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UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (DEA) - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS (CT) - CENTRO DE TECNOLOGIA MATÉRIAS-PRIMAS AGROPECUÁRIAS DE ORIGEM VEGETAL BRUNA HELOÍZA GOMES DA SILVA RELATÓRIO SOBRE RECONHECIMENTO DE DANOS FÍSICOS E PRESENÇA OU NÃO DE DOENÇAS NAS MATÉRIAS-PRIMAS DE ORIGEM VEGETAL ANALISADAS NA RESIDÊNCIA PRÓPRIA JOÃO PESSOA 2021 Introdução O conceito de qualidade de matérias-primas de origem vegetal envolve vários atributos. Aparência visual (frescor, cor, defeitos e deterioração), textura (firmeza, resistência e integridade do tecido), sabor e aroma, valor nutricional e segurança do alimento fazem parte do conjunto de atributos que definem a qualidade. O valor nutricional e a segurança do alimento do ponto de vista da qualidade microbiológica e da presença de contaminantes químicos ganham cada vez mais importância por estarem relacionados à saúde do consumidor. Portanto, são decisivos enquanto critérios de compra por parte do consumidor. Sabe-se que as perdas pós-colheita começam na colheita e ocorrem em todos os pontos da comercialização até o consumo, ou seja, durante a embalagem, o transporte, o armazenamento, e em nível de atacado, varejo e consumidor. Portanto, o produtor deve gerenciar a cadeia produtiva, enfatizando os principais aspectos que interferem na qualidade do produto, como entregas mais rápidas, gerenciamento da cadeia de frio e o uso de embalagens melhoradas. Logo, a qualidade dessas matérias-primas está relacionada à fatores envolvidos nas fases pré-colheita e pós-colheita, ou seja, na cadeia produtiva. Dentre eles, destacamos os problemas de manuseio, como danos mecânicos e exposição dos produtos em temperaturas elevadas prejudiciais a sua conservação, o uso indiscriminado de agrotóxicos, as contaminações microbiológicas dos produtos provenientes principalmente de fontes de contaminação no cultivo e da falta de higiene e sanitização no manuseio e processamento dos mesmos. Em meio a isso, o objetivo desse relatório é familiarizar-se com o reconhecimento de danos físicos ou defeitos de aparência, como também da presença ou não de doenças causadas por fungos, leveduras ou bactérias nas matérias-primas de origem vegetal analisadas. Material utilizado para analise Foram analisadas 10 amostras de matérias-primas de origem vegetal, as quais estão listadas abaixo: • Tomate • Cebola • Coentro • Batata-Inglesa • Pimentão • Cenoura • Maçã • Laranja • Mamão • Kiwi Metodologia Serão analisadas 10 unidades de matérias-primas de origem vegetal, presentes na própria residência, com o objetivo de identificar a presença de cortes, fissuras, machucões, fungos, leveduras ou deterioração presentes nas amostras. Por conseguinte, serão descrevidos os danos encontrados, como também se a matéria prima está ou não apto: ao consumo, à armazenagem ou à industrialização. Por fim, será estabelecido uma relação de porcentagem da matéria prima afetada, em relação à sadia na amostra analisada, através de gráficos. Resultados e discursão Observe abaixo a análise das 10 amostras de matérias-primas de origem vegetal: Tomate: A amostra de 1 unidade de tomate analisada, apresentou apenas um pequeno machucado superficial. Por tanto, essa matéria-prima encontra-se apta para o consumo, onde irá precisar apenas da retirada da parte machucada; também é apta para a industrialização, pois, após a retirada da parte machucada ela pode ser aproveitada para a produção de extrato de tomate ou polpa de suco, por exemplo. Porém, essa matéria-prima não está apta para o armazenamento, devido ao machucado presente, que a deixa mais propícia a contaminação por fungos ou bactérias. O gráfico mostra a relação de porcentagem da matéria prima (tomate) afetada em relação à sadia na amostra analisada e ilustrada acima. Sendo assim a amostra apresenta 90% de sadia e 10% coberto pelo machucado (danificado). Cebola: A amostra de 1 unidade de cebola analisada, não apresentou sinais de deterioração, fungos ou machucados. Logo, encontra-se 100% sadia e apta para o consumo, o armazenamento e a industrialização. O gráfico mostra a relação de percentagem da matéria prima (cebola) afetada em relação à sadia na amostra analisada e ilustrada acima. Sendo assim a amostra apresenta 100% de sadia e 0% de danos. Coentro: A amostra de 1 um maço de coentro analisada, não apresentou sinais de deterioração, fungos ou murchamento no talo e nas folhas. Logo, encontra- se 100% sadia e apta para o consumo, o armazenamento e a industrialização. O gráfico mostra a relação de percentagem da matéria prima (coentro) afetada em relação à sadia na amostra analisada e ilustrada acima. Sendo assim a amostra apresenta 100% de sadia e 0% de danos Batata-Inglesa: A amostra de 1 unidade de batata-inglesa analisada, apresentou 3 cortes razoavelmente profundos, respectivamente ocupando metade da amostra. Em meio a isso, essa matéria-prima encontra-se apta para o consumo apenas com a retirada da metade dessa amostra, a qual apresenta cortes; também é apta para a industrialização, após a retirada da parte que apresenta cortes, dessa forma, ela pode ser aproveitada para a produção de batatas-finas, por exemplo. Porém, essa matéria-prima não está apta para o armazenamento, devido aos cortes presentes, que a deixa mais propícia a contaminação por fungos ou bactérias. O gráfico mostra a relação de percentagem da matéria prima (batata-inglesa) afetada em relação à sadia na amostra analisada e ilustrada acima. Sendo assim a amostra apresenta 50% de sadia e 50% coberta por cortes (danificada). Pimentão: A amostra de 1 unidade de pimentão analisada, não apresentou sinais de deterioração, fungos, cortes, rachaduras ou machucados. Logo, encontra-se 100% sadia e apta para o consumo, o armazenamento e a industrialização. O gráfico mostra a relação de percentagem da matéria prima (pimentão) afetada em relação à sadia na amostra analisada e ilustrada acima. Sendo assim a amostra apresenta 100% de sadia e 0% de danos Cenoura: A amostra de 1 unidade de cenoura analisada, apresentou podridão mole em vários locais, mofo branco na ponta e murchamento total. Por tanto, essa matéria-prima encontra-se totalmente imprópria para o consumo, o armazenamento e a industrialização. Logo, deve ser descartada. O gráfico mostra a relação de percentagem da matéria prima (cenoura) afetada em relação à sadia na amostra analisada e ilustrada acima. Sendo assim ela apresenta 100% de danos, ou seja, deteriorada e 0% de sadia. Maçã: A amostra de 1 unidade de maçã analisada, apresentou 2 cortes razoavelmente profundos, respectivamente ocupando 25% da amostra. Em meio a isso, essa matéria-prima encontra-se apta para o consumo apenas com a retirada de 25% dessa amostra, a qual apresenta cortes; também é apta para a industrialização, após a retirada da parte que apresenta cortes e dessa forma ela pode ser aproveitada para a produção de geleias e sucos, por exemplo. Porém, essa matéria-prima não está apta para o armazenamento, devido aos cortes presentes, que a deixa mais propícia a contaminação por fungos ou bactérias. O gráfico mostra a relação de percentagem da matéria prima (maçã) afetada em relação à sadia na amostra analisada e ilustrada acima. Sendo assim a amostra apresenta 75% de sadia e 25% coberta por cortes (danificada). Laranja: A amostra de 1 unidade de laranja analisada, apresentou um machucado razoavelmente grande e profundo. Por tanto, essa matéria-prima encontra-se apta para o consumo apenas após a retirada da parte machucada; também é apta para a industrialização,pois, após a retirada da parte machucada ela pode ser aproveitada para a produção de sucos, por exemplo. Porém, essa matéria-prima não está apta para o armazenamento, devido ao machucado presente, que a deixa mais propícia a contaminação por fungos ou bactérias. O gráfico mostra a relação de percentagem da matéria prima (laranja) afetada em relação à sadia na amostra analisada e ilustrada acima. Sendo assim a amostra apresenta 80% de sadia e 20% coberta pelo machucado (danificada). Mamão: A amostra de 1 unidade de mamão analisada, apresentou sinais de podridão (pontos pretos por toda a amostra) e pequenas concentrações de mofo branco. Por tanto, essa matéria-prima encontra-se totalmente imprópria para o consumo, o armazenamento e a industrialização. Logo, deve ser descartada. O gráfico mostra a relação de percentagem da matéria prima (mamão) afetada em relação à sadia na amostra analisada e ilustrada acima. Sendo assim ela apresenta 100% de danos, ou seja, deteriorada e 0% de sadia. Kiwi: A amostra de 1 unidade de kiwi analisada, apresentou um machucado razoável e pequeno e um corte relativamente profundo. Por tanto, essa matéria- prima encontra-se apta para o consumo apenas após a retirada da parte machucada e cortada; também é apta para a industrialização, pois, após a retirada da parte machucada e cortada, ela pode ser aproveitada para a produção de sucos, por exemplo. Porém, essa matéria-prima não está apta para o armazenamento, devido ao machucado e ao corte presente, que a deixa mais propícia a contaminação por fungos ou bactérias. O gráfico mostra a relação de percentagem da matéria prima (kiwi) afetada em relação à sadia na amostra analisada e ilustrada acima. Sendo assim a amostra apresenta 60% de sadia e 40% coberta pelo machucado e pelo corte (danificada). Conclusão Em meio a isso, conclui-se que grande parte das matérias-primas estavam com algum dano físico ou defeitos de aparência, tendo apenas 3 amostras totalmente sadias e sem danos. Por outro lado, 2 amostras apresentaram elevada presença de danos e fungos como o mofo branco. Logo, percebe-se que após essa análise, o objetivo de familiarizar-se com o reconhecimento de danos físicos ou defeitos de aparência, como também da presença ou não de doenças causadas por fungos, leveduras ou bactérias, por meio desse relatório, foi ascendido. Por fim, com o término desse relatório, pode-se vislumbrar o quão é importante essa análise das amostras de matérias-primas de origem vegetal, não apenas para a indústria, como também para o consumidor. Tudo isso em pró de uma boa comercialização e bem estar do consumidor.
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