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ABATE DE BOVINOS CURRAIS 2 CURRAIS Localizados de maneira que os ventos predominantes não levem poeiras em direção ao estabelecimento; Classificam-se em: Currais de Chegada e Seleção; Curral de Observação; Currais de Matança. 3 Currais de Chegada e Seleção Destinam-se ao recebimento e apartação do gado para a formação dos lotes, de conformidade com o sexo, idade e categoria. a) área nunca inferior à dos currais de matança; b)facilidades para o desembarque e o recebimento, possuindo rampa suave (declive máx. de 25°), construída em material impermeável e antiderrapantes; c) pavimentação, com desaguamento apropriado, declive de 2% 4 Currais de Chegada e Seleção e) cercas de 2m de altura, construídas material resistente, sem cantos vivos ou proeminências (pregos, parafusos, etc.), que possam ocasionar contusões, ou danos à pele dos animais.; f) muretas separatórias (“cordão sanitário”) elevando-se do piso, ao longo e sob a cercas até a altura de 30 cm, com cantos e arestas arredondados g) plataformas elevadas, largura mín de 60 cm, com corrimões de 80 cm de altura, para exame “ante- mortem”, o trânsito de pessoal e outras operações 5 Currais de Chegada e Seleção h) bebedouros de nível constante, tipo cocho, construídos em alvenaria ou outro material adequado, impermeabilizados superficialmente. Suas dimensões devem permitir que 20% dos animais bebam simultaneamente; i) água para lavagem do piso, distribuída por encanamento aéreo, com pressão mínima de 3 atm e mangueiras de engate rápido, para seu emprego. 6 Currais de chegada e seleção j) seringa e brete de contenção para exames de fêmeas (idade e grau de gestação), inspeção de animais suspeitos e aplicação de etiquetas aos destinados à matança de emergência. O brete deve facilitar o acesso direto ao curral de observação. k) lavadouro apropriado à limpeza e desinfecção de veículos destinados ao transporte de animais localizado o mais próximo possível ao local do desembarque, com piso impermeável e esgoto independente dos efluentes da indústria, com instalação de água sob pressão mínima de 3 atm. 7 Currais de Chegada e Seleção 8 CURRAL DE OBSERVAÇÃO Destina-se exclusivamente a receber, para observação e um exame mais acurado, dos animais que, na inspeção “ante- mortem”, forem excluídos da matança normal por suspeita de doença. a) adjacente aos currais de chegada e seleção e destes afastado 3m no mínimo; b) “cordão sanitário”, com altura de 50 cm, quando se tratar de cerca de madeira; 9 CURRAL DE OBSERVAÇÃO c) área correspondente a ± 5% área dos currais de matança; d) as duas últimas linhas superiores de tábuas, no seu contorno, pintadas de vermelho, ou uma faixa da mesma cor, em altura equivalente, quando se tratar de muro de alvenaria; e) identificável por uma tabuleta com os seguintes dizeres: “CURRAL DE OBSERVAÇÃO - PRIVATIVO DA I.F.”. Deve possuir cadeado com chave de uso exclusivo da I.F. 10 CURRAL DE OBSERVAÇÃO 11 CURRAIS DE MATANÇA Destinam-se a receber os animais aptos à matança normal. a) área proporcional à capacidade máxima de matança diária do estabelecimento, obtida multiplicando-se a cmmd* pelo coeficiente 2,50m2. Para melhor movimentação do gado, cada curral deve ter duas porteiras da mesma largura do corredor: uma delas para entrada (quando aberta, sirva de obstáculo para o gado não ir à frente); outro de saída (quando aberta, impedir o retorno do gado pelo corredor) b) luz artificial mín de 5w (cinco watts) por metro quadrado. (*) cmmd = capacidade máxima de matança diária. 12 Sala de matança Construída em andar térreo ou pavimento superior, Deve ficar separada do chuveiro para remoção do “vômito” e de outras dependências (triparia, desossa, seção de miúdos, etc.) O pé-direito: 7m (sete metros). A sua área total será calculada à razão de 8 m2 (oito metros quadrados) por boi/hora 13 Sala de matança Piso: Construído de material impermeável, resistente aos choques, ao atrito e ataque dos ácidos, com declive de 1,5 a 3% em direção às canaletas, para uma perfeita drenagem. Paredes, Portas e Janelas: As paredes serão impermeabilizadas com azulejos brancos ou em cores claras, até a altura de 2m, salvo no caso de estabelecimentos exportadores, em que a altura requerida é de 3m. 14 Sala de matança O acesso às seções de produtos não-comestíveis será feito por portas de vaivém, com visor de tela para prevenir acidentes e com largura mínima de 1,50m para possibilitar o trânsito de carrinhos. Quando as circunstâncias o permitirem, recomenda-se o uso de óculos, com tampa articular, para evitar o trânsito, através das portas, de carrinhos de produtos não-comestíveis, que se destinem à Graxaria ou dela retornem. 15 Sala de matança Recomenda-se também o emprego de artifícios mecânicos (noras, esteiras rolantes) com o mesmo objetivo. Nas portas que se abrem para o exterior, é obrigatório o uso de cortinas-de-ar, com o intuito de impedir a entrada de insetos no ambiente. Os parapeitos das janelas serão chanfrados e azulejados, para facilitar a limpeza, ficando, no mínimo a 2m (dois metros) do piso da sala. 16 Cortina de Ar 17 Sala de matança Iluminação e Ventilação: necessita iluminação e ventilação naturais (especialmente ventilação), por janelas e aberturas sempre providas de tela à prova de insetos. A iluminação artificial, também indispensável, far- se-á por luz fria, observando-se o mínimo de 200w por 30m2. Nas linhas de inspeção, os focos luminosos serão dispostos de maneira a garantir uma perfeita iluminação da área, possibilitando a exatidão dos exames. 18 RECEPÇÃO DOS BOVINOS CHEGADA DOS BOVINOS Desembarque (Rampa de desembarque/plataforma de recepção) Higienização do caminhão (certificação) Separação e classificação dos animais (currais de chegada e seleção*)Inspeção 24h antes do abate Animais não aptos para matançaAnimais aptos para matança 19 RECEPÇÃO DOS BOVINOS Animais aptos para matança Animais não aptos para matança Descanso e jejum (currais de matança)/Inspeção 1/2h antes do abate Observação e exame clínico (curral de observação) Banho de aspersão (3 atm) a) Recuperação = abate normal b) b) Não recuperado = abatedouro sanitário Abate normal 20 RECEPÇÃO DOS BOVINOS B) Forno crematório A) Autoclavagem Necrópsia (Dep. de necrópsia) Animais mortos ou moribundos 21 DEPARTAMENTO DE NECROPSIA Sala de necropsia (sala, com mesa, armário, pia, água quente e fria, vapor, esterilizadores, etc.) Forno crematório (estabelecimento exportador) Todo animal morto no período pré - abate (currais ou transporte), faz-se a necropsia; Efetua-se o registro e guarda-se o laudo; Em caso de dúvida encaminha-se material para o laboratório. 22 DEPARTAMENTO DE NECROPSIA Deve estar próximo ao curral de observação, e se possível também da rampa de desembarque; Além dos animais mortos no pré-abate, serão sacrificados e examinados animais que tenham indicação de problemas sanitários graves; Usa-se autoclave ou digestor, aproveitando-se o material para farinhas de carne, ossos e sebo. 23 NECROPSIA 1ª - Para a Graxaria: aproveitados na elaboração de subprodutos não-comestíveis. e os couros podem ser também aproveitados. 2ª - Para o Forno Crematório ou para a autoclave: quando a necropsia positivar ou deixar suspeitas de doença infecto-contagiosa. Neste último caso, deve ser coletado material para exames de laboratório 24 MATANÇA DE EMERGÊNCIA Animais em precárias condições de saúde (as vezes impossibilitados de chegar a sala de matança por seus próprios meios) Com atestado sanitário que recomende um abate em separado; Apresentam patologias no curral de observação. 25 MATADOURO SANITÁRIO Matança de emergência imediata: acidentados, fratura, estado pré – agônico, prolapso uterino; Matança de emergência mediata: pode aguardar mais tempo, até 2 a 3 dias em caso confirmados de doenças (tuberculose, brucelose,hipo ou hipertermia); Essas carcaças/órgãos/vísceras terão, no mínimo, destino condicional. 26 INSPEÇÃO ANTE - MORTEM Atribuição exclusiva do Médico Veterinário - Exame visual Inicia com a chegada dos animais; Observa-se o meio de transporte e o descarregamento (bem estar animal); Confere-se as documentações; Procede-se o jejum e dieta hídrica. Pré-jejum na propriedade. 27 DESCANSO (24H) - período de jejum e dieta hídrica: esvaziamento do trato gastrointestinal (facilitar a evisceração e contaminação de carcaça); - hidratação do animal (facilitar a esfola, contaminação de carcaça, ruptura de couro); - recuperação das taxas de glicogênio no músculo ( a acidificação da carne e a prazo de validade). 28 BANHO DE ASPERSÃO Sistema tubular de chuveiros com jatos direcionados para o centro do banheiro; Pressão da água: 3 atm Reduz a excitação dos animais, provocado pelo deslocamento Promovem a limpeza parcial externa dos animais; Vasoconstrição sanguínea periférica (favorece a sangria). 29 BANHO DE ASPERSÃO 30 RAMPA DE ACESSO À MATANÇA Da mesma largura do banheiro de aspersão, provida de canaletas para evitar que a água escorrida dos animais retorne ao local do banho Paredes de alvenaria de 2m de altura, revestidas de cimento liso e completamente fechadas. Aclive deve ser de 13 a 15% Porteiras tipo guilhotina ou similar, a fim de separar os animais em lotes e impedir a sua volta. 31 RAMPA DE ACESSO À MATANÇA O piso de concreto ou de paralelepípedos rejuntados, que permite fácil limpeza e evita o escorregamento dos animais. Sua capacidade deve ser de 10% da capacidade horária da sala de matança. As paredes, afunilando-se, na seringa, terão uma deflexão máxima de 45º. 32 SERINGA A movimentação dos animais, desde o desembarque até o boxe de atordoamento, será auxiliada por meio de choque elétrico (40 a 60v) , proibindo-se o uso de ferrões 33 SERINGA 34 CHUVEIRO 35 BOX DE ATORDOAMENTO Dimensões-padrão para um boxe singular: Comprimento total: 2,40m a 2,70m Largura interna: 0,80m a 0,95m (máx) Altura total: 3,40m No caso de unidades geminadas, o comprimento do conjunto será, obviamente, proporcional ao seu número. 36 BOX DE ATORDOAMENTO 37 ATORDOAMENTO Consiste em colocar os animais em inconsciência Evitar o sofrimento; Evitar acidentes (animal e homem) e estresse; Aumentar a eficiência da sangria 38 ATORDOAMENTO Métodos mais usados em bovinos: pistola pneumática ou dardo cativo Atinge o SNC, mas preserva a região do bulbo, mantendo o sistema cardiocirculatório e eficiência da sangria 39 ATORDOAMENTO Atinja as principais estruturas cerebrais responsáveis por deixar o animal inconsciente, sendo elas: córtex cerebral, tronco encefálico e cerebelo 40 ATORDOAMENTO 41 ATORDOAMENTO 42 ATORDOAMENTO 43 Eficiência do atordoamento Vocalização (mugido); Reflexos oculares; Movimentos oculares; Contração dos membros dianteiros 44 PENDURA 45 ÁREA DE VÔMITO Dimensões: Comprimento: correspondente à extensão total do boxe, acrescida de 1,50m no sentido da seringa, e de 2m no sentido oposto; Largura: 3m No local haverá ainda um anteparo destinado à proteção dos operários. 46 SANGRIA Após a insensibilização (1’) Corte sagital da barbela e musculatura, seguido da secção dos grandes vasos (4-6min 60% do sangue- 10 a 12 L) 47 CALHA DE SANGRIA 48 “FACA VAMPIRO” 49 ESFOLA CAMA ELEVADA SIF antigo 40 cm do piso 50 ESFOLA ESFOLA AÉREA Manual ou elétrica Colaborador em plataforma elevada, móvel ou fixa 51 ESFOLA Retirada do couro (por separação do panículo subcutâneo) Procedimentos: a) serragem dos chifres, b) abertura da barbela c) desarticulação dos membros dianteiros; 52 ESFOLA d) remoção da pata livre, esfola manual da virilha e quarto , quando o garrão livre é preso na carretilha da nória (1° transpasse); e) remoção da pata, garrão livre é preso na carretilha (2° transpasse); Mocotó dianteiro, traseiro e cauda removidos! FIM DA ÁREA SUJA 53 ESFOLA 54 ESFOLA 55 ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA 5620 a 70V; 50 a 60 Hz; 0,2 a 0,3 A ; 5 seg, 1 seg de intervalo por 90 a 120 seg FASE FINAL DA ESFOLA f) Abertura do pescoço g)Liberação cranial do esôfago (separando da traquéia). Amarração da porção cranial h)Saca-rolha espiralado liberando a porção caudal do esôfago da traquéia. i) Amarradura do esôfago 57 FASE FINAL DA ESFOLA j) a cabeça é desarticulada (recebe o número correspondendo ao número da carcaça – occipital x carpo) k) a cabeça é separada do corpo e lavada; l) remoção da cauda e cupim quando for o caso. m) o ânus é divulsionado dos ligamentos e amarrado (carcaça numerada); 58 FASE FINAL DA ESFOLA 59 EVISCERAÇÃO 60 EVISCERAÇÃO 61 EVISCERAÇÃO As vísceras são colocadas em três bandejas: 1ª bandeja - estômagos, intestinos, baço, pâncreas, bexiga (útero); 2ª bandeja – fígado (rins, quando for o caso); 3ª bandeja - pulmão, traqueia e coração. 62 EVISCERAÇÃO 63 SERRAGEM DE CARCAÇAS 64 INSPEÇÃO E TALETE FINAL Inspeção e remoção dos rins Remoção do rabo, medula, gorduras excedentes e limpeza de contusões superficiais 65 PESAGEM, CLASSIFICAÇÃO E LAVAGEM 66 REDUZIR A CONTAMNAÇÃO BA CTERIANA P= 3 atm Tº= 38ºC CARIMBAGEM 67 COXÃO LOMBO PONTA DE AGULHA PALETA REFRIGERAÇÃO E ESTOCAGEM 68 Tº = 4ºC MAX=7ºC RESUMINDO 69 DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO FINAL (DIF) 70 Carimbagem da meia carcaça 71 Carimbagem de meia carcaça 72 Modelo 4 Modelo 5 73 Carimbagem da meia carcaça Destino das vísceras Vermelhas: Coração, fígado, pulmões, rins,cabeça e língua, aprovados pela inspeção são encaminhados para a seção de miúdos/(cabeça). Brancas: intestino e estômago vão para a bucharia e triparia sujas. Após esvaziamento = setores bucharia limpa (terminados em bucho e buchinho), e triparia limpa (limpas, calibradas e salgadas ou congeladas). 74 ABATE CLANDESTINO 75 OBRIGADA! 76
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