sulfassalazina, leflunomida, piroxicam, naproxeno, fenilbutazona. 
 
• Estatinas: atorvastatina, pravastatina, lovastatina. 
 
• Biológicos: Etanercepte, infliximabe, adalimumabe, certolizumabe, golimumabe. 
 
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REUMATOLOGIA Luísa Lavall Dill – UCPEL, ATM 23

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