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RESUMO IMUNOLOGIA pdf(1)

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AULA 2 – Antígenos ou imonógenos 
Conceitos e definições 
• Um agente infeccioso possui vários componentes; 
• Cada componente do agente ou substância produzida por ele é um antígeno. Ex.: 
proteínas estruturais, enzimas, toxinas; 
• Um antígeno é uma molécula grande com vários grupamentos químicos; 
• Os grupamentos químicos que estimulam a resposta imune e reagem com os produtos 
desta, são denominados epítopos ou determinantes antigênicos. 
Imunógeno ou antígeno 
• Uma substância que induz resposta imune adaptativa (RIA) e de se ligar especificamente 
com os produtos desta resposta. 
Imunogenicidade 
• Capacidade de induzir uma resposta imune adaptativa (RIA) 
Antigenicidade 
• Capacidade de reagir com produtos de RIA 
Epítopos ou determinantes antigênicos 
• O anticorpo é específico para o epítopo; 
• Porção de um antígeno que combina com os produtos de uma resposta imune específica; 
• Um antígeno possui vários epítopos (multivalência ou polivalência) que podem ser iguais 
ou diferentes; 
Hapteno 
• Sozinho não é imunogênico, mas que pode reagir com os produtos de uma resposta imune 
específica; 
• Pequenas moléculas que jamais poderiam induzir uma resposta imune atuando sozinho, 
mas que podem quando acopladas a uma molécula carreadora; 
• Haptenos livres, podem reagir com produtos da resposta imune depois que tais produtos 
são lançados; 
• O hapteno tem antigenicidade, mas não tem imunogenicidade; 
• Exemplo 
o Administração de hapteno (substância de baixo PM) → não há formação de 
anticorpos 
o Administração de hapteno + carreador → há formação de anticorpos contra o 
hapteno 
o O anticorpo formado reage com o complexo hapteno-carreador 
o O anticorpo formado reage com o hapteno → antigênico 
• Antigenicidade: capacidade de reagir com os produtos da resposta imune adaptativa 
Natureza química dos imunógenos 
• Sempre: proteínas puras ou combinadas, lipoproteínas, glicoproteínas, nucleoproteínas, 
polissacarídeos, lipopolissacarídeos (LPS); 
• Raramente: lipídeos puros, ácidos nucleicos de fita dupla; 
• Eventualmente: polipeptideos sintéticos, polímeros sintéticos. 
Fatores que influenciam a imunogenicidade 
• Fatores do imunógeno: 
o Procedência estranha; 
o Tamanho: em geral, quanto maior a molécula, mais imunogênica ela será; 
o Composição (complexidade) química: em geral, quanto mais complexa 
quimicamente a substância for, mais imunogênica será; 
o Forma física e configuração: em geral, antígenos particulados são mais 
imunogênicos do que os solúveis e, antígenos desnaturados são mais 
imunogênicos do que a forma nativa; 
o Degradabilidade (digestibilidade): antígenos que são facilmente fagocitados são 
geralmente mais imunogênicos (interior dos macrófagos). 
• Fatores do hospedeiro: 
o Fatores genéticos: algumas substâncias são imunogênicas em uma espécie, mas 
em outra não; 
o Idade. 
• Outros: 
o Dose: a dose de administração de um imunógeno pode influenciar sua 
imunogenicidade; 
o Via de imunização: geralmente a via subcutânea é melhor que a via intravenosa ou 
intragástrica; 
o Adjuvantes: substâncias que podem aumentar a resposta imune a um antígeno. Ex.: 
hidróxido de alumínio. 
Tipos de imunógenos: 
• Antígenos T-independente: estimulam diretamente os linfócitos B a produzirem 
anticorpos, sem a necessidade da célula T auxiliar. Ex.: polissacarídeos, lipídeos. 
o Ativação policlonal de células B: muitos desses antígenos podem ativar clones de 
células B específicas para outros antígenos. Antígenos T-independentes podem ser 
subdivididos em tipo 1 e tipo 2 baseado nas suas habilidades de ativar 
policlonalmente células B. Antígenos T-independentes tipo 1 são ativadores 
policlonais, enquanto Tipo 2 não é. 
o Antígenos T-independentes são geralmente mais resistentes a degradação e 
assim eles persistem por períodos de tempo mais prolongados e continuam a 
estimular o sistema imune. 
 
• Antígenos T-dependente: necessitam da ajuda das células T para estimular os linfócitos 
B a produzirem anticorpos. Ex.: proteínas; 
 
• Superantígenos: ativam policlonalmente uma grande quantidade de linfócitos T. Ex.: 
toxinas bacterianas e produtos virais. 
 
Epítopos reconhecidos pelo sistema imune inato 
• Os determinantes reconhecidos pelos componentes do sistema imune inato, difere 
daqueles reconhecidos pelo sistema imune adaptativo; 
• Componentes do sistema imune inato reconhecem padrões moleculares variados 
encontrados em patógenos, mas não no hospedeiro; 
• São desprovidos do elevado grau de especificidade vista no sistema imune adaptativo; 
• Os padrões moleculares variados reconhecidos pelo sistema imune inato são chamados 
PAMPS (padrões moleculares associados a patógenos) e os receptores de PAMPS são 
chamados PRRs (padrões de reconhecimento de receptores); 
• Células e moléculas da imunidade inata (neutrófilo, monócito, macrófago, célula NK, CRP, 
MBL, complemento) reconhecem PAMPs através de PRR; 
• Os PAMPs estão presentes apenas nos patógenos e ausentes em nossas células. 
Epítopos reconhecidos pelos linfócitos B 
• BCR (Ac) reconhece antígenos livres ou em superfícies celulares; 
• Proteínas, polissacarídeos, lipídeos; 
• O sítio de combinação do anticorpo acomoda um epítopo de 4-8 aminoácidos ou açucares; 
• BCE → “Bracinhos do LB” = receptor de Ag no LB. 
Epítopos reconhecidos pelos linfócitos T 
• Células T não reconhecem antígenos de polissacarídeos ou de ácidos nucleicos; 
• TCR → receptor de Ag no LT; 
• O local de combinação do TCR acomoda peptídeos estranhos de 8-15 aminoácidos, 
associados a moléculas próprias nas superfícies celulares.

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