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Emergencias Psiquiatricas

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1 FPM 4 – Psiquiatria 
Emergencias Psiquiatricas 
O que é? Qualquer distúrbio agudo do pensamento, 
humor, comportamento ou relacionamento social, 
referido pelo paciente, família ou comunidade e requer 
intervenção imediata. Na emergência psiquiátrica tem 
que pensar no paciente mas também na equipe, 
familiares para proteção. 
Prioridades: (1) garantir segurança, (2) realizar 
avaliação efetiva, (3) facilitar intervenção adequada; 
(1) Garantir a segurança 
Maioria não apresenta comportamento violento e a 
ocorrência de tentativa de suicídio em ambientes 
supervisionados é rara. 
Reconhecer precocemente sinais de comportamento 
agressivo ou violento: 
 Atitude combativa 
 Reatividade aumentada a estímulos (não para 
de andar, barulho já pergunta o que é) 
 Gesticulação, expressão facial de raiva e 
contato visual desafiante; 
 Tom de voz aumentado ou recusa a comunicar; 
Medidas de segurança: 
 Protocolos de triagem e rotina para o manejo 
desse paciente; 
 Treinamento e reciclagem da equipe; 
 Afasta pessoas que possam desestabilizar o 
paciente (algum familiar talvez) 
 Equipe bem treinada sabe observar; 
 Precaução ao sentar-se atrás de uma mesa, 
cadeira voltada pra porta, duas portas de 
saída, câmeras, equipe de segurança 
disponível, código comum/som para chamar 
equipe de ajuda. 
(2) Avaliação efetiva 
Deve ser avaliado quanto ao SBV (circulação, vias 
aéreas e respiração) além de oximetria de pulso, sinais 
vitais e glicemia; (identificar condições médicas que 
podem causar ou exarcebar alterações no 
comportamento) 
Descartar ou resolver situações mais urgentes  
anamnese detalhada e exame físico. 
Dicas para aproximar paciente e examinador: 
 Identificar afeto predominante do paciente 
(raiva, medo, vergonha, motivar falar sobre 
ele) 
 Observar identificação com sentimentos do 
paciente – irritados ou assustados transferem 
sentimentos ao avaliador – não ser reativo 
 Atentos à críticas sobre motivo e sobre a 
voluntariedade ou não do atendimento (pode 
prejudicar o atendimento) 
 O examinador deve evitar o uso da lógica para 
convencer o paciente que o pensamento dele 
é ilógico/errado. 
 Mostrar interessado e escutar atentamente 
Anamnese da emergência – identificação, 
informantes, contatos, de onde veio encaminhado, 
com quem mora e qual a qualidade dessa relação. 
HDA: investigar pródromos; início, grau de 
interferência no cotidiano, eventos vitais, situações ou 
fatores precipitantes; 
Uso de medicamentos: em uso atual, possibilidade de 
abuso, início, alteração na dose ou suspensão recente. 
História psiquiátrica pregressa: episódios anteriores 
(semelhantes ou não), hospitalização (número, 
duração, instituição), psicotrópicos (quais já utilizados, 
período de uso, motivo da suspensão), tentativas de 
suicídio (n°, período, meios empregados e 
consequências), uso, abuso e dependência de drogas. 
História médica: uso de 
suplementos/homeopáticos/fitoterápicos; história 
sexual (parceiro, métodos de barreira, tratamento 
prévio IST), história ginecológica (n° gestações e filhos, 
última menstruação, última mamografia)  saber da 
possibilidade da paciente estar grávida pois algumas 
medicações não podem ser utilizadas. Pesquisar 
também comorbidades, traumas, doenças 
neurológicas, cardiovasculares, neoplasias... 
História familiar: pais e irmãos (idade e higidez; se 
falecidos, idade de falecimento, há quanto tempo e 
motivos); história de condições parecidas com a do 
paciente ou outras condições, tentativas de suicídio, 
internação, abuso de drogas, falecimento de pessoas 
jovens. 
Perfil psicossocial: escolaridade, trabalho e história 
ocupacional; Problemas legais e criminais; 
Revisão de sintomas clínicos e psiquiátricos; 
Exame neurológico 
Estado mental e funções corticais superiores 
 MEEM – ter disponível na emergência; 
 Praxias: imitação de gestos de pentear o 
cabelo, assoprar vela; 
 Gnosia: identificar cores e objetos, barulho de 
chaves, toque de moeda. 
 Olhos: II (campos visuais, aferÊncia do reflexo 
fotomotor); III (eferência do reflexo fotomotor, 
elevação palpebrar); III, IV, VI (movimentos 
oculares) 
 Face: V – sensibilidade da face, mastigação; VI- 
mímica; 
 Ouvido: VIII (teste de Rinne, Weber, pesquisa 
de nistagmo) 
 
2 FPM 4 – Psiquiatria 
 Boca: IX e X (simetria do palato, reflexo do 
vômito e elevação da úvula); XII (motricidade 
da língua) 
 Pescoço: XI (motricidade do 
esternocleidomastoideo e trapézio) 
 Motricidade: tônus e trofismo dos MMSS; 
força (manobras deficitárias com mebros 
superiores estendidos, dedos afastados e 
palma para cima, testes contra resistência do 
examinador. 
 Reflexos: miotáticos (tricipital, bicipital, 
estilorradial, flexor dos dedos, patelar, 
aquileu) e primitivos (palmomentual, grasping, 
glabelar, sucção) 
 Coordenação: metria (teste index-nariz ou 
índex-index); diadococinesia 
 Sensibilidade: porção anterior e lateral da 
medula (pressão, tato grosseiro, dor e 
temperatura); porção posterior da medula 
(vibração, tato fino e propriocepção) 
 Marcha 
 Equilíbrio estático 
Funções mentais relacionadas a transtornos orgânicos 
 Consciência – avaliar por Glasgow 
o Alterações: obnobulação, confusão, 
estupor e coma; 
 Atenção – SPAN de dígitos (pedir para paciente 
repetir uma série de dígitos pronunciados em 
voz alta de forma pausada evitando tudo que 
pode distrair – o mesmo usado para testar 
TDAH) 
 
 Sensopercepção – questionar sobre 
alucinações e observar conduta alucinatória. 
 Orientação – questionar sobre tempo, espaço, 
si próprio e outros. 
 Memória – avaliar por SPAN de palavras 
(depois de 5 min avalia a memoria recente, se 
ele não consegue já na hora é perda de 
memória imediata e para memória remota 
pedir para contar fatos do passado) 
 Inteligência e abstração – testes específicos e 
precisa de curso, uma avaliação 
neuropsicológica (nem sempre tem) – se não, 
avaliar o básico 
 
 Afeto e humor – conteúdo afetivo 
predominante na entrevista, postura, 
adequação de respostas emocionais, 
expressão facial; 
Diagnósticos diferenciais 
Características que indicam organicicidade 
 Início dos sintomas psiquiátricos após 45 anos 
 Atendimento do paciente com idades 
avançadas (leva a pensar em transtornos de 
cognição, geralmente as demências!! É tipo 
impossível ser uma esquizofrenia nessa idade) 
 Início agudo dos sintomas (horas ou minutos) 
 Sintomas que flutuam 
 Alucinações não auditivas – delirium 
 Quadros psiquiátricos com apresentação 
atípica 
 Resistência ou resposta não habitual ao 
tratamento psiquiátrico 
 Início recente de medicações novas ou ajuste 
de dosagem (incluindo fitoterápicos) 
 Sintomas de intoxicação, abstinência... 
 História de abuso de medicamentos ou outras 
substâncias 
 História pessoal de epilepsia (sujeito a 
episódios depressivos atípicos, psicóticos) 
 História de doença clínica preexistente ou 
atual; 
 Ausência de história familiar da síndrome ou 
problemas psiquiátricos; 
 História familiar de condições clínicas que 
cursem com sintomas psiquiátricos; 
 Revisão de alguns sintomas clínicos positivos 
indicativa de alguma etiologia clínica (tosse, 
febre) 
 Alterações de sinais vitais; 
 Sinais neurológicos focais 
 Sinais sugestivos de catatonia (esturpor, 
mutismo, negativismo, estereotipia, caretas, 
ecopraxia) 
Condições com risco de vida 
 Metabólicas (hipóxia, hipoglicemia, 
hiperglicemia;) 
 Neurológicas (encefalopatia hipertensiva, de 
Wernicke, infecções, epilepsia, AVC, TCE, 
lesões intracranianas) 
 Toxicológicas (intoxicação ou abstinência, 
outra substância psicoativa ou medicações) 
 
3 FPM 4 – Psiquiatria 
 Infecciosas (sepse) 
Condições comuns 
 Metabólicas ou endocrino (hidroeletrolíticas, 
tireoide) 
 Toxicológica ( sd de retirada de medicação, 
efeitos adversos ou interações 
medicamentosas (atentar para polifarmácia, 
agentes anticolinérgicos) 
 Infecciosas (ITU, pneumonia)
 Trantornos mentais; 
 
Psicose orgânica 
Psicose 
funcional 
Nível de 
consciência, 
atenção, 
orientação, 
memória; 
Alterada Preservado 
Alucinações 
Em geral visuais e 
táteis; 
Em geral 
auditivas; 
Início e 
faixa etária 
Agudo; SEM 
história prévia 
psiquiática 
!! / 12/ 40/ !! 
Insidioso; COM 
história prévia 
psiquiátrica 
12/!!/!!/40 
Sintomas 
Oscilam so longo 
do dia e mais 
intenso no final 
do dia; 
 
Evidência 
Causa 
neurológica ou 
clínica 
 
 
Emergências psiquiátricas associadas 
so uso de psicofármacos 
SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA 
Indivíduo que faz uso de antipsicótico típico de alta 
potência (haloperidol e flufenazina) 
Febre, rigidez, flutuação da consciência, CPK elevada, 
leucocitose, instabilidade autonômica (coração 
acelerado e depois lento, diferenças de pressão...) 
Suspender e hidratar vigorosamente; 
SÍNDROME SEROTONINÉRGICA 
Uso de 2 ou + com propriedades serotoninérgicas; 
(IMAO- bloqueia enzima de degradação da serotonina 
e ISRS – bloqueio do neurônio pós sináptico fazendo 
com que tenha mais serotonina na fenda; ) 
MEEM alterado, febre, agitação, tremos, mioclonia, 
hiperreflexia, ataxia, sudorese, diarreia; 
REAÇÃO A TIRAMINA  CRISE HIPERTENSIVA 
Uso de MAO não pode ingerir nada de alimento com 
leite e/ou derivados  crise hipertensiva; 
Hipertensão arterial, cefaleia, rigidez de nuca, 
sudorese, náusea, vômito, e pode até causar AVC ou 
morte. 
DISTONIA AGUDA 
Espasmos musculares de início agudo e precoce:olhos, 
língua, mandíbula, pescoço; 
Pode causar espasmo de laringe o que exige intubação. 
Nos olhos  síndrome oculórigna (sente olho sendo 
puxado involuntariamente) 
Tratamento feito por biperidemo injetado nas 
emergências; 
INTOXICAÇÃO POR LÍTIO 
Ele tem janela terapêutica estreita; fácil ser tóxico; 
Prevenção de recaída de sintoma depressivo: nível 
sérico pelo menos >= 0,6 
Prevenção de mania e depressão bipolar – 0,8 a 1,2 
A intoxicação pode ocorrer com qualquer valor de 
litemia sérica (geralmente >1,5) 
Náusea, vômito, disartria, ataxia, alterações de 
coordenação, mioclonia, hiperreflexia, convulsões, 
diabetes insípido, delrium e coma; 
Tratamento: 1,5 suspensão do remédio e hidratação 
vigorosa; Acima de 2 – indicação de hemodiálise; 
INTOXICAÇÃO POR ÁCIDO VALPROICO 
Faixa terapêutica mais ampla: >= 50 microgramas até 
100; 
Pode avaliar amônia – altíssima (leva a depressão 
respiratônia, coma e morte) 
Sedação excessiva, confusão, hiper reflexia, 
convulsões... 
INTOXICAÇÃO POR CARBAMAZEPINA 
Sintomas neuromusculares, tontura, dificuldade 
respiratória, estupor, arritmias ventriculares, 
hipertensão, convulsões, mioclonia, retenção urinária, 
nistagmo, depressão respiratória e coma; 
Hepatotóxico e induz o próprio metabolismo, também 
reduz efeito de outros remédios; 
INTOXICAÇÃO POR AD TRICÍCLICO 
Muito comum; 
Efeitos anticolinérgicos, distúrbios da condução 
cardíaca, hipotensão, depressão respiratória, agitação, 
alucinação e convulsão (diminui limiar convulsivo); 
Solicitação dos exames 
 
Vit B – algumas demências reversíveis por deficiência 
dessa vit. 
 
4 FPM 4 – Psiquiatria 
 
 
FLUXOGRAMA 
 
 
 
(3) Facilitar intervenção adequada 
Após estabilizar quadro agudo e a exclusão de 
condições médicas gerais  avaliar presença de riscos 
psiquiátricos e proceder ao encaminhamento para 
intervenção mais adequada. 
Em algumas situações  observação (24-72h); Avaliar 
vulnerabilidade em todos aspectos; 
Fator para escolha do ambiente de tratamento: 
segurança; 
Situações de risco: suicídio, heteroagressão, 
homicídio, autonegligência grave... Nessas situações 
deve-se considerar internação psiquiátrica; Alguns 
tratamentos também são feitos preferencialmente em 
nível hospitalar. 
 
5 FPM 4 – Psiquiatria 
Suporte social adequado e segurança suficiente  
encaminha ao CAPS;Realiza atendimento intensivo, 
semi intensivo e não intensivo;

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