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AULA 3 GESTÃO DE MÍDIA SOCIAL Profª Maria Carolina Avis 2 TEMA 1 – ESTRATÉGIAS DE INSTAGRAM O Instagram é uma rede social que concentra uma grande quantidade de usuários ativos e também contas comerciais. Por nele ter muita gente publicando conteúdos, é preciso utilizar a ferramenta com estratégia, pois a concorrência é grande. Como nas outras redes sociais, o que pode funcionar em um negócio pode não fazer sentido no outro, mas algumas estratégias podem ser testadas: • Use vídeos: apesar de o processo de criação de um bom vídeo depender de uma maior produção, com mais investimento financeiro e pessoas para o operacionalizarem, vídeos são muito importantes para o Instagram. Eles geram uma interação maior (mais de 21%) do que fotos e carrosséis (álbuns de fotos). Mas se atente aos seguintes detalhes: a. É melhor publicar só imagens do que vídeos mal produzidos. O Instagram é uma rede social muito visual, portanto aposte em conteúdos relevantes e bem produzidos. b. No Instagram, é possível publicar, no feed, vídeos de até 1 minuto. Portanto, aposte em um bom roteiro para que os primeiros segundos do vídeo publicado sejam atrativos a ponto de o usuário querer assistir-lhe até o fim. Se seu vídeo não conseguir prender a atenção do usuário nos primeiros segundos, os esforços terão sido à toa. c. Para garantir que o conteúdo seja passado ao usuário em 1 minuto de vídeo, você pode publicar mais detalhes na legenda, no seu site ou mesmo no IGTV, a TV do Instagram. d. Os vídeos com mais de 1 minuto devem ser inseridos no IGTV. Pode ser uma boa estratégia inserir uma prévia deles no feed. O usuário assiste a 1 minuto do vídeo e é direcionado ao IGTV para terminar de assistir ao resto do vídeo. • Utilize textos curtos: postagens com até 50 caracteres têm mais engajamento, em geral, do que publicações com textos mais longos. Por isso, é importante investir em legendas que sejam curtas, claras, objetivas e que cumpram o papel de entregar conteúdo ao usuário. Ao mesmo tempo, a mesma pesquisa mostra que 31% dos perfis usam mais de 300 caracteres em suas publicações. Embora as legendas curtas tenham uma maior taxa de engajamento, existem perfis que sentem a necessidade de utilizar mais caracteres. Nesse caso, a recomendação é mesclar legendas 3 longas, para poder informar o que se quer com mais precisão; com legendas curtas, para manter um bom nível de engajamento. Tudo depende do tipo de conteúdo que seu público consome. • Empregue sempre hashtags: já vimos um pouco sobre hashtags na aula anterior. O uso de hashtags deve ser pensado de acordo com sua estratégia, com quantidade entre 5 a 7, associadas ao conteúdo. Ainda de acordo com a pesquisa da Quintly, apenas perfis “grandes”, com mais de 10 milhões de seguidores e que usam mais de 10 hashtags, têm maior interação. Para perfis menores, a regra é: quanto menos hashtags, melhor. As hashtags não garantem uma maior taxa de engajamento, mas podem fazer com que um conteúdo tenha um maior alcance e mais impressões. Para aumentar o engajamento não há segredo, basta se oferecer um conteúdo de qualidade. • Utilize emojis: os emojis dão a uma publicação um ar mais descontraído e divertido, além de facilitarem a leitura do conteúdo pelo usuário. É claro que não se pode esquecer da primeira etapa de qualquer ação nas redes: conhecer seu público. Talvez seu público ideal não veja com bons olhos o uso de emojis numa publicação, pois eles podem deixar o texto muito informal. Cerca de 55% dos perfis não usam nenhum emoji em suas publicações, o que pode fazer com que as postagens com emojis fiquem ainda mais atrativas. As publicações com emojis geram, também, um maior engajamento. Em testes informais, em que foi publicado um mesmo conteúdo tendo como única variável o uso ou não de emojis, a publicação com emojis gerou cinco vezes mais engajamento. Nosso cérebro processa as imagens muito mais rápido do que os textos. Mas, cuidado, use o recurso com bom-senso. Os emojis têm que fazer sentido em relação à legenda, ao tipo de comunicação da empresa e principalmente ao público da marca. • Lives: as transmissões ao vivo têm uma altíssima taxa de engajamento. Mas é preciso se atentar a alguns detalhes: a. As lives têm uma característica informal. Aposte em cenários mais despojados e espontâneos, mas tenha cuidado quanto aos equipamentos: invista em uma câmera, uma iluminação e um som de alta qualidade. Cuidado com as janelas, pois o barulho externo ao ambiente pode interferir 4 na transmissão. Em contrapartida, não se precisa dispor de uma fala tampouco de vestimentas mais formais. b. Estimule o engajamento. Pergunte aos espectadores de onde eles são, o que pensam sobre o tema, peça-lhes que deem sua opinião e principalmente os estimule a que façam perguntas. c. Responda às perguntas. Os usuários que estão assistindo e veem que as perguntas dos outros espectadores estão sendo respondidas tendem a se engajar também. d. Monte um roteiro. Uma live precisa ter começo, meio e fim. Mesmo que, no decorrer da transmissão, o roteiro não seja exatamente seguido, planeje tudo que quer falar. Anote-o em tópicos, pois se anotar em texto corrido vai acabar lendo-o e na live tudo deve ser mais espontâneo. Não se prenda a cumprir todo o roteiro, prefira dar prioridade às interações e ao conteúdo espontâneo, mas tenha o roteiro na retaguarda, caso precise utilizá-lo. e. Avise seu público dias antes da transmissão e não demore para começá- la. Se você agendou uma transmissão ao vivo para 20 horas, por exemplo, inicie-a às 20 horas, já com sua fala. Muitos perfis começam a live e ficam durante os minutos iniciais esperando mais gente entrar. Com isso, o que é mais fácil acontecer é haver saída de pessoas que se interessaram em assistir ao seu conteúdo. f. Se o intuito da live for responder a perguntas, capte algumas perguntas uns dias antes. Assim, logo no início você já terá conteúdo para compartilhar. g. Convide pessoas influentes para participarem de suas lives. Assim, você estará juntando dois públicos com um mesmo interesse, numa mesma audiência. h. Para prender a atenção do público e fazer com que sua audiência assista à transmissão ao vivo do início ao fim, use storytellings: conte uma história. Narrativas com começo, meio e fim, que movimentem expectativa, decepção, superação, tensão e glória, envolvem mais o público e o deixam curioso e com vontade de ouvi-las até o fim. i. Mostre que é autoridade no assunto, mas mostre como aprendeu tudo isso e ensine sua audiência a aprender também. É legal mostrar que conhece muito sobre algum tema ou alguma área, mas isso pode também parecer prepotente. Então, seja humilde e mostre ao público como chegar ao mesmo nível que o seu. É importante ter essa aproximação. 5 j. Se as primeiras lives não forem boas, não desista. Criar uma audiência engajada pode demorar, mas a audiência só vai ser relevante se você persistir. Não se prenda ao número de espectadores, mas sim ao engajamento e principalmente à qualidade desse engajamento. As estratégias no Instagram são fundamentais para se obter sucesso na rede. Coloque tudo o que foi discutido em prática, lembrando que tudo também deve ser testado, pois no marketing digital não existe uma receita de bolo. O que funciona para muitos pode não funcionar para você e vice-versa. Aposte em testes. TEMA 2 – CARACTERÍSTICAS DO LINKEDIN O LinkedIn é a maior rede social profissional do mundo, com mais de 630 milhões de usuários em mais de 200 países e territórios. Sua missão é simples: conectar profissionais do mundo todo, os tornando mais produtivos e bem- sucedidos. A rede social serve para fazer contatos profissionais, gerar conteúdo relevante, visualizar vagas de emprego e, principalmente, para ser uma ferramenta estratégica de marketing pessoal. Sãomais de três novos membros por segundo entrando no LinkedIn. A rede social também pode e deve ser usada pelas empresas, por meio de uma company page, que funciona como uma página do Facebook. Então, temos no LinkedIn duas possibilidades: o uso de um perfil pessoal, para compartilhar conteúdos sobre seu cotidiano profissional; ou o uso de uma company page, para compartilhar conteúdos exclusivamente institucionais, divulgar vagas de emprego, materiais e conteúdos relevantes. As pessoas que seguem as páginas podem curtir, comentar e compartilhar os conteúdos. Administrar uma company page no LinkedIn é uma excelente opção para as empresas, em comparação com perfis no Facebook ou no Instagram, pois no LinkedIn o feed de notícias é menos concorrido, já que a rede social é voltada exclusivamente para negócios, então não há nele discussões bobas, fotos de família, amigos e animais, como nas outras redes sociais. Vamos conhecer um pouco a história do LinkedIn, de acordo com a própria rede social: • 2002-2003: o LinkedIn começou em 2002 na sala do seu cofundador Reid Hoffman. Os seus fundadores são Reid, Allen Blue, Konstantin Guericke, 6 Eric Ly e Jean-Luc Vaillant: Reid Hoffman convidou uma equipe de antigos colegas de trabalho para trabalhar em uma nova ideia e, depois de seis meses, em 5 de maio de 2003, a plataforma foi lançada oficialmente. Tempos depois, o LinkedIn atraiu um investimento da Sequoia Capital. Atualmente, sua equipe de gestão inclui executivos que já trabalharam em empresas como Google, Yahoo!, Microsoft e PayPal. • 2011: o LinkedIn se tornou uma empresa de capital aberto na Bolsa de Valores de Nova York. Barack Obama fez uma parceria com o LinkedIn para uma prefeitura, na criação de empregos e para crescimento da economia. • 2013: a rede social completou 10 anos e atingiu 225 milhões de usuários. O crescimento passou a ser de mais de 2 membros por segundo. • 2016: a Microsoft, maior serviço de nuvem profissional do mundo, concluiu a aquisição do LinkedIn, maior rede profissional do mundo, e, com essa união de forças, tornou-se mais fácil conectar profissionais de todo o mundo e também ajudar a criar oportunidades econômicas para os membros da rede. • 2017: foi lançado o maior redesenho de desktops desde o início do LinkedIn. Mudar o layout da ferramenta foi fundamental para garantir uma experiência mais simplificada, rápida, mais navegável e intuitiva. Segundo o próprio LinkedIn, nos últimos 5 anos as postagens de emprego cresceram de 300 mil para mais de 20 milhões. O LinkedIn tem como fonte de receita as assinaturas, a venda de anúncios publicitários e de soluções de recrutamento para as empresas, um modelo de negócios, portanto, bem diversificado. De acordo com o próprio LinkedIn, quando se trata dos valores da empresa, “[...] uma coisa é mudar o mundo. Outra é fazer isso da nossa maneira única: primeiro os membros. Relacionamentos são importantes. Seja aberto, honesto e construtivo. Exija excelência. Tome riscos inteligentes. Aja como um dono.” A empresa tem 5 pilares que sua equipe se empenha em defender: transformação, integridade, colaboração, humor e resultados. São mais de 14 mil funcionários em tempo integral (mais de 5.500 na área da Baía de São Francisco, nos Estados Unidos), com escritórios em mais de 30 cidades em todo o mundo. O LinkedIn tem escritórios internacionais em Amsterdã, Bangalore, Pequim, Berlim, Dubai, Dublin, Graz, Hong Kong, Londres, Madri, 7 Melbourne, Milão, Mumbai, Munique, Nova Delhi, Paris, São Paulo, Xangai, Cingapura, Estocolmo, Sydney, Tóquio e Toronto. Os escritórios do LinkedIn nos EUA ficam em Carpinteria, Chicago, Detroit, Mountain View, Nova York, Omaha, São Francisco, Sunnyvale e Washington DC. A sede global do LinkedIn é em Sunnyvale, Califórnia, com outras sedes para Europa, Oriente Médio e África localizada em Dublin; e sede na Ásia/Pacífico, localizada em Cingapura. Vinte e quatro idiomas estão disponíveis no LinkedIn: árabe, inglês, chinês simplificado, chinês tradicional, tcheco, dinamarquês, holandês, francês, alemão, indonésio, italiano, japonês, coreano, malaio, norueguês, polonês, português, romeno, russo, espanhol, sueco, tagalo, tailandês e turco. O LinkedIn soma mais de 630 milhões de usuários, mais de 30 milhões de empresas representadas, mais de 20 milhões de vagas abertas no LinkedIn Empregos, mais de 90 mil escolas listadas e mais de 50 mil habilidades profissionais listadas. São mais de 3 inscrições por segundo na rede social. Quem usa o LinkedIn entende o motivo de a rede social ser a melhor e maior plataforma social profissional do mundo. TEMA 3 – SEO NO LINKEDIN Muitos recrutadores usam o LinkedIn para encontrar profissionais qualificados. E ele também é muito usado por profissionais que desejam se tornar referências em algum assunto, por meio da geração de conteúdo relevante. Algumas técnicas de search engine optimization (SEO) podem ser colocadas em prática para que um perfil tenha uma maior chance de aparecer com prioridade quando um recrutador realiza uma busca por profissionais ou conteúdos. Essas ações são simples e perpassam cuidados com: • Nome do perfil: o seu nome é um dos itens com mais força para os algoritmos do LinkedIn, por isso é importante utilizar nele uma palavra- chave que defina seu negócio ou sua função profissional. Como teste, fizemos a alteração do nosso nome de Maria Carolina Avis para Maria Carolina Avis – professora de marketing digital e assim obtivemos mais de 760% de aumento por semana, em relação ao desempenho de nosso perfil com o nome anterior. Analise os termos mais buscados pelas empresas e faça a alteração do seu nome de modo a atender a eles. Por exemplo: José Marques – vendedor sênior, Ana Silva – auxiliar administrativa. 8 Crédito: Maria Carolina Avis/LinkedIn. • Uniform resource locator (URL): a URL também é importante para o SEO no LinkedIn, por dois motivos: primeiro porque a rede social vai levar em consideração as palavras-chave usadas no endereço, fazendo com que seu perfil possa aparecer com prioridade em buscas; segundo porque, em se tratando de uma URL amigável, ou seja, de um endereço fácil de usar em materiais de divulgação como cartões de visita, por exemplo, as pessoas vão digitar na barra de pesquisa diretamente o seu endereço do LinkedIn, fazendo com que você tenha mais chances de os algoritmos do Instagram priorizarem seus conteúdos e seu perfil. A URL é, por exemplo, <www.linkedin.com/in/professora-marketing-digital>. No nosso caso, usamos a palavra-chave que define nosso negócio na URL, mas é possível também usar seu nome, caso prefira, lembrando-se de separar as palavras com hífen (-). Para alterar seu URL, acesse seu perfil e clique em editar perfil público e URL. Lembre-se de que o /in/ é padrão do LinkedIn, sendo, portanto, impossível de ser alterado. • Palavras-chave no título: o título aparece logo abaixo do seu nome e também tem prioridade nas buscas. Isso significa que, caso algum usuário pesquise por algum termo que esteja no seu título, o seu perfil poderá ser mostrado como resultado dessa busca. Por isso, trata-se de uma seção em que seu texto deve ser otimizado, e não só porque os algoritmos leem esse conteúdo, fazendo com que você tenha maiores chances de ter uma boa 9 posição; mas principalmente porque os usuários e as empresas que querem ver seu perfil, suas competências e seus conteúdos conseguem ver de maneira mais fácil o resumo do seu currículo. Use, no título, palavras-chave relevantes para seu nicho e também palavras-chave relacionadas com aquelas. Lembre-se de ser objetivo(a), já que nesse campo é possível inserir apenas 120 caracteres. Crédito: Maria Carolina Avis/LinkedIn. • Palavras-chave no resumo: além do título, existe um resumo, que fica logo abaixo do título, em quetambém devemos empregar palavras-chave para otimizar resultados de buscas. Apesar de nesse campo ser possível adicionar mais caracteres do que no título, tente escrever de maneira resumida tudo que você faz, usando palavras-chave relacionadas ao meio profissional. Essa é uma forma de fornecer às pessoas e empresas que buscam por um perfil como o seu uma boa experiência. Se elas buscam por um(a) profissional que tenha alguma competência a qual você listou no seu resumo, o contato é muito mais assertivo. 10 Crédito: Maria Carolina Avis/LinkedIn. • Descrição de cargos: o LinkedIn serve também como um currículo digital, em que você consegue informar suas experiências profissionais, para que recrutadores as analisem. Descreva da maneira mais detalhada possível suas atividades nas empresas passadas, sempre usando palavras-chave e palavras relacionadas e relevantes à função. Para o seu texto não ficar longo e de difícil leitura, prefira mencionar suas experiências e atividades realizadas em formato de lista, com tópicos, à forma de texto corrido. Mas, lembrando: o LinkedIn não é uma rede para conseguir emprego e sim para trocar ideias com pessoas da sua área de estudo ou ramo de atuação. • Competências: a funcionalidade de informar competências profissionais é incrível! Você pode adicionar palavras-chave, detalhando bem suas competências, e também pode escolher quais delas ficarão em destaque. As pessoas que visitam seu perfil podem com isso reforçar a ideia de que você realmente tem uma determinada competência. Essa otimização pode fazer com que seu perfil apareça caso o recrutador use filtros mais específicos. 11 Crédito: Maria Carolina Avis/LinkedIn. • Interações: adicione pessoas da sua área, afinal não adianta ter um perfil completo para ninguém ver. O LinkedIn prioriza os resultados das pessoas que são do seu ciclo profissional; então, mesmo que você tenha um perfil relevante em sua área, outros profissionais podem aparecer na sua frente, simplesmente por você não ser do ciclo profissional do recrutador. Então, pesquise por empresas do seu segmento ou que tenham um setor do seu segmento e adicione pessoas que trabalham lá. Assim, quando um recrutador de lá for pesquisar algum profissional com seu perfil, você será um dos primeiros colocados. Além disso, você deve sempre interagir com as publicações dos seus amigos e colegas de profissão. Curta-as, comente-as e compartilhe os conteúdos que julgar relevantes, pois quanto mais relacionamento você estabelecer, mais chance você terá de alcançar 12 uma prioridade no ranking de buscas. Rede social não faz sentido sem relacionamento. Pense na empregabilidade: mesmo que esteja empregado, lembre-se de que todos nós somos uma marca, e o LinkedIn não é apenas usado para oportunidades de emprego, mas também para a constituição de referências em determinadas áreas de atuação. A gestão da sua marca só você pode fazer por si próprio(a). Você é gestor(a) da sua marca, que é seu nome e seu sobrenome. Segundo o CEO do LinkedIn, Jeff Weiner, “[...] os membros que fazem parte do LinkedIn são os mais influentes, bem-sucedidos e bem-educados da web”. Use, pois, nossas dicas e analise os seus resultados. Além das otimizações propostas, é preciso entender o processo de operação dos algoritmos; afinal, ter o perfil completo é importante, mas mais ainda é compartilhar conteúdo relevante. No LinkedIn, como o número de pessoas gerando conteúdo é baixo, a concorrência no feed é menor, então um post pode durar semanas no feed dos seguidores. O algoritmo do LinkedIn que define a relevância das publicações chama-se pulse e funciona assim: a. Toda vez que você publica algo no LinkedIn, um bot (robô) classifica o seu conteúdo em uma das categorias: spam, de baixa qualidade ou claro. b. O conteúdo é publicado temporariamente para mensurar a sua taxa de engajamento. Nesse estágio, quanto mais gente curtir, comentar e compartilhar seu conteúdo, maior será a chance de a publicação avançar para o terceiro estágio do filtro de spam do algoritmo. Se algum usuário marcar seu post como spam ou marcá-lo para ocultar suas publicações, isso prejudicará a performance da sua publicação. c. Depois que os usuários interagem com sua publicação e o LinkedIn verifica o índice de qualidade do post, ele passa por uma verificação computadorizada que analisa se o conteúdo é spam e se é relevante e útil para as suas conexões e seguidores. Se sua publicação parecer irrelevante, o algoritmo vai “rebaixar” o conteúdo e o enviar de volta à fila para uma segunda chance de avançar pelos estágios. Se o post parecer suspeito, seu conteúdo vai permanecer no feed mas não vai aparecer com frequência; e, se tiver bastante engajamento, voltará ao terceiro estágio. d. No quarto estágio, o conteúdo é submetido a uma análise humana. Os humanos determinam se a postagem é valiosa e relevante o suficiente para 13 continuar sendo exibida no feed. Se o engajamento continuar, sua postagem continuará sendo exibida no feed. Todas essas verificações garantem que o LinkedIn seja uma rede social que conte com conteúdos de muita qualidade. TEMA 4 – ESTRATÉGIAS DE LINKEDIN O LinkedIn, apesar de ser uma rede social muito funcional para profissionais, também é muito relevante para empresas. Para isso, é preciso criar uma company page, que funciona como uma fanpage. Segundo o próprio LinkedIn, a company page “[...] permite que os usuários saibam mais sobre a sua empresa, instituição de ensino, marca, produtos e serviços, bem como sobre oportunidades de emprego”. Um artigo publicado no blog oficial de marketing do LinkedIn mostra que cerca de 80% dos leads business to business (B2B), ou seja, empresas que compram de empresas, vêm do LinkedIn e 94% dos profissionais de marketing B2B usam o LinkedIn para distribuir conteúdo e, desses, 79% dizem que o LinkedIn é uma fonte eficaz de geração de leads. Portanto, o LinkedIn serve tanto para as empresas que querem se posicionar no mercado e gerar conteúdo relevante, quanto para os profissionais que buscam uma melhor empregabilidade. Podemos afirmar que existem algumas estratégias de venda e de marketing a serem aplicadas no LinkedIn e que são relevantes para os dois públicos da rede social, a saber: • Encontre novas conexões: existe um recurso muito utilizado em feiras, palestras, conferências e eventos em geral que, segundo a própria rede social, serve para “[...] encontrar outros usuários do LinkedIn próximos a você utilizando o seu dispositivo móvel”. Os usuários devem ligar o bluetooth do celular, abrir o LinkedIn, clicar no ícone de amizades, em na sua área e a rede social vai começar a mostrar as pessoas conectadas ao LinkedIn que estejam ao seu redor, para facilitar a conexão entre as pessoas. Quanto mais conexões você tem com pessoas da sua área de atuação, melhor para você, pois existem assim mais chances de seu conteúdo ser disseminado pela rede. No LinkedIn, é mais provável que uma pessoa tenha conexões com pessoas desconhecidas, mas da mesma área de atuação, do que com amigos pessoais. Esse recurso é muito importante 14 justamente para conectar pessoas com algo em comum, por meio da sua localização. • Publique conteúdos multimídias: alterne os seus conteúdos entre foto e texto, vídeo e texto, infográfico e texto, texto com um link direcionando para um site, só texto, só imagem... Enfim, teste diferentes formatos de conteúdo. • Tenha um texto bem elaborado: os usuários de LinkedIn usam a rede social para consumir conteúdo relevante, portanto aposte em um bom texto, que seja atrativo, bem elaborado, explicativo e completo. É possível fazer publicações curtas ou escrever artigos. • Tenha um planejamento de conteúdo: para garantir uma frequência ativa de publicações, usando técnicas de marketing de conteúdo,utilize um planejamento para que as publicações tenham não só criatividade, mas também estratégia. Faça, em uma planilha, um plano de todo o conteúdo que quer publicar na rede e ponha-o em prática. • Expanda suas conexões: adicione como conexão seus amigos da faculdade, pessoas que já fizeram algum curso com você, pessoas que são da sua área de atuação, colegas de trabalho, exiba o link do seu perfil na assinatura de seu e-mail e em seu cartão de visitas, participe de grupos do LinkedIn que tratem de assuntos relevantes para você, adicione seus membros etc. Tenha estratégia para utilizar o LinkedIn, explore os seus recursos e obtenha muitos resultados! TEMA 5 – CARACTERÍSTICAS DO YOUTUBE O YouTube é a plataforma de compartilhamento de vídeos do Google, considerada uma rede social pois, enquanto os criadores de conteúdo podem enviar vídeos à rede, os usuários podem interagir nesse espaço de publicação dos vídeos curtindo-os e comentando-os. Fundado em fevereiro de 2005, nos Estados Unidos, o YouTube foi comprado pela Google em 2006 e chegou ao Brasil em junho de 2007, época em que também expandiu seus negócios para Europa e Japão. Atualmente, conta com mais de 1 bilhão de usuários, o que representa quase um terço de todos os usuários de internet. Está disponível em 91 países e em 80 idiomas. Todos os dias são assistidas 1 bilhão de horas de vídeos. A missão do YouTube, segundo 15 a própria companhia, é “[...] dar a todos uma voz e revelar o mundo”. Seus valores são liberdade de expressão, direito à informação, direito à oportunidade e liberdade para pertencer. O YouTube, além de ser uma plataforma para compartilhamento de conteúdos em vídeo, tem outros aplicativos, como: • YouTube TV: fornece mais de 70 canais de TV pela internet e permite que os usuários lhes assistam e gravem as suas transmissões. Disponível apenas nos Estados Unidos. • YouTube Music: serviço de streaming do YouTube, dispõe de álbuns oficiais, singles e playlists. Disponível em versões gratuita e premium. O aplicativo, que tem versões mobile e desktop, indica aos usuários músicas de que possivelmente eles vão gostar, com base nas preferências manifestadas anteriormente pelos usuários e nos sucessos que estão sendo ouvidos. • YouTube Premium: o recurso premium é pago e serve para que as pessoas possam assistir a vídeos sem eles serem interrompidos por anúncios, fazer download dos conteúdos e reproduzir vídeos em segundo plano, ou seja: enquanto, na versão comum, para assistir ao vídeo é preciso deixar o aplicativo YouTube aberto na tela do celular ou desktop e quando se abre algum outro aplicativo a música para, no Premium a música continua a ser executada caso se abra um outro aplicativo. • YouTube Gaming: concentra conteúdos de jogos. No Gaming é possível acompanhar gamers (jogadores), jogos, vídeos e transmissões voltadas para o mundo dos games. O YouTube Gaming reúne conteúdos de jogos para todas as idades. • YouTube Kids: plataforma voltada ao público infantil. No Kids o conteúdo passa por filtros rigorosos para que as crianças não estejam sujeitas a se deparar com algum tipo de conteúdo indevido. • YouTube VR: o YouTube tem um aplicativo para o conteúdo em realidade virtual aumentada. A utilização do YouTube VR transforma todos os vídeos da plataforma na sua experiência de realidade virtual aumentada. Esse é o recurso que deixa o YouTube em terceira dimensão (3D). • YouTube Go: serve para fazer download de vídeos que podem ser assistidos de modo off-line por até 30 dias, o que faz com que os usuários 16 gastem menos dados móveis de internet. Extremamente funcional, porém está disponível apenas na Índia. • YouTube Estúdio de Criação: recurso para quem gera conteúdo no YouTube, já que serve para gerenciar seus vídeos ou playlists, responder a comentários, analisar as métricas do canal e muito mais. • YouTube Creators: direcionado também para geradores de conteúdos no YouTube. No YouTube Creators é possível fazer cursos por meio do Academy ou da Escola de Criadores de Conteúdo. Os cursos são gratuitos e vão do básico ao avançado. De modo complementar ao YouTube Creators e também vocacionado para atender aos criadores de conteúdo, existem os YouTube Spaces, que são estúdios de gravação espalhados pelo mundo. Os grandes criadores de conteúdo podem usar o estúdio do Space para gravar seus vídeos e, além disso, o YouTube sempre reúne os grandes criadores de conteúdo para cursos, workshops e conexões. No Brasil, o YouTube Space é situado no Rio de Janeiro. Existe também o NextUp, um concurso do YouTube cujos vencedores participam de um treinamento de uma semana nos YouTube Spaces e recebem vários outros prêmios como cupons que chegam a até U$ 2 mil para a compra de novos equipamentos, em um varejista selecionado pelo YouTube. Os vencedores do NextUp também ganham benefícios disponíveis apenas para criadores de conteúdo no nível prata ou superior (com mais de 100 mil inscritos ou mais), por exemplo consultoria especializada, convites para festas e eventos e trabalhos com parceiros do YouTube e graduados do NextUp. • YouTube Director: aplicativo gratuito que serve para criar anúncios em vídeos diretamente do celular, usando modelos prontos do aplicativo. Também é possível criar anúncios em vídeo por meio do Google Ads, mas o YouTube Director disponibiliza modelos prontos de templates e guia os usuários no processo de produção e edição de vídeos. O YouTube Director, quando foi lançado, desafiou marcas a criarem um anúncio completo em 20 minutos ou menos. O YouTube tem por característica a presença de usuários que passam um longo período assistindo aos seus conteúdos, portanto precisa de vídeos bem produzidos, com bom roteiro (para se garantir a objetividade da fala no vídeo), frequência de postagens e principalmente: o criador do conteúdo precisa conhecer 17 seu público. Confira algumas estatísticas do YouTube, segundo dados da própria rede social: • Mais de 1 bilhão de usuários, o que representa quase um terço da população conectada à internet. • O público tem de 18 a 34 anos. Só em dispositivos móveis, o YouTube atinge mais pessoas desse público nos Estados Unidos do que qualquer canal de TV. • Encontra-se disponível em 91 países e 80 idiomas, o que abrange 95% dos usuários da internet. • Totaliza 1 bilhão de horas de vídeo assistido por dia. • Mais de 70% do tempo de exibição do YouTube vem de dispositivos móveis. • O número de canais que tiveram receitas anuais de 6 dígitos no YouTube cresceu mais de 40% ano a ano. • O número de canais que tiveram receitas anuais de 5 dígitos no YouTube cresceu mais de 50% ano a ano. • O número de canais com mais de 1 milhão de inscritos cresceu mais de 75% ano a ano. • Nos últimos 5 anos, mais de U$ 2 bilhões foram pagos a parceiros que escolheram gerar receita por meio de reivindicações usando o Content ID (sistema que identifica conteúdos protegidos por direitos autorais). Com tudo isso, sem dúvidas o YouTube pode e deve ser usado pelas marcas. Créditos: Tanuha2001/Shutterstock; Evan lorne/Shutterstock.
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