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RELATÓRIO HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: Aluna: Lara Gonçalves da Silva (turma 5) Saúde: Saúde latim 'salus' (salutis), conservação (da vida); • Prática clínica: ausência de doença; • "Estado completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a doença de doença" (OMS, 1957 p. 8); "Saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso à posse de terra e acesso a serviços de saúde "(8 ° Conferência Nacional de Saúde, 1986, p.4). Organização Mundial de Saúde (1976), "a saúde deve ser entendida em sentido mais amplo, como componente da qualidade de vida, e, assim, não é um bem de troca, mas um bem comum, um bem e um direito social." Epidemiologia: "Estudo da distribuição e determinantes dos estados relacionados à saúde ou eventos em populações específicas, e a aplicação deste estudo para controle de problemas de saúde" (LAST, 2001 p. 62). -Ciência que estuda o processo saúde- doença na comunidade, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades e dos agravos à saúde coletiva, propondo medidas específicas de ao controle prevenção, erradicação "(ROUQUAYROL, 2003). História natural da doença é o nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo “as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até às alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte”. (Leavell & Clark, 1976). • Identificação das causas envolvidas e da forma como participam no processo da doença, a fim de elaborar um modelo descritivo compreendendo as inter-relações entre o agente, o hospedeiro e o meio ambiente. A história natural da doença, portando, tem desenvolvimento em dois períodos sequenciados: o período epidemiológico e o período patológico. No primeiro, o interesse é dirigido para as relações suscetível-ambiente, no segundo, interessam as modificações que se passam no organismo vivo. • Meio Ambiente Físico: altitude, umidade relativa do ar e a temperatura. Biológico: agentes, vetores e reservatórios de doenças. Social: sociais, econômicas, políticas e culturais. • Período de Pré-patogênese: os eventos ocorrem em época ainda anterior à resposta biológica inicial do organismo. • Período de Patogênese: processos ocorrem no interior do corpo humano. - Interação estímulo-suscetível: má nutrição. - Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas: percebidas através de exames clínicos e laboratoriais. - Sinais e sintomas: estágio chamado de clínico. - Cronicidade: evolução clínica da doença Abrange, portanto, dois domínios interagentes, consecutivos e mutuamente exclusivos, que se completam: o meio ambiente, onde ocorrem as pré- condições, e o meio interno, locus da doença, onde se processaria, de forma progressiva, uma série de modificações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, próprias de uma determinada enfermidade. Alguns fatores são limítrofes. Situam-se, de forma indefinida, entre os condicionantes pré-patogênicos e as patologias explícitas. São anteriores aos primeiros transtornos vinculados a uma doença específica, sem se confundir com a mesma e, ao mesmo tempo, são intrínsecos ao organismo do suscetível. Em uma situação normal, em ausência de estímulos, jamais se exteriorizariam como doenças. Em presença destes fatores intrínsecos preexistentes, os estímulos externos transformam-se em estímulos patogênicos. Dentre as pré-condições internas, citam-se os fatores hereditários, congênitos ou adquiridos em consequência de alterações orgânicas resultantes de doenças anteriores. O homem se faz presente em todas estas etapas. É gerador das condições socioeconômicas favorecedoras das anomalias ecológicas predisponentes a alguns dos agentes diretamente responsáveis por doenças. Ao mesmo tempo, é a principal vítima do contexto de agressão à saúde por ele favorecido. Na expressão história natural da doença, o "natural" não pode e não deve ser entendido como uma declaração de fé de ordem filosófica, negando o social e privilegiando o natural. Na verdade, não há como se negar que, na história da doença, o social e o natural têm, cada qual, sua hora e sua vez. Ao tratar a história natural de uma doença em particular como sendo uma descrição de sua evolução, desde os seus primórdios no ambiente biopsicossocial até seu surgimento no suscetível e consequente desenvolvimento no doente, deve-se ter um esquema básico, de caráter geral, onde ancorar as descrições específicas. Este esquema geral, arbitrário, é apenas uma aproximação da realidade, sem pretensão de funcionar como uma descrição da mesma (Fig. 2-1). A história natural das doenças, sob este ponto de vista, nada mais é do que um quadro esquemático que dá suporte à descrição das múltiplas e diferentes enfermidades. Sua utilidade maior é de apontar os diferentes métodos de prevenção e controle, servindo de base para a compreensão de situações reais e específicas, tornando operacionais as medidas de prevenção. Níveis de Aplicação de Medidas Preventivas e Estratégias de Prevenção: • Prevenção Primária: Estratégias para prevenir a exposição ao fator de risco (ex: tabagismo; ingestão de gorduras) ou para promover sua cessação (tratamento para deixar de fumar). • Prevenção Secundária: - Diagnóstico: Precoce -Rastreamento (screening) para identificar a doença num estágio inicial e então melhorar o seu prognóstico (aumentar a probabilidade de cura ou prolongar o tempo de sobrevida) Ex: papanicolau para detecção precoce de câncer de cérvix uterino. • Prevenção Terciária: Prevenção de incapacidade através de medidas destinadas à reabilitação. Ex: o processo de reeducação e readaptação de pessoas com sequelas após acidentes ou devido a sequelas de doenças.
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