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Esteffane Seitz - TXVI Técnica cirúrgica Pré-operatório Pode ser dividido em: 1. Geral 2. Especifico para operações 3. Preparo de pacientes com doenças prévias Tem que haver uma boa abordagem clinica: anamnese e exame físico completo, exames se indicados e cuidados antecedentes Paciente jovem: se for fazer procedimento de pequeno ou médio porte, não precisa de exame laboratorial se a historia e exame fisico for normal Analisar antecedentes patológicos e uso de medicamentos EXAMES COMPLEMENTARES Hemograma: intervenções de grande porte, suspeita clínica de anemia, insuficiência renal, neoplasias, esplenomegalia, uso de anticoagulantes, presença de infecção, radio ou quimioterapia recente Coagulograma: história de sangramentos anormais, operações vasculares, oftalmológicas, neurológicas ou com circulação extra-corpórea, hepatopatias e síndromes de mal absorção, neoplasias avançadas, esplenomegalia. Apenas o tempo e atividade protrombina (TAP),o tempo parcial de tromboplastina (TPT) e a contagem de plaquetas costumam ser necessários nestes casos Tipagem sanguínea: m procedimentos cirúrgicos de grande porte com possibilidade de perda sangüínea elevada Glicemia: pacientes acima de 40 anos, história pessoal ou familiar de diabetes, uso de hiperglicemiantes, como corticóides ou tiazídicos, pancreatopatias, nutrição parenteral Creatinina: acima de 40 anos, historia pessoal ou familiar de nefropatia, hipertensão ou diabetes Eletrólitos: uso de diuréticos ou corticoides, nefropatias Urinocultura: pacinetes com indicação de cateterismo vesical durante a operação que faça parte do grupo de risco de bacteriúria assintomática Parasitológico de fezes: intervenção no trato digestivo RX de tórax: mais de 60 anos, operações torácicas ou de abdome superior, cardiopatas, pneumopatas e portadores de neoplasias, tabagistas de mais de 20 cigarros/dia ECG: homens +40 e mulheres +50, cardiopatas, coronariopatas, sintomas de angina, diabéticos, hipertensos Esses exames tem validade de 1 ano Risco cirúrgico Se baseia no estado de saúde do paciente ESCALA ASA Risco I: paciente saudável e normal Esteffane Seitz - TXVI Risco II: paciente com doença sistêmica leve e moderada Risco III: doença sistêmica grave, com limitação mas sem ser incapacitante Risco IV: doença sistêmica incapacitante Risco V: paciente moribundo Avaliação nutricional Para pacientes obesos, desnutridos e emagrecidos Objetivo de quantificar reservas corpóreas Depleção proteica e baixa imunidade Perda ponderal igual ou sup a 5% nos 30d Dosagem de albumina menor que 3.5g/dl Linfócitos abaixo de 1500/mm Pacientes com deficiência nutricional e que não pode ocorrer suporte nutricional pelo TGI: nutrição parenteral prévia por 15 dias TRANSFUSÃO DE SANGUE Deve ser feita quando a hemoglobina estiver abaixo de 10g/100ml Especialmente em idosos Cuidados pré-operatórios DIETA Se houver anestesia geral tem que ter jejum de 8h Anestesia subdural e peridural: menor jejum, mas é recomendado 8h também Jejum de 12h: pra pacientes obesos, gestantes, com hérnia hiatal, tumores intra- abdominais (porque tem maior risco de broncoaspiração) + medicamento pra reduzir conteúdo gástrico MEDICAMENTOS QUE DEVEM SER SUSPENSOS Anticoagulantes orais: 24-48h antes Anti-aderentes plaquetários: 10dias antes Antiinflamatórios não-esteróides: 24-48h antes Antidepressivos: 3-5 dias antes Hipoglicemiantes orais Diuréticos inibidores da reabsorção do potássio Ganglioplégicos MEDICAMENTOS QUE DEVEM SER MANTIDOS Betabloqueadores Anti-hipertensivos Cardiotônicos Broncodilatadores Anticonvulsionantes Corticoides Insulina Antialérgicos Potássio Medicação psiquiátrica ANTIBIOTICOPROFILAXIA Precisa: ASA III, IV, e V Não precisa: ASA I e II (a não ser que seja imunudeprimido, com prótese, ou algumas operações vasculares e oftalmológicas Pós-operatório Inicia durante e logo após o término do procedimento Esteffane Seitz - TXVI Pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos sofrem alterações súbitas -Variam em intensidade (tipo e gravidade da lesão) -Dor, jejum, perda sanguínea, queda da perfusão tecidual e distúrbios funcionais de órgãos vitais geram alterações orgânicas -Visam estabelecer a homeostasia Cirurgias de pequeno e médio porte: não precisam de intervenção As de grande porte exige o conhecimento de ajustes hemostáticos -restabelecer o parâmetros hemodinâmicos, nutricionais e cardiovasculares -propiciar adequada cicatrização e reabilitação do paciente EXAME CLÍNICO Deve ser minucioso Diário: 2x ao dia Nível de consciência Sinais vitais Urina Sistema respiratório e cardiovascular Abdome: olhar a ferida operatória Panturrilhas EXAMES COMPLEMENTARES Não há necessidade de exame de rotina Exceção: cirurgias de grande porte, UTI, apresente alteração no exame físico PRESCRIÇÃO MÉDICA Dieta Hidratação Venosa – Distúrbio Hidroeletroliti Protetor gástrico Analgésicos Antibióticos (se necessário) Profilaxia de TVP Cuidados gerais REPOSIÇÃO HE No PO imediato: avaliar perdas e ganhos durante a cirurgia / sinais vitais / débito urinário de horário Corrigir perdas e necessidades básicas – SF 0,9% PO 1 a 3° Perdas insensíveis +- 1500ml glicose 5% Urina +- 800-1500ml: ringer S ou L Esteffane Seitz - TXVI SNG/drenos: ringer / SG 0,9% Na e K ANALGESIA Analgésicos comuns AINES Derivados opióides Cateter de peridural Bomba de PCA ANTIEMÉTICOS Reduz a dor Reduz o risco de romper as suturas da parede abdominal Opções: - Bromoprida - Metoclopramida - Ondansetrona - Dimenidrato PROFILAXIA DA TVP 40% dos pacientes em PO de cirurgia geral Fatores de risco: idade/obesidade/ACO/dça cardiovascular/neoplasias/trauma de MMII e imobilização prolongada Cirurgias pélvicas e quadril: maior risco NUTRIÇÃO Diminuição da motilidade intestinal – manuseio Esse íleo depende da manipulação Intestino delgado: reinicia os movimentos entre 12-24h Estomago: 24-48h Cólon: 48h O reinicio da alimentação oral, portanto, deve considerar o tipo de procedimento cirúrgico realizado e a presença de RHA Paciente bem acordado SONDA NASOGÁSTRICA Pós-cirurgias do tubo digestivo alto Diminui a distensão gástrica e ocorrência de vômitos Deve ser retirada se débito <400ml e RHA presentes Dificilmente passa de 72h SONDA VESICAL DE DEMORA Monitorar a volemia do paciente no pós- operatório Menor tempo possível Cirurgias urológicas/ginecológicas podem aumentar tempo de uso DRENOS Profiláticos (sentinelas) e terapêuticos: coleções e abcessos Inserido por contra-incisão Esteffane Seitz - TXVI Retirar o quanto antes sempre que possível CURATIVOS Síntese primária: 24-48h desde que limpo e seco Fechamento por segunda intenção: limpeza diária com solução salina, desbridamento químico ou físico e oclusão com curativos estéreis Antissépticos: efeito citolítico Em vigência de infecção: abrir pontos e tratar como segunda intenção Antibióticos: em pacientes imunodeprimidos POSIÇÃO NO LEITO E CUIDADOS RESPIRATÓRIOS Intervenções abdominais: repouso no leito em posição de Fowler, com membros inferiores fletidos
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