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MANDADO DE SEGURANÇA TRABALHISTA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO 
EMPRESA XLX, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ ..., com sede na Rua ..., nº..., bairro ..., cidade ..., estado ..., CEP ..., cujo endereço eletrônico ...@..., por intermédio de seu advogado (procuração anexo) vem, respeitosamente perante Vossa Excelência com fundamento no artigo 5º, inciso LXIX e artigo 114, inciso IV, ambos da CF e na Lei 12.016/2009, impetrar:
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR 
em face de ato do Juiz do Trabalho, Dr. ..., lotado na ... Vara do Trabalho de ..., Rua..., nº..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., pela decisão proferida nos autos da reclamação trabalhista movida por ITAMAR, processo nº..., pelos motivos a seguir expostos:
I- DO CABIMENTO 
Este mandado de segurança visa garantir um direito certo e líquido, visto que foi proferida decisão interlocutória em favor do impetrado sem dar ao impetrante a possibilidade de se manifestar.
Por se tratar de liminar concedida antes do julgamento, cabe impetrar Mandado de Segurança, tendo em vista a inexistência de recurso próprio, nos termos da Súmula 414 do TST.
II- DA TEMPESTIVIDADE 
De acordo com o art. 23 da Lei 12.016 / 19, o direito de mandado de segurança expira após 120 (cento e vinte) dias, contados do conhecimento do interessado sobre o ato em questão. É por isso que esta ação é oportuna.
III- DOS FATOS 
Itamar prestava serviços de auxiliar de serviços gerais para a impetrante, porém, este estava afastado do trabalho devido ao auxílio previdenciário comum. Após sete meses do retorno do funcionário, ele foi demitido sem justa causa. Insatisfeito com o desligamento, Itamar ingressou com reclamação trabalhista alegando que teria direito à estabilidade em razão do afastamento pelo INSS e por isso solicitou a reintegração e o pagamento de seus salários, desde a data do desligamento até a presente data na liminar.
Acontece que o juiz deferiu liminar determinando que fossem pagos os salários retroativos, sem dar a devida oportunidade de manifestação.
Diante da violação do direito, a impetrante por meio desta ação tem como objetivo evitar prejuizo aos seus direitos.
IV- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
IV.I- DO NÃO DIREITO À ESTABILIDADE E DA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA 
O empregado Itamar afirma que teria direito à estabilidade no emprego em razão do afastamento do INSS, devido a um auxílio previdenciário comum. Nesse caso, o empregado não goza de estabilidade temporária, visto que a assistência recebida é comum, não se trata de assistência decorrente de acidente de trabalho ou doença relacionada ao trabalho.
Por este motivo, a impetrante tem o direito de despedir o trabalhador a qualquer tempo, não tendo direito a ser reintegrado no emprego ou a receber salários retroativos.
IV.II- DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO 
Conforme demonstrado, o empregado Itamar não possui estabilidade provisória, visto que foi afastado por doença não ligada ao trabalho, recebendo auxílio previdenciário comum, portanto, não acidentário. Além do mais, por ser membro sindical ou fazer parte da CIPA, o empregado não possui estabilidade.
Vale ressaltar, que OJ 64 da SDI -2 do TST estabelece que não afeta direito líquido e certo a concessão de tutela antecipada para reintegração de empregado protegido por estabilidade provisória decorrente de lei ou norma coletiva. Portanto, no caso de empregado não amparado por estabilidade temporária, a concessão de tutela antecipada para a reintegração do mesmo, viola o direito da impetrante. 
IV.III- DO CERCEAMENTO DE DEFESA 
Em decisão interlocutória foi proferido liminar concedendo a reintegração do empregado Itamar assim como o pagamento dos salários retroativos.
Vale ressaltar que o impetrante não teve direito ao contraditório violando diretamente o art. 5º, LV da CF configurando cerceamento de defesa
IV.IV- DA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR 
Neste caso, é certo que a manutenção do ato atacado resultará na inefetividade da segurança concedida no futuro, podendo ocasionar dano irreparável, nos termos do art. 7º da III Lei 12.016 / 09. 
A referida liminar que concedeu ao requerente a garantia violou regras processuais, gerando riscos de difícil reparação. O autor não provou a veracidade das alegações, a concessão de medida cautelar quando existia o risco de irreversibilidade dos efeitos da decisão, descumpriu o previsto no art. 300, ss 3º do CPC. Qualquer adiantamento feito ao demandante será de difícil reparação uma vez que, caso necessite, este não terá meios para restituir os valores recebidos.
Além disso, o autor não demonstrou o perigo de dano ou o risco para o resultado útil do julgamento, que é essencial para a concessão das medidas provisórias previstas no art. 300 CPC.
Parece que o dano resultante do acima mencionado a infração decorrente da decisão impugnada é um dano reverso, ou seja, a decisão de 1º grau causa dano grave ao autor por este ato constitucional.
Conseqüentemente, o dano reverso ao impetrante pressupõe a irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
IV.V – DO PERICULUM IN MORA
A referida ordem do juiz ofende diretamente a CF, pois violou o direito do contraditório e ampla defesa previstos no art. 5º, LV, da Constituição Federal, que determina “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”
De acordo com este entendimento o artigo 9º, CPC aduz “ não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida”, ainda nesse contexto o artigo 10º, CPC impede que o juiz decida com base em fundamento sobre o qual as partes não tiveram oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria a qual deva decidir de ofício.
Demonstrados os requisitos, requer-se a concessão de medida liminar. 
V- DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer-se: 
a)  O regular processamento da presente ação constitucional na forma da lei, com citação/intimação da Autoridade Coautora, para que preste informações no prazo legal;
b)  A concessão da liminar para dar efeito suspensivo à segurança, para que seja suspensa a decisão interlocutória que determinou a reintegração do autor e o pagamento de salários retroativos; 
c)  O provimento em definitivo do mandando de segurança para revogar a tutela antecipada concedida nos autos de origem; 
d)  Condenação do impetrado ao pagamento de custas e demais despesas processuais;
Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial prova documental. 
Atribui-se à causa o valor de R$... (...)
Termos em que, Pede deferimento. 
Local ..., data... 
Advogado ..., OAB ...

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