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FIANCIAMENTO DO SUS


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FIANCIAMENTO DO SUS
Transferência Fundo a Fundo
Art. 33 lei 8080
Os recursos financeiros do SUS serão depositados em conta especial (fundo de saúde), em cada esfera de sua atuação, e movimentado sob fiscalização dos respectivos conselhos de saúde.
No inciso 1º, fala que na esfera federal, os recursos financeiros oriundos da seguridade social, de outros orçamentos da união, e outras fontes, serão administrados pelo MS através do FNS. 
O MS acompanhará através do sistema de auditoria a conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos aplicados a estados e municípios. Caso seja observado a malversação, desvio ou não aplicação do recurso, o MS poderá aplicar as medidas previstas em lei (lei 8080, artigo 33). Geralmente o recurso é suspenso até averiguação do ocorrido. 
Art. 35 lei 8080
diz que para os recursos serem transferidos para estados, DF e municípios, será utilizada a combinação de alguns critérios como:
I- perfil demográfico da região (número da população); 
II- perfil epidemiológico da população (as necessidades de saúde da população); 
III- características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área (de acordo com a assistência que é prestada no município); 
IV- desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior; 
V- níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais (sinônimo da contrapartida dos recursos); 
VI- previsão do plano quinquenal; 
VII- ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas do governo (o pagamento de serviços que foram feitos por outros municípios).
- Outras fontes (artigo 32 da lei 8.080)
1. Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde;
2. Ajuda, contribuições, doações e donativos;
3. Alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
4. Taxas, multas (aplicadas pela vigilância sanitária), emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do SUS;
5. Rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
O art. 198 da CF, parágrafo I, fala que o SUS será financiado com recursos da seguridade social (saúde, previdência social e assistência social), da União, dos Estados e dos Municípios, DF, além de outras fontes. A parte do recurso que segue da seguridade social para a saúde, cai no FNS.
Cada esfera de governo tem um fundo de saúde (fundo nacional/estadual e municipal de saúde). O município é a esfera que recebe mais repasses para a saúde das 3 esferas. 
- Lei 8142
Ela fala das contribuições da união e a contrapartida dos recursos, mas não fala de PERCENTUAL.
O artigo 2º, diz que os recursos do Fundo Nacional de Saúde serão alocados como:
I- despesas de custeio e de capital do MS, seus órgãos e entidades da administração direta e indireta;
II- investimentos previstos em lei orçamentária de iniciativa do poder legislativo e aprovados pelo congresso nacional;
III- investimentos previstos no plano quinquenal (plano elaborado pelo MS, que fiz os investimentos que serão feitos em um prazo de 5 anos) do MS;
IV- cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos municípios, estados e DF.
O repasse é regular e automático.
O artigo 3º fala que os recursos referidos no FNS, daqueles 15% que serão passados aos estados e municípios, 70% deve ser destinado aos municípios e o restante aos estados. 
O artigo 4º diz que para receber os recursos, os municípios, estado e DF, deverão contar com: 
I- fundo de saúde; 
II- conselho de saúde; 
III- plano de saúde (planejamento estratégico- a cada 4 anos); 
IV- relatórios de gestão (prestação de contas do que foi utilizado do recurso); 
V- contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento (significa que MS verifica se o município repassou parte da arrecadação ao fundo municipal de saúde. Não fala qual a porcentagem); 
VI- comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS).
- Emenda Constitucional 29/2000
Definiu em termos de porcentagem quanto que cada esfera de governo repassaria para a saúde do produto da arrecadação dos seus impostos. 
Estados = 12% Municípios = 15%
Para a união no ano de 2000, ficou definido que seria o montante empenhado em ações e serviços públicos de saúde no exercício financeiro de 1999 acrescido de, no mínimo 5%. 
Do ano 2001 até 2004, o valor apurado no ano anterior corrigido pela variação nominal do produto interno bruto – PIB.
Ficou definido que em 2004, a união criaria uma lei complementar para regulamentar e detalhar a emenda. Ou seja, ainda como emenda, caso o município não repassasse os 15%, ele não seria penalizado até o ano de 2004. 
Não houve a lei regulamentar no ano de 2004, sendo aprovada apenas no ano de 2012. 
- Lei 141/2012
União: ano anterior + variação do PIB (variando de 0 pra cima. Nunca regredir). Ela não é utilizada mais atualmente. 
Estados: 12% (5 anos)
Municípios: 15% (5 anos)
Diz que é o SUS realizará saneamento básico de domicílios ou pequenas comunidades desde que:
1. seja aprovado pelo conselho de saúde do ente da federação financiador;
2. distritos sanitários especiais indígenas e ou de comunidades remanescentes de quilombo;
- Pacto de gestão do SUS (2006)
Responsabilidade das 3 esferas de gestão pelo financiamento do SUS.
Repasse fundo a fundo, como modalidade preferencial de transferência de recursos entre os gestores;
Financiamento de custeio com recursos federais constituído, organizados e transferidos em blocos de recursos. O uso dos recursos federais para o custeio fica restrito a cada bloco, atendendo as especificidades previstas nos mesmos, conforme a regulamentação específica.
Blocos de financiamento: 
1. atenção básica
2. atenção de média e alta complexidade
3. vigilância em saúde
4. assistência farmacêutica
5. bloco de investimento
6. gestão do SUS
- Portaria 204/2007
Regulamenta a transferência dos recursos através dos seis blocos abordados no pacto de gestão do SUS.
O MS abria uma conta para cada bloco.
PORTARIA 3.992/2017
Até o ano de 2017 as despesas eram divididas em tais blocos:
Assistência farmacêutica Atenção básica 
Gestão do SUS Investimento 
Vigilância em saúde Atenção de média e alta complexidade 
Extinção dos blocos de financiamento do SUS, devido a reclamações dos gestores por ser limitado, e por isso desvinculou gastos de saúde a áreas específicas
O artigo 2 fala que o financiamento das ações e serviços públicos de saúde é de responsabilidade das 3 esferas de gestão do SUS, observando do disposto na CF, na lei complementar 141/2012 e na lei orgânica da saúde.
O artigo 3 fala que os recursos do fundo nacional de saúde, destinados a despesas com ações e serviços públicos de saúde, a serem repassados na modalidade fundo a fundo aos estados, DF municípios serão organizados e transferidos na forma dos seguintes blocos de financiamento:
I- Bloco de custeio das ações e serviços públicos de saúde: serve para manutenção das ações e serviços; funcionamento dos órgãos e estabelecimentos. Ex: pagamento de pessoal, material de consumo e a contratação de terceiros.
II- Bloco de investimentos (ou capital) na rede de serviços públicos de saúde: serve para aquisição de equipamentos, bens (móveis e imóveis), obras. 
Essa ampliação da liberdade dos gestores, piorou o subfinanciamento, ou seja, diminuição dos recursos em determinadas áreas que são importantes. 
PORTARIA 2.979/ 2019
Até 1996, o repasse dos recursos da união aos estados e municípios eram feitos de acordo com os serviços prestados (pagamento por serviço- contraprestação). Entretanto, as cidades que não possuíam tais serviços (ex: tomografia), não ofereciam esse serviço para a população e nem recebiam a verba para uma possível implementação. 
A NOB 1996 trouxe a instituição do Piso Assistencial Básico (PAB fixo e varíavel) O PAB fixo definiu:
1. Financiamento per capita (por habitante);
2. Criou incentivo de custeios para programas e serviços estratégicos.
A portaria 2.979/2019 implementou o Previne Brasil e modificou o financiamentoda AB. 
Os recursos passaram a ser repassados por 3 componentes:
Captação ponderada (substituiu PAB fixo): vincula o repasse de recursos a população cadastrada na AB; vulnerabilidade socioeconômica; classificação geográfica.
Pagamento por desempenho: processo e resultados da equipe (resultados em saúde; globais da APS). Quem tem melhores resultados, através das metas de atendimento, obtém mais recursos, e quem tem piores resultados, obtém menos recursos. Fere o princípio da equidade no SUS. 
Incentivo para ações estratégicas (substitui o PAB variável): repasse para ações específicas e de prioridades excluindo o NASF do financiamento; estrutura das equipes; produção em ações estratégicas. 
Esse incentivo deixou de financiar o NASF (redução do corpo de equipes e programas que eram financiadas pelo governo)

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