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ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Parasitologia II – P.S.D. II 
INTRODUÇÃO 
Tanatofídeos – sua picada leva a pessoa 
a óbito. Algumas outras espécies podem 
causar graves lesões, mas não levam a 
óbito. 
Atanatofídeos - não levam a óbito. 
Fosseta loreal - sensibilidade ao calor. 
Está presente na cabeça e é responsável 
por identificar a presa e a abocanha-la. 
INVERTEBRADOS PEÇONHENTOS 
Temos as aranhas, escorpiões e alguns 
outros de importância médica: 
Lepidopteras (larvas de borboletas - 
Lonomia sp). 
VERTEBRADOS PEÇONHENTOS: 
Serpentes -> nosso objetivo de estudo. 
Anualmente, cerca de 2,5 milhões de 
pessoas no mundo são vítimas de picada 
de serpente dos quais 100.000 perdem 
suas vidas. 
O Instituto Vital Brasil é um dos 21 
laboratórios oficiais brasileiros e um 
dos três fornecedores de soros 
hiperimunes para o Ministério da Saúde, 
que os distribui por todo o Brasil. No 
instituto, são produzidos antídotos 
contra tétano, raiva e antipeçonhento, 
usados no tratamento de acidentes com 
cobras, aranhas e escorpiões. Desde 2001 
o Vital Brasil é o único produtor 
brasileiro do soro contra o veneno da 
aranha viúva-negra. 
Os soros produzidos nos laboratórios 
oficiais não podem ser encontrados em 
farmácias e não são vendidos a 
particulares. São aplicados nos polos de 
atendimento, rede de hospitais 
estrategicamente localizados, para 
atendimento gratuito aos acidentados. 
TIPOS DE SOROS 
 Monovalentes: 
1. Antibotrópico (SAB) - contra o 
veneno das jararacas (incluindo 
as jararacuçus, urutus, 
caiçacas e jararacas pintadas). 
Contra ação proteolítica. 
2. Anticrotálico (SAC) – contra o 
veneno de cascavéis. Contra 
ação neurotóxica. Uma diferença 
é que no segundo dia de 
internação o paciente tem 
poliúria (sangue na urina). 
3. Antielapídico (SAE) – contra o 
veneno do gênero Micrurus 
(cobra coral verdadeira). 
Contra ação neurotóxica. 
4. Antilaquético (SAL) – Contra o 
veneno do gênero Laquesis 
(surucucu). Contra ação 
proteolítica mais distúrbios 
digestivos (diarreia) 
 Polivalentes 
1. Antibotrópico-crotálico (SABC) 
– veneno contra o veneno de 
jararacas e cascavéis. 
2. Antibotrópico-laquético (SABL) 
– contra o veneno de jararacas 
e sururucu. 
POLOS DE REFERÊNCIA 
Laquesis - especifica da região 
amazônica. 
Botrópico - mais comum 
Crotálico - maior letalidade, segundo 
ataque mais comum. 
Micrurus - o que menos tem casos de 
ataque -> não tem fosseta loreal. Tem 
dentes inoculadores na região frontal. 
AS SERPENTES 
Reino animal 
Filo chordata – coluna vertebral 
Classe reltila 
Ordem Ophidia 
Existem 9 famílias de serpentes, os 
quais 2 se destacam por serem 
peçonhentas: 
 Elapidae-Elapinae -> Proteróglifa 
Micrurus 
 Viperidae-Crotalinae -> Solenóglifa 
Bothrops 
Crotalus 
Laquesis 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 Ápodas 
 Não possuem pálpebras 
 Possuem corpo coberto de escamas 
 
ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Parasitologia II – P.S.D. II 
 Escamas ventrais maiores que as 
dorsais. 
 Aparelho iógeno – glândulas 
secretoras de peçonha. 
 Aparelho ióforo – dentes maxilares 
diferenciados. Para injetar a 
peçonha. 
 
Fosseta loreal: órgão sensorial 
termorreceptor, permitindo as serpentes 
verificares alterações da temperatura no 
ambiente. 
DENTIÇÃO 
Áglifa 
Dentes pequenos, iguais (não possuem 
dentes inoculadores) e maciços. Veneno 
no suco gástrico (não possuem uma 
glândula para secreção do veneno). 
Jiboia, sucuri, anaconda. 
 
 
Opistóglifa 
Dente posterior da boca. Dente possui um 
sulco, onde o veneno escorrerá pelo 
dente e atingirá a pessoa. Precisa de 
tempo presa com os dentes. Cobra coral 
falsa, cobra verde, cobra cipó. 
 
Proteróglifa 
Dente fixo na região anterior da boca. O 
veneno escorre por dentro do dente e sai 
por uma fissura nele (assim, não precisa 
chegar até o final do dente). Coral 
verdadeira (cobras do gênero Micrurus). 
 
 
Solenóglifa 
Dente retrátil, na parte anterior da 
boca e altamente especializado em 
inocular veneno. Ela dá o bote direto 
nos vasos sanguíneos. Tem um canal que 
passa o veneno por dentro dos dentes, e 
ele já está no dente antes dela morder. 
Protarus, Laquesis e Bothrops. 
 
GÊNERO BOTHROPS 
 
 Jararaca, principalmente. 
 Aproximadamente 90,5% dos acidentes 
ofídicos, mas com baixa letalidade. 
 Presente em todo o Brasil. 
 Tem 3 ações fisiopatológicas: 
proteolitica (atividade inflamatória 
aguda), coagulante (o sangue não 
coagula) e hemorrágica. 
 Risco de insuficiência renal aguda. 
 Quanto mais tempo demora, maior o 
agravo. 
 Único gênero com dor imediata, edema, 
bolha, necrose. 
 Sintomas: dor, sangramento local, 
edema local e pode evoluir para todo 
o membro, hemorragias, equimose, 
bolhas e necrose. 
 Soro antibotrópico ou qualquer um dos 
polivalentes. 
 
ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Parasitologia II – P.S.D. II 
GÊNERO MICRURUS 
 
 As serpentes do gênero Micrurus não 
apresentam fosseta loreal e possuem 
dentes inoculadores pouco 
desenvolvidos e fixos na região 
anterior. 
 Incidência de 1% dos acidentes 
ofídicos 
 Em todo o Brasil 
 Ação neurotóxica (bloqueio da junção 
mioneural, paralisando o músculo). 
 Sintomas: dor local, paresteria, 
ptose palpebral, diplopia, sialorréia 
(abundante salivação), dificuldade de 
deglutição e mastigação, dispneia. 
 Soro antielapídico -> 10 ampolas. 
 
OBS.: A cobra coral verdadeira possui 
anéis fechados no corpo e dentição 
proteróglifa. Já a cobra coral falsa 
possui apenas faixas, a barriga é lisa e 
a dentição é opistóglifa. 
GÊNERO CROTARUS 
 
 Cascavel, principalmente. 
 7,7% dos acidentes ofídicos. 
 Maior coeficiente de letalidade 
(1,8%) devido à frequência com que 
evolui para insuficiência renal 
aguda. 
 Ocorre em áreas abertas (campos, 
cerrados e caatinga) e em quase todo 
o Brasil. 
 Ação neurotóxica, ação miotóxica (a 
peçonha acaba lesionando a 
musculatura esquelética, ocasionando 
mioglobinúria e mialgia intensa) e 
coagulante. 
 Sintomas: edema discreto ou ausente, 
dor discreta ou ausente, parestesia, 
ptose palpebral, diplopia, visão 
turva, urina avermelhada ou marrom. 
 Insuficiência respiratória aguda em 
casos graves. 
 Soro anticrotálico ou antibotrópico-
crotálico. 
GÊNERO LACHESIS 
 
 Sururucu 
 Os acidentes por Lachesis são raros 
(incidência de 1,4%) 
 Letalidade de 0,9% 
 Presente na Amazônia e na Mata 
Atlântica. 
 Ação proteolítica, hemorrágica, 
coagulante e neurotóxica. 
 Sintomas: semelhante ao acidente 
botrópico. Só difere devido ao quadro 
neurotóxico (bradicardia, hipotensão 
arterial, sudorese, vômitos, 
diarreia). 
 Risco de insuficiência renal aguda 
 Soro Antilaquético ou antibotrópico-
laquético. 
O QUE FAZER? 
Fazer a notificação compulsória. A 
notificação é feita pelo SINAM. 
Não amarrar ou fazer torniquete próximo 
ao local da picada. 
Não colocar no local da picada: folhas, 
pó de café e terra para que não haja 
infecções secundárias. 
Não cortar o local da picada (alguns 
venenos causam hemorragias, gerando um 
sangramento intenso caso faça o corte) 
Manter o acidentado em repouso (a 
locomoção aumenta a circulação sanguínea 
e facilita a absorção do veneno). 
Encaminhar para um polo de referência, 
que é onde haverá o soro para ser 
aplicado: Magé, Nova Iguaçu ou Barra da 
Tijuca.

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