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TUMOR DE WILMS Aula Aberta - LACIP Eduardo Rocha Leonardo Cruz Luiza Freitas Renata Zanchin INTRODUÇÃO 01 ÍN D IC E FATORES DE RISCO 03 EXAMES DE IMAGEM E ACHADOS 05 EMBRIOLOGIA E PATOLOGIA 02 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 04 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 06 CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA 07 ESTADIAMENTO E FATORES DE RISCO 08 TRATAMENTO E CIRURGIA 09 D EF IN IÇ Ã O E IN TR O D U Ç Ã O DEFINIÇÃO: ✓ O Tumor de Wilms (TW), também conhecido como Nefroblastoma, é um tumor embrionário maligno originado no rim. É o tipo de tumor renal mais comum em crianças. INTRODUÇÃO: ✓ Afeta 1 em cada 10.000 crianças e responde por 6% a 7% dos tumores malignos ✓ Mais comum em menores de 5 anos de idade. ✓ Cerca de 75% dos casos ocorre em crianças com média de idade igual a 3,5 anos. ✓ A incidência após os 10 anos de idade é baixa e a distribuição é maior no sexo masculino. ✓ O tumor pode ocorrer na forma hereditária ou esporádica. ✓ Sucesso no tratamento em aproximadamente 90% dos casos ✓ O Brasil é apontado como um dos países com maior incidência mundial de TW. ✓ Há maior envolvimento de fatores genéticos na gênese desse tumor. ✓ O Tumor pode ser unilateral bilateral ou multicêntrico, sendo fatores genéticos indicadores de maior prevalência. EM B R IO LO G IA ✓ Falhas nos processos de diferenciação das células metanéfricas podem iniciar o processo de formação do tumor de Wilms ✓ O TW é originado de células primordiais que sofreram mutações espontâneas, resultando em um tumor de morfologia trifásica, por possuir como componentes o blastema, o epitélio e o estroma, os quais se assemelham às fases do desenvolvimento do tecido de origem. ✓ As células epiteliais e as mesenquimais diferem em diversos aspectos funcionais e fenotípicos, podendo auxiliar na compreensão do TW. FA TO R ES D E R IS C O Existem poucos fatores de risco conhecidos para o tumor de Wilms, mas cabe destacar: ✓ Idade ✓ Raça ✓ Gênero ✓ Síndromes Hereditárias Congênitas ✓ Outras Síndromes ✓ Defeitos de Nascimento M A N IF ES TA Ç Õ ES C LÍ N IC A S Os achados clínicos mais comuns são: ✓ Edema e massa abdominal indolor de consistência firme e bordos regulares; ✓ Dor abdominal e febre (consequentes da hemorragia intratumoral); ✓ Hematúria: macro ou microscópica; ✓ Hipertensão arterial. Outros sinais e sintomas menos comuns são: ✓ Infecção do trato urinário e varicocele; ✓ Hipotensão e anemia; ✓ Sintomas respiratórios relacionados a metástases pulmonares (raro; pacientes com doença avançada). EX A M ES D E IM A G EM E A C H A D O S ULTRASSONOGRAFIA Seta = rim adjacente. A imagem de US longitudinal mostra um grande tumor circunscrito de ecotextura bastante homogênea (*) em uma criança de 12 semanas. EX A M ES D E IM A G EM E A C H A D O S TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Tomografia computadorizada abdominal mostrando grande tumor de Wilms no lado esquerdo. Observe a borda fina do rim remanescente, que confirma que o tumor está surgindo do rim, e não do neuroblastoma. Tomografia computadorizada de criança com tumor de Wilms em estágio IV com histologia favorável. Observe as metástases pulmonares bilaterais. EX A M ES D E IM A G EM E A C H A D O S TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Tomografia computadorizada em paciente com tumor de Wilms do lado direito com histologia favorável. Grande massa (tumor de Wilms) delineada por linha vermelha com sinal de garra visto em associação com um rim direito deslocado (seta amarela) confirmando a origem renal da massa. EX A M ES D E IM A G EM E A C H A D O S RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Ressonância magnética após injeção de gadolínio, corte axial. Observe como o tumor vai além da linha média.Ressonância magnética após injeção de gadolínio, corte coronal. Observa-se como o tumor se desloca para o fígado, aorta e veia cava inferior. Tumor de Wilms bilateral EX A M ES D E IM A G EM E A C H A D O S RADIOGRAFIA Uma urografia intravenosa em um paciente com tumor de Wilms do lado direito. Observe a massa deslocando e comprimindo os cálices restantes para baixo. Radiografia em paciente com tumor de Wilms no lado esquerdo. Observe a densidade do tecido mole empurrando o intestino para a direita. D IA G N Ó ST IC O D IF ER EN C IA L é um tumor altamente letal que é virtualmente restrito a pacientes com hemoglobinopatia falciforme é raro na infância é um tumor renal altamente maligno CARCINOMA DE CÉLULA RENAL TUMOR RABDOIDE MALIGNO DO RIM LINFOMAS RENAIS Estudos de imagem e histologia tecidual diferenciam o tumor de Wilms dessas outras doenças. é geralmente detectado dentro do 1º ano de vida É o segundo tumor renal pediátrico mais comum SARCOMA DE CÉLULAS CLARAS RENAIS NEFROMA MESOBLÁSTICO NEUROBLASTOMA C LA SS IF IC A Ç Ã O - H IS TO LÓ G IC A FAVORÁVEL ANAPLÁSICA Microscopia do tumor de Wilms (HE) mostrando a natureza trifásica da histologia favorável, incluindo células epiteliais, células estromais e células blastemais. Microscopia do tumor anaplásico de Wilms (HE) mostrando células tumorais hipercromáticas e aumentadas com figuras mitóticas bizarras (setas). C LA SS IF IC A Ç Ã O - H IS TO LÓ G IC A Microscopia do tumor de Wilms (HE) mostrando a natureza trifásica da histologia favorável, incluindo células epiteliais, células estromais e células blastemais. FAVORÁVEL C LA SS IF IC A Ç Ã O - H IS TO LÓ G IC A FAVORÁVEL ANAPLÁSICA Microscopia do tumor de Wilms (HE) mostrando a natureza trifásica da histologia favorável, incluindo células epiteliais, células estromais e células blastemais. Microscopia do tumor anaplásico de Wilms (HE) mostrando células tumorais hipercromáticas e aumentadas com figuras mitóticas bizarras (setas). C LA SS IF IC A Ç Ã O - H IS TO LÓ G IC A ANAPLÁSICA Microscopia do tumor anaplásico de Wilms (HE) mostrando células tumorais hipercromáticas e aumentadas com figuras mitóticas bizarras (setas). C LA SS IF IC A Ç Ã O - H IS TO LÓ G IC A ES TA D IA M EN TO NWTSG/COG SIOP Stage I Tumor confined to kidney – complete resection Intact renal capsule No extension to renal sinus No residual tumor Tumor confined to kidney – complete resection Tumor encroachin, but not invading pelvic system No extension to rena sinus vessels Stage II Tumor extension beyond capsule – complete resection Extension to renal sinus Tumor present in extrrenal vessels Tumor extension beyond capsule – complete resection Extension to renal sinus Infiltration of adjacent organs or vena cava Stage III Incomplete tumor resection Lymph node involvement Positive surgical margin Tumor spillage Peritoneal implantation Nonhematogenous tumor within abdomen Incomplete tumor resecion Lymph-node involvement Positive surfical margin Tumor spillage Peritoneal penetration/implantation Tumor thrombi at margins of vessels or ureter Surgical biopsy prior to chemotherapy or surgery Stage IV Metastatic [hematogenous] spread to lung, liver, brain or bone Metastatic [hematogeneus] spread to lung, liver, brain or bone Lymph node metastasis outside of the abdomen/pelvis Stage V Bilateral tumors Bilateral tumors Estadiamento segundo protocolos NWTS/COG e SIOP COG, Children’s Oncology Group; NWTS, National Wilms Tumor Study; SIOP, Société Internationale d’Oncologie Pediatrique • Extensão tumoral além da capsula renal • Sem acometimento de órgãos vizinhos (NWTS) • Órgãos adjacentes ou veia cava acometida (SIOP) • (NWTS) Apenas resíduo tumoral microscópico • Acometimento de linfonodos locais ( SIOP) • Tumor restrito ao rim e ao parênquima renal • Capsula renal intacta • Completamente ressecável • Sem acometimento vascular Estadio I Estadio II ES TA D IA M EN TO • Metástase hematogênica • Acometimento de linfonodos fora da região abdominopélvica Estadio V • Acometimento bilateral dos rins • Tumor residual restrito aoabdome, podendo incluir: • Tumor biopsiado • Ruptura pré- operatório • Invasão do peritônio por rotura/ metástase peritoneal • Acometimento vascular/ vasos com êmbolo tumoral • Ressecção incompleta • Comprometimento de linfonodos além dos regionais Estadio III Estadio IV ES TA D IA M EN TO ● Tumor irressecável – não é possível se fazer a ressecção completa ● Tumor Inoperável - está relacionado com o paciente TE R A PÊ U TI C A Tratamento Pré-operatório ● Tratamento com QT ● Reduzir o tumor tornando a cirurgia mais fácil ● Indica menores incidências de ruptura intraoperatória ● Recomendado principalmente em casos sugestivos de alta morbidade cirúrgica DIFERENÇAS NAS ABORDAGENS DOS TRATAMENTOS Irressecável x Inoperável ● Tratamento inicial com QT ● Cirurgia após tratamento inicial ● Estadiamento baseado em dados cirúrgicos pós QT e metástases ● Nefroureterectomia radical e amostragem de gânglios linfáticos ● Nefrectomia parcial em tumores pequenos, TW bilateral ou sindrômicos ● Risco de ruptura tumoral – 2,8 a 6% TE R A PÊ U TI C A NWTS/COG ● Abordam a cirurgia como tratamento inicial ● Estadiamento baseado em metástases e na patologia ● Não recomenda nefrectomia parcial ● Quimioterapia prévia apenas em TWB, irressecáveis ou com Extensão Vascular. ● Risco de ruptura tumoral 9,7% SIOP DIFERENÇAS NAS ABORDAGENS DOS TRATAMENTOS • Incisão transversa ampla • Inspeção da cavidade – lesões excisadas, gânglios suspeitos ( marcação da posição) • Avaliação do rim contralateral ( não obrigatória) indicada em casos de imagem préop duvidosa/sugestiva de TWB • Identificação dos elementos do hilo • Nefrectomia / Parcial ou radical dependendo do estadiamento e da avaliação do cirurgião • Amostragem Tumoral/ Linfonodal (OBRIGATÓRIA) TR A TA M EN TO ABORDAGEM CIRÚRGICA TR A TA M EN TO ABORDAGEM CIRÚRGICA TR A TA M EN TO ABORDAGEM CIRÚRGICA PR O G N Ó ST IC O COMPLICAÇÕES TAXA DE SOBREVIDA ACOMPANHAMENTO REFERÊNCIAS
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