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Fundamentos de Comércio Exterior - Prof. Ms. 
Marco A. Arbex
02/08/2012
1
Comércio Internacional: 
Introdução
Prof. Marco Arbex
marco.arbex@faeso.edu.br
Introdução
• O que é comércio? É a compra e venda de mercadorias 
entre pessoas, isto é, o vendedor entrega a mercadoria ao 
comprador, em troca o comprador paga o preço 
combinado ao vendedor.
• No comércio interno, vendedor e comprador estão 
situados num mesmo país. A operação sujeita-se à 
cobrança de tributos internos, sobre a circulação de 
mercadorias, tais como Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI) e Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS).
Introdução
• Se vendedor e comprador estão situados em 
diferentes países, trata-se de comércio 
internacional. A operação sujeita-se aos tributos 
internos e também aos gravames aduaneiros, tributos 
como Imposto de Importação (II) e Imposto de 
Exportação (IE).
• Operar no comércio internacional é mais complexo 
em função de diversos fatores, como diferenças de 
língua, de costumes, de moeda, de legislação, 
maiores distâncias. 
Introdução
• Segundo Souza (2009), vários países vêm formando 
acordos com outros países, aumentando o tamanho de 
seus mercados e formando blocos econômicos. 
• A crescente liberalização do comércio impulsiona a 
mobilidade empresarial, pois permite o acesso fácil de 
empresas de qualquer nacionalidade a qualquer mercado.
• No Brasil,essa liberalização comercial se iniciou a partir dos
anos 90, após o final da Guerra Fria.
Introdução
Na sua opinião, os países precisam mesmo 
comercializar entre si? 
Não é possível que cada país seja auto sustentável 
para produzir as mercadorias que necessita?
Introdução
• Para Souza (2009), nenhum país do mundo consegue
gerar todos os bens e serviços de que sua população
necessita.
• Dessa forma, os países têm procurado especializar-se em
certas atividades, objetivando produzir mais eficazmente
determinados tipos de produtos; os excedentes dessas
produções serão então trocados por outros produtos
necessários às suas populações.
Fundamentos de Comércio Exterior - Prof. Ms. 
Marco A. Arbex
02/08/2012
2
Introdução
• Embora as teorias econômicas capitalistas afirmem 
que o mercado global liberalizado é a forma mais 
eficiente para gerar rápido crescimento econômico, 
há ainda muitas práticas protecionistas (medidas 
para dificultar e entrada de importações em 
determinados países).
• Esse protecionismo é amplamente combatido pelos 
organismos que atuam sobre o comércio 
internacional, pois essa prática dificulta o comércio 
entre os países.
Lei das vantagens comparativas
• Uma justificativa para a existência do comércio entre 
países reside na “lei das vantagens comparativas”, 
do economista David Ricardo.
• Para Souza (2009), a lei das "vantagens 
comparativas" foi enunciada por David Ricardo a 
inícios do século XIX, com a finalidade de dar 
sustentação teórica à argumentação em favor da 
liberdade de comércio. 
Lei das vantagens comparativas
• Nessa época, a política comercial inglesa estava 
muito influenciada por diversos grupos que defendiam 
seus interesses particulares. Assim, o protecionismo 
estatal, de corte mercantilista, formava o princípio 
mais frequentemente aplicado. 
• Em particular, os donos de terras, que lutavam para 
obter a proibição legal das importações de trigo, de 
modo a evitar que o preço desse produto caísse no 
mercado inglês, constituíram os oponentes mais 
dinâmicos dos argumentos do Ricardo.
Lei das vantagens comparativas
• Ainda para Souza (2009), os defensores do livre 
comércio explicavam que a maior eficiência produtiva, 
derivada da especialização, contribuiria para a 
elevação do bem-estar social global, ao colocar à 
disposição dos consumidores maiores volumes de 
bens e serviços, a preços mais convenientes. 
• Os bens seriam produzidos a um custo menor e a 
concorrência se encarregaria de reduzir os preços de 
venda. 
Lei das vantagens comparativas
O aproveitamento das vantagens comparativas exigiria a 
liberalização completa do comércio internacional, de 
forma que os preços dos bens, estabelecidos pelo 
confronto da oferta e da demanda, pudessem orientar o 
volume e a estrutura dos diversos fluxos de comércio. 
Dessa forma, não haveriam outros mecanismos que 
pudessem distorcer os preços de equilíbrio estabelecidos 
pela lei da oferta e demanda, como os impostos, as 
quotas de importação e exportação e as taxas de câmbio 
fixadas pelos governos. 
Lei das vantagens comparativas
• Segundo a teoria das vantagens comparativas, cada 
país tende a se especializar nos ramos em que tem 
maiores vantagens, isto é, em que seus custos de 
produção são menores do que os de seus 
concorrentes. 
• Sandroni (2001) explica essa teoria na prática: cada 
país deveria dedicar-se ou especializar-se onde os 
custos comparativos fossem menores. 
– Essa prática consiste em relacionar os custos de produção 
dos produtos A e B produzidos por dois países distintos, X e 
Y. Em cada país, os custos de produção do produto A são 
expressos em relação aos custos de produção do produto B. 
Fundamentos de Comércio Exterior - Prof. Ms. 
Marco A. Arbex
02/08/2012
3
Lei das vantagens comparativas
• David Ricardo foi o primeiro economista a argumentar 
coerentemente que o livre comércio internacional 
poderia beneficiar dois países, mesmo que um deles 
produzisse todas as mercadorias comercializadas 
mais eficientemente do que o outro. 
• Ricardo argumentava que um país não precisa ter 
uma vantagem absoluta na produção de qualquer 
mercadoria, para que o comércio internacional entre 
ele e outro país seja mutuamente benéfico. 
Lei das vantagens comparativas
• Vantagem absoluta significava maior eficiência de 
produção ou o uso de menos trabalho na produção. 
• Vantagem relativa significava, simplesmente, que a razão 
entre o trabalho incorporado às duas mercadorias diferia 
entre os dois países, de modo que cada um deles poderia 
ter, pelo menos, uma mercadoria na qual a quantidade 
relativa de trabalho incorporado seria menor do que a do 
outro país, isto é, menor custo de oportunidade para 
produzir uma mercadoria.
Lei das vantagens comparativas
• David Ricardo explica a sua teoria usando um exemplo 
envolvendo Portugal e Inglaterra e apenas dois bens, vinho 
e têxteis.
• No quadro abaixo, os números representam horas de 
trabalho por unidade produzida.
– OBS: na época, a mão-de-obra (trabalho) era o 
principal custo de uma mercadoria
Têxteis Vinho
Inglaterra 63 70
Portugal 120 80
Lei das vantagens comparativas
• O quadro mostra que a Inglaterra é mais eficiente que Portugal 
(possui vantagem absoluta) em ambas as produções.
• Porém, a teoria observa a existência de vantagens comparativas. 
O quadro abaixo mostra as unidades de trabalho necessárias à 
produção de qualquer um dos produtos em cada país, em termos 
das necessidades de trabalho correspondentes no outro país:
Custos de Portugal em relação à Inglaterra
Vinho 1,14
Têxteis 1,90
Custos da Inglaterra em relação à Portugal
Vinho 0,875
Têxteis 0,525
Lei das vantagens comparativas
• A teoria mostra que a Inglaterra tem uma vantagem 
comparativa na produção de tecido e uma 
desvantagem comparativa na produção de vinho, 
pois 0,525 é menor que 0,875. 
• A partir deste estudo, Ricardo provou que cada país 
seria beneficiado caso se especializassem no produto 
onde detém maior vantagem comparativa, pois: o 
produto total global de cada bem aumenta, 
melhorando a situação de todos os países envolvidos 
nas trocas internacionais (existência de menores 
custos de produção). 
Lei das vantagens comparativas
Essa teoria possui alguma críticas, como o fato de ser 
estática (não busca analisar as causas das vantagens 
comparativas), não considera aspectos como câmbio e 
acordos internacionais, não considera a existência de 
economias de escala e considera o trabalho como o 
único custo de produção).
Mesmo assim, é considerada a principal teoria a favor 
do livre comércio e contra o protecionismodos países.
Fundamentos de Comércio Exterior - Prof. Ms. 
Marco A. Arbex
02/08/2012
4
A teoria das vantagens comparativas em outro 
contexto: náufragos em uma ilha
Jão Mané
Por que comercializar com outros países?
Keedi (2009) cita fatores motivadores do comércio 
internacional:
• As condições naturais de cada país. Exemplos: 
abundância ou falta de recursos naturais em 
determinados países (petróleo, minerais), a 
disponibilidade de terras, o clima propício ao plantio de 
determinadas culturas;
• A abundância ou falta de fatores de produção, como 
capital e trabalho (mão-de-obra disponível e 
especializada);
Por que comercializar com outros países?
• O estágio de desenvolvimento tecnológico do país e sua 
capacidade de viabilizar a produção de determinadas 
mercadorias;
• A necessidade de relacionamento entre os países, onde a 
compra e venda de mercadorias representam apenas 
parte de um conjunto mais abrangente de contatos e 
ações entre os países;
• As trocas internacionais podem melhorar o nível 
(qualidade) dos bens produzidos internamente, uma vez 
que a abertura das portas do país para a concorrência 
externa pode determinar mudanças significativas na 
indústria nacional, que precisa tornar-se mais competitiva 
para conseguir concorrer com os produtos estrangeiros;
• A diluição de riscos é outro motivo: para as empresas é 
importante possui outro mercado consumidor além do 
mercado interno, que pode desaquecer periodicamente 
(devido a crises, por exemplo)
Por que comercializar com outros países?
• A existência de atividades econômicas complementares 
entre países também motivam o comércio internacional. 
Exemplo: um produto pode possuir suas partes fabricadas 
em diversos países e essas partes pode ser enviadas para 
montagem em algum outro país. Isso “força” o comércio 
entre os países envolvidos.
• As políticas econômicas do governo podem criar estímulos 
para o comércio entre países (incentivos à exportação e 
importação de determinados produtos)
Algumas definições (KEEDI, 2010)
• Exportar: ato de remeter a outro país mercadorias 
produzidas em seu próprio território ou em terceiros 
países. Exportação significa saída de mercadorias para o 
exterior e deve proporcionar vantagens para ambos os 
países envolvidos na transação.
• Importar: ato de adquirir mercadorias de outros países 
que sejam úteis à população ou ao desenvolvimento do 
país. Importação é a entrada no país de bens produzidos 
no exterior. 
Fundamentos de Comércio Exterior - Prof. Ms. 
Marco A. Arbex
02/08/2012
5
Por que comercializar com outros países?
• Os países importam mercadorias que não podem (ou não 
querem) produzir, por falta de tecnologia ou mesmo de 
condições naturais, assim como mercadorias objeto de 
desejo, em função de design, qualidade, hábito, etc. O 
Brasil exportou por muito tempo "produtos de sobremesa" 
- café, açúcar, cacau - mas hoje a pauta está mais 
diversificada, incluindo até aviões. 
• Adicionalmente, os países, em decorrência de sua 
soberania, podem autorizar ou proibir a importação (ou 
mesmo a exportação) de mercadorias. 
Exportação e importação (KEEDI, 2010)
• As exportações geram entrada de divisas para o país 
exportador e saída de divisas para o país importador
– Divisas são reservas em moeda estrangeira forte (como 
dólar americano ou Euro), que são aceitas por todos os 
países como recebimento das exportações e são 
conversíveis internacionalmente.
• Para que isso ocorra, o exportador realiza uma 
contratação de câmbio em um banco autorizado a realizar 
tal operação. Por meio dessa operação, o exportador 
vende moeda estrangeira para recebimento, em 
contrapartida, de moeda nacional, conforme a taxa 
contratada. 
Benefícios da exportação (KEEDI, 2010)
Diversificação de 
mercados
Aumento da 
produção
Aumento do 
emprego e 
da renda no 
país 
exportador
Aumento da 
capacidade 
de consumo 
da 
população
Crescimento do 
PIB (Produto 
Interno Bruto) e 
aumento de 
divisas
A diversificação 
de mercados 
proporcionada 
pelas exportações 
gera uma série de 
benefícios para a 
economia do país 
(figura ao lado) e 
para a própria 
empresa (slide a 
seguir).
Benefícios da exportação (KEEDI, 2010)
Benefícios para a empesa exportadora:
- Aumento da competitividade da empresa (reduz custos e 
permite ganhos no poder de negociação com 
fornecedores);
- Aprimoramento dos recursos humanos e tecnológicos 
(aumenta a capacidade de inovação e a qualidade);
- Projeta a marca da empresa no exterior;
- Gera receita adicional para a empresa em moeda forte 
(ajudando a empresa a se proteger contra desvalorização 
da moeda nacional)
Benefícios da importação (KEEDI, 2010)
• Potencial redução nos custos de produção e aumento da 
qualidade dos produtos das empresas importadoras, devido 
ao acesso a tecnologias mais desenvolvidas;
• Ganhos de mercado por oferecer ao consumidor local 
produtos com marcas de renome internacional;
• Diversificação de mercados fornecedores (para bens de 
capital, bens intermediários – como matérias-primas, 
peças/componentes – e bens de consumo).
• Essa diversificação tem potencial para:
– reduzir os riscos de fornecimento
– aumentar a variedade de produtos ofertados no mercado nacional
– Evitar alta nos preços devido ao aumento da concorrência
Exportação e importação
Por fim, devemos lembrar 
que o comércio 
internacional é uma via 
de duas mãos: ao 
exportar para um país, 
estamos abrindo as 
portas para também 
importar desse país
Fundamentos de Comércio Exterior - Prof. Ms. 
Marco A. Arbex
02/08/2012
6
Referências
• KEEDI, Samir. ABC do comércio Exterior. São Paulo: 
Aduaneiras, 2010.
• SOUSA, José Manuel Meireles de. Fundamentos do 
Comércio Internacional. São Paulo: Saraiva, 2009.

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