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Tumor de cólon - Manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e rastreio

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Tumor de cólon e rastreamento 1
Tumor de cólon e rastreamento
CCR
Maior incidência entre 50-70 anos.
3ª causa de morte por câncer no Brasil e 4º câncer em frequência.
Importância do exame de toque → alta incidência no reto
Tipos:
Esporádicos:
Sequência adenoma-carcinoma (80%)
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Sequência adenoma serrilhado-carcinoma (15%)
Carcinoma "de novo" (5%) → já inicia como carcinoma, é mais 
agressivo e com invasão mais precoce
Adenocarcinoma > 95%
Disseminação hematogênica mais comum é para o fígado
Fatores de risco:
Dieta rica em carne vermelha, gorduras e pobre em fibras.
Fatores de proteção:
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Quadro clínico:
Maioria assintomáticos: dx pelo rastreamento 
Sintomas em comum: astenia, emagrecimento (síndrome 
consuptiva)
Sintomas diferentes a depender da localização.
Exames laboratoriais:
Anemia
Fosfatase alcalina elevada: metástases elevadas
Sangue oculto nas fezes: sensibilidade 50%, redução da 
mortalidade por CCR em 15-33%
CEA: não é específico para CCR. É importante para detecção 
precoce de metástases após procedimento cirúrgico. Persistência 
de CEA elevado após a cirurgia é fator preditivo de prognóstico 
ruim.
Radiologia:
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Raio X de tórax, TC e RNM: metástases 
Enema opaco: lesões avançadas (maçã mordida) → tem sido 
substituida pela colonoscopia
Colonoscopia:
Examina todo o cólon
Permite a realização de biópsias e ressecções
CCR precoce:
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Classificação de borrmann 0 + aspecto macroscópico 
Lesões polipoides:
0Ip→ pólipo pediculado
0Isp→ pólipo subpediculado
0Is→ pólipo sessil
Lesões planas:
IIa: plana superficialmente elevada → não pode ultrapassar 
2,5mm de elevação
IIb: plana plana
IIc: plana superficialmente deprimida → não pode 
ultrapassar 2,5mm de depressão
Tratamento:
Curativo:
Mucosectomia → via colonoscopia
Cirurgia
Ressecção de meta hepática
Paliativo:
Cirurgia
Prótese
RT QT
Familiares
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Polipose adenomatosa familiar (PAF) → risco de CA de cólon de 
100%
PAF clássica > 100 adenomas colo-retais → idade média do 
surgimento do CA 39 anos.
PAF variante: 10-100 adenomas colo-retais → idade média do 
surgimento do CA 49 anos.
Idade média do surgimento do adenoma: 16 anos
Todos os pacientes tem indicação de colectomia.
Lynch-HNPCC
Herança autossômica dominante. Mutação nos genes de reparo 
do DNA.
CCR em idades precoces (média-44 anos)
TU de crescimento rápido: proveniente de adenoma viloso com 
displasia de alto grau, CCR pouco diferenciado.
Predomínio em cólon direito.
Características que sugerem sindrome hereditária com 
predisposição ao CCR → investigação junto ao médico geneticista
CCR ou adenomas múltiplos > 2 cm em idade < 40-45 anos
Múltiplos indivíduos na família com CCR
CCR síncrono ou metacrônico
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Múltiplos TU primários colônicos e/ou extra-colônicos na 
mesma família como de ovário, endométrio, estômago, mama, 
pâncreas, bexiga...
Peutz-Jeghers
Herança autossômica dominante (gene STK11)
Pólipos harmatomatosos + pigmentação macular melanocítica 
em pele e mucosas
Risco de CCR > 15x pop geral
CA extra-colônico: 50-90%: esôfago, estômago, delgado, 
pâncreas, pulmão, mama, útero e ovário.
Juvenil
Herança autossômica dominante (gene SMAD4 e PTEN)
Polipos harmatomatosos 
Risco de CCR: associação com adenomas que aparecem junto 
aos harmartomas e podem evoluir com CA.
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Protocolo de rastreamento do CCR
Adultos com 45 anos ou mais são considerados como risco moderado e 
devem realizar screening para CCR com teste para pesquisa de sangue oculto 
fecal de alta sensibilidade ou exame estrutural a depender da escolha do 
paciente ou disponibilidade do método.
A pesquisa de sangue oculto fecal baseado em guaiaco de alta 
sensibilidade pode ser positivo em decorrência de úlceras de estômago e 
também pela dieta do paciente.
Teste positivo → indicar colono
Fatores de risco:
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Médio risco: repetir a cada 10 anos se o exame for normal. Na prática 
clínica o segundo exame muitas vezes é feito 5 anos após o primeiro, como 
uma tentativa de evitar o "câncer de intervalo" por falha de detecção de 
pólipos.
Raça negra, obesidade e tabagismo → começar aos 40 anos e repetir a 
cada 10 anos se o exame for normal.
Acromegalia → começar aos 40 anos e repetir a cada 5 anos se o exame 
for normal.
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Pólipos serrilhados:
75% pólipos hiperplásicos → mais comuns no reto e sigmoide distal. 
Geralmente menores que 5 mm, esbranquiçados, superfície lisa e 
regular. São pólipos que não representam risco de malignidade. 
24% pólipos adenomatosos sésseis serrilhados → mais comuns no 
cólon direito, podem ter muco aderido a superfície do pólipo que 
dificulta a visualização, evoluem mais rapidamente para CCR. 
1% pólipos serrilhados tradicionais → mais comum no sigmoide, alto 
risco de malignidade.
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Término do rastreamento
Adultos de médico risco, com boa saúde e que tenha uma expectativa 
de vida maior que 10 anos: continuar o rastreamento para CCR até a 
idade de 75 anos. Individualizar o rastreio em indivíduos entre 76 e 85 
anos. Desencorajar o rastreio de CCR em indivíduos > 85 anos.
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